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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Pix com função de cartão de crédito pode ser realidade no fim de 2025, prevê Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, diz que o Pix poderá ter a função de cartão de crédito a partir do fim de 2025. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele antecipa que o novo instrumento financeiro já está em desenvolvimento pela área de tecnologia da instituição e será um avanço do uso do meio de pagamento no Brasil.
 

"Não precisaria mais ter o cartão, você poderia fazer a função cartão de crédito direto com o banco", diz. Segundo ele, essa agenda evolutiva está no planejamento, mas não pode ser feita no curto prazo e dependerá da continuidade na próxima gestão. O mandado de Campos Neto termina em 31 de dezembro.
 

De acordo com o chefe do BC, o instrumento facilitará a garantia do crédito para as empresas a um custo mais barato. "Com essa plataforma, o banco pode fazer o desconto na sua própria taxa de risco. Vai baratear muito para o lojista em termos de quanto ele tem que dar de desconto para receber o dinheiro na frente", afirma.
 

O presidente do BC explicou que hoje, quando o consumidor compra parcelado e o lojista faz um adiantamento do fluxo a receber, o risco é do banco emissor do cartão. "Só que, como o lojista precisa muito daquele dinheiro, ele faz o adiantamento em uma taxa de desconto que é muito maior do que a taxa de risco do banco", diz.
 

Segundo ele, o Pix com a função de cartão de crédito pode impulsionar a redução do custo do adiantamento que o lojista tem das parcelas a receber.
 

Na reta final do seu mandato, Campos Neto avalia que o GT (Grupo de Trabalho) do spread bancário "claramente" deveria contar com representantes do BC. O spread bancário é a diferença entre os juros cobrados pelos bancos ao emprestar dinheiro e os juros pagos por eles para captar os recursos.
 

O GT foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mês passado, após reunião com banqueiros, no Palácio do Planalto, em um momento de ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic) –hoje em 11,15% ao ano.
 

"O spread bancário tem algumas coisas que a gente já identificou há algum tempo e que teve dificuldade de combater", diz o chefe da autoridade monetária.
 

Um dos problemas identificados é a baixa recuperação do crédito no Brasil. Quando esse volume de crédito a ser recuperado é baixo, muitos bancos deixam de ir atrás dos clientes para reaver o dinheiro. Não apenas a recuperação é baixa, como o processo é demorado.
 

Entre os países que têm recuperação de crédito pior que o Brasil, segundo Campos Neto, estão Zimbábue, Turquia, Burundi, Venezuela e Haiti. "[O banco] cobra mais, porque tem mais incerteza", afirma.
 

Como revelou a Folha de S.Paulo, o GT do spread bancário estuda uma proposta para permitir que empresas usem o fluxo de receitas futuras com o Pix como garantia de empréstimos bancários.
 

Na avaliação de Campos Neto, o uso do Pix como recebível precisará de uma tecnologia que seja capaz de bloquear os fluxos de forma reversa. "A gente tem isso em mente para ser desenvolvido. Essa mesma tecnologia que faria conseguir ter os recebíveis da função de cartão de crédito dentro do Pix", diz.
 

Para isso acontecer, as instituições financeiras precisarão ter uma forma de entrada do Pix que garanta o bloqueio da quantia.
 

De acordo com o presidente do BC, será preciso fazer uma melhoria tecnológica dentro da própria plataforma do instrumento de pagamento instantâneo a fim de permitir esse bloqueio reverso. "Isso também faria com que a gente conseguisse fazer essa parte de recebíveis como garantia", afirma.
 

PARCELADO SEM JUROS
 

Para o presidente do BC, o debate sobre o impacto do parcelado sem juros nas operações feitas com cartão de crédito acabará voltando no futuro. No ano passado, o assunto entrou no radar durante as discussões sobre o rotativo do cartão de crédito e expôs divergências entre os diferentes elos da cadeia de crédito, mas um redesenho da modalidade foi descartado.
 

