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terça-feira, 6 de julho de 2021

Brasil vence Peru e está novamente na final da Copa América

O Brasil venceu o Peru por 1 a 0 e está novamente na final da Copa América. O gol, de Lucas Paquetá, foi marcado aos 34 minutos do primeiro tempo.

 

O adversário da decisão sairá do confronto entre Argentina e Colômbia, que está marcado para esta terça-feira (6), às 22h, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

 

Apesar de ter dominado a etapa inicial, o Brasil perdeu a oportunidade de matar o jogo e foi pressionado pelo Peru no segundo tempo. Ainda assim, conseguiu segurar o adversário e se sobressaiu.

 

A equipe jogou com: Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi (Éder Militão); Casemiro, Fred (Fabinho) e Lucas Paquetá (Douglas Luiz); Everton (Éverton Ribeiro), Richarlison (Vinícius Júnior) e Neymar.  

 

Esta será a 21ª final da Seleção Brasileira, que tem nove títulos conquistados. O Uruguai é o maior campeão, com 15. A Argentina está em segundo, com 14. 

 

O selecionado de Tite chega invicto à final, com cinco vitórias e um empate. Inclusive, a equipe Canarinho não perde uma partida desde o dia 15 de novembro de 2019, em amistoso contra a Argentina, por 1 a 0. 

 

Vale lembrar que o Brasil é o atual campeão da Copa América, que teve sua última edição em 2019. A decisão de 2021 ocorrerá na próxima sexta-feira (9), às 21h, no Mané Garrincha. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/58750-brasil-vence-peru-e-esta-novamente-na-final-da-copa-america.html

domingo, 27 de junho de 2021

Em noite de testes, Brasil empata com Equador e não está mais 100% na Copa América

Com o time bem modificado em relação às últimas partidas, o Brasil empatou com o Equador na Copa América e perdeu os 100% de aproveitamento. O gol brasileiro foi marcado pelo zagueiro Éder Militão. Mena descontou para os equatorianos.

 

Como já estava garantido desde antes do jogo, a equipe comandada por Tite ficou com a primeira colocação do Grupo B, com 11 pontos conquistados. 

 

O adversário das quartas de final será conhecido nesta segunda-feira (28). O Uruguai enfrenta o Paraguai, e a Argentina joga contra a Bolívia. A próxima fase está marcada para começar na sexta-feira (2).

 

MUDANÇAS 

Tite optou por testar diversos jogadores que vinham sendo reservas, e o craque Neymar, pendurado com cartão amarelo, foi poupado. Em seu lugar, jogou Roberto Firmino. 

 

No gol, Alisson voltou após duas partidas - disputadas por Ederson e Weverton, respectivamente. Nas laterais, Danilo e Alex Sandro deram lugar a Emerson e Renan Lodi. Fabinho, Douglas Luiz e Lucas Paquetá compuseram o meio, deixando Casemiro, Fred e Everton Riberio no banco. 

 

No ataque, por fim, além de Neymar, Gabriel Jesus e Richarlison ficaram de fora. "Tomaram" suas vagas Gabigol e Éverton Cebolinha. 

 

O Brasil segue invicto desde o final de 2019, quando perdeu um amistoso para a Argentina. Porém, perdeu os 100% de aproveitamento. Venceu 11 partidas e empatou uma desde então. Marcou 29 gols e sofreu apenas quatro.



Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/58659-em-noite-de-testes-brasil-empata-com-equador-e-nao-esta-mais-100-na-copa-america.html

Copa América tem taxa de incidência de Covid-19 maior que o país inteiro

Com 166 casos de Covid-19, a Copa América tem uma taxa de incidência da doença maior do que o Brasil. É o que sugerem dados da Conmebol e do Ministério da Saúde, segundo o site "ge.com".

 

A entidade não informa o número de pessoas testadas, mas o site do Ministério da Saúde indica, em nota publicada no dia 7 de junho, que 1.100 pessoas participem do torneio - entre atletas, demais membros das delegações e prestadores de serviços.

