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sábado, 12 de fevereiro de 2022

Sedentarismo, vícios e falta de leitura são fatores de risco para o Alzheimer

Ter uma vida saudável afeta diversos aspectos do nosso dia a dia, mas também influencia o nosso futuro. No mês de fevereiro é realizada a campanha Fevereiro Roxo, para conscientização sobre doenças como lúpus, fibromialgia e o Alzheimer, um mal temido por muitas pessoas, e que pode ser prevenido a partir de alguns cuidados simples, mas muito valiosos.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, o neurologista e professor da UniFTC, Emerson Marinho Gomes, explicou que o diagnóstico com antecedência do Alzheimer também faz toda diferença na vida do paciente, e pode até diminuir a progressão da doença. 

 

O Alzheimer é um problema diretamente ligado à memória, uma doença que também pode ser relacionada à idade e que, segundo o especialista, a cada tempo que passa vem se percebendo que a população apresenta mais diagnósticos. 

 

“O marcador dessa doença é a memória, mas existem outros sintomas que aparecem antes dessa perda de memória, como agitação, o paciente começa a ficar agressivo, a própria depressão, que hoje em dia é uma doença muito presente na humanidade, inclusive nesse período pós-Covid, além mudança de personalidade e delírios”, enumera o médico. Ainda conforme Emerson, a hereditariedade tem uma relação importante com a doença, mas já foi visto por meio de estudos que o comportamento também está ligado à doença. 

 

“Existem pesquisas que apontam que quanto menor a cultura ou nível intelectual das pessoas, maior o risco de Alzheimer. O que isso significa? Quanto menos leitura e desenvolvimento das atividades diárias, maior o risco de ter a doença”, informa o neurologista. 

 

Para prevenir o Alzheimer, Emerson diz que um dos métodos que têm sido utilizado é a atividade física, que está muito relacionada à melhoria da qualidade de vida e até evitar a doença alinhada com a ansiedade. Entre as dicas dadas pelo profissional, uma alimentação balanceada é indispensável com frutas e verduras. “Atualmente precisamos tomar muito cuidado porque o que está na moda é a beleza e as pessoas começam a usar medicações e evitar certos alimentos, tudo isso pode ocasionar certas complicações, gerando vários danos cerebrais, principalmente aos jovens, que às vezes acabam tendo um pensamento momentâneo sem se preocupar com o futuro. O controle dos fatores de riscos cardiovasculares, como pressão alta, colesterol e diabetes também é importante, assim como evitar fumar e beber em excesso, além de manter atividades profissionais regularmente e fazer exercícios de habilitação cognitiva”. 

 

De acordo com o médico, se você sempre faz suas atividades muito com a mão direita, por exemplo, o ideal é que passe a fazer tudo à mão esquerda. Isso porque, assim, utilizamos mais uma parte do cérebro. Segundo dados apontados pelo especialista, 80% da população desenvolve mais o lado esquerdo do cérebro, então ao começar a realizar movimentos com o lado contrário do corpo que está habituado, a parte direita do cérebro começa a ser desenvolvida, o que consequentemente dificulta a progressão da doença ou adia o seu aparecimento. 

 

O diagnóstico do Alzheimer é feito através de um teste neuropsicológico, mas outros exames, como tomografia ou ressonância magnética, além de exames laboratoriais, também podem ser realizados para auxiliar da análise do paciente e visualizar se existe algum outro tipo de doença que possa estar afetando na memória. Esse diagnóstico inicial da doença é uma peça-chave para que se possa trabalhar em uma estagnação do Alzheimer. 

 

“Infelizmente ainda não há uma cura, então o que fazemos é auxiliar para que a doença não progrida ou que ela diminua a velocidade da progressão. Consequentemente conseguimos estabilizá-la", diz o especialista. “Existem vários estudos, principalmente nos Estados Unidos, sobre medicações que tentam agir na proteína que altera a parte da memória. São necessários muitos dados para evoluir os estudos, mas diante do que a gente vem progredindo, a tendência é que consigamos, com alguns exames que estão para ser liberados, diagnosticar o paciente 10 anos antes dele apresentar sintomas da doença”.

 

O médico explica também que o Alzheimer é muito temido pelas pessoas por não mexer apenas com o paciente, mas com toda a família. Segundo ele, 1,2 milhão de brasileiros têm a doença e são apresentados por ano 100 mil novos casos. “A família dessa pessoa com a doença começa a ter que trabalhar e cuidar do paciente. O que recomendamos para esses familiares é que façam o acompanhamento regular, sempre colocando o paciente para fazer uma atividade física, auxiliando para que ele possa ter uma alimentação saudável e o usar a medicação adequada, que irá fazer com que haja um controle”, ressalta. 

 

Emerson também chama a atenção dos cuidados de pacientes com Alzheimer durante a pandemia de Covid-19. Conforme o especialista, a doença apresentou uma piora durante a crise sanitária, pois os pacientes acabam ficando mais isolados, sem momentos de socialização, como almoços em família e outras atividades importantes, o que faz com que o Alzheimer progrida, sendo necessário dar um maior suporte.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/28576-sedentarismo-vicios-e-falta-de-leitura-sao-fatores-de-risco-para-o-alzheimer.html

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Com base na Lei Maria da Penha, MPF defende medida protetiva à mulher trans

Mulheres transexuais devem estar sob a proteção legal e têm direito a medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha, conforme entendimento do Ministério Público Federal (MPF) em manifestação enviada ao Superior Tribunal de Justiça no âmbito de recurso especial elaborado pelo MP-SP contra decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo -SP, que negou a concessão de medidas protetivas em favor de uma mulher transexual agredida pelo seu pai. O Recurso Especial (REsp) 1977124/SP é de relatoria do ministro Rogério Schietti.

