Mato Grosso do Sul: 1,13
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/243850-9-em-cada-10-cidades-tem-menos-de-um-psicologo-por-mil-habitantes-no-sus
Mato Grosso do Sul: 1,13
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Dados do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia) divulgados nesta quinta-feira (29) indicam que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade.
A maior parcela deste quantitativo, 31,6%, é jovem, com idade entre 18 e 24 anos. As prevalências são maiores no Centro-Oeste (32,2%) e entre as mulheres (34,2%).
O levantamento aponta ainda que 12,7% relatam já terem recebido diagnóstico médico para depressão. As maiores prevalências estão na região Sul (18,3% de pessoas com depressão), entre as mulheres (18,1% delas já tiveram diagnóstico), e na faixa etária de 55 a 64 anos (17%), seguida pelos jovens de 18 a 24 anos (14,1%).
Conforme publicou a CNN Brasil, foram ouvidas 9.000 pessoas, de todas as regiões do Brasil. A coleta de dados foi feita entre os dias 2 de janeiro e 18 de abril por telefone.
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/30645-estudo-aponta-que-268-dos-brasileiros-tem-diagnostico-de-ansiedade
Quem nunca passou pela situação de ao entrar em outro ambiente esquecer o que ia fazer ali? Esse lapso de memória é chamado de “efeito porta”, termo criado pelo professor de psicologia e ciências cognitivas da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, Tom Stafford. Ele considera que a memória falha, literalmente, ao se cruzar uma porta.
De acordo com a psiquiatra Danielle H. Admoni, a memória recente está ligada à atenção. “Se a gente está focado em muitas coisas, a nossa atenção diminui e, consequentemente, a nossa memória recente também”, explica a professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).
Segundo Danielle, o simples fato de a pessoa sair de um ambiente e pensar em outros assuntos vai fazendo com que ela tenha vários focos de atenção. Com isso, acaba esquecendo o foco de atenção primária. Para ter esses lapsos de memória, não é necessário que a pessoa esteja em um estado cognitivo vulnerável, com a mente muito sobrecarregada, mas que haja uma interposição de focos de atenção.
Situações de estresse ou quando a pessoa está com muitos problemas na cabeça para resolver, entretanto, aumentam as chances do “efeito porta”. “A gente está com a cabeça em mil outras coisas, tirando a nossa energia, e aquilo diminui a atenção para o que a gente está fazendo, com mil problemas, e não consegue focar no que está fazendo ali, naquele momento”.
Estudos feitos na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, e na Bond University, na Austrália, comprovaram que quando passamos por uma porta, podemos ter lapsos de memória em relação a objetos, a coisas materiais. Um exemplo típico é aquele em que a pessoa está na cozinha lavando louça e pensa em ir ao quarto pegar um fone para ouvir música. Ao chegar no quarto, contudo, ela esquece por completo o que ia pegar naquele ambiente. Desiste e volta para a cozinha, onde continua a lavar a louça, sem ouvir a música que desejava.
“O simples ato de entrar ou sair por uma porta representa uma espécie de limite de evento na mente. Quando você muda de ambiente, muda também o foco de atenção, compartimenta a memória e a lembrança se torna mais difícil”, explica o psiquiatria pela Unifesp, Adiel Rios, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
MANTENDO O FOCO
Segundo a psiquiatra e professora da Unifesp, há maneiras indiretas de se manter a atenção naquilo que era primário. “Um bom jeito é anotar, seja em uma agenda virtual ou de papel, colocar um alarme, por lembretes de cores diferentes para os compromissos. Porque, ao bater o olho, a gente lembra que tem que pagar a conta xis, levar o filho a tal hora na escola. A nossa cabeça já não dá mais conta de guardar tanta informação. Então, a gente tem que ter um recurso externo para isso, para justamente lembrar. Na hora que você olha aquilo, você lembra de alguma coisa que esqueceu, porque teve outros focos de atenção”.
De maneira geral, para manter a saúde mental em dia, é preciso procurar diminuir o estresse e ter tempo para coisas prazerosas. “Quando a gente está só pensando em trabalho, problemas que não consegue resolver, isso vai tirando a nossa energia. A gente tem que ter focos de distração também, como hobbies”, enfatizou Danielle.
A melhora da atenção e da memória também está fortemente ligada à atividade física e a uma boa noite de sono. “Ter um estilo de vida saudável, tentar não se sobrecarregar e recorrer a recursos externos. Tudo isso acaba ajudando a gente a não esquecer as coisas no dia a dia”.
Ainda segundo Danielle, a forma de ver o mundo e de responder aos conflitos tem grande influência na saúde mental. Quanto mais foco a pessoa dá a um determinado problema, mais o corpo responde com sintomas de estresse. Portanto, uma maneira de amenizar os problemas é desenvolver formas saudáveis de lidar com as próprias emoções. “Nesse sentido, a psicoterapia surge como uma aliada para o autoconhecimento, o autocontrole e a inteligência emocional”, destacou.
TÉCNICAS
Para trabalhar tanto a atenção como a memória recente, especialistas indicam várias técnicas para evitar os lapsos de memória. Fazer uma lista do que deseja lembrar ou ainda agrupar informações importantes em uma sequência temporal, com começo, meio e fim. É importante evitar que outro pensamento ocupe sua mente enquanto você estiver realizando uma tarefa. Jogos como xadrez, quebra-cabeça e atividades como palavras-cruzadas proporcionam uma melhora perceptível à memória.
