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domingo, 22 de junho de 2025

Trump confirma ataque dos EUA a três instalações nucleares do Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (21) que o país realizou ataques contra três instalações nucleares iranianas. Os ataques acontecem em meio à escalada do conflito entre Irã e Israel, que já enfrentam uma semana de intensos combates aéreos.

 

"Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", declarou Trump em uma publicação na rede Truth Social.

 

De acordo com o presidente norte-americano, Fordow, considerado o principal alvo, foi atingido por uma carga completa de bombas. Ele afirmou ainda que as aeronaves dos EUA já deixaram o espaço aéreo iraniano e retornam em segurança.

 

“Fordow não existe mais. Este é um momento histórico para os Estados Unidos, Israel e o mundo. O Irã agora precisa aceitar o fim desta guerra”, acrescentou. 

 

Trump também parabenizou os militares norte-americanos e declarou: “Não há outro exército no mundo que poderia ter feito isso. Agora é hora de paz!”.

 

Até o momento, o governo do Irã não se pronunciou oficialmente sobre os ataques. Israel havia iniciado uma operação militar com o objetivo de neutralizar alvos nucleares no Irã, o que motivou uma reação iraniana com mísseis lançados contra cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.

 

O ataque norte-americano marca uma nova etapa no conflito e reforça o apoio dos EUA a Israel.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/305878-trump-confirma-ataque-dos-eua-a-tres-instalacoes-nucleares-do-ira

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Rússia e Ucrânia trocam ataques com drones


O exército russo atacou a Ucrânia com drones de ataque e mísseis na noite de segunda-feira, 9 de junho, informaram as autoridades das regiões ucranianas. De acordo com um relatório da Força Aérea Ucraniana, o ataque foi um dos mais massivos desde o início da guerra.

A Ucrânia foi bombardeada por 479 drones de ataque Shahed e imitadores de drones de vários tipos, quatro mísseis aerobalísticos Kh-47 M2 Kinzhal, dez mísseis de cruzeiro Kh-101, três mísseis de cruzeiro Kh-22, dois mísseis antirradar Kh-31P e um míssil de cruzeiro Kh-35, informou as Forças Armadas Ucranianas. Dos 499 drones e mísseis lançados contra a Ucrânia, 479 alvos foram neutralizados.

O sistema de defesa aérea (AD) estava em operação em Kiev à noite. Um prédio comercial no distrito de Darnitsky foi danificado na capital em consequência de um ataque de um drone , informou o chefe da administração militar da cidade de Kiev, Timur Tkachenko.

A Força Aérea Ucraniana também relatou o voo de drones russos nas regiões de Sumy, Chernigov, Kiev, Poltava, Kharkiv, Dnipropetrovsk, Donetsk, Kirovohrad, Zhitomir e Zaporizhia. Um alerta de ataque aéreo foi declarado em toda a Ucrânia.

Polônia enviou caças para o céu

Na cidade de Rivne, uma pessoa ficou ferida em consequência de um bombardeio, disse o chefe da OVA de Rivne, Oleksandr Koval. "Uma noite muito difícil para a região de Rivne. Nossa região sofreu um poderoso ataque aéreo inimigo. De acordo com informações preliminares, um civil ficou ferido", escreveu ele no Telegram.

Em meio a bombardeios na região oeste da Ucrânia, a Força Aérea Polonesa e países aliados enviaram caças, relata a AFP.

Drones ucranianos atacaram a Chuváchia

Um ataque de drones ucranianos foi registrado na Chuváchia, Rússia, informou o chefe da república, Oleg Nikolaev. "Dois drones caíram no território da JSC VNIIR, razão pela qual foi tomada a decisão responsável de suspender temporariamente a produção para garantir a segurança dos funcionários. Outro drone caiu nos campos dos distritos municipais de Cheboksary e Krasnoarmeysky – não há ameaça à população", observou.

O Instituto Russo de Pesquisa em Engenharia de Relés (JSC VNIIR) está localizado na capital da Chuváchia, Cheboksary. A empresa também produz receptores de sinal de satélite da família Kometa/Kometa M, que auxiliam o exército russo no combate aos sistemas de guerra eletrônica ucranianos, escreveu Sergey Beskrestnov, especialista ucraniano em radiocomunicações e chefe do Centro de Tecnologia de Rádio, conhecido pelo indicativo de chamada "Flash", em 2022.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 49 UAVs ucranianos foram destruídos e interceptados sobre as regiões durante a noite: 13 UAVs foram abatidos sobre as regiões de Kursk e Nizhny Novgorod, nove sobre as regiões de Voronezh e Oryol, dois sobre Chuvashia e Bryansk, e um sobre a região de Belgorod.