"É um tema muito difícil de resolver porque é uma cultura que já está estabelecida na forma de as pessoas consumirem, e acho que isso vai voltar a ser discutido em algum momento", afirma.
 

Na avaliação dele, o risco adicionado ao sistema com o parcelado se estabilizou após as mudanças adotadas no crédito rotativo. Campos Neto deixou claro, no entanto, que essa discussão não está ligada ao desenvolvimento da função de crédito no Pix.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/307879-pix-com-funcao-de-cartao-de-credito-pode-ser-realidade-no-fim-de-2025-preve-campos-neto

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Pix registra novo recorde e pela primeira vez supera 140 milhões de transações em um dia

O Pix registrou um novo recorde na última sexta-feira (4). Pela primeira vez, o sistema de pagamento instantâneo superou a marca de 140 milhões de transações em 24 horas.

 

Só na sexta, 142,4 milhões de transferências via Pix foram realizadas para usuários finais. A alta demanda não comprometeu o funcionamento do Pix. Segundo o BC, os sistemas funcionaram com estabilidade ao longo de todo o dia.

 

O recorde anterior tinha sido registrado em 7 de julho, com 134,8 milhões de transações num único dia.

 

Criado em novembro de 2020, o Pix acumula 151,9 milhões de usuários, dos quais 139,4 milhões pessoas físicas e 12,5 milhões pessoas jurídicas. Em junho, o sistema superou a marca de R$ 1,36 trilhão movimentados por mês.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/282992-pix-registra-novo-recorde-e-pela-primeira-vez-supera-140-milhoes-de-transacoes-em-um-dia

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Reclamações sobre problemas com Pix dobram em 2022, mostram dados do Procon

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

As reclamações envolvendo o sistema de pagamentos instantâneo Pix mais do que dobraram nos oito primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
 

Segundo dados do Procon-SP e do Sindec, o volume de queixas passou de 3.194 entre janeiro e outubro de 2021 para 6.613 neste ano, uma alta de 107%. No entanto, o órgão não possui um levantamento individualizado que aponte quais são os principais motivos das reclamações.
 

Em 2022, o Banco Central anunciou mudanças no funcionamento do Pix com o objetivo de fortalecer a segurança do sistema contra fraudes e vazamentos de dados. As mudanças, que passam a valer em 2023, incluem alterações nos limites de valor para as transações e no Pix Saque e Pix Troco. Mas, nas redes sociais, internautas também apontaram problemas relacionados à instabilidade no sistema ao tentarem fazer uma transferência.
 

Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), afirma que episódios de instabilidade são possíveis de acontecer, mas que estão relacionados a problemas internos das instituições bancárias e não ao sistema do Banco Central.
 

"Em 2021, que foi o primeiro ano de funcionamento, observamos algumas instabilidades com a infraestrutura, mas eu não tenho observado isso em 2022. O que acontece, e é natural, é de algum aplicativo do banco estar instável. Mas é muito raro".
 

Apesar do crescimento no número de queixas, o especialista considera o número pouco expressivo dentro do universo de 141 milhões de usuários, entre empresas e pessoas físicas.
 

Desde 16 de novembro de 2020, data em que a ferramenta começou a funcionar no país, até o dia 30 de setembro foram 26 bilhões de transações feitas no sistema financeiro nacional e a movimentação chegou a R$ 12,9 trilhões. Atualmente, são 523,2 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central.
 

Foi por conta dessa maior adesão ao sistema, que cresceu também os casos de golpes envolvendo o Pix como facilitador das práticas criminosas, principalmente as que utilizam engenharia social, afirma o especialista.
 