 

O MPF argumentou inicialmente na manifestação que o Supremo Tribunal Federal já fixou o entendimento de que o direito à igualdade sem discriminações abrange a identidade ou expressão de gênero. O Ministério Público também sustenta que ao restringir a aplicação das medidas protetivas da Lei Maria da Penha à acepção biológica (sexual) de mulher, excluindo como sujeito passivo as transexuais, o acórdão recorrido contraria o artigo 5° da Lei 11.340/2006.

A Lei Maria da Penha tem por finalidade, segundo o MPF, corrigir distorções históricas, culturais e sociais que vitimizam a mulher em razão do gênero e, por isso, se justifica a invocação do instrumento normativo para a proteção da mulher trans.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/65405-com-base-na-lei-maria-da-penha-mpf-defende-medida-protetiva-a-mulher-trans.html

sábado, 21 de agosto de 2021

Síndrome do Impostor: Quando a dúvida sobre própria capacidade é um sintoma

Por que pessoas com grandes conquistas se sentem inseguras sobre seus próprios feitos? Se você é ativo em redes sociais e costuma ver publicações sobre humor, saúde mental ou trabalho, provavelmente já ouviu falar sobre a síndrome do impostor. O fenômeno é usado para definir pessoas inseguras com a própria capacidade, ao ponto de duvidar que tiveram conquistas pelas habilidades e a desenvolver comportamento de autossabotagem. Apesar de ser comum o assunto surgir em tom de humor, é sério e pode prejudicar o desempenho profissional, acadêmico e até mesmo pessoal.

 

Além da sensação de incapacidade e pensamentos autodepreciativos, a síndrome do impostor se manifesta na dificuldade de receber ou acreditar em elogios, comparações em excesso, autocrítica ou comportamento procrastinador. Embora tenha se tornado comum na internet há pouco tempo, o chamado Fenômeno Impostor começou a ser estudado em mulheres no ano de 1978, com o artigo "Fenômeno do Impostor em Mulheres com Alto Desempenho: Dinâmica e Intervenção Terapêutica".

 

Ao Bahia Notícias, o psicólogo Thiago Mangueira Marcos explica que em toda síndrome há influência do ambiente. "Começou a ser pesquisado em mulheres com alto rendimento, em ambientes como de doutorado ou pós-doutorado. Vinha dessa sensação de ocupar uma vaga para a qual não se sentia competente", conta. Ele relaciona o quadro ao contexto cultural da época, como o questionamento do papel da mulher e a necessidade de provar a própria capacidade.

 

Hoje, a síndrome também é estudada em homens. O psicólogo aponta que é comum onde há competitividade ou constante avaliação, como no ambiente acadêmico, entre profissionais da saúde ou atletas de alto rendimento. Além disso, afirma que é possível a síndrome se manifestar na vida pessoal, como em situações de maternidade. “A pessoa tem o desejo, mas fica se questionando se vai ser uma boa mãe e vai adiando”, detalha.

 

O Fenômeno Impostor ainda não é considerado uma doença e sim um conjunto de sintomas, que pode estar relacionado a outras síndromes, como depressão, ansiedade e baixa autoestima. Nesses casos, é avaliado o contexto de cada situação e o prejuízo que pode ser gerado. “Por exemplo: quando o funcionário assume um cargo de chefia, vem o medo. O natural seria se questionar, sentir o medo e depois decidir dar o melhor. A gente passa por esses questionamentos, mas não desiste, não adota um comportamento autossabotador. E nessa síndrome, teria”, explica.

 

Para tratar a síndrome, é preciso reconhecer o problema e seus impactos e buscar ajuda de um profissional em saúde mental. O psicólogo também indica evitar comparações em excesso; desenvolver o autoconhecimento e a autoaceitação; acolher conquistas, competências e sucessos; se propor gradualmente a fazer as funções das quais tem receio; prestar atenção nos feedbacks; e conversar com alguém confiável. “Quando você conversa com alguém, percebe que não está sozinho nesse processo e pode entender como as outras pessoas estão lidando com isso”.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/27419-sindrome-do-impostor-quando-a-duvida-sobre-propria-capacidade-e-um-sintoma.html

sábado, 14 de agosto de 2021

Violência contra mulheres cresce em 20% das cidades durante a pandemia

Em 483 cidades houve aumento de casos de violência contra a mulher durante a Covid-19, que atingiu o Brasil em fevereiro de 2020. O número equivale a 20% dos 2.383 municípios ouvidos pela nova edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia. A informação foi divulgada pela Agência Brasil.

 

Em 269 (11,3%) municípios, houve elevação nas ocorrências de violência contra criança e adolescente, em 173 (7,3%) foram registrados mais episódios de agressão contra idosos, e em 71 (3%) contra pessoas com deficiência. Em outras 1.684 cidades (70,7%), as prefeituras não receberam mais denúncias de violência contra esses segmentos.

 

Somados, os percentuais de cidades onde houve acréscimo de casos de agressão contra diferentes segmentos chegam a 41,9% dos municípios ouvidos no estudo. É a primeira vez que a pesquisa da CNM sobre a covid-19, realizada semanalmente, trata de casos de violência.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/261155-violencia-contra-mulheres-cresce-em-20-das-cidades-durante-a-pandemia.html

 

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Venda de livros no Brasil sobe quase 50% em primeiro semestre de 2021

O setor editorial brasileiro vendeu só no primeiro semestre deste ano 28 milhões de livros. Isso representa um aumento de 48,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são parte do 7º Painel do Varejo de Livros no Brasil e foram divulgados pelo Snel (Sindicato Nacional de Editores de Livros) nesta quarta (11).
 

O faturamento do setor nos seis primeiros meses de 2020 foi de R$ 846,2 milhões. Já neste ano, o lucro foi de R$ 1,19 bilhão.
 

"Desde setembro de 2020, o aumento do consumo de livros vem demonstrando o bom desempenho de esforços comerciais", afirma Marcos da Veiga Pereira, presidente do Snel, em nota. "Enquanto indústria, precisamos nos conscientizar cada vez mais sobre a responsabilidade que temos de fomentar o hábito de leitura."
 

