1. Nada de Marechal Deodoro 
da Fonseca. O primeiro a dar o grito da República (e também da 
Independência) foi o sargento-mor e vereador de Olinda (Pernambuco) 
Bernardo Vieira de Melo. O militar lançou a proposta em 10 de novembro 
de 1710 porque estava insatisfeito com a exploração abusiva do país 
pelos monarcas portugueses. A Câmara da capital pernambucana rejeitou o 
pedido. A Independência do Brasil, de fato, só viria a se concretizar 
depois de 112 anos, e a formação da República, 179 anos mais tarde. 
2. Ao proclamar a República, no dia 15 de novembro 
de 1889, Deodoro da Fonseca estava com um ataque de dispneia. Foi tirado
 da cama no meio da noite para comandar o cerco ao Ministério. Foi sem a
 espada, porque seu ventre estava muito dolorido. O cavalo baio número 6
 que usou não foi mais montado até a sua morte, em 1906.
3. Deodoro havia decidido apoiar os republicanos 
quatro dias antes. "Eu queria acompanhar o caixão do imperador, que está
 idoso e a quem respeito muito. Mas o velho já não regula bem, Portanto,
 já que não há outro remédio, leve à breca a Monarquia. Nada mais temos a
 esperar dela. Que venha, pois, a República", disse.
4. Quando passou pelo portão do Ministério da 
Guerra, o marechal acenou com o quepe e ordenou às tropas que se 
apresentassem. As tropas se perfilaram e ouviram-se os acordes do Hino 
Nacional. Estava proclamada a República. Não houve derramamento de 
sangue. O único que se feriu foi o Ministro da Marinha, José da Costa 
Azevedo, que reagiu à voz de prisão.
5. Dom Pedro ficou sabendo da movimentação de tropas no Rio de Janeiro quando estava numa casa de banhos em Petrópolis.
6. Mesmo depois de proclamada a República, ninguém 
quis levar o telegrama com a notícia para D. Pedro II, que estava em seu
 palácio em Petrópolis. No meio da noite, o major Sólon Ribeiro foi ao 
encontro do Imperador, que teve que ser acordado. Na verdade, com medo 
de manifestações a favor da monarquia, os líderes do movimento pediam 
que D. Pedro II e sua família partissem naquela mesma madrugada. Dizem 
os relatos que a Imperatriz Tereza Cristina chorou, que Isabel ficou 
muda e que o Imperador apenas soltou um desabafo: "Estão todos loucos!"
7. Antes de viajar, no dia 17 de novembro, Pedro II 
escreveu uma mensagem para o povo brasileiro: "Cedendo ao império das 
circunstâncias, resolvo partir com toda a minha família para a Europa 
amanhã, deixando esta pátria de nós estremecida, à qual me esforcei por 
dar constantes testemunhos de entranhado amor e dedicação durante quase 
meio século, em que desempenhei o cargo de chefe de Estado. 
Ausentando-me, eu com todas as pessoas de minha família, conservarei do 
Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo votos por sua grandeza e 
prosperidade."
8. No momento de embarcar, o imperador recebeu um 
convite de seu sobrinho, dom Carlos, rei de Portugal, colocando à sua 
disposição um dos seus palácios em Lisboa. Pedro agradeceu, mas não 
aceitou a oferta.
9. No dia 5 de dezembro de 1889, o navio Alagoas 
chegou a Lisboa. A viagem da família real durou 18 dias. Apesar de ter 
sido recebido com honras, ele preferiu se hospedar com a imperatriz 
Teresa Maria num hotel na cidade do Porto. Depois de 23 dias, Teresa 
Maria faleceu no quarto do hotel.
10. Pedro II morreu deitado num travesseiro que ele encheu com terra brasileira.
Fonte: http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/2548/1/republica.html