O Estado-Maior Ucraniano relatou um ataque ao aeródromo russo de Savasleyka

O Estado-Maior da Ucrânia declarou que, na noite de 9 de junho, foi realizado um ataque ao aeródromo de Savasleyka, na região de Nizhny Novgorod. Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, o aeródromo é usado para ataques em território ucraniano. Caças MiG-31K com mísseis Kinzhal decolam regularmente de lá, enfatizou o Estado-Maior.

O lado ucraniano informou que duas aeronaves foram danificadas como resultado do ataque. Segundo informações preliminares, um MiG-31 e um Su-30/34. O lado russo não comentou essa informação.

Fonte: https://www.dw.com/ru/rossia-i-ukraina-obmenalis-udarami-bespilotnikov/a-72839580

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Ucrânia destrói 41 aviões de guerra da Rússia em ataque massivo de drones antes de negociações

Um dia antes de se reunir novamente com a Rússia para tentar negociar um cessar-fogo, a Ucrânia atacou ao menos cinco bases aéreas do país adversário neste domingo (1º). De acordo com a imprensa local, foram danificados 41 aviões de guerra em regiões tão distantes da frente quanto a Sibéria, em um dos maiores reveses de Moscou em mais de três anos de guerra.
 

A ofensiva ocorreu horas após a Rússia usar 472 drones e 7 mísseis para atacar a Ucrânia durante a noite, segundo Kiev —números que fazem desta ofensiva a maior executada pelo Kremlin desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Pelo menos 12 soldados morreram e mais de 60 ficaram feridos após um projétil atingir um campo de treinamento, segundo o Exército ucraniano.
 

Os ataques evidenciam que as cartas militares dos dois lados se intensificam apesar dos esforços de negociação para encerrar o conflito, uma promessa de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
 

A Rússia, por exemplo, vem aumentando a quantidade de drones lançados contra a Ucrânia em seus bombardeios noturnos —há duas semanas, Moscou lançou 273 dispositivos contra o país vizinho, o que na época já havia superado o então recorde de 267 artefatos russos disparados em fevereiro deste ano.
 

O ataque ucraniano deste domingo, no entanto, foi um dos mais importantes da guerra até aqui. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou ofensivas em cinco regiões, separadas e distantes entre si—Ivanovo, Riazan, Amur, Murmansk e Irkutsk. As defesas aéreas teriam repelido os ataques em todas as regiões, exceto nas últimas duas, segundo a pasta.
 

"Nas regiões de Murmansk e Irkutsk, o lançamento de drones de uma área próxima a aeródromos resultou em incêndios em várias aeronaves", informou o ministério, sem especificar o número de aviões danificados. Segundo a pasta, os incêndios foram extintos e não houve vítimas. Alguns indivíduos envolvidos nos ataques teriam sido detidos.
 

Segundo o governador de Irkutsk, uma das principais divisões administrativas da região, no leste da Rússia, este foi o primeiro ataque do tipo naquela parte da Sibéria.
 

Vídeos e fotos publicados nas redes sociais mostram bombardeiros russos em chamas na base aérea de Belaia, ao norte de Irkutsk. A Reuters não conseguiu verificar imediatamente as imagens, mas uma autoridade de inteligência ucraniana disse à agência de notícias que o órgão de segurança realizou um grande ataque com drones contra 41 aeronaves militares russas.
 

De acordo com esse funcionário, Kiev escondeu drones carregados de explosivos dentro de pequenos galpões de madeira que foram levados para perto das bases aéreas em caminhões. O teto dos galpões foi levantado por um mecanismo acionado remotamente, permitindo que os dispositivos voassem e iniciassem o ataque.
 

A operação, que recebeu o codinome "Teia de Aranha", de acordo com a autoridade de segurança ucraniana, foi necessária pela distância dos alvos, alguns a mais de 4.000 km da linha de frente ucraniana —distância fora do alcance dos drones ou mísseis balísticos que Kiev possui em seu arsenal.
 

O ataque foi supervisionado pessoalmente pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e pelo chefe da agência de inteligência doméstica, Vasil Maliuk, segundo o mesmo funcionário, que falou sob condição de anonimato. Ele disse ainda que as aeronaves atingidas incluíam bombardeiros Tu-95 e Tu-22, que a Rússia usa para disparar mísseis de longo alcance contra a Ucrânia.
 

Também houve um ataque de drones na região de Murmansk, no norte da Rússia, segundo autoridades locais. A base aérea de Olenia, que abriga aviação estratégica, está localizada nessa região.
 

Neste domingo, Zelenski disse que a operação com drones foi "absolutamente brilhante".
 

"Um resultado absolutamente brilhante. E um resultado alcançado de forma independente pela Ucrânia," escreveu Zelenski no aplicativo de mensagens Telegram, observando que a operação levou mais de um ano e meio para ser preparada.
 

