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sexta-feira, 17 de julho de 2020

Mais de 600 asilos receberão auxílio para combater Covid-19



Localizadas em municípios com mais de 200 mil habitantes com altos índices de Covid-19, 619 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) foram selecionadas para receber um conjunto de ações de prevenção, monitoramento e testagem para a doença ao longo de três meses.

O programa de R$ 100 milhões vai beneficiar 29 mil idosos e 22 mil profissionais de entidades distribuídas por 21 estados e Distrito Federal.

É mais uma frente do Todos pela Saúde, iniciativa do Itaú Unibanco que destinou R$ 1 bilhão para o combate à Covid-19 no Brasil.

"Desenhamos ao longo dos últimos dois meses uma ação urgente e de alto impacto que não estava no radar da sociedade em geral para proteção dos idosos que vivem em instituições", explica Claudia Politanski, vice-presidente do banco.

O programa está organizado em dois pilares: prevenção e diagnóstico. Em meados de junho começaram as entregas de 30 milhões de EPIs (máscaras cirúrgicas e de pano, óculos de proteção, face shield, luvas, avental, gorro) e itens de higiene (álcool em gel e líquido, sabonete, hipoclorito e papel toalha).

As ILPIs filantrópicas e públicas cadastradas também vão receber 2.500 termômetros e 1.200 oxímetros, equipamento que mede a saturação do oxigênio no sangue.

"A doença tem um característica perversa, a hipóxia silenciosa, que faz com que pacientes com dificuldades para respirar cheguem ao hospital quando já é tarde demais", afirma Politanski.

Além de envolver secretarias estaduais e municipais de Saúde e de Desenvolvimento Social, o programa conta com a participação da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e da Frente Nacional de Fortalecimento à ILPI.

O monitoramento in loco é feito pelo Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento (Olhe).

"No mundo todo, o índice de mortes causadas pela Covid-19 é mais elevado entre pessoas idosas, principalmente as que vivem em instituições coletivas", diz a enfermeira sanitarista Miriam Ikeda Ribeiro, responsável técnica pelo projeto.

Uma equipe de 150 visitadores da ONG vão fazer visitas regulares às ILPIs cadastradas e alimentar a plataforma com dados sobre casos e mortes por Covid-19.

O cadastro do Sistema Único de Assistência Social tem em torno de 2.000 ILPIs, que abrigam 83 mil idosos, de estimados 400 mil que vivem em instituições públicas, filantrópicas e particulares.

"Para além dos três meses do projeto, estamos criando uma plataforma e um banco de dados sobre IPLIs, contribuição importante para o Brasil", afirma Ribeiro.

São Paulo, diz, é o único estado que levantou dados sobre os 40 mil idosos institucionalizados, com 483 mortes computadas pelo Ministério Público até 10 de julho.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/85572-mais-de-600-asilos-receberao-auxilio-para-combater-covid-19.html

Corpo de mulher é encontrado em geladeira em BH; ela tinha BO contra ex-namorado



Uma mulher foi encontrada morta dentro da geladeira do próprio apartamento, nesta quarta-feira (15), em Belo Horizonte (MG). Elisângela Vespermann tinha 30 anos. Ela tinha prestado boletim de ocorrência contra um ex-namorado no mês anterior.

De acordo com o G1, quem descobriu o corpo foi o ex-marido dela. Eles ainda eram casados no papel, mas não moravam mais juntos. O casal não se falava há cerca de um mês, e o homem achou estranho o sumiço da mulher.

Quando foi ao apartamento, não conseguiu abrir a porta, e chamou o irmão e a cunhada para ajudá-lo, além de um chaveiro. Ao entrar no local, viu que a geladeira estava virada para a parede e vedada com uma fita adesiva transparente. Quando desvirou o eletrodoméstico, viu o corpo de sua ex-mulher e acionou a polícia militar.

De acordo com a perícia, Elisângela apresentava sinais de violência no tórax e nos braços, e de enforcamento. Aqueles que entraram no apartamento foram à delegacia prestar depoimento.

A Polícia informou que Elisângela mantinha um caso extra-conjugal com um outro homem, e teria registrado um BO contra ele, após ele não aceitar o fim do relacionamento. De acordo com o registro, o ex-parceiro estava ameaçando familiares dela e dizia que ia se matar.

A mulher era balconista de uma rede de fast food no bairro Guarani, região Norte de BH, e não era vista pelos colegas desde a última sexta-feira (10). 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250795-corpo-de-mulher-e-encontrado-em-geladeira-em-bh-ela-tinha-bo-contra-ex-namorado.html

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Campo Formoso: Perícias confirmam lesões de espancamento em jovem que denunciou pai



Dois exames de corpo de delito confirmaram sinais de espancamento em Rafaella Carvalho. Ao Bahia Notícias nesta quinta-feira (17), o coordenador da 19ª Coorpin, delegado Felipe Neri informou que as perícias foram feitas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e na própria Coorpin, com um médico legista, entre segunda-feira (13) e terça-feira (14).