"O produto Pix é absolutamente seguro, o sistema funciona perfeitamente bem. Nós nunca tivemos problemas de uma transação que tenha sido interceptada por um hacker, uma transação que tenha sido originada de uma maneira falsa. Agora, temos sim um problema de segurança pública no Brasil, em que as pessoas são alvos de roubo de celular, são alvos de engenharia social, são alvos de extorsão e sequestro. E o Pix, sem dúvida nenhuma, foi um grande facilitador para essas quadrilhas".
 

No segundo semestre deste ano, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) entendeu que os bancos são responsáveis por evitar fraudes financeiras envolvendo golpes como o do motoboy e do Pix.
 

Em orientação dada aos magistrados, a Justiça reforçou a ideia de que as vítimas são parte vulnerável, dando maior garantia para que elas sejam ressarcidas pelas instituições financeiras, em casos de movimentação bancária atípica.
 

Por meio de nota, o Banco Central informou que adota vários mecanismos para coibir os casos de fraudes.
 

Entre eles estão o Mecanismo Especial de Devolução, o bloqueio cautelar (quando a própria instituição que detém a conta do recebedor suspeita da situação de fraude), a notificação de infração (funcionalidade que passou a ser obrigatória em novembro de 2021).
 

Ainda segundo o Banco Central, o regulamento do Pix deixa claro que as instituições que ofertam a ferramenta a seus clientes têm o dever de responsabilizar-se por fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos, compreendendo a inobservância de medidas de gestão de risco.
 

"Adicionalmente, foi determinado que as instituições devem obrigatoriamente utilizar as informações vinculadas às chaves Pix como um dos fatores a serem considerados para fins de autorização e de rejeição de transações", afirmou por nota.
 

Mudanças a partir de 2023 No início de dezembro, o Banco Central informou que a partir do dia 2 de janeiro de 2023, os bancos não precisam mais impor limites de valor, apenas restrição por período de tempo. Antes da mudança, quem tinha um limite de R$ 1.000 por transação e R$ 3.000 por dia, por exemplo, precisava fazer três operações para movimentar o valor máximo diário. Agora, poderá fazer uma única transação de R$ 3.000.
 

"Essa medida tem como objetivo adequar os limites usualmente disponibilizados nos caixas eletrônicos para saques tradicionais. Assim, com o Pix Saque, os usuários terão acesso ao serviço com condições similares às do saque tradicional", explicou o Banco Central em nota.
 

Para empresas, o limite para transações via Pix fica a critério de cada instituição financeira.
 

O BC também elevou o limite para as retiradas de dinheiro por meio das modalidades Pix Saque e Pix Troco. O valor máximo passou de R$ 500 para R$ 3.000 durante o dia e de R$ 100 para R$ 1.000 no período noturno.
 

O que fazer em casos de golpe Segundo o Banco Central, ao identificar ter sido vítima de um golpe ou de fraude, a orientação é entrar em contato com o seu banco ou o banco do suposto golpista para tentar o ressarcimento. Em seguida, procure a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência.
 

Ainda segundo o BC, cabe ao prestador de serviço de pagamento a análise do caso de fraude e o eventual ressarcimento, a exemplo do que ocorre hoje em fraudes bancárias. Se a situação não for resolvida, a orientação é procurar o Procon ou o Poder Judiciário do estado.
 

O cidadão também pode registrar uma reclamação no Banco Central contra a instituição em que ele ou o golpista têm conta.
 

Como pedir o dinheiro de volta De acordo com o Banco Central, é sim possível recuperar o dinheiro após ter sido vítima de um golpe envolvendo o Pix. Em novembro de 2021 passou a vigorar o MED (Mecanismo Especial de Devolução), instrumento que permite recuperar o dinheiro da conta de destino e devolver para a conta de origem, quando é constatado um caso de fraude.
 

Nesse tipo de situação, é preciso registrar um boletim de ocorrência e avisar imediatamente a instituição bancária pelo canal de atendimento oficial, como SAC ou Ouvidoria. No ambiente Pix nos aplicativos dos bancos, há um link direto para o canal a ser utilizado para registrar a reclamação.
 