"Esta é a nossa operação de maior alcance." Falando pouco depois, em seu pronunciamento em vídeo noturno, o líder ucraniano destacou que 117 drones foram utilizados no ataque às bases russas. "A Rússia sofreu perdas muito concretas, e de forma justificada," disse.
 

O Ministério da Defesa russo anunciou neste domingo a captura de mais um vilarejo na região de Sumi, no nordeste da Ucrânia, onde avança com tropas em local que pode se transformar em uma nova frente de batalha e domínio russo. Até aqui o avanço é lento, mas cresce dia a dia na área fronteiriça próxima à russa Kursk, onde há poucos meses tropas ucranianas eram repelidas pelo Exército russo.
 

Negociadores ucranianos que estarão nas conversas entre as partes, previstas para ocorrer na manhã desta segunda-feira em Istambul, apresentarão ao lado russo uma proposta de roteiro para alcançar um acordo de paz duradouro, de acordo com uma cópia do documento vista pela agência Reuters.
 

O roteiro proposto começa com um cessar-fogo completo de ao menos 30 dias, seguido pela devolução de todos os prisioneiros mantidos por cada lado da disputa e das crianças ucranianas levadas para território controlado pela Rússia. Depois, há a previsão de uma reunião entre o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski e o russo, Vladimir Putin.
 

Segundo o plano, Moscou e Kiev trabalharão para definir os termos com a participação dos Estados Unidos e da Europa. Autoridades ucranianas disseram no início desta semana que enviaram o plano ao lado russo antes do encontro.
 

Os termos ucranianos, no entanto, são em grande parte os mesmos termos anteriormente apresentados por Kiev, segundo o documento.
 

As diretrizes excluem qualquer restrição à força militar ucraniana após a assinatura de um acordo de paz, qualquer reconhecimento internacional da soberania russa sobre partes da Ucrânia tomadas pelo Kremlin e reparações a Kiev. O documento também afirma que a localização atual da frente de batalha será o ponto de partida para negociações sobre território.
 

Os termos divergem consideravelmente das exigências que a Rússia fez publicamente nas últimas semanas, o que indica que as conversas podem seguir se arrastando.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/339254-ucrania-destroi-41-avioes-de-guerra-da-russia-em-ataque-massivo-de-drones-antes-de-negociacoes

sábado, 27 de abril de 2024

Rússia atinge 4 usinas elétricas na Ucrânia, que revida e ataca refinarias

Mísseis russos atingiram quatro usinas de energia termelétrica na Ucrânia neste sábado (27). O país perdeu 80% da sua capacidade de geração de energia térmica desde o início da guerra, segundo autoridades.
 

A Ucrânia disse ter barrado 21 dos 34 mísseis, mas a Dtek, companhia privada de eletricidade do país, disse que quatro das suas seis plantas termelétricas foram danificadas durante a noite. "O inimigo novamente atacou massivamente as instalações elétricas ucranianas", afirmou a empresa em nota.
 

Nenhum dos locais foi identificado nominalmente para que a Rússia não consiga estimar o impacto dos ataques, disseram as autoridades ucranianas.
 

Ucrânia revidou atacando refinarias de óleo na região de Krasnodar, no oeste russo com drones. A investida causou incêndios nas instalações, disseram fontes à agência Reuters.
 

Efeitos dos ataques não poderão ser mensurados até a chegada do inverno. Apesar da maior parte da energia elétrica vir de usinas nucleares, essas outras fontes equilibram o sistema e a perda delas pode ser um grande problema nos últimos meses do ano.
 

O governador da região de Lviv, no leste ucraniano, pediu aos moradores que economizem energia. "É difícil para o sistema de eletricidade manter o equilíbrio entre produção e consumo. Temos de fazer a nossa parte" falou.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/275291-russia-atinge-4-usinas-eletricas-na-ucrania-que-revida-e-ataca-refinarias

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Assembleia Geral da ONU aprova resolução que pede cessar-fogo humanitário na guerra entre Israel e Hamas

A Assembleia Geral da ONU aprovou resolução que pede cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas para apoio humanitário, que entram no 21º dia de ataques nesta sexta-feira (27). O texto, aprovado nesta tarde por 120 votos favoráveis, 14 contrários e 45 abstenções, é a primeira proposta diplomática para pôr fim ao conflito aprovada nas Nações Unidas desde o começo dos ataques, depois de uma série de impasses em votações no Conselho de Segurança. A resolução é de caráter recomendatório, ou seja, os agentes envolvidos não têm a obrigação de atender aos pontos definidos no colegiado, de acordo com O Globo.