“Dois médicos distintos fizeram o procedimento e ambos confirmaram lesões de espancamento”, disse ao BN. O acusado das agressões, o presidente da Câmara de Campo Formoso, José Alberto de Carvalho, conhecido como “Zé Lambão”, prestou depoimento na terça. Na tarde desta quinta, o delegado deve decidir como será o depoimento, devido à pandemia, das outras testemunhas que presenciaram o fato. O tempo de conclusão do inquérito é de 30 dias, mas o delegado pretende encerrá-lo antes.

“Nós estamos trabalhando para finalizar o mais rápido possível e fazer isso antes do prazo”, informou. O caso veio à tona no último domingo (12). Rafaella Carvalho disse que foi espancada após uma discussão com o pai, que antes teria feito um comentário depreciativo sobre o desempenho dela em uma faculdade.

A estudante chegou a dizer que o pai sempre teve um comportamento agressivo, sendo uma das vítimas a mãe dela. Na segunda, Simone Araújo, mãe da jovem, usou as redes sociais para cobrar punição ao vereador que, segundo ela, a agrediu durante os anos que conviveram.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/21804-campo-formoso-pericias-confirmam-lesoes-de-espancamento-em-jovem-que-denunciou-pai.html

Estátua de escravocrata é substituída por uma de manifestante negra no Reino Unido

A escultura de uma manifestante negra com o punho erguido foi instalada, nesta quarta-feira (15), no lugar de uma outra estátua de um mercador de escravos do século 17, após esta ser derrubada por manifestantes antirracismo na cidade portuária de Bristol, na Inglaterra.
A estátua de Edward Colston, que fez fortuna comercializando escravos da África Ocidental, foi derrubada e atirada no rio da cidade inglesa no mês passado, durante protestos contra a morte do norte-americano George Floyd, um homem negro, sob custódia da polícia da cidade de Mineápolis.
A escultura colocada no lugar é de Jen Reid, manifestante que foi fotografada na coluna da estátua de Colston pouco depois de esta ser removida, segundo o jornal Guardian.
O prefeito de Bristol, entretanto, disse que a escultura de Reid foi montada por um artista que não recebeu permissão para fazê-la.

Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/mundo/94723,estatua-de-escravocrata-e-substituida-por-uma-de-manifestante-negra-no-reino-unido

terça-feira, 14 de julho de 2020

Campo Formoso: Ex-mulher de vereador acusado de agredir filha pede punição a edil



A mãe da jovem que relatou ter sofrido agressões do pai, o presidente da Câmara de Campo Formoso, José Alberto de Carvalho, usou as redes sociais para pedir apoio para a filha. Simone Araújo, que reside atualmente nos Estados Unidos, contou que está impedida de voltar ao Brasil por conta das restrições da pandemia do novo coronavírus. Ela apelou para que o vereador seja punido. Simone conta que o edil, conhecido por Zé Lambão, a teria ameaçado após o que ocorreu com a filha.

“Por favor, me ajudem, me ajudem a não deixar impune. Ele me ameaçou ontem. Falando que tinha o que falar de mim. Não interessa o que ele vá falar de mim. Eu me interesso com minha verdade. Eu me interesso em querer tirar minha filha de perto dele. Por valor não julguem mais ela. Ela tá sofrendo demais. Ela já foi julgada demais pelo próprio pai. Eu peço, como mãe, que ajudem minha filha”, desabafou.

AGRESSÕES
No relato, Araújo declarou ainda que enquanto conviveu com o vereador sofreu agressões físicas e psicológicas. “Eu fui casada com ele há 18 anos e eu sofri muito. Muita gente conhece”, afirmou. A mulher afirmou ainda que só deixou a filha com o vereador no Brasil porque pensava que “ele a amava”. O caso é investigado pela Polícia Civil da região. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/21775-campo-formoso-ex-mulher-de-vereador-acusado-de-agredir-filha-pede-punicao-a-edil.html

domingo, 12 de julho de 2020

Irmãos Piologo deverão pagar R$ 80 mil de danos morais coletivos por vídeos homofóbicos



O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou autores de animações com mensagens transfóbicas, homofóbicas e machistas, do canal Mundo Canibal, a indenizarem em R$ 80 mil por danos morais coletivos. 

Pela decisão da 8ª Câmara de Direito Privado, o valor deverá ser revertido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que ajuizou a ação civil pública, em política de ações afirmativas para promover a igualdade e o combate às diferentes forma de discriminação. 

De acordo com o site Jota, o colegiado, por outro lado, não concordou com o pedido para retirar do ar o conteúdo, publicado em redes sociais, pois isso configuraria censura. Por unanimidade, foi provido parcialmente um recurso da Defensoria, que havia tido seu pedido negado em 1ª instância em 2017 pelo juiz Guilherme Madeira Dezem para retirar os vídeos do ar e para obter indenização por danos morais.

A ação ajuizada pela defensoria foi movida contra os irmãos Rodrigo e Ricardo Piologo e as plataformas nas quais foram publicados os conteúdos - Google, Facebook e Twitter. 

Um dos vídeos destacados pela Defensoria, intitulado “Piripaque”, se inicia com os seguintes dizeres: “Olhe, cara, sabe aquelas situações em que você SABE o que quer fazer, mas não tem CORAGEM de fazer?” São então mostradas as seguintes situações: personagem dá um soco na barriga de sua namorada gestante, provocando um aborto; filho que “vomita” fogo e mata sua mãe queimada após ela confessar o seu ofício de prostituta; pai que, de arma em punho, atira no estômago do filho e em sua cabeça, disparando, ainda, aos risos, diversos outros tiros em seu corpo, fazendo-o sangrar copiosamente, após descobrir-lhe homossexual.