Além disso, o início do segundo semestre de 2021 se mostra promissor. Entre os dias 21 de junho e 18 de julho -período em que ocorreu o Amazon Prime Day, famoso pelas promoções- houve um aumento de 59,3% de vendas em relação à mesma época do ano passado, e o faturamento saltou de R$ 117,08 milhões para R$ 185,52 milhões.
 

A tendência, segundo especialistas ouvidos pela pesquisa, é que a venda de livros continue aumentando.
 

Os números chamam atenção porque com o começo da quarentena, na virada de março para abril de 2020, o faturamento total do setor editorial chegou a cair pela metade.
 

Para a realização do Painel do Varejo, os dados são coletados diretamente dos caixas das livrarias, e-commerce e varejistas colaboradores, segundo o Snel. As informações são recebidas eletronicamente em formato de banco de dados. Após o processamento, os dados são enviados online e atualizados semanalmente.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/128920-venda-de-livros-no-brasil-sobe-quase-50-em-primeiro-semestre-de-2021.html

sábado, 31 de julho de 2021

Venda de antidepressivos cresce na pandemia e liga alerta para sofrimento mental

A piora da saúde mental do brasileiro durante a pandemia de Covid-19 já é sentida no balcão das farmácias: nos cinco primeiros meses do ano, houve aumento de 13% da venda de antidepressivos e estabilizadores de humor.
 

Na prática, foram quase 4,782 milhões de unidades (cápsulas e comprimidos) vendidas a mais neste ano em relação a igual período de 2020, segundo levantamento inédito do CFF (Conselho Federal de Farmácia), a partir de dados da consultoria IQVIA.
 

O comércio dos medicamentos já tinha aumentado 17% em 2020 em comparação com 2019 –nos anos anteriores, a alta tinha sido de 12% (2019) e 9% (2018).
 

Um outro relatório da mesma consultoria com o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) aponta um aumento de receita de 18,73% nas vendas dos também chamados medicamentos para o sistema nervoso central no primeiro semestre deste ano em relação ao de 2020.
 

Embora várias pesquisas indiquem aumento de doenças mentais na pandemia, não há evidências robustas sobre isso. Estudos epidemiológicos apontam que, no início da crise sanitária, houve ligeira subida, mas depois os números se mantiveram estáveis até o fim de 2020.
 

O que explica, então, esse aumento da venda de psicotrópicos?
 

Para o psiquiatra Rodrigo Martins Leite, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, é fato que as pessoas estão com níveis mais elevados de sofrimento mental. E, embora isso não se traduza automaticamente em doença psiquiátrica, elas querem uma alternativa para aliviar esses sintomas.
 

“Há muito diagnóstico falso-positivo. A pessoa chega com um certo número de queixas e o médico já interpreta como um transtorno e introduz um fármaco. A gente [médico] também sofre uma pressão social para medicar. O cliente já vem procurando o remédio, e não orientação sobre estilo de vida, meditação, psicoterapia.”
 

No entanto, ele lembra que esse é um retrato que espelha a realidade de parte da população, que tem acesso a um médico e condições de comprar medicamentos.
 

“Estudos americanos apontam que os brancos têm mais acesso a prescrições do que as populações latinas, negras. O mesmo acontece aqui: a classe média alta tendo acesso a essas prescrições e muitas pessoas do andar debaixo, mesmo precisando muito, sem acesso a elas.”
 

A venda de psicotrópicos no país é feita com apresentação de prescrição médica, retenção da primeira via da receita e lançamento no SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados).
 

Para o farmacêutico Wellington Barros, consultor do CFF e professor da Universidade Federal de Sergipe, a pandemia tem gerado muito sofrimento psíquico por fatores como o luto pela perda de familiares, o isolamento social e as sequelas pós-Covid, a chamada Covid longa.
 

Um estudo do Hospital das Clínicas que acompanha um grupo de pacientes que estiveram internados por Covid-19 mostra que, nos seis primeiros meses de acompanhamento, 58,7% relatavam pelo menos um sintoma emocional ou cognitivo, como perda de memória (42%), insônia (33%), ansiedade (31%) e depressão (22%).
 

“Temos visto também muita depressão em jovens. Ela vinha crescendo antes da pandemia, mas agora aumentou mais ainda devido à mudança brusca nos hábitos dos adolescentes. Eles são muito gregários nessa fase da vida e, quando se viram isolados dos colegas e dos grupos, isso afetou muito a saúde mental.”
 

José Ricardo Amadio, coordenador do grupo de trabalho sobre farmácia comunitária do CFF, diz que, além dos jovens, chama a atenção um aumento do consumo de antidepressivos entre os idosos.
 

Apesar de o levantamento não contemplar esse recorte etário, ele afirma que essa é a percepção de quem está na linha de frente, atrás do balcão. “O paciente idoso sentiu muito a ausência, a falta de convívio com a família.”
 

Leite e Barros reforçam, no entanto, que, embora as condições impostas pela Covid-19 tenham exposto as pessoas a situações de estresse extremo, nem tudo pode ser traduzido em doença mental.
 

“Nem toda alteração no sono, nem todo sentimento de tristeza ou solidão, ou mesmo o estresse, constituem, a priori, um transtorno em saúde mental passível de ser tratado com medicamentos”, diz Barros.
 

O levantamento do CFF aponta importantes diferenças regionais nas vendas de psicotrópicos no país. Acre, por exemplo, registrou o maior aumento, de 40%. Em igual período do ano passado, comparado a 2019, a alta tinha sido de 12%.
 

Alagoas e Amazonas tiveram 34% e 31% de aumento de vendas, ante um crescimento anterior de 20% e 17%, respectivamente.
 

“Há um forte componente dos determinantes sociais de saúde [nessas diferenças]. Em alguns estados, há uma rede mais organizada de assistência do que em outros”, diz Wellington Barros.
 