 

O documento aprovado pelo colegiado da ONU, composto por 193 países, pede um cessar-fogo imediato para apoio humanitário, garantindo a entrada de suprimentos de alimentação e serviços aos civis em Gaza e de representantes de órgãos das Nações Unidas e outras organizações humanitárias na região. Ainda pede a suspensão de determinação de Israel para que palestinos evacuarem a região norte de Gaza e a garantia de uma forma de proteção da população palestina na região. A resolução ainda destaca a importância de conter uma escalada do conflito para uma guerra que envolve outros atores regionais. 

 

Por maioria, os países-membros rejeitaram uma emenda que condena o ataque terrorista do Hamas no último dia 7 e a tomada de reféns. Segundo o texto, elaborado pela delegação do Canadá e subscrita por outras nações, demanda a soltura dos cidadãos reféns e "a segurança, o bem estar e o tratamento humano dos reféns de acordo com a legislação internacional". O trecho, porém, foi criticado por países árabes presentes por não incluir ainda uma condenação aos ataques feitos por Israel em Gaza. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/285716-assembleia-geral-da-onu-aprova-resolucao-que-pede-cessar-fogo-humanitario-na-guerra-entre-israel-e-hamas

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Cerca de 150 brasileiros estão entre a Faixa de Gaza e Israel aguardando repatriação

O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.137 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza.

 

Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 221 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (18).  As informações são da Agência Brasil.

 

“Com isso, nós encerramos a primeira fase da maior operação de repatriação de brasileiros em zona de conflito, excluída, portanto, a pandemia, desde 2006”, relatou o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira nessa quarta-feira (18), em Brasília, em entrevista à imprensa.

 

Vieira destacou que a operação disponibilizou veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto e que toda operação foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

 

Agora, o Itamaraty aguarda a possibilidade de retirar os brasileiros da Faixa de Gaza, alvo dos bombardeios diários de Israel. "O presidente Lula falou com o presidente do Egito, El-Sissi, eu falei ontem com o ministro do Exterior do Egito pedindo o apoio para que o os brasileiros possam ser evacuados assim que essa passagem for aberta”, informou o ministro.

 

Duas aeronaves, um KC-390 e um KC-30, estão de prontidão, uma em Roma, na Itália, e outra no Rio de Janeiro, para trazer mais brasileiros, “em virtude das listas estão sendo compostas pela nossa Embaixada”, relatou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.  Há ainda 15 estrangeiros de países latino-americanos, da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai, que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra.

 

“Evidentemente, foi dada preferência nos primeiros voos aos cidadãos brasileiros. Mas estamos programando que, no último voo dessa primeira faze, se possa transportar 15 estrangeiros ainda interessados em voltar ao Brasil e daqui para seus países”, afirmou o ministro Mauro Vieira.   


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/285417-cerca-de-150-brasileiros-estao-entre-a-faixa-de-gaza-e-israel-aguardando-repatriacao

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Guerra entre Israel e Hamas já deixou mais de 3 mil mortos, afirmam autoridades


O conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas chegou ao sétimo dia e ultrapassou a marca de 3 mil óbitos. Em guerra desde sábado (7), quando os radicais do Hamas invadiram Israel, matando e sequestrando civis, o número de mortos e feridos vem crescendo em larga escala, com ampla crise humanitária.

 

Nesta sexta-feira (13), o Ministério da Saúde palestino confirmou que 1.799 pessoas morreram na Faixa de Gaza nesse período. Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram 1,3 mil mortes. A soma é de 3.099, além de 11 óbitos confirmados na Cisjordânia. As informações ssão do portal Metrópoles, Parceiro do Bahia Notícias. 


Segundo informações do jornal norte-americano The New York Times, militares israelenses atacaram a Cisjordânia após palestinos participarem de um protesto contra o governo de Israel e em solidariedade a Gaza. Há ainda cerca de 10 mil feridos, sendo 6.388 devido a bombardeios israelenses em retaliação ao ataque do grupo radical islâmico Hamas.


EVACUAÇÃO DA FAIXA DE GAZA
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou ordem de evacuação enviada pelas Forças de Defesa israelenses. De acordo com o comunicado, todos os habitantes do norte da Faixa de Gaza devem abandonar a região e seguir para o sul nas próximas 24 horas.


Segundo a entidade, militares alertam que “toda a população de Gaza ao norte de Wadi Gaza [rio que divide a região em sul e norte]” deve ir para o sul. O texto foi enviado para cidadãos abrigados em instalações da ONU. A Cidade de Gaza, capital da ocupação, fica no norte.