Ainda de acordo com a reportagem, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), em parecer, defendeu que o “humor” do vídeo “decorre da identificação: somente quem compartilha do desejo de realizar tais atos de violência, ou que os entendam no seu íntimo, como naturais, diante das situações narradas” irá achar graça no material. “O vídeo reforça machismo e homofobia e ainda naturaliza atos de violência contra minorias, tratando-os como se integrassem o inconsciente coletivo, como se as violências retratadas constituíssem desejos reprimidos, mas existentes em todos nós, bastando um remedinho para liberá-los”, disse o MP-SP.

Em outra animação, de nome “Sr. Donizildo em Whatahhel Prostituto”, quando um personagem percebe que a profissional do sexo por ele contratada é, na verdade, uma travesti, ele passa a torturá-la, removendo com uma tesoura seu órgão sexual masculino e alongando, com alicates, seus mamilos, para que se transformem em seios. 

Em seu voto, a desembargadora-relatora Clara Maria Araújo Xavier diz que “em uma sociedade desigual, na qual existe a disparidade entre grupos sociais, é comum que o grupo supostamente dominante naturalize a situação marginalizada da minoria e ache ‘graça’ em situações nas quais há uma clara violação de normas, sejam elas sociais, linguísticas, morais ou de dignidade pessoal. Tais violações, aliás, muitas das vezes são tidas como benignas e inofensivas, seja pela distância psicológica do espectador/criador com a norma violada, seja pelo pouco ou nenhum comprometimento desse mesmo espectador/criador com referida norma”.

“De todo modo, importante salientar que a ferramenta do ‘riso’, – tão enaltecida pelos requeridos em sua contestação, e, obviamente, tão desejada por quem tem o humor como ofício – não tem, por si só, o condão de escusar ou mesmo de minimizar discursos excessivos, muitas vezes revestidos de caráter discriminatório e excludente de direitos, independentemente de serem eles considerados ou não discursos de ódio”, continua a desembargadora.

Por isso, em sua visão, a indenização por danos morais é devida. Já o pedido de retirada do ar dos conteúdos não pode prosperar, porque não há o explícito cometimento de crime, e a liberdade de expressão deve prevalecer.

“Analisando os conteúdos produzidos pelos requeridos – e por mais que, ao senso crítico desta julgadora, sejam eles absolutamente repulsivos, toscos e grotescos – compartilho do entendimento externado pelo julgador a quo no sentido de que o Estado-juiz não pode, de fato, impedir a sua livre circulação, removendo-os da rede mundial de computadores. Isso porque não se pode ignorar, pelos motivos bem expostos na r. sentença, que o objeto do litígio se encontra mesmo em linha limítrofe, não havendo o claro cometimento de crime por parte dos réus, “nem mesmo na questionável figura jurídica da apologia ao crime”, disse.

E continua: “Forçoso reconhecer que pleitos objetivando a proibição da veiculação de manifestações artísticas que, a princípio, teriam ofendido terceiros, soam – salvo naqueles casos excepcionais de patente desproporcionalidade no ingresso dos direitos de personalidade – um tanto quanto temerários, seja porque não se pode judicializar a arte (uma vez que o exercício da atividade jurisdicional não se destina à crítica artística), seja porque a solução encontrada pela Constituição Federal para o suposto abuso da liberdade de expressão é aplicado a posteriori, mediante indenização e eventual responsabilização criminal do artista”.


Na decisão, foram condenados Rodrigo, Ricardo, Rogério e Fábrica de Quadrinhos Núcleo de Artes S/C LTDA ao pagamento de R$ 80 mil em danos morais coletivos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/38152-irmaos-piologo-deverao-pagar-r-80-mil-de-danos-morais-coletivos-por-videos-homofobicos.html

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Pesquisa mostra aumento da violência contra pessoas trans no Brasil

