Entidade estuda realizar concurso para batizar os sete astros
Identificados provisoriamente apenas com as letras b, c, d, e, f, g e h,
os sete exoplanetas que orbitam a estrela Trappist-1, cuja descoberta
foi anunciada na última quarta-feira (22) pela Nasa, podem ganhar seus
nomes definitivos por meio de um concurso mundial.
O italiano Piero Benvenuti, secretário-geral da União Astronômica Internacional (UAI), disse à
ANSA
nesta quinta (23) que a entidade estudará a hipótese de realizar uma
competição global, com votação online aberta a qualquer pessoa, para
escolher como os astros serão batizados.
Com isso, os sete planetas podem entrar para as cartas celestes com
nomes inspirados em lugares e personagens históricos ou mitológicos.
"Seguramente discutiremos sobre isso na reunião do comitê executivo da
UAI, que será realizado em maio, em Pune, na Índia", declarou Benvenuti.
De acordo com o italiano, as sugestões seriam apresentadas por
astrônomos - profissionais ou amadores -, entidades de pesquisa,
associações culturais e ONGs, respeitando as normas para nomenclatura
celeste. Ou seja, os nomes precisariam ser reconhecidos universalmente e
não poderiam gerar controvérsias políticas, religiosas ou culturais.
"Eu, pessoalmente, escolheria nomes ligados a ideais de paz e
fraternidade. Se esses planetas forem habitados, precisaremos de um belo
cartão de visitas", brincou o secretário-geral da UAI. As sugestões
seriam analisadas por uma comissão da União Astronômica e depois
submetidas a votação online.
"Podemos pensar também em um prêmio aos vencedores, oferecendo a
possibilidade de dar o próprio nome a um asteroide", acrescentou o
astrônomo italiano, lembrando que um concurso parecido já foi realizado
em 2015 para batizar 20 sistemas planetários.
Dos sete planetas da estrela Trappist-1, na constelação de Aquário,
três estão na chamada "zona habitável", área considerada ideal pelos
cientistas para que haja água em estado líquido, condição essencial para
a existência de vida como a conhecemos.
Todos eles possuem tamanhos semelhantes ao da Terra, sendo que aquele
que fica mais perto da estrela leva pouco mais de um dia para completar
uma órbita. O mais distante precisa de 20. No nosso sol, muito maior que
a anã vermelha Trappist-1, essa proximidade seria incompatível com a
vida.
O sistema fica a cerca de 40 anos-luz da Terra, mas ainda precisarão
ser feitos novos estudos para determinar a composição de suas massas. De
acordo com o presidente da Agência Espacial Italiana (ASI), Roberto
Battiston, serão necessários de 10 a 15 anos para se ter a tecnologia
capaz de observar com mais detalhes a atmosfera dos exoplanetas e dar
mais consistência à possibilidade de eles possuírem água líquida.
Fonte: https://noticias.terra.com.br/ciencia/planetas-sosias-da-terra-podem-ganhar-nomes-por-votacao,93847c0ae4d609fed8b31e5a42b7ee6c8st9nb5e.html
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