Fonte:  https://www.bahianoticias.com.br/noticia/285265-guerra-entre-israel-e-hamas-ja-deixou-mais-de-3-mil-mortos-afirmam-autoridades

domingo, 18 de setembro de 2022

ONU reúne líderes pela primeira vez desde início da guerra

A emergência climática já vinha dominando as últimas cúpulas da Organização das Nações Unidas. Nos últimos dois anos, os líderes mundiais precisaram se debruçar sobre uma pandemia que já matou mais de 6 milhões de pessoas. Agora, sem que as outras duas crises tenham ido embora, há uma guerra na Europa que acirrou ainda mais as divisões políticas globais e que lança sombras sobre o encontro de lideranças nos Estados Unidos.
 

É nesse contexto que começam os debates da 77ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, que reunirão a maior parte dos líderes mundiais pela primeira vez desde a eclosão da Guerra da Ucrânia, em fevereiro. O tema deve dominar não só os discursos das autoridades, que começam na terça-feira (20) com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), mas também as rodas de negociações e reuniões bilaterais entre os líderes.
 

De um acordo de paz, é claro, não haverá qualquer vislumbre durante o encontro promovido em Nova York, segundo disse o próprio secretário-geral da ONU, António Guterres. "Sinto que ainda estamos muito longe da paz. Acredito que a paz é essencial, paz de acordo com a Carta das Nações Unidas e com o direito internacional, mas estaria mentindo se dissesse que isso pode acontecer em breve", afirmou o português.
 

O grande objetivo da ONU nas discussões que envolvem a guerra é expandir o acordo que permite o comércio de grãos da Ucrânia, aumentando também as exportações de fertilizantes da Rússia em meio à crise de escassez de alimentos que se agrava sem fazer distinção de fronteiras.
 

Nesta semana, o russo Vladimir Putin ameaçou voltar a barrar as exportações ucranianas pelo mar Negro, principal ponto de escoamento da produção do país, e Guterres tem se envolvido diretamente na mediação do conflito, falando recorrentemente com os presidentes dos dois países.
 

Putin, aliás, não irá a Nova York. Em seu lugar, mandou o estridente chanceler Serguei Lavrov, que, como alvo de sanções da Casa Branca, até o último minuto não sabia se conseguiria viajar aos Estados Unidos. A ironia é que foi esta mesma ONU que deu prestígio a Lavrov, já que, antes de se tornar o líder da diplomacia de Moscou, ele foi embaixador na entidade por dez anos. de 1994 a 2004, e era conhecido pelo bom relacionamento com outras autoridades e lideranças.
 

Pelo acordo que estabeleceu em 1947 a sede da ONU em Nova York, os EUA devem garantir vistos a diplomatas estrangeiros para que possam acessar o edifício da organização. A Casa Branca, porém, diz que tem a prerrogativa de negar vistos por razões de segurança nacional.
 

Ao longo das últimas semanas, o Kremlin reclamou publicamente e afirmou que Washington estava violando suas obrigações, até que o governo americano decidiu na última terça-feira liberar a entrada de uma comitiva russa no país, mas não há expectativa de reuniões entre autoridades dos dois países adversários.
 

Esta será a primeira edição totalmente presencial desde a eclosão da pandemia de Covid-19, em 2020. Naquele ano, líderes mundiais discursaram de forma totalmente remota, sem que nenhum viajasse a Nova York em decorrência das restrições. Em 2021, parte deles falou de forma presencial, como Bolsonaro, e parte enviou um vídeo, como o dirigente da China, Xi Jinping.
 

A participação remota não estava prevista para a edição deste ano. Houve, no entanto, uma exceção para que o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, possa enviar um vídeo gravado previamente e exibi-lo no plenário. A exceção foi aprovada pela Assembleia-Geral com 101 votos a favor e 7 contra, incluindo o da Rússia, que tentou barrar a medida. O Brasil se absteve, votando a favor de uma emenda rejeitada da Belarus para que não só Zelenski mas qualquer autoridade de país em guerra possa participar de forma remota --o que não foi aceito.
 

A 77ª Assembleia-Geral ocorre ainda em meio a uma série de questionamentos em relação à eficiência da própria ONU em evitar conflitos como a Guerra da Ucrânia, com mais de seis mees. Zelenski chegou a dizer em março, em discurso ao Congresso dos EUA, que "as guerras do passado levaram nossos predecessores a criarem instituições que deveriam evitá-las, mas que, infelizmente, não funcionam."
 

A jornalistas, o secretário-geral António Guterres saiu na defensiva e insistiu que a ONU é a maior provedora de ajuda humanitária do mundo. "Se há um momento em que a ONU é mais importante do que nunca, esse momento é agora", afirmou. "A ONU não pode ser limitada pelo fato de que os membros do Conselho de Segurança não conseguem chegar a um acordo para resolver a pior crise que enfrentamos", completou Guterres.
 

Entre as consequências da guerra, deve entrar na pauta ainda, além da alta do preço dos alimentos, a segurança energética, em meio a escassez de gás natural e o aumento da queima de carvão na Europa. Também na seara climática, as enchentes no Paquistão devem ocupar parte importante das discussões.
 