No primeiro semestre deste ano, 89 pessoas transgênero foram assassinadas no Brasil, quantidade que supera em 39% a registrada no mesmo período de 2019, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Para a entidade, os números escancaram como a omissão de autoridades governamentais tem contribuído para que estejam no centro de um contexto amplo de vulnerabilidade, que inclui agora efeitos da pandemia de covid-19.
"Os dados não refletem exatamente a realidade da violência transfóbica em nosso país, uma vez que nossa metodologia de trabalho possui limitações de capturar apenas aquilo que de alguma maneira se torna visível. É provável que os números reais sejam bem superiores. Mesmo com essas limitações, os dados já demonstram que o Brasil vem passando por um processo de recrudescimento em relação à forma com que trata travestis, mulheres transexuais, homens trans, pessoas transmasculines e demais pessoas trans. O que reforça a importância do nosso trabalho de monitoramento, incidência política e denúncias a órgãos internacionais", escreve a Antra, que acrescenta que, em tentativa de suprir uma lacuna deixada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em junho de 2019, tratar os casos de transfobia com base na Lei nº 7.716/1989, na qual são tipificados os crimes de preconceito contra raça e cor.
Em nota, ao comentar os homicídios, a Antra antecipou respostas obtidas em entrevistas feitas para o projeto TransAção, de apoio a travestis e mulheres trans do Rio de Janeiro, a fim de elucidar como a suscetibilidade desse grupo populacional ocorre. A maioria (87,3%) das entrevistadas apontou como uma de suas principais necessidades a conquista de um emprego capaz de garantir seu próprio sustento. Além disso, 58,6% declararam pertencer ao grupo de risco de covid-19 e 94,8% que sofreram algum tipo de violência motivada por discriminação devido a sua identidade de gênero.
Ainda segundo a entidade, estima-se que cerca de 60% da população trans não conseguiu ter acesso ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal ou benefício semelhante. Desenha-se, portanto, uma situação preocupante, tendo em vista que 29,3% das participantes do TransAção afirmaram sobreviver com uma renda média de até R$ 200; 39,7% com uma de valor entre R$ 200 e R$500; 27,6% com até um salário mínimo (R$1.045) e 3,4% com renda entre R$ 1.045 e R$ 3.135. Nenhuma delas declarou receber acima de três salários mínimos. Ou seja, mesmo quando têm uma fonte de recursos, a quantia é, majoritariamente, baixa, o que faz com que parte delas busquem ajuda de familiares, que, em alguns casos, as subjugam a agressões dentro da própria residência.
No comunicado, a Antra também destaca que não há, até o momento, levantamentos abrangentes sobre as dificuldades enfrentadas pela comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexo e outros) durante a crise sanitária, produzidos por iniciativa das diferentes esferas de governo. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), os LGBTI+ estão entre as parcelas populacionais mais expostas à pandemia, motivo pelo qual, defende, se deve reivindicar aos governos políticas específicas de proteção social. 
Edição: Liliane Farias
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-06/pesquisa-mostra-aumento-da-violencia-contra-pessoas-trans-no-brasil

domingo, 28 de junho de 2020

WhatsApp permite chamada de vídeo com até 50 pessoas

Quem precisar fazer reunião poderá recorrer ao WhatsApp. Através de uma integração com o Messenger Rooms, o aplicativo possibilita a criação de uma sala de reunião de videochamadas em grupo com até 50 pessoas, mesmo que elas não tenham perfil no Facebook.
Criada em abril deste ano, a novidade, válida para Android e iPhone (iOS), possibilita convidar os amigos pelo próprio WhatsApp, por meio de um link direto enviado no chat do app.

Como criar chamada de vídeo no WhatsApp com 50 pessoas
1) Abra uma conversa privada ou em grupo no WhatsApp e toque em "+" — ou no clipe, no caso do Android. Selecione a opção "Sala" e clique em "Entrar no Messenger";
2) Vá em "Atividade da Sala" e defina o assunto da conversa;
3) Toque em "Criar sala como..." para finalizar. Para convidar os amigos, toque no botão "Enviar link no WhatsApp". Uma mensagem automática com um link de convite será adicionada ao WhatsApp. Envie o link para os convidados e aguarde eles entrarem na sua sala.
4) Para entrar, basta tocar no link recebido no WhatsApp e selecionar a opção "Participar". A partir daí, basta confirmar o login no botão "Entrar como..." e iniciar a videochamada.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/digital/noticias/2130738-whatsapp-permite-chamada-de-video-com-ate-50-pessoas

Exposição excessiva a telas pode reduzir capacidade motora de crianças

Pesquisa realizada pelo Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), sobre a exposição excessiva às telas de computador, televisão, celular tablet ou videogame mostrou que mais de 55% das crianças avaliadas faziam as refeições assistindo televisão, e 28% passavam longos períodos utilizando mídias de tela. Além disso, o uso excessivo de mídia de tela aumentou o risco de as crianças apresentarem habilidades motoras pobres, acentuou a inatividade física e diminuiu as horas de sono. O estudo abrangeu 900 crianças em idade pré-escolar, de 4 a 6 anos.
Para a pesquisa foram entrevistados pais ou responsáveis que responderam a questionário para determinar o perfil de atividade física e duração de sono da criança. As perguntas englobaram informações sobre os níveis de atividade física das crianças, número de horas de sono durante a noite e o dia, uso da mídia de tela e hábitos de uso. Para o tempo de uso das mídias de tela havia quatro opções de resposta: menos de 1h por dia; mais de 1h por dia até menos de 2h por dia; 2h por dia; ou mais de 2h por dia.
“As crianças realizaram uma avaliação motora completa, com testes como manuseio de objetos, andar em linha reta, pular, ficar na ponta dos pés, imitação de gestos, noções de direita e esquerda, repetir frases e reprodução de estímulos visuais e auditivos”, explicou a fisioterapeuta e doutoranda do Departamento de Psiquiatria da EPM/Unifesp, que conduziu a pesquisa, Erika Felix.
De acordo com Érika, o aumento do risco de comprometimento das habilidades motoras em função do uso excessivo das telas se justifica pelo fato de que a infância é um período crucial para o desenvolvimento motor e cognitivo e é significativamente influenciada pelo ambiente.
“Assim, recomenda-se que crianças de até 11 anos realizem pelo menos 60 minutos de atividade física por dia, tenham 2 horas ou menos de uso de mídia de tela de lazer por dia e durmam de 9 a 11 horas por noite”, disse.
Com a chegada da covid-19 no Brasil e a necessidade do isolamento social, as atividades ficaram limitadas e as crianças aumentaram o uso desses equipamentos. Segundo o levantamento, crianças de todas as idades passavam, em média, cerca de 3 horas de seus dias nas telas antes desta crise, período que passou para 6 horas, número que pode ser até maior, de acordo com a pesquisadora.
“Temos que fazer o que é prático e possível no momento para sobreviver, e isso inclui, também para as crianças, em ter mais tempo de tela. Mas a supervisão dos pais é de extrema importância, enfatizando que o tempo na tela não deve substituir a atividade física e o sono suficiente para todos”, concluiu a fisioterapeuta.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/digital/noticias/2131311-exposicao-excessiva-a-telas-pode-reduzir-capacidade-motora-de-criancas