 

Sendo assim, o dado aponta que 15% dos participantes foram infectados até a última segunda-feira (21). Quando analisado em uma taxa por milhão de habitantes, são 150.909 por milhão - 50% a mais que o Brasil durante a pandemia. Por aqui, onde a taxa é de 86.200 casos por milhão de habitantes, 510 mil pessoas já foram vítimas da doença. O total de casos é de 18,3 milhões. 

 

Apenas cinco países do mundo possuem uma taxa menor que a do torneio. O líder desse triste ranking é Andorra, com 179 mil por milhão de habitantes.

 

Competições disputadas no Brasil tiveram número semelhante ao que foi apresentado na Copa América. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, em março, um relatório que revelou 14,7% de incidência da doença entre atletas. Foram monitorados 13.237, e 1959 testaram positivo para a Covid-19.

 

"Não faz sentido em ambiente protocolar como futebol. É óbvio que testam bastante. É o mínimo que se espera. O outro dado é o mais relevante, a taxa de infecção. Quantas pessoas estão sendo infectadas? Esse número é muito parecido com o que se encontrou em 2020, é a conclusão do artigo. Os campeonatos continuam abertos no Brasil mesmo com descontrole pandêmico", afirma o professor da Faculdade de Medicina da USP, Bruno Gualano.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/58650-copa-america-tem-taxa-de-incidencia-de-covid-19-maior-que-o-pais-inteiro.html

sábado, 19 de setembro de 2020

Brasil terá maior fábrica de vacinas da América Latina

A Fundação Oswaldo Cruz e a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) assinaram quinta-feira(17) acordo para instalação da maior fábrica de vacinas da América Latina. As informações são da Agência Brasil.

As vacinas contra meningite, hepatite e tríplice bacteriana, que atualmente são importadas, vão passar a sair do polo. O acordo prevê a construção de nove prédios e a inauguração está prevista para 2023 e deverá gerar 5 mil empregos diretos.

O complexo será responsável por toda produção de vacinas da Fiocruz, inclusive a de covid-19, quando for aprovada.

Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/brasil/97452,brasil-tera-maior-fabrica-de-vacinas-da-america-latina


 

domingo, 12 de julho de 2020

Surto de Covid-19 nas Américas está longe de acabar, dizem cientistas



A América Latina está na contramão de países europeus no quesito combate ao coronavírus. Enquanto os gráficos que acompanham a evolução da pandemia demonstram controle da doença no Velho Continente, um estudo do Observatório Fluminense Covid-19 aponta que o momento é de aumento do número de casos e mortes ou uma estabilização em patamares muito elevados no Brasil e países e vizinhos. 

De acordo com a Agência Brasil, dos 15 países da América Latina analisados pelo projeto (não entram no monitoramento do grupo El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras e Nicarágua), o gráfico chamado de semáforo indica que apenas Cuba e Uruguai estão no indicador verde, que significa que o país está “vencendo” a epidemia quanto ao número de casos registrados por semana. Na métrica por número de mortes por semana, o Paraguai também entra no verde.

Estão na cor amarela, que indica “quase lá” no enfrentamento à pandemia, Chile, Equador e Paraguai para novos casos por semana e apenas o Equador para o número de mortes. Todos os outros estão no vermelho para as duas medidas, ou seja, “precisam agir” para controlar a disseminação do novo coronavírus.

Integrante do Observatório, o professor Americo Cunha, do Instituto de Matemática e Estatística da Uerj, destaca que o gráfico indica uma tendência da pandemia e a cor muda de acordo com o desenho formado pela curva epidemiológica.

“A gente classifica a situação em vermelho, amarelo ou verde de acordo com a forma do gráfico. Quando a epidemia passa, a curva segue um esquema: ela sobe, passa por um platô e depois desce. Não é igual para todos os países, pode ser mais inclinado para esquerda ou para direita, a subida mais lenta ou mais rápida. Se você olhar a curva de Cuba, por exemplo, ela já tem esse formato fechado. Equador está em amarelo porque subiu, desceu, subiu e está estacionado num patamar ainda relativamente alto”.