O encontro em Nova York também será afetado pelo funeral da rainha Elizabeth 2ª, que acontece um dia antes da abertura dos discursos e que levou autoridades para a Europa, como Bolsonaro. O americano Joe Biden, que tradicionalmente discursaria após o Brasil, também na terça-feira, adiou seu pronunciamento para o dia seguinte, quarta.
 

A Assembleia-Geral será, por fim, a estreia de uma série de novos líderes que chamaram atenção no cenário internacional. Pela esquerda, é o caso do novo presidente do Chile, Gabriel Boric, já tratado como estrela na Cúpula das Américas, nos EUA, em junho. À direita, é a primeira viagem para fora da Ásia do novo presidente das Filipinas, Ferdinand Bongbong Marcos Jr., filho do controverso ditador Ferdinand Marcos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/184402-onu-reune-lideres-pela-primeira-vez-desde-inicio-da-guerra.html

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Avião americano da 2ª Guerra é encontrado no RN 80 anos após queda

Pesquisadores encontraram no litoral do Rio Grande do Norte um pedaço de um avião militar dos Estados Unidos que caiu na região há 80 anos e foi usado na Segunda Guerra Mundial.
 

A aeronave, identificada como um hidroavião bimotor Catalina, ia em direção a uma base norte-americana que ficava na capital do estado, Natal, quando caiu. Havia 10 pessoas no avião no momento do acidente, e apenas três sobreviveram, resgatados por pescadores brasileiros.
 

Os destroços foram encontrados pelo mergulhador Paul Bouffis, que estava dando uma aula na região, e repassou a informação da carcaça para o Centro Cultural Trampolim da Vitória, que estuda a passagem dos americanos pelo estado potiguar durante o período da Segunda Guerra.
 

Em entrevista à TV Globo, o curador da instituição, Fred Nicolau, afirmou que sabia-se da existência do avião, mas sua localização era desconhecida. "Ele disse que tinha achado um 'treco' lá, mas não era um avião. Daí ele me mandou as fotos, olhei e [disse que] de fato é uma sucata, não parece nada".
 

Nicolau afirma que foi pesquisar no próprio acervo e encontrou um pedaço de sucata também de um Catalina. ''Fui ver outras fotos do avião e tive certeza [que era aeronave americana]", afirmou.
 

Segundo Nicolau relatórios da época apontavam, entre as causas da queda do avião, as baixas condições de visibilidade. "Estava chovendo, era de noite, não tinha lua, teto baixo e visibilidade chegando a zero", diz.
 

Segundo Nicolau, há outros destroços de aeronaves espalhados pelo litoral do estado. "A gente sabia que existia esse avião, assim como sabemos que caíram outros dez aqui na costa entre a guerra e o pós-guerra. Os caras que já acharam esses aviões mantêm isso como um segredo. Eu tentei muito achar os outros aviões".
 

Nicolau disse que já avisou a Marinha e as autoridades americanas sobre o achado, mas defende que o mais correto seria deixar a carcaça no local.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/170782-aviao-americano-da-2-guerra-e-encontrado-no-rn-80-anos-apos-queda.html

quarta-feira, 9 de março de 2022

Após Putin criticar 'guerra econômica', EUA e Reino Unido rebatem: 'Vamos isolar ainda mais'

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, e a ministra de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, reagiram às críticas do Kremlin sobre uma “guerra econômica contra a Rússia”. Os líderes adiantaram que novas sanções estão sendo preparadas.

 

Conforme divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, nesta quarta-feira (9), em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, após uma reunião, Blinken reafirmou: “Nosso objetivo é pôr fim à guerra, e não expandi-la. Buscamos evitar a expansão para zona da Otan”.

 

O mesmo discurso foi adotado por Truss. “Nosso objetivo é fazer com que Putin fracasse na Ucrânia”, frisou a ministra. Blinken emendou: “Estamos comprometidos com o fracasso de Putin. As medidas que já aplicamos arruinou 30 anos de progresso na Rússia”.

 

Os dois diplomatas salientaram que o povo russo já sente, e sentirá ainda mais no futuro, os impactos das sanções, como perda de produtos e serviços no país. Desde o início dos bombardeios à Ucrânia, em 24 de fevereiro, uma série de empresas suspenderam operações em território russo.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/266779-apos-putin-criticar-guerra-economica-eua-e-reino-unido-rebatem-vamos-isolar-ainda-mais.html

sábado, 5 de março de 2022

Guerra na Ucrânia pode contribuir para estagnação do PIB do Brasil em 2022

A economia brasileira voltou aos níveis pré-pandemia, depois de avançar 4,6% em 2021. O desempenho desde o início da crise sanitária mostra, no entanto, um país que praticamente não saiu do lugar e continua crescendo abaixo da média mundial.
 

