A China tem uma grande actividade online, nomeadamente em fóruns de discussão e redes sociais Reuters
O país, que já é um dos que mais controlam as actividades online,
quer agora que todos os clientes de Internet estejam devidamente
identificados.
A China aprovou novas regras que obrigam os clientes de serviços de
acesso à Internet a identificarem-se com um nome verdadeiro e que
colocam sobre os operadores responsabilidades acrescidas na
identificação de conteúdo proibido.
Os novos regulamentos permitem que os cibernautas
chineses continuem a usar pseudónimos para colocar conteúdos online, mas
têm de se identificar com o nome verdadeiro quando estabelecem um
contrato com o fornecedor de Internet.
Numa conferência de imprensa, o ministro chinês da Indústria e Tecnologias de Informação, citado pelo New York Times,
explicou que quase todos os clientes de acessos fixos de Internet já
estão devidamente identificados junto dos fornecedores, mas apenas 70%
dos clientes de serviços móveis estão registados com nomes verdadeiros.
Regras
semelhantes já tinham sido postas em vigor por autoridades locais, mas
os fornecedores de Internet estavam a ser lentos na adopção das medidas,
com medo de perder clientes num país com um historial de controlo muito
apertado da Internet e onde são conhecidos vários casos de prisão por
conteúdos colocados online. As novas regras foram agora aprovadas por um
comité do congresso chinês (com 145 votos a favor, cinco abstenções e
um voto contra), o que coloca mais pressão sobre os fornecedores de
acesso para cumprirem as disposições, escreve aquele jornal.
Apesar
das restrições, a China tem uma grande actividade online, nomeadamente
em fóruns de discussão e redes sociais como o Weibo, uma espécie de
Twitter local, que contava em meados deste ano com cerca de 370 milhões
de utilizadores.
A Sina Corp, dona do Weibo e uma das maiores
empresas de Internet do país, já tinha avisado eeste ano que a
obrigatoriedade de identificação dos utilizadores levaria a uma queda do
tráfego neste site, recorda a BBC.
As medidas aprovadas colocam
também responsabilidades acrescidas sobre os fornecedores de acesso, que
passam a ter de interromper a transmissão de informação considerada
ilegal assim que é detectada e apagar conteúdos proibidos (guardando os
registos) ainda antes de comunicarem o caso às autoridades.
Fonte: http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/china-aperta-restricoes-no-uso-da-internet-1578892
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