O banco da vítima, por sua vez, vai usar a infraestrutura do Pix para notificar a instituição que está recebendo a transferência, para que os recursos sejam bloqueados.
 

Após o bloqueio, tanto a instituição do pagador quanto a do possível golpista/fraudador têm até sete dias para fazer uma análise mais robusta do caso para ter certeza de que se trata efetivamente de uma fraude.
 

"Caso a fraude se comprove, a instituição de destino da operação devolve os recursos para a conta do pagador, que deve efetuar o devido crédito na conta do cliente", informa o Banco Central.
 

O Mecanismo Especial de Devolução também poderá ser acionado caso haja um crédito indevido por falha operacional nos sistemas da instituição envolvida.
 

O Banco Central informa que o mecanismo não se aplica nos seguintes casos: usuário fez um Pix por engano, por exemplo, digitando a chave errada; controvérsias comerciais entre usuários; transações com fundada suspeita de fraude em que os recursos forem destinados à conta transacional de um terceiro de boa-fé.
 

Ou seja, o MED não é um mecanismo de chargeback (reversão de pagamento), como o existente nos arranjos de cartões de pagamento.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/202067-reclamacoes-sobre-problemas-com-pix-dobram-em-2022-mostram-dados-do-procon

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Adesão a Pix Saque e Troco ainda é tímida; entenda como usar

Enquanto as transações por Pix ultrapassaram os 30 milhões só no primeiro mês de operação da ferramenta, as modalidades de saque e troco têm tido uma adesão mais lenta pelos brasileiros.
 

De acordo com dados do Banco Central, o Pix Saque e o Pix Troco, lançados em 29 de novembro, somam 71,1 mil transações até janeiro, feitas por 43 mil pessoas.
 

Na primeira modalidade, o cliente faz um Pix através de QR Code ou aplicativo, e recebe de volta a quantia em espécie. Na segunda, o cliente faz um pagamento em um valor maior pelo produto ou serviço que esteja adquirindo, e recebe de volta a diferença em espécie.
 

Segundo o Banco Central, o extrato da transação deve discriminar o valor da compra e o valor sacado na forma de troco.
 

O Pix Saque é o que ganhou maior adesão, respondendo por 97,7% das 71,1 mil transações registradas. A maior parte aconteceu em municípios interioranos (73%), com destaque para a região Sul.
 

Luis Augusto Ildefonso, diretor de relações institucionais da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de shopping), afirma que a novidade ainda não se popularizou entre os empresários representados pela entidade, mas é vista com bons olhos.
 

"A expectativa é que tenha uma boa adesão com o tempo, especialmente entre os comerciantes menores, que são maioria. É um alívio para eles, porque reduz as idas aos bancos. Quanto mais esvaziar o caixa, menor o risco de assalto, por exemplo. Alivia também para o cliente, que não precisa ir até o banco", diz Ildefonso.
 

O diretor executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Leandro Vilain, ressalta que o lançamento das soluções de saque e troco do Pix, próximo ao final do ano, pode ter desacelerado a adesão inicial pelo varejo, uma vez que o período é voltado para as vendas das festas, quando empresários evitam implementar inovações tecnológicas.
 

Ainda assim, a novidade foi vista como positiva tanto para o varejo quanto para o setor bancário, que não teme a redução de público em agências e caixas eletrônicos, onde outros serviços como seguros costumam ser ofertados.
 

"Diminuir a necessidade de abastecimento de ATMs [caixas eletrônicos] é notícia ótima para os bancos, porque exigem investimentos altos em carro-forte, logística, segurança e trabalho de tesouraria, como contagem de cédulas", diz Vilain.
 

É cedo também para determinar por que o Pix Saque e Troco foram adotados com mais força no interior e no Sul, diz Vilain, mas fatores como o acesso a tecnologia impactam a adesão.
 