A expectativa para 2022 é de um resultado para o PIB (Produto Interno Bruto) ainda fraco, com a maioria das projeções variando entre -0,5% e 0,5%, embora o dado mais positivo no final do ano passado tenha levado a uma revisão para cima nos números.
 

Esse cenário pode se agravar a depender da duração e dos impactos econômicos da guerra na Ucrânia. Uma solução rápida para o conflito, no entanto, ainda é o cenário da maioria dos analistas.
 

Rafaela Vitoria, economista-chefe do banco Inter, afirma que a sua projeção de crescimento de 0,2% para 2022 pode ser revisada para algo mais próximo de 0,5%, considerando que o resultado de 2021 veio melhor que o esperado e deixa uma herança estatística positiva de 0,3% para este ano.
 

Ela diz que o investimento pode ser novamente a surpresa positiva do PIB neste ano, depois do crescimento de 17,2% em 2021, mesmo em um cenário de aperto monetário, eleições e outras incertezas. O consumo, no entanto, deve se retrair.
 

"A gente vai ter um crescimento baixo neste ano. A inflação e os juros altos ainda vão prejudicar o consumo. Pelo lado das famílias, a sensação térmica vai ser de um PIB fraco, mesmo que a gente tenha um número positivo", afirmou a economista.
 

Vitoria afirma que a recuperação dos serviços também deixa uma perspectiva um pouco melhor para este ano, destacando que no segundo semestre de 2020 o PIB voltou a crescer, mas o emprego não reagia. E que em boa parte de 2021 ocorreu o contrário, contração da economia no segundo e terceiro trimestres, mas com recuperação do emprego.
 

"Esses setores têm capacidade para crescer neste ano, então a gente ainda pode ver geração de emprego, mas a inflação vem reduzindo o poder de compra das famílias. Por isso, a gente não vai ver um estímulo muito positivo para o consumo. Se tiver alguma surpresa positiva, vai vir de novo do investimento e do setor externo. O consumo tende a ter queda."
 

O economista do Itaú Luka Barbosa afirma que o dado do quarto trimestre veio acima da projeção de crescimento de 0,1% do banco, com uma surpresa positiva espalhada por todos os setores, principalmente na agropecuária.
 

O banco deve rever a projeção de queda de 0,5% do PIB neste ano, pois tinha uma expectativa de carrego estatístico de -0,1% para 2022, o que acabou ficando em +0,3%.
 

Ele diz que a economia brasileira responde, principalmente, a três fundamentos: preços de commodities, medidas fiscais e juros. "A política monetária é claramente contracionista, e isso prejudica a atividade neste ano, mas os outros dois fundamentos trazem algum efeito expansionista para o PIB do Brasil."
 

O Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da FGV), que projetava exatamente crescimento de 4,6% no ano e 0,5% no trimestre, espera uma expansão de 0,6% em 2022.
 

Armando Castelar, pesquisador associado do instituto, destaca o crescimento acima de 17% do investimento no ano passado, também antecipado pelo Ibre, com uma expansão de quase 30% no segmento de máquinas e equipamentos.
 

Ele lembra que os números ainda não voltaram ao patamar recorde de 2013 e vê desafios para que haja uma nova expansão em 2022 diante dos juros mais elevados. Pondera, no entanto, que os estados têm caixa para aumentar investimentos no ano eleitoral, dada a boa arrecadação do ano passado. Os impostos sobre produtos cresceram 6,4% no ano passado, com peso de 50% do ICMS estadual.
 

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, afirma que a retomada dos segmentos de serviços mais afetados pela pandemia deve continuar em 2022 e que isso, junto com um bom desempenho da agropecuária, pode puxar o PIB para um resultado positivo.
 

"A gente tem um cenário de 0,5% de crescimento, mas esse PIB, embora traga um carrego estatístico pequeno, dá alguns sinais de possibilidade de um crescimento mais próximo de 1%."
 

Até a semana passada, a mediana das projeções de mercado para o PIB de 2022 eram de um crescimento de 0,3%, em um ambiente de inflação ainda acima da meta e de juros elevados.
 