                                             
Gráfico mostra situação dos países latinos na pandemia | Foto: Observatório Fluminense

O número de casos por milhão de habitantes varia muito na região, indo de 212 em Cuba e na faixa de 280 no Uruguai e na Venezuela, até 15.800 no Chile. Panamá e Peru estão na faixa de 9.500 por milhão e o Brasil em 8 mil por milhão. Em número de mortes, Venezuela e Paraguai registram três óbitos por milhão, a Costa Rica tem cinco e Cuba e Uruguai estão com oito mortes por milhão de habitantes. Na ponta oposta, estão acima de 300 mortes por milhão o Chile, o Peru e o Brasil. Os dados foram consolidados na quarta-feira (8).

EPICENTRO DA COVID-19
O último boletim do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris-Fiocruz) sobre o Panorama da Resposta Global à Covid-19, divulgado na terça-feira (7), destaca que as Américas são o atual epicentro da pandemia e concentram mais de metade dos mortos e dos casos no mundo, liderados, de longe, por Estados Unidos e Brasil, únicos países que alcançaram a casa do milhão de infectados.


O planeta passa dos 12 milhões de casos confirmados de covid-19 e dos 556 mil óbitos, com Estados Unidos passando de 3 milhões de casos e de 133 mil mortes. O Brasil tem 1,8 milhões de casos e ultrapassou 70 mil mortes, o que corresponde a um estádio do Maracanã lotado.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/24484-surto-de-covid-19-nas-americas-esta-longe-de-acabar-dizem-cientistas.html

sábado, 4 de julho de 2020

América Latina e Caribe ultrapassam Europa em número de casos de coronavírus



A região da América Latina e Caribe superou a Europa em número de casos do novo coronavírus nesta sexta-feira (3). É a primeira vez que isso acontece desde o início da pandemia.

Um levantamento feito pela AFP indica que 2.735.107 pessoas foram diagnosticadas com a Covid-19 na América Latina e Caribe ante 2.718.363 na Europa. Ainda assim, os Estados Unidos e o Canadá estão à frente com 2.844.522 casos.

Por outro lado, a Europa continua sendo a região do mundo com o maior número de mortes. São 198.210 óbitos em decorrência da doença. Na sequência, vem Estados Unidos e Canadá, com 137. 421 vidas perdidas para a Covid-19 e América Latina e Caribe, com 121.662 mortes.

Nesta última região, o Brasil é o país que mais contribuiu para os números. Dados da universidade americana Johns Hopkins indicam que o Brasil tem 1.496.858 pessoas que testaram positivo para a Covid-19 e 61.884 mortes, ocupando o segundo lugar em ambas as listas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/24423-america-latina-e-caribe-ultrapassam-europa-em-numero-de-casos-de-coronavirus.html

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Nuvem de gafanhotos faz Ministério da Agricultura declarar estado de emergência no RS e SC



A nuvem de gafanhotos que avança em direção ao sul do Brasil levou o Ministério da Agricultura a declarar estado de emergência fitossanitária nas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estados que podem ser afetados pelos insetos. 
A portaria foi publicada no início da madrugada desta quinta-feira (25) no Diário Oficial da União (DOU), assinada pela ministra Tereza Cristina Correa da Costa Dias.
Com o decreto, ficará permitida a contratação de pessoal por tempo determinado e autorizada a importação de defensivos agrícolas temporariamente, para conter a praga.
 
A espécie Schistocerca cancellata é um gafanhoto da subfamília Cyrtacanthacridinae. É a principal espécie de enxame na América do Sul subtropical.
 
De acordo com o G1, o governo do Brasil já estuda o uso de mais de 400 aviões agrícolas para controle dos insetos, caso cheguem ao país. O sindicato que representa as empresas de aviação agrícola (Sindag) colocou à disposição do Ministério da Agricultura os 426 aviões pulverizadores que o Rio Grande do Sul possui.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250108-nuvem-de-gafanhotos-faz-ministerio-da-agricultura-declarar-estado-de-emergencia-no-rs-e-sc.html

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Venezuela denuncia Bolsonaro à ONU por negligência com a pandemia do coronavírus



O governo de Nicolás Maduro denunciou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, à Organização das Nações Unidas (ONU) por negligência em relação ao trato com a pandemia do novo coronavírus. Para o regime do vizinho, Bolsonaro apresenta uma “atuação irresponsável”, segundo a Época. 