Para ele, o momento é crucial porque está em curso uma tentativa de desmontar a política mental no país que vigora desde a década de 1990.
 

“Está acontecendo um desmantelamento das estruturas de atendimento psicossocial no país em um momento em que elas se fazem ainda mais necessárias para enfrentar esse momento da Covid e o pós-Covid.”
 

O Ministério da Saúde nega o desmantelamento e diz que a meta da revisão da política é a de tornar a assistência à saúde mental mais acessível e resolutiva.
 

Neste mês, o Conselho Federal de Psicologia lançou o site “Saúde Mental e Covid-19” em parceria com oito entidades de profissionais da área, pesquisadores e gestores públicos de saúde.
 

A proposta do site é tornar-se uma ferramenta que reúna em um só lugar diversas informações, como notícias, cursos, pesquisas e legislações, sobre saúde mental durante a pandemia.
 

Para Ricardo Gorayeb, presidente da SBP (Sociedade Brasileira de Psicologia), do ponto de vista da saúde mental na pandemia, é possível que outras ondas de distúrbios estejam por vir.
 

“Tivemos distúrbios psicológicos dos profissionais da linha de frente, das famílias trancadas em casa, mas vai haver uma terceira onda de estresse pós-traumático que, nós profissionais da saúde mental, teremos que estar preparados para enfrentar”, disse ele, durante live de lançamento do site no último dia 16.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/127278-venda-de-antidepressivos-cresce-na-pandemia-e-liga-alerta-para-sofrimento-mental.html

sábado, 17 de julho de 2021

Esportes ao ar livre têm sido opção dos baianos na pandemia; cuidados são necessários

Caso você já tenha saído de casa durante a pandemia, para fazer qualquer coisa, necessária ou não, deve ter visto, em algum momento, pessoas andando de bicicleta em conjunto. Grupos de 10, 20, 30 ciclistas pedalando no asfalto, em geral no acostamento, nos horários e dias mais variados possíveis. Se você deu um pulo na praia, por qualquer motivo que seja - caminhar, ver o mar, sentir o cheiro de sal ou a brisa batendo no corpo -, também pode ter observado outra prática muito comum: o futevôlei. Diante da necessidade de manter o corpo em movimento, o risco maior de contaminação pela Covid-19 em locais fechados tem gerado uma procura cada vez maior dos baianos por esportes ao ar livre.

 

"É impressionante a quantidade de pessoas que eu não via fazendo atividade e em menos de um ano praticamente quadruplicou. Principalmente na bicicleta. Nunca vi tanta gente pedalando em todos os lugares que eu vou. É um ponto positivo", afirma o professor de educação física, especialista em movimento, Felipe Macena, que tem no esporte uma inspiração de vida. "Atividade física é a única droga, o único remédio que nenhum laboratório vai conseguir colocar em cápsula. Isso nunca vai acontecer com a atividade física. É uma forma não só de inserção de pessoas na sociedade, não só na parte estética, mas um hábito saudável e necessário. Transforma vidas. Você sai de um estado letárgico e pode ter uma profundidade de sensações e movimentos que só a atividade lhe dá", destaca.

 

Professor Felipe Macena tem pedalado sozinho durante a pandemia (Foto: Arquivo Pessoal)

 

O estudo Year in Sport, divulgado anualmente pelo Strava, plataforma online de registro de atividades físicas, apontou um aumento considerável da prática de atividades físicas em 2020. No Brasil, pessoas correndo percorreram 133,1 milhões de quilômetros, contra 98,4 milhões em 2019, com média de 5,9 km para homens e 5,3 km para mulheres. Já na bicicleta, o número foi de 1,2 bilhão de quilômetros percorridos. Os homens tiveram distância média de 29,3 km, e as mulheres de 22,9 km, segundo reportagem do portal Viva Bem, do Uol.

 

O médico infectologista Igor Brandão afirma que fazer atividades físicas durante a pandemia é necessário. De preferência, elas devem ser realizadas em locais que tenham o menor risco de contaminação possível. Para isso acontecer, os praticantes e instrutores devem seguir os protocolos de prevenção da Covid-19. "[Com as orientações de distanciamento social] Não é para as pessoas entenderem que não têm que fazer nada. É que tem que fazer consciente dos riscos. Dentro de uma balança risco-benefício, a pessoa que pratica exercício físico de forma segura vai ter uma vida mais saudável. Obesidade e sedentarismo são fatores de risco para ter uma Covid grave. O segredo é o equilíbrio. Dar preferência a ambiente aberto, manter a distância, usar máscara, álcool gel. É essencial o exercício físico, uma boa alimentação e um bom sono. Isso aumenta a imunidade", pontua. 

 

O professor Dalton Vinhaes Dantas, especialista em bike indoor, jump, local e circuitos, já participou de diversos grupos de bicicleta e garante que a maioria deles cumpre os protocolos, mas estão mais flexíveis diante do avanço da vacinação. "São organizados e rígidos. Quando vão para a pista, andam em fila dupla por local. São duas filas indianas. Se mantêm distantes uma da outra. E usam, sim, máscara, quando em grupo. De um mês para cá, tenho observado algumas pessoas em grupos que não estão usando máscara. Sem vacinação, eles são muito exigentes. Os que conheço. E ninguém faz bobagem, porque, se fizer, é afastado", revelou ao Bahia Notícias.

 

Professor Dalton Vinhaes não costuma fazer trilhas urbanas (Foto: Arquivo pessoal)

 

Igor Brandão lembra que, a depender da atividade, os protocolos são diferentes. "O distanciamento ao ar livre é diferente de acordo com a movimentação da pessoa. Um Yoga, por exemplo, eu estou parado. Mas se estou andando rápido, é diferente. Se eu estiver andando de bicicleta, eu posso deixar um rastro maior. Tem que manter o uso da máscara, e manter o distanciamento social", lembra.