Reportagem da Folha de dezembro mostrou que a economia brasileira deve completar pelo menos 16 anos de crescimento abaixo da média mundial, período que teve início no governo Dilma Rousseff, em 2011, e pode se estender até o final do próximo mandato presidencial, em 2026.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/155919-guerra-na-ucrania-pode-contribuir-para-estagnacao-do-pib-do-brasil-em-2022.html


 

sexta-feira, 4 de março de 2022

Maior usina nuclear da Europa fica em chamas após ataque de tropas russas

Tropas russas atacaram e tomaram o controle da maior usina nuclear da Europa, a ucraniana Zaporizhzhia, na noite dessa quinta-feira (3). Um prédio administrativo, localizado perto dos reatores nucleares, foi atingido por um incêndio. O fogo teria se alastrado para o perímetro da central nuclear. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

Havia o risco de um resfriamento dos reatores causar uma explosão 10 vezes maior que a do acidente na usina de Chernobyl, em 1986 até então a maior catástrofe do tipo –, segundo alertou o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba. Porém, segundo o anúncio da agência nuclear da Ucrânia, não houve aumento nos níveis de radiação nas redondezas, e o fogo já foi extinto.

 

A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla original) anunciou, nesta sexta-feira (4/3), que colocou o Centro de Incidentes e Emergência da instituição em prontidão em tempo integral devido à “séria situação” que se desenvolve na usina.

 

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Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/266641-maior-usina-nuclear-da-europa-fica-em-chamas-apos-ataque-de-tropas-russas.html

terça-feira, 1 de março de 2022

Presidente ucraniano pede formalmente adesão do país à União Europeia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira (28) que assinou um pedido oficial para a Ucrânia ingressar na União Europeia (UE). De acordo com o que divulgou a CNN Brasil, Zelensky pediu ao bloco que permita que a Ucrânia se torne membro imediatamente por meio de um procedimento especial pois se defende da invasão das forças russas.

 

Através do Twitter, o primeiro-ministro da Ucrânia afirmou que a “esta é a escolha da Ucrânia e do povo ucraniano. Nós mais do que merecemos". Ainda de acordo com a CNN, pouco antes, o primeiro encontro entre delegações diplomáticas da Ucrânia e da Rússia, que se reuniram na região da fronteira com Belarus, terminou sem acordo. 

 

O assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, informou que os representantes retornarão às suas respectivas capitais antes de uma segunda rodada de negociações, informou a agência de notícias RIA.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/266529-presidente-ucraniano-pede-formalmente-adesao-do-pais-a-uniao-europeia.html

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Professor vê guerra mundial como 'improvável', mas alerta: gasolina e pão podem aumentar

O início de uma ofensiva militar da Rússia contra a Ucrânia, na última quarta-feira (23), gerou um temor de que o conflito pudesse progredir para a 3ª Guerra Mundial. Para o professor Milton Deiró Neto, que tem como objeto de estudo exatamente as políticas de defesa, segurança e contraterrorismo da Rússia, essa é uma consequência "improvável", apesar de não "impossível".

 

Doutorando em Estudos Estratégicos Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e mestre em Relações Internacionais pela Universidade Federal da Bahia, Milton foi convidado pelo Juice Podcast - projeto apoiado pelo Bahia Notícias - para explicar a origem da disputa no território ucraniano.

 

O especialista explicou que o conflito na região é uma questão histórica, que envolve desde a criação dos países até um interesse estratégico da Rússia. 

 

Deiró ainda esclarece o que é a Otan (aliança militar liderada pelos EUA) e que o desejo de expansão do grupo teve relação com a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, mas apenas em partes. "A Rússia tem vários motivos para tomar essa medida de agressão ao Estado da Ucrânia. O Putin chamou de 'operação de segurança', mas é um nome para não parecer publicamente que ele estava violando um direito internacional", frisou. 

 

O especialista aponta que o processo de entrada da Ucrânia na Otan estava paralisado há anos, mas que a "paranóia" russa não pode ser ignorada como um fator. Para exemplificar, Deiró citou uma situação que ocorreu durante a visita do então presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, a São Paulo. "Colocaram um copo de água já servido na frente de Medvedev. E discretamente um agente do serviço de segurança foi lá e empurrou o copo ligeiramente pra ele não beber aquela água, por causa dessa paranóia de que um presidente russo pode ser envenenado".


Ainda durante o papo, o professor apontou os impactos que esse conflito podem ter no Brasil. "A Rússia é um dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo. Então qualquer problema que houver na Rússia pode afetar o mercado global de combustíveis", alertou. E até o valor do pão francês pode aumentar caso a disputa dure por muito tempo.  

 

Apesar de tantas incertezas, o doutorando avaliou como "improvável" o início de uma 3ª Guerra Mundial, apesar de não descartar a hipótese completamente, já que na política internacional "nada é impossível". Deiró ainda sugeriu que tipo de situação poderia levar a uma escalada do conflito a nível mundial. "[Se] Um míssil cai na Polônia, aí a Polônia declara guerra à Rússia e vai um declarando guerra ao outro. Até porque, no caso de um ataque à Otan, todo o bloco tem a obrigação normativa de aderir ao esforço de guerra".

 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/266534-professor-ve-guerra-mundial-como-improvavel-mas-alerta-gasolina-e-pao-podem-aumentar.html