"A negligência criminosa do governo brasileiro ao abordar essa realidade nas regiões limítrofes da fronteira sudeste do nosso país é motivo de grande alarme", disse o comunicado enviado pelo representante venezuelano na ONU, Samuel Moncada.

O documento afirma ainda que o Brasil "coloca em sério perigo milhões de vidas", por registrar mais de 22% dos casos de Covid-19 no hemisfério ocidental, e que se tornou o "pior inimigo dos esforços" para a saída da pandemia na América Latina. 

No início de março, ao romper com a Venezuela, o Itamaraty deu o prazo de dois meses para a saída dos representantes de Maduro da embaixada e dos consulados no Brasil. A determinação, no entanto, foi revertida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e os diplomatas permanecem no Brasil. 

De acordo com universidade Jhons Hopinks, a Venezuela possui, nesta terça-feira (16), o total de 3.062 casos confirmados da Covid-19 e 26 mortes. Segundo país do mundo em número de casos e de mortes, o Brasil registra 888.271 casos e 43.959 mortes em consequência da doença. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249851-venezuela-denuncia-bolsonaro-a-onu-por-negligencia-com-a-pandemia-do-coronavirus.html

sábado, 13 de junho de 2020

Coronavírus atinge de forma mais dura as Américas, diz OMS

O continente americano está carregando o fardo da pandemia global de coronavírus neste momento, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS). As Américas do Norte e do Sul atualmente apresentam quatro dos 10 países mais afetados pela doença em todo o mundo.
A doença está "altamente ativa" nas Américas Central e do Sul, afirmou nesta sexta-feira (12), em Genebra, o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, destacando problemas no Brasil e no México.
A situação atual do Brasil, agora um dos epicentros mundiais do coronavírus, é uma preocupação crescente, principalmente nas cidades densamente povoadas, disse Ryan.
O sistema de saúde do Brasil "ainda está suportando", embora algumas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estejam em um estágio crítico e sob forte pressão, com mais de 90% de taxas de ocupação do sistema de cuidado intensivo, disse Ryan.

Números em alta

O México tem quase 130 mil casos confirmados de covid-19, e mais de 15 mil mortos, afirmou a OMS.
O Brasil é o segundo país mais atingido no mundo, com mais de 800 mil casos e 41 mil mortos, de acordo com uma contagem da agência de notícias Reuters.
Ambos os países estão atrás dos Estados Unidos, que têm os piores números, com mais de 2 milhões de casos e perto de 114 mil mortes.
"Estamos na ascensão dessa pandemia, principalmente no sul global", disse Ryan. "Alguns países estão tendo problemas para sair dos chamados lockdowns enquanto estão vendo aumentos nos números de casos", frisou.
É possível que a doença esteja se espalhando novamente enquanto as sociedades estão em reabertura e as pessoas estão voltando a se encontrar, especialmente onde não houve um número adequado de testes e o distanciamento social foi insuficiente.

Pressões

Ainda assim, Ryan reconheceu as pressões sobre esses países para se voltar ao normal e principalmente reduzir os danos econômicos que a crise trouxe.
"Há um equilíbrio cuidadoso entre manter as pessoas em casa e o efeito desfavorável sobre a economia e a sociedade. Não é um equilíbrio fácil. Não há respostas corretas", disse Ryan.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanmo Gheybreyesus afirmou que vigilância é necessária em todo mundo contra "o vírus muito perigoso" mesmo em regiões onde ele parece estar em queda.
"Nosso temor é que, embora ele esteja em declínio na Europa, ele está crescendo em outras partes do mundo. Mesmo a Europa não pode estar em segurança, pois o vírus pode ser reintroduzido no continente", finalizou.
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-06/coronavirus-atinge-de-forma-mais-dura-americas-diz-oms

domingo, 24 de maio de 2020

Vacina contra coronavírus testada em macacos tem bons resultados, mas gera dúvidas



Dois estudos feitos com macacos trazem dados animadores sobre uma possível vacina contra o vírus causador da Covid-19, embora também mostrem que não é simples produzir uma imunidade completa contra a doença.

Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) mostraram que, após uma primeira infecção pelo Sars-CoV-2, o organismo dos primatas conseguiu ficar protegido do vírus, ao menos no curto prazo. A mesma equipe, ao testar uma vacina feita com DNA nos animais, verificou que a imunização é capaz de criar uma barreira contra o patógeno, mas mesmo os macacos vacinados ainda demoram um pouco para derrotar totalmente o vírus.

Os resultados, que saíram na revista especializada Science, vêm de dois trabalhos coordenados por Dan Barouch, do Centro de Virologia e Pesquisa de Vacinas da Escola Médica de Harvard. Ao infectar suas cobaias com a forma natural do vírus, Barouch e companhia conseguiram observar o que acontece com as defesas do organismo conforme a doença progride e, assim, tentaram reproduzir partes desse processo com a ajuda da vacina.

Para isso, os cientistas trabalharam com macacos-resos (Macaca mulatta), um primata asiático muito usado em pesquisas biomédicas.

Uma das vantagens dos estudos com a espécie é que a "fechadura" das células dos macacos usada pelo Sars-CoV-2 para invadir o organismo é muito semelhante à que existe nas células humanas. Por outro lado, os sintomas nos animais costumam ser mais amenos: os primatas ficam abatidos e perdem o apetite, mas não têm febre nem falta de ar.

Um grupo de nove macacos-resos saudáveis recebeu 1 ml de solução contendo vírus, em diferentes concentrações, na cavidade nasal e na traqueia. De início, os pesquisadores detectaram a presença de material genético viral nas vias respiratórias dos bichos, com uma "assinatura" típica que indicava a produção de novos vírus no organismo dos macacos. Alguns dos animais, sacrificados e submetidos a exame, tinham sinais de pneumonia em seus pulmões.

Com a passar das semanas, o corpo das cobaias se pôs a produzir anticorpos capazes de se ligar ao Sars-CoV-2 e de neutralizá-lo (ou seja, impedir que o vírus entre nas células). Também desenvolveram a chamada imunidade celular - ou seja, células específicas de seu sistema de defesa armazenaram "memórias" do ataque viral, tornando-se capazes de atacar o coronavírus.

Um mês e cinco dias após a infecção inicial, os bichos receberam uma dose viral idêntica à anterior. Resultado: pouquíssimo material genético do vírus nas amostras oriundas dos animais e quase nenhum sintoma de infecção. Além disso, os níveis de anticorpos contra o Sars-CoV-2 aumentaram rapidamente no organismo dos macacos-resos, sinal de que o corpo "se lembrava" com precisão de como derrotar o invasor.

O grupo de Harvard usou os conhecimentos obtidos com essa análise para testar a eficácia de seis formas diferentes da vacina de DNA que estão desenvolvendo. Todas elas se baseiam na receita genética para a produção da proteína S, a "chave" usada pelo vírus para invadir as células.

A ideia é que o material genético de origem viral, inserido nas células, leve à produção da proteína S dentro delas. O organismo, então, reconhecerá que a molécula de origem viral é um corpo estranho e iniciará a produção de anticorpos e outras defesas especificamente projetadas contra ela. Assim, o corpo estará preparado caso entre em contato com o vírus completo.

As diferentes formulações da vacina incluíam tanto a receita completa da proteína quanto formas "resumidas" ou ligeiramente alteradas dela. Os testes, feitos com 25 primatas, mostraram que os melhores resultados vêm com o uso do DNA correspondente à totalidade da proteína S, com produção considerável de anticorpos neutralizadores e também de imunidade celular.

Quando os macacos vacinados receberam doses do vírus real em suas narinas e traqueias, todos apresentaram menos material genético do Sars-CoV-2 no organismo do que os macacos que serviram como controle (não vacinados que também foram inoculados com o vírus). Dos 25, oito macacos-resos não apresentaram nenhum material genético característico dos vírus que estão se reproduzindo -ou seja, o vírus detectado em seu organismo era apenas o da inoculação. Nenhum dos animais apresentou sintomas consideráveis.