 

O artigo "Towards aerodynamically equivalent Covid-19 1,5 m social distancing for walking in running", indicado por Igor e elaborado por cientistas da Universidade da Pensilvânia, traz justamente essas referências. Quando parado, o indivíduo deve manter o distanciamento de um metro e meio. Caminhando, o número sobe para de quatro a cinco metros. Correndo ou pedalando em ritmo moderado, 10 metros, e correndo ou pedalando em ritmo intenso, 20 metros.

 

A maior procura pela bicicleta, por exemplo, tem gerado até um problema, segundo Vinhaes. "Chegou ao ponto de hipervalorização da bike. Faltam peças no mercado. Fora as vendas de site, imagine como está o mercado. Além do ciclismo em grupo para lazer, muita gente com medo de tomar ônibus comprou a bicicleta. Com as ciclovias instaladas em Salvador, as pessoas estão indo para o trabalho de bicicleta. É um mercado que abriu para todos os lados", destacou.

 

Apesar de os grupos serem, teoricamente, "seguros" em termo de chances de contaminação, o professor Felipe Macena tem preferido andar sozinho durante a pandemia. "A bicicleta se torna um reencontro com o deslocamento fácil e a possibilidade de você interagir com a natureza ao mesmo", diz, o que, para Vinhaes, se torna algo muito importante para a saúde mental. "Posso dizer que a bicicleta, de todos os esportes, é o mais familiar. Eu já pedalei com famílias, que tinha o filho de 11 anos e a vó de 62. Há um fortalecimento das emoções pela alegria de estar com a sua família. É um negócio que mexe muito com o emocional também", revela.

 

Felipe conta que os lugares mais frequentes pelos quais costuma pedalar são as trilhas que ficam atrás do Alphaville Litoral Norte, em Camaçari. Aos domingos, ele tem o hábito de fazer um percurso urbano, por ter menos carros na rua. "É mais seguro. Gosto de ir no Pelourinho, Bonfim, Ribeira. Sempre faço circuitos longos, porque eu gosto de pedalar e você acaba conhecendo a cidade de outro ângulo. Você aprende caminhos novos", relata.

 

ALTINHA OU SALÃOZINHO? 

Dá pra chamar de qualquer coisa, mas fato é que a altinha e o salãozinho, que são a mesma atividade, têm origem em um esporte que está cada vez sendo mais praticado aqui em Salvador: o futevôlei. Ian Santana, professor da modalidade há um ano e três meses, na região de Vilas do Atlântico, revela que, durante a pandemia, a visibilidade do esporte aumentou.

 

"Houve uma busca maior porque os campeonatos têm sido transmitidos pelo YouTube. O pessoal em casa tem acompanhado também no Instagram, e acaba querendo praticar. (...) Grande parte dos alunos vai em busca do futevôlei como uma forma de praticar a atividade física fora de uma sala de musculação, por exemplo. É uma forma mais dinâmica, que traz mais movimentos. Outros também buscam aprender o básico para aprender, jogar na praia, se divertir", afirmou, em entrevista ao BN.

 

Uma dessas pessoas que começou a praticar recentemente, há dois anos, foi a influenciadora Tainá Moreira. Ao Bahia Notícias, ela conta que conheceu o esporte por meio do marido. "Na época ele saía todo dia para jogar e eu fiquei curiosa, apesar de eu nunca ter tido um contato com outro esporte. [Comecei] pelo treino e pela prática do jogo em si, para fortalecer a parte respiratória. Eu sinto mais disposição, além de que, como é um esporte praticado em areia, fortalece a musculatura", conta. A prática parou durante o período de restrições mais rígidas, mas voltou recentemente. 

 

Influenciadora Tainá Oliveira começou a jogar há dois anos (Foto: Reprodução | Instagram)

 

De qualquer forma, o doutor Igor Brandão alerta para os cuidados que devem ser tomados durante essa prática específica. "Na hora que tiver um sol alto vai transpirar. A pessoa pode transmitir a doença de uma pessoa para outra", afirma. Por isso, o contato deve ser evitado, e, segundo Tainá, isso tem sido feito. "Uma quadra tem mais ou menos 9 metros de largura. Então é praticamente impossível [ter contato], até porque, para marcar o adversário, tem que manter distância", pontua.

 

Outros protocolos de prevenção têm sido seguidos, como utilização de álcool gel e de máscara, mesmo durante as partidas. Apesar disso, diversos vídeos publicados no Instagram com a prática da modalidade mostram que essa segunda orientação não tem sido cumprida com tanto rigor. Mesmo com o aumento da imunização contra a Covid-19 e com a diminuição de ocupação nos leitos de UTI nas últimas semanas, a prática esportiva, como destacou Igor Brandão, mesmo ao ar livre, ainda tem a necessidade de "usar máscara, higienizar as mãos com álcool gel e distanciamento social". Neste contexto, ela será benéfica.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/58877-esportes-ao-ar-livre-tem-sido-opcao-dos-baianos-na-pandemia-cuidados-sao-necessarios.html

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Cartórios registram 1º semestre com mais óbitos e menos nascimentos desde 2003


 A pandemia da Covid-19 vem causando um profundo impacto nas estatísticas vitais da população brasileira. Além das mais de 525 mil vítimas fatais atingidas pela doença, o novo coronavírus vem alterando a demografia de uma forma nunca vista desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil no Brasil, em 2003: nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano.

 

Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

 

Os cartórios brasileiros registraram 956.534 óbitos até o final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 67,7% maior que a média histórica de óbitos no País, e 37,3% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses no País. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 52,8%.

 

Com relação aos nascimentos, o Brasil registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 1.325.394 nascimentos, número 10% menor que a média de nascidos no País desde 2003, e 0,09% menor que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 8,6% no Brasil.

 

O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no País, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 901.594 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 368.860 mil em 2021, uma redução de 59,1% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 41,4%, e em relação a 2019 foi de 55,2%.