"Não há um fator único que explique, mas a convergência de vários. O percentual de digitalização da população da cidade, o acesso a redes 4G e o poder aquisitivo para comprar smartphones, por exemplo."
 

Segundo o BC, os serviços de saque e troco estão disponíveis em mais de 36 mil pontos de atendimento, como estabelecimentos de comércio, caixas eletrônicos e unidades de correspondentes bancários.
 

Para comerciantes, a possibilidade de retirada de dinheiro pelos clientes através do Pix pode permitir reduzir custos e riscos associados ao dinheiro físico em caixa, como as idas frequentes ao banco para depósito de valores.
 

Além disso, segundo o BC, espera-se que a oferta dos serviços amplie a circulação de clientes nos pontos de oferecimento, o que poderia aumentar as vendas nestes locais, e estimule a concorrência, uma vez que clientes de fintechs que não possuem caixas eletrônicos também poderão sacar valores através do serviço.
 

Os estabelecimentos têm a liberdade para definir horários e dias para o funcionamento do Pix Saque e Troco e as quantias máximas a serem sacadas, respeitando-se os limites de R$ 500 durante o dia e R$ 100 entre 20h e 6h.
 

Os estabelecimentos que oferecem a solução recebem uma tarifa por operação, que pode variar de R$ 0,25 a R$ 1. O valor depende da negociação com a instituição contratada para facilitar o serviço e os repasses são feitos até o 15º dia útil do mês seguinte.
 

Embora as novidades possam aumentar a segurança nas operações de manutenção e transporte de numerários, seus efeitos sobre a segurança de clientes e comerciantes que optarem por elas ainda não são conhecidos.
 

O lançamento do método de pagamento instantâneo foi acompanhado de uma série de denúncias de novos golpes envolvendo o recurso. No comércio de rua, empreendedores também reclamam de fraudes e falsas confirmações de pagamento por parte de usuários.
 


 

Como sacar usando o Pix
 

É preciso ir até um estabelecimento que faça Pix com uso de QR Code - lotéricas da Caixa, por exemplo, oferecem a solução. Segundo o BC, uma ferramenta que divulgue os locais que permitem saque e troco via Pix pode ser criada pela instituição. O cliente tem direito a oito saques gratuitos por mês do Pix Saque ou Troco.
 


 

Na hora de sacar:
 

O estabelecimento gerará um QR Code no valor de saque desejado
 

No aplicativo do banco ou instituição financeira de escolha, faça a leitura do QR Code e autorize o débito do valor em sua conta
 

Receba o valor em espécie do estabelecimento
 


 

Como receber troco usando o Pix
 

Efetue a compra de produto ou serviço em estabelecimento que autorize pagamento via Pix através de QR Code. Na hora de pagar com o QR Code, o valor debitado na transação deve ser superior à compra e incluir o troco a ser recebido em espécie
 

Receba o valor do troco em espécie
 

Atenção: o extrato da transação deve discriminar o valor da compra e o valor sacado na forma de troco, segundo o BC

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/153839-adesao-a-pix-saque-e-troco-ainda-e-timida-entenda-como-usar.html
 

sábado, 2 de outubro de 2021

BC diz ter implementado mecanismos de segurança após vazamento de chaves Pix


 O BC (Banco Central) diz ter adotado mecanismos complementares de monitoramento dos sistemas das instituições financeiras participantes do Pix, sistema de pagamentos instantâneos. A medida foi tomada após vazamento de chaves por falha na rede do Banese (Banco do Estado de Sergipe) na quarta-feira (30), que expôs informações de 395 mil pessoas.

 

De acordo com a autarquia, uma das iniciativas foi reforçar o tratamento de consultas no sistema de chaves em volumes atípicos.
 

Em comunicado aos acionistas, o Banese afirmou que sua área técnica detectou consultas indevidas a dados de chaves exclusivamente do tipo telefone de pessoas que não eram clientes. As informações foram conseguidas a partir de duas contas bancárias de clientes do banco.
 

