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quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Mais de 80% das negociações salarias até agosto superam a inflação, diz BC

Mais de 80% das convenções coletivas de trabalho negociadas até agosto deste ano renderam reajuste salarial acima da inflação para os trabalhadores, segundo o relatório trimestral de inflação apresentado pelo Banco Central nesta quinta-feira (26).
 

"Os reajustes salariais nominais coletados das Convenções Coletivas de Trabalho ficaram, em média, em 4,6% em agosto, relativamente estáveis em patamar próximo a 5% desde a segunda metade do ano passado", diz a autoridade monetária.
 

Segundo o boletim, a massa salarial também vem crescendo e o desemprego se mantém em baixa, com índice de 6,9% no último trimestre terminado em julho, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e próximo da mínima histórica, de 6,7%, registrada em alguns meses de 2014.
 

A atividade econômica aquecida, com mercado de trabalho em plena atividade positiva, pressiona a inflação, mas eleva o PIB (Produto Interno Bruto), cuja projeção de alta subiu de 2,3% para 3,2% neste ano. Os dados das negociações salarias estão em consonância com o boletim Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica).
 

O BC diz que os salários reais de admissão cresceram pelo quinto trimestre consecutivo e aceleraram para 0,7% no trimestre terminado em julho, ante 0,4% no encerrado em abril, de acordo com informações do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.
 

Na comparação anual, houve aumento real de 1,9%.
 

"Convenções coletivas de trabalho rodando próximo de 5%. Salário de admissão retirado do Caged e um rendimento médio real do trabalho retirado da Pnad mostrando que já voltou para a tendência pré-pandemia", disse Diogo Abry Guillen, direto de política econômica do BC.
 

"Você vê um mercado de trabalho dinâmico, de modo geral", afirmou.
 

Segundo os registros do Novo Caged, foram gerados em média 140 mil empregos por mês no trimestre encerrado em julho, ante cerca de 200 mil no trimestre anterior. O resultado foi influenciado pelas enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, onde o saldo de empregos foi negativo em maio e em junho, diz o BC.
 

Mesmo com esse pequeno recuo, a geração líquida de empregos —número que considera contratações e demissões— atingiu 1,5 milhão no acumulado do ano até julho, "superando o observado no mesmo período do ano passado e apenas cem mil postos abaixo do verificado entre janeiro e julho de 2022", segundo o relatório.
 

Em 2022, o país fechou o ano com a geração líquida de 2 milhões de empregos.
 

"A expansão tem sido generalizada entre as atividades, com destaque para a indústria de transformação – cuja produção também tem crescido em 2024— e para o segmento de atividades administrativas e serviços complementares, associado à prestação de serviços a empresas", afirma a instituição.
 

"A participação dos desligamentos voluntários no total de desligamentos segue em nível historicamente elevado, 36,5%, também sinalizando o aquecimento do mercado de trabalho", diz ainda o estudo.
 

O BC trouxe também uma complementação do relatório, com projeções futuras para o mercado de trabalho que mostram "recuo surpreendente" do desemprego, diminuição da ociosidade com melhor subutilização da força de trabalho, crescimento de empregos formais e maior facilidade de encontrar boas oportunidades de emprego, com elevação da taxa de rotatividade.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/299137-mais-de-80-das-negociacoes-salarias-ate-agosto-superam-a-inflacao-diz-bc

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Contas de luz da Bahia ficarão 4,3% mais caras a partir de 1º de julho; veja dicas de economia



A conta de energia dos baianos ficará até 5% mais cara a partir de 1º de julho. Em abril deste ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou o aumento a pedido da concessionária, em meio a ações para diminuir os impactos da pandemia do novo coronavírus.
 

A partir do próximo mês, as contas de luz de residências e pequenos comércios (baixa tensão) vão ter um aumento de 4,32% na tarifa, enquanto para fábricas (alta tensão), por exemplo, o reajuste será de 5,38%.

Porém, os efeitos desse adiamento devem ser sentidos nas contas dos clientes a partir de 2021: a Aneel afirmou que a perda de receita das distribuidoras durante estes meses será levada em consideração no cálculo de reajustes futuros. Além disso, a Coelba, assim como outras distribuidoras de energia que possuem alto volume de energia comprada por meio de leilões, terá um desafio frente a redução da demanda e o aumento da inadimplência. Por esse motivo, o Governo liberou no dia 18 de maio empréstimos de até R$ 14 milhões para socorrer o setor.