 

"O Portal da Transparência vem sendo usado por toda a sociedade para ter um retrato fiel do que tem acontecido no País neste momento de pandemia", explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil. "Os números mostram claramente os impactos da doença em nossa sociedade e possibilitam que os gestores públicos possam planejar as diversas políticas sociais com base nos dados compilados pelos Cartórios", completa.



Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/260320-cartorios-registram-1-semestre-com-mais-obitos-e-menos-nascimentos-desde-2003.html

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Prefeito de Canavieiras diz que fará fonte luminosa, mas que rosa ou arco-íris "não pode"

Prefeito de Canavieiras, município baiano, Dr. Almeida (PROS) disse nesta quarta (7), em live nas redes sociais, que pretende instalar uma fonte luminosa na Praça da Igreja Matriz de São Boaventura. Mas ao detalhar a fonte, disse que "não pode botar muita cor rosa ou então de arco-íris porque senão embola tudo”.

Artistas que participavam da transmissão corrigiram o prefeito, afirmando que as cores podem sim ser usadas, ele respondeu: "Pode também né? Que agora pode tudo”.

A declaração provocou diversos comentários, destacando o seu tom homofóbico.


Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/bahia/108957,prefeito-de-canavieiras-diz-que-fara-fonte-luminosa-mas-que-rosa-ou-arco-iris-nao-pode

sábado, 17 de abril de 2021

Ausência de atividades físicas e má postura causam problemas ortopédicos durante home office

Trabalhar em casa durante a pandemia da Covid-19 é um privilégio. Além de evitar o contágio pela doença que já matou mais de 365 mil pessoas no Brasil, não é necessário arcar com o estresse do deslocamento. Porém, o formato "home office", como é conhecido, tem acarretado alguns problemas que podem gerar consequências futuras. Alguns deles - sérios - são da área ortopédica.

 

Um estudo do Ipsos Global Advisor, realizado entre outubro e novembro de 2020, com 22 mil pessoas em 30 países, revelou que a redução de atividade física no mundo foi de 23%. No Brasil, a queda foi de 29%. Uma das causas para isso, segundo especialistas, é justamente o isolamento social. E quem está em regime "home office" sente mais. Segundo reportagem da CNN Brasil, um outro estudo, no Reino Unido, revelou que 80% das pessoas que trabalham em casa durante a pandemia relatam sentir algum tipo de dor nas costas, no pescoço ou nos ombros. 

 

"O que a gente vem observando é um aumento da incidência de sintomas ansiosos e depressivos. Estão surgindo novos casos, e quem já tinha uma condição teve ela agravada pela pandemia. O indivíduo ansioso diminui muito o interesse por coisas prazerosas e atividades esportivas. No entanto, sabemos que a atividade física tem uma correlação inversa. A presença dela diminui o risco de se ter sintomas ansiosos e depressivos", afirma o psiquiatra Lúcio Botelho.

 

O principal efeito dessa falta de movimentação do corpo é o surgimento de dores nas regiões mais utilizadas durante o período de trabalho. Inflamações como tendinite, burcite e cervicalgia (dor no pescoço) são as mais comuns.

 

"No ambiente de trabalho, um local sério, que se preocupa com o bem estar do funcionário, proporciona uma cadeira adequada, uma altura de computador adequado, para que a pessoa não fique com a cabeça olhando para cima ou para baixo. Em casa, o indivíduo deve se preocupar com essas mesmas coisas. Uma cadeira que dê apoio à lombar, apoio ao braço, que o peso do braço seja suportado por aquele suporte do assento. Que não fique sustentado pelo ombro. Isso leva a problemas de ordem ortopédica", alerta o ortopedista Luis Alfredo, vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo.

 

Essa má-sustentação citada pelo médico é intensificada pela fragilidade dos músculos que exercem a função. Segundo Luis, como a musculatura está em desuso, em virtude da falta de atividades físicas, ela fica mais fácida. "O tônus muscular diminui. A sustentação vai se dar pelo tônus de uma musculatura flácida", diz. 

 

Contudo, seja por falta de opção ou por outro motivo, muitos indivíduos têm escolhido locais inapropriados para trabalhar, como a cama, o sofá, ou em cadeiras que não oferecem o suporte necessário. Os prejuízos dessa escolha não são apenas de ordem ortopédica, mas psiquiátrica também.

 

"A gente precisa deixar o quarto, a cama, especial para dormir. Trabalhar na cama pode contribuir para um prejuízo na qualidade do sono. Para pacientes que têm insônia, a gente recomenda que reservem o quarto apenas para dormir. É importante reservar dentro de casa um local adequado para trabalhar", complementa Lúcio Botelho.

 

As medidas para evitar que essas dores não venham a ser um empecilho na rotina - de forma mais prolongada, inclusive - podem ser bem simples. A começar por se consultar com um especialista. "Muitas vezes, a depender do intervalo de tempo, e da intensidade, o paciente pode levar um bom tempo para se recuperar. Normalmente, se tirar o que tá ocasionando o problema, com fisioterapia se resolve. Mas existem situações que é como uma camisa manchada de café. Você lava, e a mancha continua. E ali não tira mais. É possível sim que o indivíduo herde esse problema para o futuro", destaca Luis Alfredo.

 

Além disso, alguns exercícios podem ser essenciais para o fortalecimento da musculatura de sustentação. É o que explica a fisioterapeuta Mary Paz. "Fazer os alongamentos são essenciais. Se o caso for no punho, por exemplo, eu posso fazer, em um primeiro momento, só no punho. Depois, no entanto, é importante trabalhar o corpo todo. O ideal é se conscientizar para ter uma rotina de atividade física, um protocolo de alongamento importante. Se não pode fazer todos os dias, faça dia sim, dia não. Durante o trabalho, é bom fazer uma caminhada, se movimentar", ressalta.

 

Uma das soluções encontradas por fisioterapeutas para seguir orientando seus clientes durante a pandemia foi o atendimento online. Sendo assim, mesmo com as academias fechadas, devido às restrições para o combate à Covid-19, é possível ter uma atividade personalizada dentro de casa.