sábado, 27 de junho de 2020

"Ajudar o próximo é a melhor forma de amor que existe" falou Gilmaria Ferreira Agente Comunitária de Inhambupe ao blog Edu Castro

Ajudar o próximo é a melhor forma de amor que existe hoje em Inhambupe e em qualquer lugar do mundo, e a nossa Agente comunitária Gilmária Ferreira vem fazendo um trabalho de forma admirável e de espontânea vontade, esse ato solidário foi hoje, sábado, dia 27 de junho de 2020 com doações de fraldas geriátricas para algumas pessoas que necessitam desse apoio e não tem condições de comprar.

Gilmaria ficou muito feliz pelo o apoio que ela deu a essas pessoas, na minha opinião ficou mais feliz que as pessoas que ganharam essas doações.

A nossa Agente comunitária tem um carinho muito especial pelo o seu trabalho e não precisa ser candidata política para ajudar. 

E ajudar pra Gilmaria é uma coisa tão simples e que todos deveriam seguir esse exemplo, como uma pessoa que precisa de algo e não ter o dinheiro para comprar, por isso ela se sente grata e feliz.

Parabéns pela a sua atitude Gilmária.

Precisamos de pessoas que façam atos solidários e que não chegam políticos, mas que ajude o próximo.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Pandemia acelera tendências de consumo, avaliam consultores



Cuidar de si sem perder a empatia e buscar conforto com consciência social e ecológica. Depois da prioridade zero (não perder a fonte de renda), essas serão as principais demandas dos consumidores pós-pandemia.

O admirável e temido mundo novo nem é tão novidade para empresas de previsão de tendências. O que os consultores veem é uma aceleração de movimentos já esperados.

"Nossa metodologia é traçar panoramas para dois, três anos à frente. Vivemos uma antecipação do que foi apontado para 2021-22", diz Luiz Arruda, responsável pela Mindset, ramo de consultoria de negócios da WGSN Brasil.

A ansiedade e o medo, características da contemporaneidade, já levam as pessoas para a segurança do lar desde o início do século. A preocupação com a Covid-19 pandemizaram essa tendência, consolidando o comércio eletrônico e os serviços digitais.

O consumo pela internet se intensificou de forma irreversível, mas esse crescimento quase compulsório também aumentou o desejo de se reconectar com gente de carne e osso. "A retomada do varejo será com formas híbridas, consumo online associado a ponto de venda físico", diz Dario Caldas, consultor e fundador do Observatório de Sinais.

A aposta é em empresas que criem relacionamentos mais amigáveis, transparentes e resolutivos com o consumidor. Atendimento, eficiência na distribuição, acompanhamento pós-venda e programas de benefício são diferenciais.

Apesar do crescimento do consumo virtual, a retomada da demanda pelo comércio físico está no horizonte. Mas não dá para ficar otimista com imagens de filas de consumidores nas portas de shoppings e lojas, diz a antropóloga social Ana Carolina Balthazar, professora da PUC-Rio.

Segundo ela, uma das consequências da recessão mundial prevista é a perda do poder aquisitivo da população.

Mesmo assim, há potencial para o consumo presencial, principalmente no setor de luxo. "O consumidor vê valor na experiência do ponto de venda, na interação com vendedores que fazem uma espécie de curadoria", diz. Quem conseguir trazer isso para o mundo virtual sai ganhando.

Cumprir protocolos de saúde nas lojas, seja com o uso de máscara ou com a boa higienização do ambiente, será fundamental para atrair consumidores. "Mas não adianta transformar isso em um esquema militarizado. As pessoas querem segurança, mas não aguentam mais se sentirem amedrontadas", diz Caldas.

Além de ficar seguro em casa, outra prioridade é cuidar da saúde física e mental, do bem-estar. O setor de higiene foi um dos que cresceu desde o início da quarentena, de acordo com o Sebrae.

Há espaço para produtos de cuidados pessoais e beleza, cursos de dança, programas de meditação, telemedicina.

Com o desejo de mais conforto e relaxamento, cresce também a procura de produtos e serviços para a casa, incluindo bricolagem, o "faça você mesmo". Entram aí serviços de manutenção e pequenos consertos, produtos para facilitar tarefas domésticas e peças de design.