Para os pesquisadores, os resultados indicam que a vacina, embora confira proteção considerável, ainda não é capaz de produzir a chamada imunidade esterilizante, que impede totalmente a entrada do vírus no organismo. Em vez disso, ela permitiu que os animais vacinados controlassem rapidamente a infecção no início.

Ainda fica no ar outra dúvida: a duração dessa imunidade. Provavelmente só será possível estimar isso com a passagem dos meses e anos - pelo que se sabe acerca de outros tipos de coronavírus, a proteção contra novas infecções tenderia a durar de um a dois anos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/80247-vacina-contra-coronavirus-testada-em-macacos-tem-bons-resultados-mas-gera-duvidas.html

domingo, 26 de abril de 2020

Argentina estende quarentena em grandes cidades até 10 de maio



O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou na noite deste sábado (25) que a quarentena obrigatória para conter a disseminação do coronavírus continuará até pelo menos 10 de maio. O anúncio foi feito a jornalistas na residência presidencial.

Neste período, não haverá flexibilização da quarentena em cidades com mais de 500 mil habitantes. Nas menores, as atividades comerciais poderão começar a voltar desde que o número de infectados não seja elevado. Nesses casos, Fernández afirmou que é preciso ter "o compromisso dos prefeitos de que não mais do que 50% da população esteja circulando".

"Caso esse requisito seja violado, ou a cidade mostre um aumento no número de contágios, exigiremos que volte a cumprir quarentena integral e obrigatória", complementou o presidente.

Com isso, moradores tanto de Buenos Aires como de todas as capitais de províncias e de outras cidades grandes da Argentina só podem sair de casa para comprar alimentos e remédios ou para consultas médicas, como já estava estabelecido.

Podem circular, desde que com permissão oficial, médicos, trabalhadores do setor de saúde, alimentos, combustível, diplomatas, políticos e profissionais da imprensa. O uso da máscara caseira é obrigatório nos transportes públicos -onde não se pode viajar em pé- e ao entrar em mercados.

Os shoppings e o comércio permanecerão fechados, e não haverá voos, nacionais nem internacionais, a princípio, até setembro.

"Não vou cair na falsa dicotomia entre economia e saúde. Eu prefiro que uma fábrica não funcione porque seus funcionários estão em quarentena do que porque estão doentes", afirmou o presidente.

Foi permitido que os pais saiam com filhos pequenos para um passeio breve que não exceda a distância de 500 metros de sua casa.

Segundo dados do governo, há 3.780 casos confirmados de Covid-19 e 185 mortos no país.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/76821-argentina-estende-quarentena-em-grandes-cidades-ate-10-de-maio.html

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Árvore com 'Jesus' vira ponto de encontro na Colômbia em meio à quarentena

A cidade de Magangué, na Colômbia, vem protagonizando uma cena peculiar. Fiés católicos estão afirmando verem uma imagem que representa Jesus entre os galhos de uma árvore. Em meio à pandemia de coronavírus, o local virou ponto de encontro de moradores, que têm se aglomerado em volta do local, acendendo velas e fazendo orações.

De acordo com imagens divulgadas no Instagram por um perfil famoso, é possível ver a movimentação nas proximidades da suposta árvore de Jesus.Segundo o Metrópoles, alguns acusam a população local de fanatismo. "Não cremos na pandemia, mas acreditamos em um Jesus que aparece em uma árvore. Merecemos a situação que nos encontramos", escreveu uma pessoa em um comentário. No entanto, de outro ângulo, é perceptível que se trata de uma ilusão de ótica.