 

"O peso do próprio corpo já é um acessório de grande valia. Não precisa de grandes cargas, aparelhos. Tendo uma toalha, um espaço no chão, consegue trabalhar o seu corpo. Todos esses trabalhos são possíveis de fazer em casa. Recomendamos um profissional supervisionando esse treino. Muitas vezes as pessoas pegam um treino no Youtube e falam 'esse vai servir para mim'. Só que muitas vezes aquele treino não está englobando um possível problema que você tenha. O profissional vai estar ali orientando. Caso a pessoa sinta um desconforto, ela pode mudar a forma de fazer aquele exercício específico", complementa a fisioterapeuta.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/26403-ausencia-de-atividades-fisicas-e-ma-postura-causam-problemas-ortopedicos-durante-home-office.html

sábado, 13 de março de 2021

O efeito mais perigoso do stress que pode ser fatal

O stress faz parte das nossas vidas. Mas quando falamos de stress crônico, as consequências podem ser fatais. Além de dores de cabeça constantes, espasmos musculares, palpitações, ataques de pânico, síndrome do intestino irritável, insônia, entre muitas outras condições e sintomas, o stress crônico pode causar ataques cardíacos.

Como é explicado pela Eat This, Not That!, o stress crônico cria uma inflamação constante no corpo, inclusive nas artérias coronárias, que pode levar à obstrução total da artéria. Isso, por sua vez, leva à diminuição do fluxo sanguíneo e do oxigênio para o músculo cardíaco, o que, por definição, é um ataque cardíaco.

Fonte: https://informebaiano.com.br/199409/saude/o-efeito-mais-perigoso-do-stress-que-pode-ser-fatal

 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Apesar de riscos, rinoplastia ainda é uma das cirurgias mais procuradas entre brasileiras

O Brasil lidera o ranking do país com maior quantidade de adolescentes e jovens fazendo cirurgia plástica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica houve um aumento de 141% na procura nos últimos dez anos. Segundo dados do Google, as buscas aumentaram em 4.800% durante a pandemia. Mas nem sempre o resultado é positivo e, sem os cuidados necessários, uma mudança em busca de mais autoestima pode ter o efeito reverso.


Em caso recente, a influencer Sthefane Mattos, de 22 anos, relatou em seu canal no Youtube o drama que viveu após uma complicação com a sua segunda rinoplastia. A jovem precisou fazer uma cirurgia de emergência após a cartilagem abrir. 


Porém, apesar das complicações, a rinoplastia ainda é uma das cirurgias mais buscadas no consultório médico. Para entender mais sobre o procedimento, o Bahia Notícias entrou em contato com o cirurgião plástico Geza Laszlo Urmenyi. 


Quando questionado sobre o principal motivo da procura nos consultórios, o profissional explica: “A maioria das queixas dos pacientes acontece em relação à ponta do nariz. A ponta caída, globosa, sem definição, uma asa quando sorri ou um dorso elevado são as principais reclamações.”


Já entre os pacientes que procuram essa mudança estética, o cirurgião afirma que a maior porcentagem ainda é feminina. “Cerca de 80% ou 90% dos meus pacientes que procuram uma melhora estética ainda são mulheres”, relata. 


Ele defende que atualmente a rinoplastia é uma cirurgia bastante segura, e que complicações mais sérias não tão tão comuns e o pós operatório não é doloroso. Porém, é possível observar edemas embaixo dos olhos ou algum sangramento, que é facilmente solucionado. 


Por isso, ele aponta que riscos como o de necrose do tecido do nariz são algo raro. “Tem que ter uma falta de treinamento adequado do cirurgião. Esse tipo de complicação é muito mais ligada aos preenchimentos, já que o profissional não está vendo onde o a substância está sendo injetada. Porém é uma situação trágica e muito rara em cirurgia.”


De acordo com o médico, o principal erro na cirurgia é tentar colocar um nariz que não combina com o rosto. “Se uma cirurgia de nariz não for bem realizada é possível notar que algo não está balanceado naquele rosto. O principal erro é tentar colocar o nariz de uma pessoa em outra, ele não vai se encaixar. Aqui na Bahia somos bem miscigenados, tem pacientes com características de duas etnias, por exemplo, e por isso é importante se atentar para dar ao paciente um nariz que combina com aquele rosto. “

 

Em relação a contra indicações da cirurgia ele é categórico: “Não se deve tentar transformar um nariz negroide em um nariz caucasiano, por exemplo. Não é estético e as etnias devem ser respeitadas ao fazer a rinoplastia."

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/59821-apesar-de-riscos-rinoplastia-ainda-e-uma-das-cirurgias-mais-procuradas-entre-brasileiras.html 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A falência social exposta pelo 'estupro culposo' de um país rico e hipócrita


 O “estupro culposo”, veredito utilizado em um caso de ampla repercussão nacional envolvendo uma influenciadora digital e um homem branco rico, é um caso do ativismo de ocasião que vemos no Brasil. Infelizmente. Queria eu criar expectativa de que toda essa mobilização contra a excrescência jurídica perpetrada em Santa Catarina fosse recorrente em casos similares. Não é. Nunca foi. E não será enquanto continuarmos fingindo que está tudo bem.

 

Há algum tempo esse crime cometido em uma boate da rica Florianópolis tem tido repercussão nas mídias sociais. A jovem foi execrada publicamente após denunciar o episódio e acabou humilhada pelo sistema jurídico brasileiro. Ali, a modelo não foi apenas vítima do estuprador. Ela foi vítima do Estado, que preferiu se omitir ao invés de acolhê-la. A jovem foi “revitimizada”, para usar um neologismo. E essa indignação, que deveria geral, vai ser uma onda curta, que não deve mudar o status quo. Poderia estar errado. Porém, infelizmente, não estou. O Cafe de la Musique não foi palco para algo único.