Outra técnica interessante é assistir a um episódio de uma série ou um filme e anotar em seguida o maior número de detalhes que lembrar ou ouvir uma história e contar a alguém da forma mais fiel possível.
Ler também é uma atividade importante, já que a leitura proporciona exercitar a imaginação, o raciocínio e a memorização. Também é possível resumir em texto o que foi lido ou estudado.
“A meditação também desempenha um papel importante no equilíbrio pessoal e contribui para o relaxamento e o descanso em um nível mais profundo, podendo ser praticada em casa, inclusive numa pausa do trabalho”, afirmou Adiel Rios.
DOENÇA MENTAL
Para a professora da Unifesp, os lapsos de memória, ou “efeito porta”, não significam que a pessoa tenha uma doença mental. “Mas é algo para ficar de olho, porque é incômodo quando você não consegue lembrar as coisas. Isso traz ansiedade e angústia”, completa.
No dia a dia, as pessoas costumam ficar expostas a uma grande quantidade de estímulos, o que leva a realizar várias tarefas simultaneamente. Entretanto, segundo Danielle, o cérebro não está acostumado a receber tantos estímulos e a processar inúmeras informações de uma vez só.
“O resultado é o esgotamento mental, podendo saturar o córtex cerebral, gerando uma mente hiper pensante, agitada, impaciente, com bloqueio criativo, baixo nível de tolerância e, claro, prejuízos na memória”.
Quando se tem uma situação de sobrecarga recorrente, é preciso pensar em novas estratégias e procurar um profissional de saúde mental. Terapeutas e psicólogos podem ajudar em casos mais brandos. Em casos mais graves, como o de pessoas com idade avançada, isso pode ser um sinal inicial de demência, e é necessário o auxílio de um psiquiatra.
Com informações da Agência Brasil.
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/29229-lapsos-de-memoria-podem-nao-significar-doenca-mental-diz-psiquiatra.html
As máscaras são comprovadamente eficazes na proteção contra a infecção pelo Sars-Cov-2, que é um vírus de transmissão respiratória. E mesmo passado mais de um ano desde o inicio da pandemia no Brasil, e também das recomendações para que a população as utilizasse, ainda é comum ver pelas ruas quem não utilize ou use de forma errada o Equipamento de Proteção Individual (EPI).
O comportamento dessas pessoas é alvo de estudos científicos, e conceitos da psicologia tentam explicar esse fenômeno.
Marcus Vinicius Alves, psicólogo e professor doutor da UniFTC, explica que o comportamento das pessoas está em muitos casos associado ao sistema de crenças delas. Diante disso, alguns indivíduos vão ser muito mais influenciáveis em termos de personalidade, de acordo com a percepção de risco que têm do mundo.
“Por exemplo: se sua percepção de risco é inferior, é mais fraca do que sua concepção de liberdade. Para algumas pessoas a liberdade e a tomada de decisão para as coisas é mais importante do que o risco que elas vão ter”, explicitou ao tratar do uso de máscaras na pandemia da Covid-19.
O professor ainda ressalta que questões políticas também influenciam esses sujeitos. Nesse ponto, o especialista cita como exemplo o comportamento do presidente Jair Bolsonaro, que tem uma postura de minimizar a gravidade da pandemia da Covid-19, uso de máscaras e prática de distanciamento social, todos os fatos que a ciência já provou serem eficazes durante a crise sanitária. “Tem um grupo de Brasília que vai lançar um trabalho agora mostrando que pessoas que têm ideias políticas mais conservadores, mais relacionadas a por exemplo o que o presidente está falando, acreditam mais no presidente, vão se comportar com o não uso da máscara. Isso está relacionado também com essa ideia da personalidade, da percepção de risco, mas também com influência política”, analisou Marcus Vinicius.
Um dos conceitos que podem ser aplicados para compreender o comportamento em relação ao não uso de máscaras é o de “dissonância cognitiva”, que é um tipo de distorção da realidade.
O psicólogo explica que essa teoria também está baseada no sistema de crenças das pessoas, que incluem o que alguém encara como certo e errado em relação ao mundo, comportamento e relações. Segundo Marcus Vinicius, os seres humanos que sofrem com distorção cognitiva têm um sistema de crença muito fixo sobre algumas regras. “Quando o mundo acaba colocando essas crenças à prova e falando 'olha, isso aqui está errado', a tendência dessas pessoas não é mudar o comportamento, é mudar a justificativa”, esclareceu.
Ainda conforme o professor, essas pessoas fazem isso de modo automático e muitas vezes não se dão conta do próprio comportamento. “Ela nem acreditam que vão ficar doentes. Outras acreditam que por serem jovens, por terem histórico de atleta, que é uma gripezinha. Muda até a forma das pessoas perceberem o mundo para não atingir essas crenças”, comentou Marcus Vinicius.
“Quando a gente fala por exemplo 'olha, não fuma cigarro' ou 'não dirija bebendo', aí ela vai pensar 'ah, mais eu nunca tive problema com isso', 'Não tem problema, eu sou um bom motorista'. Entende como é mais ou menos essa distorção da realidade que a pessoa tem na cabeça?”, exemplificou.
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/26404-distorcao-cognitiva-psicologia-tenta-explicar-comportamentos-autodestrutivos-na-pandemia.html