Segundo a autoridade monetária, o Banese também implementou medidas para reparar a falha identificada no sistema, que “não seguia integralmente as determinações previstas no Manual de Segurança do Pix”.
 

“Do lado do BC, foram implementados mecanismos complementares de monitoramento aplicáveis a todas as instituições participantes do Pix, que inclui reforço no tratamento de consultas em volumes atípicos”, afirmou o BC em nota.
 

Além disso, a autarquia esclareceu que não houve falha no sistema do BC.
 

“Não foi explorada nenhuma vulnerabilidade em qualquer sistema do BC. O hacker acessou as informações utilizando a infraestrutura tecnológica do sistema do Banese, explorando falhas graves de segurança no aplicativo da instituição”, alegou.
 

“Em suma, quem acessou o DCIT [diretório administrado pela autarquia] foi o próprio participante Banese. O desconhecido não autorizado jamais teve acesso direto aos sistemas do BC”, completou.
 

O BC ressaltou que as medidas já adotadas reduzem o risco de outro vazamento de dados.
 

Para Rafael Stark, presidente da fintech Stark Bank, o sistema do Pix é seguro. "O vazamento é uma falha exclusiva do banco Banese", afirmou.
 

O especialista levantou algumas hipóteses que podem levar a vazamentos de chaves Pix.
 

"Caso haja vazamento interno por funcionários maliciosos, apenas uma melhora na governança e alto controle de acesso às informações podem evitar isso", ressaltou.
 

"Se o vazamento ocorre em razão de clientes maliciosos do banco fazendo varreduras das chaves do Pix por bots, chutando o número do telefone até que se encontre uma chave válida, por exemplo, cabe ao banco monitorar clientes com excesso de tentativas de chaves inválidas e bloquear o acesso do cliente", pontuou.
 

O Banese afirmou que possivelmente o hacker obteve as informações mediante engenharia social.
 

"Nesse caso, cabe ao banco orientar os clientes apenas a falarem através dos canais oficiais do Banco e nunca através de SMS, email ou links enviados de fontes desconhecidas", alertou Stark.
 

O criminoso que utiliza engenharia social engana a sua vítima ao se passar por uma instituição ou site confiável e faz com que ela forneça os dados.
 

Peterson dos Santos, especialista em segurança de dados e presidente da empresa de tecnologia Trio, não atribui o vazamento à falta de segurança do sistema do Pix.
 

Ele ressalta que a implementação do novo meio de pagamento foi muito rápida. "Por isso estão aprimorando diariamente a capacidade de evitar fraudes e com certeza isso continuará acontecendo durante os próximos meses", disse.
 

Para o especialista, os dados contidos nas chaves não são sensíveis. "Não há motivos para supervalorizar o vazamento e desacreditar de um projeto da magnitude do Pix e com todas as suas implicações diretas na vida de toda a população", ponderou.
 

Victor Hugo Pereira Gonçalves, presidente da Sigilo, instituto especializado em proteção de dados e segurança da informação, frisou que a chave Pix é um dado pessoal e o seu vazamento constitui infração do artigo 46 da Lei Geral de Proteção de Dados.
 

"Infelizmente, institucionalmente, o BC e a ANPD [Autoridade Nacional de Proteção de Dados] não tem feito nada, mas a situação é grave e requer atenção. Não está claro dentro das regras do Pix quais são os mecanismos de segurança adotados", ponderou.
 

Em sua visão, a estrutura desenvolvida para as chaves é insegura e não gera confiança. "Ela demanda que cada instituição desenvolva sua parte e isso gera risco ainda maior. No caso do Banese talvez tenha sido o desenvolvimento que tenha dado brecha para o vazamento", afirmou.
 