Neste último item, outra demanda da vida antes da Covid-19 ganha força: a busca por materiais naturais, itens artesanais, plantas dentro de casa.

Mas, na decoração, uma tendência que se mostrava forte até o início deste ano arrefeceu. A exploração dos sentidos, por meio de texturas, por exemplo, ficou meio fora de lugar já que a ordem é evitar o contato das mãos com superfícies onde, eventualmente, o vírus poderia se alojar.

"Nas últimas feiras de decoração, muitos produtos trabalhavam a sensorialidade com apelo ao toque. Agora, não vai rolar", afirma Caldas.

A saúde ganha também uma dimensão planetária. Há uma percepção mais clara de como o ambiente afeta o indivíduo --até o papa Francisco se pronunciou sobre a relação entre a pandemia e a mudança climática, lembra Caldas.

O consumidor está mais consciente de seu papel na preservação ambiental e espera isso das empresas, assim como responsabilidade social.

Políticas claras das marcas e produtos sustentáveis atendem melhor essa demanda. Isso também pode favorecer produtores locais e empreendimentos pequenos que tenham conseguido sobreviver ao período de quarentena.

Empresas já adaptadas para oferecer soluções e produtos sustentáveis sairão na frente, diz Balthazar, mas a antropóloga lembra que essa preocupação do consumidor vem ocorrendo há algum tempo.

"Grandes transformações sociais levam anos para serem construídas. A população foi forçada a experimentar novos hábitos, mas ainda não dá para falar em mudanças estruturais", diz ela.

No momento, a categoria chamada de alta recompensa cresce com aumento da demanda por brinquedos sexuais, videogames e streamings de entretenimento --que são válvulas de escape para ansiedade e angústias reforçadas pela pandemia.

Já para os setores de eventos e turismo, a vida ficou mais difícil. Várias festas e seminários foram cancelados, alguns migraram para plataformas digitais, assim como viagens de trabalho foram substituídas por encontros online.

A previsão é que esses modelos continuem no futuro, combinados a eventos presenciais, possivelmente com menor público, e viagens também em menor escala.

Segundo o Sebrae, o cenário ainda é muito novo e qualquer previsão de longo prazo é arriscada. Os economistas preveem para 2020 uma enorme recessão, tanto para o Brasil como para a economia mundial. Isso se traduz em retração do consumo, desemprego e queda no PIB das principais economias do mundo.

"Os empreendedores vão encontrar um mercado completamente mexido --pelos concorrentes que fecharam as portas, pelas alterações no preço de fornecedores e por novas expectativas de consumo", diz Livia Fioretti, responsável pelo Global Insight Network e tendências da Trendwatching.

Para ela, será preciso uma boa dose de criatividade para se reinventar. "É uma questão de jogo de cintura. As oportunidades dependem do estágio de adaptação de cada empresa às necessidades da nova década. As que estão digitalizadas ou encontraram maneiras de se aproximar dos clientes têm vantagem", diz Fioretti.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/83146-pandemia-acelera-tendencias-de-consumo-avaliam-consultores.html

domingo, 14 de junho de 2020

Suzane von Richthofen usa Covid-19 para pedir progressão para regime aberto

A detenta Suzane von Richthofen pediu à Justiça a progressão de sua pena ao regime aberto. A defesa alega que o isolamento social resultou na suspensão das saídas temporárias, além das visitas de parentes na cadeia. Com isso, ela estaria sendo impedida de usufruir os direitos do regime semiaberto.

Suzane foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais. Porém, ao longo do período em que esteve presa, a pena sofreu alterações, sendo agora de 34 anos e nove meses.

No pedido feito pelos advogados no último dia 28 de maio, eles argumentam que Suzane teve um endurecimento de pena no presídio Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé. No regime semiaberto, ela tinha direito a saídas temporárias sazonais. Porém, a Corregedoria-Geral da Justiça suspendeu a saída temporária dos presos em regime semiaberto, segundo o G1.

Caso a Justiça não aceite a progressão de pena, os advogados de Suzane pedem, como alternativa, que ela possa ir para prisão domiciliar, enquanto durarem as limitações impostas pela pandemia do coronavírus. Ela ficaria sítio da família do namorado, com quem mantém um relacionamento desde 2017, em Angatuba (SP). Desta forma, ela manteria o isolamento e diminuiria o risco de contágio.

A defesa argumenta ainda que a detenta já cumpre pena há 18 anos e que tem um bom comportamento na prisão.

"Já em 2013, ela apresentava aptidão para retornar ao convívio social, vez que sua ótima conduta carcerária revelava, e ainda revela, o controle emocional e tolerância à frustração detectados pelos peritos, que a tornam apta para retornar ao convívio em sociedade, composta de pessoas com traços distintos de personalidade (tenham ou não praticado crimes) e que a sua maior pena será sempre a sua própria consciência", diz a defesa em trecho do pedido.

O crime cometido por Suzane foi em 2002, quando ela foi presa pela primeira vez e, desde 2006, está em Tremembé no presídio conhecido por abrigar detentas de casos de grande repercussão, como Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella Nardoni; e Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido.