 

Basta lembrarmos os inúmeros casos de abuso que fazem parte da rotina das mulheres em todo o Brasil. A sociedade patriarcal é um dos grandes impedimentos para mudar essa situação. O machismo é tão naturalizado que, nesse caso específico, a vítima seguiu sendo vitimizada desde o crime. E ainda segue sendo alvo de comentários inadequados, como os proferidos pelo advogado de defesa do acusado.

 

É preciso fazer com que o ativismo de cadeira, muito comum no ambiente das redes sociais, provoque um debate real. Tal qual o racismo, essa é uma discussão que a sociedade tem colocado para debaixo do tapete e adiado por um tempo muito maior do que a demanda. Enquanto isso, mulheres são alvos de uma sociedade machista, que prefere criar uma tipificação penal inexistente na legislação ao invés de amparar aquelas que são as maiores vítimas de um sistema que pune a vítima e inocenta o culpado.

 

Para além das manifestações públicas de apoio, é preciso que a sociedade brade que é impossível continuar lidando com esse tipo de situação. O silêncio de qualquer autoridade pública sobre o assunto é um sinal de que há anuência ou complacência com esse tipo de crime. E o ativismo de ocasião precisa ser acompanhado e combatido por quem tem interesse na transformação da sociedade. Fazer barulho por político de estimação é fácil. Quero ver cobrar que eles atuem para aquilo que foram eleitos.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/fernando-duarte/185-a-falencia-social-exposta-pelo-estupro-culposo-de-um-pais-rico-e-hipocrita.html

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Repórter da Globo entra na água e salva funcionário da prefeitura eletrocutado

O repórter Rogério Coutinho, da TV Globo, salvou um funcionário da prefeitura do Rio de Janeiro que caiu no cais do Valongo, na tarde de hoje (22).
Coutinho aguardava para entrar ao vivo quando presenciou o homem ser eletrocutado em um alargamento, e entrou na água para ajudá-lo. "Eu vi o momento em que ele gritou, ficou submerso (...), aí eu entrei na água, o funcionário da Comlurb também", disse, ao vivo.
Segundo ele, o funcionário da prefeitura ficou cerca de 40 segundos submerso, mas recebeu os primeiros socorros e estava consciente quando foi encaminhado ao Hospital Souza Aguiar.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Petrobras diz que vai doar dez mil botijões de gás a comunidades carentes

A Petrobras e a sua subsidiária Liquigás doarão 10 mil cargas para botijões de gás de cozinha (GLP) de 13 kg para comunidades em situação vulnerável que foram atingidas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). As doações serão feitas a comunidades de todo o país. A informação é da Agência Brasil.
A entrega dos botijões será feita em parceria com a rede de revendas da Liquigás. De acordo com o diretor de Relacionamento Institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, o objetivo é ajudar famílias que estão enfrentando dificuldades durante a pandemia.
A companhia informou, ainda, que já destinou mais de R$ 30 milhões em doações para contribuir com o enfrentamento da covid-19. Além do gás de botijão, ela está doando combustível para ambulâncias, veículos de transportes de médicos e geradores de hospitais públicos e filantrópicos. A previsão é doar até 3 milhões de litros de combustível.

Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/brasil/94890,petrobras-diz-que-vai-doar-dez-mil-botijoes-de-gas-a-comunidades-carentes

domingo, 19 de julho de 2020

Campanha que divulga profissionais negras de todo o Brasil tem baiana na coordenação



“Negras que Movem” é o elemento chave de uma campanha que já apoia dezenas de profissionais negras de todo o Brasil e utiliza as redes sociais como meio de divulgação dos trabalhos realizados por elas. A iniciativa, que neste momento tem como uma das coordenadoras a publicitária baiana Luciane Reis, reúne em uma página no Instagram profissionais negras das áreas de psicologia, marketing, gestão pública, comunicação e outras. 

Inspirada na atriz Taís Araújo, que mobilizou sua rede pessoal para promover mulheres negras empreendedoras, a campanha tem por objetivo o fortalecimento da “representatividade”, além de abrir campos de negócios para as mulheres participantes. 

“Nós vimos a publicação que Taís Araújo fez nas redes sociais homenageando a atriz Isabel Fillardis e percebemos como isso ganhou força. Muitas atrizes negras entraram na campanha e também falaram sobre a importância de Isabel e da própria Taís em suas trajetórias. Então, pensamos: por que não criarmos essa rede e mostrarmos mulheres negras que estão por aí movendo diversas áreas profissionais. Explica Luciane Reis, criadora do canal “Mercafro”. Luciane divide a coordenação do “Negras que Movem” com a designer pernambucana, Taís Nascimento,  e com a marketeira digital paranaense, Vitorí da Silva. 

No perfil @negrasquemovem são compartilhadas as histórias das profissionais, além de formas de estabelecer contato. A proposta, de acordo com o grupo, é viabilizar as possíveis parcerias e aumentar as possibilidades de negócios. 

A rede que chega à plataforma digital é integrada por mulheres do Programa Marielle Franco, promovido pelo Fundo Baobá para a Equidade Racial. “O programa busca acelerar o desenvolvimento de lideranças femininas negras. Muitas de nós não nos conhecemos pessoalmente, já que é um grupo nacional, mas sentimos a necessidade de compartilhar nossas histórias e assim incentivar mais mulheres a se enxergarem em profissões que muitas vezes ainda são mais ocupadas por pessoas brancas”, comenta Taís Nascimento.


“Começamos com 26 mulheres, mas sabemos o potencial que podemos alcançar, justamente por sabermos que somos milhares de mulheres negras movendo o país. Queremos contar essas histórias e queremos que elas se multipliquem cada vez mais”, destaca Vitorí da Silva. 

Por se tratar de um movimento coletivo, a ideia é que nos próximos meses outras integrantes estejam à frente da coordenação do projeto. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250872-campanha-que-divulga-profissionais-negras-de-todo-o-brasil-tem-baiana-na-coordenacao.html