Outras pessoas, no entanto, defenderam a atitude. "Deus vive", respondeu um internauta. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/246683-arvore-com-jesus-vira-ponto-de-encontro-na-colombia-em-meio-a-quarentena.html

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Por que a América Latina é a 'região mais desigual do planeta'

A América Latina é tão desigual que uma mulher em um bairro pobre de Santiago, capital do Chile, nasce com uma expectativa de vida 18 anos menor que outra de uma área rica da mesma cidade, segundo um estudo.
Em São Paulo, essa lógica também ocorre. Quem mora em Paraisópolis, uma das maiores favelas da cidade, vive em média 10 anos menos do que os moradores do Morumbi, bairro rico ao lado da comunidade, de acordo com o Mapa da Desigualdade, da ONG Rede Nossa São Paulo, que compila dados públicos.
A grande disparidade latino-americana também envolve a cor da pele ou a etnia: em comparação com os brancos, os negros e indígenas têm mais possibilidades de ser pobres e menos de concluírem a escola ou conseguirem um emprego formal.
A América Latina foi apontada como a região do mundo com a maior desigualdade de renda no relatório de desenvolvimento humano de 2019 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançado em dezembro.
Os 10% mais ricos da América Latina concentram uma parcela maior da renda do que qualquer outra região (37%), afirmou o relatório. E vice-versa: os 40% mais pobres recebem a menor fatia (13%).
Proteste no Chile sob um grafite que diz "Desigualdade".Alta desigualdade social gerou protestos recentes nos países da América Latina
Muitos têm apontado essa desigualdade como uma das explicações para a onda de protestos que varreu recentemente alguns países da América Latina, como Chile, Peru e Bolívia.
Apesar dos avanços econômicos e sociais nos primeiros anos deste século, a América Latina ainda é "a região mais desigual do planeta", alertou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em várias ocasiões.
A questão, então, é por que esse cenário ainda continua.
A resposta, segundo historiadores, economistas e sociólogos, começa alguns séculos atrás.
"Pode-se dizer que o passado colonial criou as condições para a desigualdade", diz à Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.

Uma história antiga

Segundo Stiglitz, a exploração dos colonizadores semeou a desigualdade na América Latina, bem como a distribuição desigual de terras nas economias agrárias contribuiu para "a criação de algumas famílias muito ricas e muitas famílias muito pobres".
Em vários países da América Latina, assim como nos Estados Unidos, um grande elemento racial desempenhou um papel em pelo menos uma dimensão da desigualdade", diz o ex-economista-chefe do Banco Mundial e atual professor da Universidade de Columbia, em Nova York.
E isso parece longe de ser apenas uma questão do passado.



Na América Latina, a incidência de pobreza é ainda maior nas áreas rurais, e entre indígenas e negros, afirmou a Cepal em relatório de 2019 sobre o cenário social da região.
Mulheres indígenas na Guatemala.
Populações indígenas da América Latina são especialmente afetadas pela pobreza e pela desigualdade

De acordo com o documento, embora tenha havido uma leve redução recente, a taxa de pobreza dos indígenas em 2018 foi de 49%, o dobro do registrado para a população não indígena nem negra. E a taxa de extrema pobreza alcançou o triplo (18%).
No México, os indígenas representam aproximadamente 15% da população, e quase três quartos deles vivem na pobreza. Um estudo da organização Oxfam indicou, em agosto, que 43% dos indivíduos que falam um idioma nativo não concluíram o ensino fundamental, e apenas 10% têm trabalho formal ou é empregador.
Ciudad Bolívar, Bogotá.Nascer em um bairro rico ou pobre da América Latina pode mudar a expectativa de vida em vários anos