O pedido também foi enviado à analise do Ministério Público. O promotor Paulo de Palma deu parecer contrário, sugerindo o indeferimento. Na alegação, ele afirma que Suzane não "logrou comprovar reunir condições para experimentar situação processual mais branda".

O caso será julgado pela Segunda Vara das Execuções Criminais de Taubaté, mas não há um prazo para isso. Como há um pedido de liminar, a decisão deve sair nos próximos dias.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249769-suzane-von-richthofen-usa-covid-19-para-pedir-progressao-para-regime-aberto.html

Em função da Covid-19, SP tem 1ª Parada Virtual do Orgulho LGBTQIA



Neste domingo (14), a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT/SP) e a Dia Estúdio realizam a 1ª Parada Virtual do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo. A transmissão será feita em parceria com o YouTube, de forma simultânea em 12 canais. 

A parada virtual é uma alternativa à realização da tradicional parada de São Paulo, que estava marcado para hoje (14), mas foi adiado devido à pandemia de covid-19 e a necessidade de distanciamento social. O tema da parada de São Paulo, que costuma reunir milhões de pessoas na Avenida Paulista, é “Sejamos o Pesadelo dos que Querem Roubar nossa Democracia”, segundo a Agência Brasil.

A transmissão pelo YouTube será feita pelos apresentadores Fernanda Soares e Herbett Castro, do Canal das Bee, Fih e Edu, do canal Diva Depressão, Jean Luca, Louie Ponto, Lorelay Fox, Mandy Candy, Nátaly Neri e Spartakus Santiago. 

A live tem confirmados os shows de Daniela Mercury, Ellen Oléria, Liniker, Gloria Groove e Pepita, que abordarão conteúdos especiais para introduzir e induzir ao debate. Durante a live serão exibidas mensagens de apoio ao movimento e depoimentos de artistas como Pabllo Vittar, Ivete Sangalo, Katy Perry, Luisa Sonza, Mel C, Day Lins e Danna Paola, que foram recebidos virtualmente. 

O público também pode participar ao vivo do evento, enviando fotos e relatos usando a hashtag #ParadaSPaoVivo.

"Neste momento, em que os direitos da nossa opulação e de todas as pessoas estão sendo ameaçados, esperamos alcançar com esse evento o maior número de pessoas com uma mensagem de conforto, coragem, esperança e amor em dias melhores", disse a diretoria da APOGLBTSP.

Segundo a organização da parada, houve transmissão ao vivo do evento nos dois últimos anos. O objetivo foi levar o debate sobre diversidade ao Brasil inteiro. “Em 2019, mais de 6 milhões de pessoas assistiram à live #ParadaAoVivo. Neste ano, além de espalhar a mensagem de orgulho e amor, a #ParadaSPaoVivo tem a missão de manter a luta da comunidade LGBTQIA+ mesmo durante a pandemia, com o objetivo de estimular o debate, ainda que com cada pessoa na sua própria casa”, informou a entidade.

Para assistir e participar da 1ª Parada Virtual do Orgulho LGBTQIA+, basta acessar este link. Para mais informações: http://www.paradasp.org.br .

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249770-em-funcao-da-covid-19-sp-tem-1-parada-virtual-do-orgulho-lgbtqia.html

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Pesquisa vai analisar sonhos de brasileiros durante a pandemia

Pesquisadores de quatro universidades iniciaram um projeto para analisar sonhos de pessoas durante a pandemia do novo coronavírus. O objetivo é analisar, sob a ótica da psicanálise, as alterações diante do cenário excepcional para compreender as consequências psíquicas deste momento.
A equipe responsável pelo estudo, batizado de Sonhos em Tempo de Pandemia, reúne docentes das universidades federais de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e do Rio Grande do Norte, além da Universidade de São Paulo. Eles optaram por usar a rede social Instagram para contatar voluntários.
Um perfil foi criado - @sonhosconfinados - onde interessados podem acessar um formulário e deixar seus relatos. Não há remuneração pela participação na investigação. Não é preciso dar o nome, sendo permitido o uso de pseundônimos.
Para além dos relatos de sonhos, que podem ser feitos livremente, o questionário pergunta como a pessoa interpreta o sonho e abre espaço para que o participante fale de situações e sensações percebidas, ou se os sonhos mudaram a partir do isolamento.
Também é oferecida a possibilidade ao participante de conversar com algum dos pesquisadores que compõem a equipe, por telefone ou Whatsapp, para um relato que permita apresentar as informações de forma mais aprofundada.
“O sonho é um laboratório em que a mente trabalha, elabora, sem as censuras da vida consciente, a experiência dos sujeitos. Nossos medos, nossas angústias, desejos, frustrações são encenados, como se fossem projetados numa tela de cinema, ou em várias”, afirmou o coordenador da pesquisa na UFMG, professor Gilson Iannini, do Departamento de Psicologia, em entrevista ao site da instituição.
Edição: Maria Claudia
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-06/pesquisadores-vao-analisar-sonhos-de-pessoas-durante-pandemia