Nesta sexta-feira (1º), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o aumento das fraudes no Pix está mais relacionado à reabertura da economia do que com as regras aplicadas ao sistema de pagamentos instantâneos.
 

Em evento virtual promovido pelo Morgan Stanley, ele ressaltou que o BC promoveu mudanças no Pix para evitar fraudes e outros crimes.
 

"Criamos um novo segmento do Pix só para evitar fraudes. Claro, houve um aumento no número de fraudes, mas isso está mais relacionado à reabertura da economia do que a forma como fazemos", disse.
 

Campos Neto se referia às mudanças recentes implementadas pelo BC nas regras do Pix para aumentar a segurança e reduzir a vulnerabilidade dos sistemas às ações de criminosos em fraudes, sequestros e outros crimes.
 

Foi determinado, por exemplo, o limite de R$ 1.000 para operações em canais digitais com Pix e TED (Transferência Eletrônica Disponível) entre pessoas físicas à noite, que começa a valer em 4 de outubro.
 

Além disso, na semana passada, o BC publicou norma que permite que o banco retenha uma operação suspeita de fraude por até 72 horas, medida que passa a valer em 16 de novembro.
 

*
 

PRINCIPAIS MUDANÇAS SOBRE SEGURANÇA NO PIX
 


 

COMO ERA
 

- Limites: igual ao da TED em qualquer horário
 

- Operações suspeitas: o banco não podia reter nenhuma operação e a liquidação tinha que ser feita na hora
 

- Pedido de aumento de limite: cada banco tinha uma política
 

- Cadastro de contas: não era permitido
 


 

COMO FICA
 

- Limites: padrão de R$ 1.000 entre 20h e 6h, podendo ser modificado pelo cliente; medida também vale para TED e transferência no WhatsApp
 

- Operações suspeitas: o banco pode reter uma operação suspeita no Pix por 30 minutos durante o dia ou 60 minutos à noite para análise de risco
 

- Pedido de aumento de limite: o banco deve atender o pedido entre 24 horas e 48 horas após a solicitação
 

- Cadastro de contas: o cliente pode cadastrar contas previamente no Pix para fazer transações acima do limite estabelecido, mas mantendo o valor para as demais operações; o registro em canal digital deve ser feito 24 horas antes



Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/135734-bc-diz-ter-implementado-mecanismos-de-seguranca-apos-vazamento-de-chaves-pix.html

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Pix terá funcionalidade 'offline' em breve, diz presidente do BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, confirmou nesta quarta-feira (30) que está em desenvolvimento uma funcionalidade offline para que as transações via Pix possam ser feitas mesmo em locais que estejam sem conexão com a internet. A tecnologia será disponibilizada "em breve", afirmou ele.

 

Segundo o presidente do BC, há três alternativas em estudo, sendo que a considerada mais segura até o momento é a utilização de um cartão por aproximação que poderá ser carregado pelo usuário. “Vai funcionar como um cartão de ônibus, com uma tecnologia supersegura", afirmou, durante um seminário sobre moedas digitais promovido pela banca Mattos Filhos Advogados, de acordo com a Agência Brasil. 

 

"Você vai poder usar o cartão no mundo offline e, quando voltar para o mundo online vai poder transferir seu saldo de volta", explicou Campos Neto. Ele destacou o alcance do Pix e apresentou dados que mostram que a nova forma de transferir dinheiro já é utilizada em 60% das transferências no Brasil.

 

O Pix é um sistema lançado no ano passado pelo Banco Central que permite pagamentos e transferências instantâneas 24 horas, nos sete dias da semana, entre pessoas físicas e jurídicas, por meio de uma chave simples atribuída a cada conta bancária. Tal chave pode ser um número de telefone, CPF ou CNPJ, por exemplo.

 

Segundo o presidente da instituição financeira, até o momento foram cadastradas mais de 125 milhões de chaves.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/260129-pix-tera-funcionalidade-offline-em-breve-diz-presidente-do-bc.html