Círculo vicioso

Existem outros fatores por trás do abismo social na América Latina, que carrega a reputação de região "mais desigual" desde os anos 1980.
Hoje, a região também é uma das mais urbanizadas do mundo. As rápidas migrações da população rural para as cidades, porém, ocorreram no último meio século de maneira desordenada.
Em muitas áreas de expansão das cidades, o Estado não foi eficiente em promover serviços públicos como educação ou saúde.
Um estudo publicado pela revista The Lancet em dezembro descobriu grandes diferenças na expectativa de vida nas cidades da América Latina. E essas lacunas dependem, por exemplo, do bairro onde as pessoas moram: se ele for mais pobre, a tendência é de que seus moradores vivam menos do que os habitantes de regiões mais ricas.
Joseph Stiglitz
Joseph Stiglitz ressalta que 'um alto nível de desigualdade econômica cria sistemas políticos que ajudam a perpetuar essa economia'
Em Santiago, as mulheres mais pobres vivem quase 20 anos a menos que as mais ricas. Na Cidade do México, os homens de bairros mais pobres morrem 11 anos antes que os mais ricos.
Stiglitz, que escreveu vários livros sobre desigualdade, observa "um círculo vicioso" na região.
"Um alto nível de desigualdade econômica cria sistemas políticos que ajudam a perpetuar essa economia", explica. "Então esses sistemas não investem muito em educação, por exemplo."
Ele também afirma que economias baseadas em recursos naturais, como as da América Latina, tendem a ser caracterizadas pela desigualdade. "A riqueza do continente vem da renda associada aos recursos naturais", explica. "E, na sociedade, há uma briga por quem recebe a renda."
No entanto, outros países ricos em recursos naturais, como a Noruega ou a Austrália, escapam dos grandes problemas da desigualdade latino-americana.



A chave nesses casos, dizem os especialistas, é ter instituições que permitam um gerenciamento mais eficiente das receitas para impulsionar o desenvolvimento. E isso também é escasso na América Latina.
Manifestante no Chile
Milhões de pessoas protestaram no Chile nos últimos meses contra a desigualdade

Fim da festa

As evidências mostram que as classes médias latino-americanas pagam mais impostos do que recebem em serviços sociais como educação ou saúde. Em resposta, elas recorrem a provedores privados, o que tende a aumentar a desigualdade, segundo o relatório do PNUD sobre desenvolvimento humano.
"Uma resposta natural seria recolher mais recursos dos mais ricos. Mas esses grupos, embora sejam minoritários, costumam ser um obstáculo à expansão dos serviços universais, usando seu poder econômico e político por meio de mecanismos estruturais e instrumentais", diz o documento.
As políticas tributárias são uma fonte fundamental desses problemas.
Comparados a outros países em desenvolvimento, os sistemas tributários latino-americanos tendem a ter uma parcela maior de impostos indiretos (sobre consumo), que favorecem menos a igualdade do que os impostos diretos (sobre renda ou propriedade).



Assim, impostos e transferências diretas reduzem muito mais o coeficiente de desigualdade nas economias avançadas do que nas economias emergentes e em desenvolvimento, "incluindo países da América Latina com algumas das maiores desigualdades de renda do mundo", alertou no mesmo relatório David Coady, do departamento de assuntos tributários do Fundo Monetário Internacional (FMI).
HondurasHonduras é um dos países mais desiguais da América Latina

Apesar de tudo isso, cerca de 100 milhões de latino-americanos saíram da pobreza entre as décadas de 1990 e 2000, com base em programas sociais e políticas salariais em meio ao boom das commodities.
A desigualdade estrutural nesse período, no entanto, variou muito pouco.
E a disparidade de renda em países como Brasil, México, Colômbia ou Chile ofuscou os recentes avanços no índice de desenvolvimento humano da ONU, que inclui variáveis ​​como expectativa de vida ou qualidade da educação. No ano passado, a Venezuela, Nicarágua e Argentina tiveram recuos, mergulhando os países ainda mais em suas crises políticas e sociais.
Além disso, após o boom econômico, a taxa de pobreza na América Latina aumentou de 28%, em 2014, para 31% no ano passado, segundo dados da Cepal. Do total de pobres que a região "ganhou" nos últimos cinco anos, 26 milhões sofrem com a pobreza extrema, sendo o Brasil a principal fonte desse retrocesso.
Em meio a esse panorama, a inquietação social foi expressa recentemente através de votos contra os governo atuais em todo o subcontinente e, principalmente, com fortes protestos de rua em países como Chile, Colômbia ou Equador.



"Há um protesto generalizado contra aqueles que estão governando", diz Nora Lustig, profesdora de economia na Universidade de Tulane (EUA) e diretora do Instituto do Compromisso com a Igualdade. "Combina-se o fim da festa para todos com uma situação em que a distribuição de renda começa a piorar novamente."
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51406474