sábado, 6 de junho de 2020

Luto em tempos de pandemia: o que muda ao dizer adeus

Após a Segunda Guerra Mundial, multiplicaram-se as pesquisas sobre o estresse pós-traumático e o luto. Pois é possível que a pandemia do novo coronavírus produza uma nova leva de estudos sobre esses temas, além de provocar uma grande mudança social, na medida em que o rompimento de vínculos humanos ganhou atenção.
Mas, afinal, o que é o luto? Há algumas definições com discreta variabilidade, e escolhi uma das mais clássicas: a do grande teórico da psicologia John Bowlby. Segundo ele, o luto é um processo natural que ocorre em reação a um rompimento de vínculo.
Dessa forma, o processo de luto abarca situações relacionadas ao contexto de perda em geral, seja o falecimento de um ente querido, a mudança de um papel social ou a perda de uma possibilidade de futuro. É a sensação de que “algo nos foi tirado”, algo que era tão nosso que não deveria, absolutamente, ter sido tomado de nós. Ou como disse Colin Parkes, um dos principais autores e pesquisadores da contemporaneidade sobre o tema: “o luto é o preço do amor”.
Um levantamento recente sobre o tema diante de outros surtos de doenças infecciosas, como a cólera e o ebola, aponta que o isolamento dos doentes e a impossibilidade de realizar os rituais pós-morte específicos a cada cultura causam impacto negativo no processo de luto de uma comunidade. Ainda não temos estudos robustos sobre o real efeito do novo coronavírus nesse quesito e no chamado luto complicado — quando esse processo se torna um problema de saúde. Mas algumas pesquisas sugerem um aumento na intensidade e no prolongamento dos sintomas vivenciados pelo luto.
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Não dizemos adeus da mesma forma que antes. Não podemos oferecer o amparo presencialmente. Não temos mais o olho no olho que acolhe e diz que, independentemente do que acontecer, ficaremos ao seu lado. Como familiares, a sensação de impotência é devastadora.
Aos profissionais de saúde, cabe o desafio de viabilizar a manutenção da saúde mental e a dignidade dos pacientes e familiares ao criar estratégias para o contato remoto por meio de chamadas de vídeo ou áudio, cartas… A inovação e a humanização também são ferramentas do cuidar.
E as despedidas, por que são importantes? Perder alguém é lidar com a necessidade de se tornar uma nova pessoa por meio de uma imposição da vida. Corresponder a essa imposição pode ser um dos maiores desafios da existência de alguém.
A sensação de vazio descrita nos processos de luto, assim como a sintomatologia conhecida sobre o tema, ganha ainda mais intensidade no contexto de isolamento social e inviabilidade de despedidas. E despedir-se é uma etapa essencial para esse processo, na medida em que promove o contato com a realidade da perda e favorece a sua assimilação. Ao mesmo tempo, permite que o sofrimento e o desamparo diante da perda possam ser compartilhados e acolhidos entre aqueles que o sentem.
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Os rituais fúnebres desempenham um papel importantíssimo nesse contexto, com todas as suas variabilidades sociais, históricas e culturais. Com as diretrizes mundiais para evitar a contaminação nesse momento — e entre os trabalhadores dos diferentes serviços funerários —, mais uma vez somos desafiados a nos reinventar. Podemos, por exemplo, garantir que os rituais de despedidas sejam mantidos por meios remotos de encontro e comunicação.
E o que esperar após essa fase? Cada pessoa vivenciará o luto de maneira singular, ora orientada para a retomada da vida, à ressignificação e aceitação da perda, às novas conexões e projetos; ora orientada para a perda em si, o contato com o sofrimento e expressão dessa dor. Essa oscilação é prevista e saudável.
O tempo de duração do luto é particular. Alguns podem demorar meses, outros anos. Mas considera-se que o primeiro ano seja o mais difícil, na medida em que o enlutado passará pelas principais datas pela primeira vez após o falecimento do ente querido. O que é importante: verificar que a pessoa tenha os sintomas (tristeza, revolta etc) abrandados ao longo do tempo, prevendo oscilações nesse processo. Também é esperado que o enlutado retome gradativamente o curso de sua vida, respeitando o tempo pessoal para isso.
Quando não há redução dos sintomas e uma retomada da vida, podemos estar diante de um luto complicado, sendo necessária uma avaliação específica de saúde mental, seja do psicólogo ou do médico psiquiatra.
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E não devemos nos esquecer que o processo do morrer interfere no enfrentamento do luto. Uma morte em meio à restrição de recursos terapêuticos, com sofrimento — o que pode acontecer em regiões onde há perda do controle do coronavírus —, é mais difícil de processar. Como consolar familiares cujo ente querido não foi em paz, e que sequer conseguiram acompanhá-lo em seus últimos dias?
Então, como podemos ajudar? A resposta não é simples. As necessidades são múltiplas e, nesse cenário de pandemia, extrapolam a dimensão psicológica. Contudo, se for possível sintetizar uma mensagem, eu diria que podemos ajudar cuidando de alguém.
Que possamos envolver essas pessoas de cuidado por meio de mensagens e telefonemas. Envolver-se é a melhor forma de fazer-se presente, algo tão valioso nesse processo. E, essencialmente, o cuidar de alguém é permitir que essa pessoa expresse a sua saudade e tenha a certeza de que não está sozinha nesse momento.
*Natalia Pavani é psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/luto-em-tempos-de-pandemia-o-que-muda-ao-dizer-adeus/