ALTERNATIVAS DE ECONOMIA
Em meio à crise econômica gerada pela pandemia, além do adiamento do reajuste, a Aneel suspendeu por 90 dias os cortes de fornecimento de luz. Já a empresa baiana criou uma alternativa para permitir o pagamento da conta de luz com o cartão do auxílio emergencial.


Mas algumas dicas podem ajudar a reduzir o valor da conta de luz. Uma delas é evitar equipamentos antigos na sua casa ou empresa. Os principais “vilões” da conta de energia são aqueles associados a mudanças de temperatura. Por isso, verifique sempre o funcionamento de aparelhos de ar-condicionado, forno elétrico, câmara fria, freezer, geladeira e aquecedor, checando também o isolamento térmico do ambiente.

Outra opção é o investimento em energia solar. Apesar do investimento inicial ser alto, o sistema pode reduzir o valor da conta no fim do mês. Uma terceira alternativa, principalmente para empresas, é utilizar medidores de energia inteligentes. CEO da Clarke Energia, Pedro Rio aponta que essa medida é indicada para quem tem contas acima de R$ 2 mil mensais.

A Clarke, por exemplo, oferece um diagnóstico gratuito feito pelo aplicativo da empresa, disponível para dispositivos iOS e Android. Na plataforma, é possível realizar testes para encontrar formas de economia, como simular a viabilidade da Tarifa Branca – que possibilita o pagamento de valores diferentes em função da hora e do dia da semana em que se consome a energia elétrica. Se o consumidor adota hábitos que priorizem o uso da energia nos períodos de menor demanda (manhã, início da tarde e madrugada, por exemplo), a opção pela Tarifa Branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249820-contas-de-luz-da-bahia-ficarao-43-mais-caras-a-partir-de-1-de-julho-veja-dicas-de-economia.html

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Brasil tem deflação de 0,38% em maio, diz IBGE



Com menor pressão dos preços dos alimentos e forte recuo nos combustíveis, o Brasil teve deflação de 0,38% em maio, o resultado mais baixo para o mês desde que a inflação começou a ser calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 1980.

No ano, o país tem deflação de 0,16%. No acumulado de 12 meses, o índice é de 1,88%, bem abaixo do piso da meta estabelecida pelo governo para 2020, de 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em abril, o índice já havia apresentado forte deflação, de 0,31%, nível só visto em 1998. Naquele mês, porém, os preços dos alimentos ainda pressionavam a inflação, diante da maior demanda de produtos após o início da pandemia.

Com as restrições à circulação de pessoas para frear a contaminação pelo novo coronavírus, a inflação dos alimentos para consumo em domicílio disparou em março e abril, quando bateu 2,24%. Em maio, a variação desses produtos caiu para 0,33%.

Os preços de itens como cenoura (-14,95%) e as frutas (-2,1%), que haviam subido em abril, recuaram em maio. A inflação do grupo Alimentação e Bebidas, que havia avançado 1,79% em abril, recuou para 0,24% em maio.

"É normal que os alimentos tenham uma alta no início do ano, especialmente nos primeiros três meses, por conta das questões climáticas que prejudicam as lavouras", diz o gerente da pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov.

A principal influência sobre o IPCA do mês, porém, continuou sendo o preço dos combustíveis, também impactado pela pandemia, que derrubou as cotações internacionais do petróleo. Em maio, segundo o IBGE, a gasolina ficou 4,53% mais barata, o diesel caiu 6,44% e o etanol recuou 5,96%.

O cenário deve ser diferente em junho, quando os postos começam a repassar ao consumidor reajustes promovidos pela Petrobras nos preços da gasolina e do diesel - foram cinco aumentos no primeiro e dois no segundo desde o início de maio.

Já com possíveis impactos da desvalorização cambial, o Artigos de residência apresentou a maior variação positiva do mês, com alta de 0,58%. Nesse grupo, aumentaram de preços os artigos de TV, som e informática (4,57%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,98%).

Economistas ouvidos pelo Banco Central para a elaboração do Boletim Focus reduziram na semana passada suas projeções para a inflação de 2020, de 1,55% para 1,53%. Para 2021, a expectativa é que o indicador feche o ano em 3,1%.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/81986-brasil-tem-deflacao-de-038-em-maio-diz-ibge.html