Mostrando postagens com marcador povoado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador povoado. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Terra chega a marca de 8 bilhões de habitantes

Nesta terça-feira (15), em algum lugar, nascerá um bebê que será a 8 bilionésima pessoa do mundo, segundo uma projeção das Nações Unidas. Em pouco menos de 40 anos, o número de seres humanos no planeta dobrou. Em 1974, éramos "apenas" 4 bilhões. E, desde então, a temperatura média global subiu 0,9ºC em um mundo que consome cada vez mais energia e recursos naturais.

Mas esse crescimento exponencial não foi sempre neste mesmo ritmo. Desde o surgimento do Homo sapiens, levou cerca de 300 mil anos até que um bilhão de seres humanos povoassem a Terra, por volta de 1804. De maneira geral, estamos vivendo mais graças a melhores cuidados de saúde, água mais limpa, mais oferta de comida e melhorias no saneamento, que reduziram a prevalência de doenças. Ao mesmo tempo, a poluição e a pesca excessiva estão degradando os oceanos, a vida selvagem está desaparecendo em um ritmo alarmante e estamos destruindo nossas florestas e emitindo mais e mais carbono com diversas atividades, desde a produção de energia, o transporte, produção de alimentos e muitas outras.

No entanto, embora o fato de que mais pessoas estão causando um consumo energético maior, principalmente com a queima de combustíveis fósseis, a questão principal não é o número de pessoas em si, mas sim como uma pequena fração dessas pessoas está causando muito mais danos do que deveria, dizem os especialistas.

Por exemplo, o Quênia, país africano que sofre com uma seca devastadora, tem 55 milhões de habitantes. O número é cerca de 95 vezes maior que a população do estado norte-americano de Wyoming. Mesmo assim, Wyoming emite 3,7 vezes mais dióxido de carbono do que o Quênia.

A África como um todo tem 16,7% da população mundial, mas historicamente emite apenas 3% da poluição global de carbono, enquanto os Estados Unidos têm 4,5% da população do planeta, mas desde 1959 emitem 21,5% do dióxido de carbono produzido no mundo.

“Temos um problema populacional. Mas acho que o mais importante é que temos um problema de consumo excessivo", disse à AP Vanessa Perez-Cicera, diretora do Centro de Economia Global do World Resources Institute.ara o cientista climático Bill Hare, da Climate Analytics, há um toque de racismo na fala de que a superpopulação é a principal questão por trás das mudanças climáticas. Katharine Hayhoe, cientista-chefe do The Nature Conservancy, completa: “Um dos maiores argumentos que ouço quase exclusivamente de homens em países de alta renda é que, ‘Oh, é apenas um problema populacional'. Nada poderia estar mais longe da verdade".

Fonte: https://umsoplaneta.globo.com/sociedade/noticia/2022/11/15/terra-chega-a-marca-de-8-bilhoes-de-habitantes.ghtml

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Festa de Santo Antônio na Comunidade de Cai Duro em Inhambupe Bahia






























Na noite de ontem(19 de junho de 2022) aconteceu a festa do Padroeiro do Povoado de Monte Alegre 2, conhecido por Cai Duro.

A missa foi presidida pelo o vigário Padre Fernando.

Veja os vídeos das noite:
















 

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Povoado de Terra Vermelha no município de Inhambupe Bahia


No último sábado(29 de maio de 2021) estive pedalando na região do Povoado de Terra Vermelha, no município de Inhambupe Bahia, um ótimo lugar, fica próximo dos povoados de Araçatuba, Cutias e Monte Alegre 1.

O caminho mas próximo é pela a BR-110 norte, depois do Povoado de Juazeiro.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Povoado de Monte Alegre 1 no município de Inhambupe Bahia






No último sábado(29 de maio de 2021) estive pedalando na região do Povoado de Monte Alegre 1, no município de Inhambupe Bahia, um ótimo lugar, fica próximo dos povoados de Cutias, Araçatuba e Terra Vermelha.

Tem dois caminhos para chegar nesse povoado, um pela a Rua Dr. Sátiros Dias, passando pela a ponte do Rio Inhambupe e outro pela a BR - 110 norte, entrando depois do Povoado de Juazeiro.

terça-feira, 1 de junho de 2021

Povoado de Araçatuba no município de Inhambupe Bahia










No último sábado(29 de maio de 2021) estive pedalando na região do Povoado de Araçatuba, no município de Inhambupe Bahia, um ótimo lugar, fica próximo dos povoados de Cutias, Monte Alegre 1 e Terra Vermelha.

Tem dois caminhos para chegar nesse povoado, um pela a Rua Dr. Sátiros Dias, passando pela a ponte do Rio Inhambupe e outro pela a BR - 110 norte, entrando depois do Povoado de Juazeiro.

domingo, 5 de abril de 2020

Casa cheia: 25% dos idosos brasileiros moram com três ou mais pessoas



Idosos que moram com várias pessoas, ainda trabalham e representam grande parte da renda da família. Essas são faces da velhice que os números mostram não serem triviais diante da pandemia de coronavírus que ameaça sobretudo a eles.

Um levantamento dos dados mais recentes do IBGE sobre isso, de 2015, mostra que 25% dos brasileiros acima dos 60 anos (7 milhões de 29 milhões) vivem com outros três ou mais moradores, o que indica certo risco de contágio mesmo dentro de casa. Os demais moram com até duas pessoas (60%) ou sozinhos (15%).

As casas cheias são mais comuns entre os idosos pretos e partos, que ganham até um salário mínimo por mês e habitam o Norte ou Nordeste do país. A compilação foi feita para a Folha pelo recém criado Observatório Social da Covid-19, que reúne pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

O grupo decidiu estudar, entre outros assuntos, essa parcela da população que só cresce e está concentrada principalmente no Sudeste, onde a doença mais se espalhou até agora.

"Nosso foco é mapear vulnerabilidades, que é a palavra central nessa epidemia. Estar na classe privilegiada é poder escolher. Se você quer morar sozinho, se quer ir para a casa de campo, se quer fazer home office. Para classes mais baixas essa escolha não existe", diz o sociólogo Marden Campos, criador do Observatório.

É o caso do aposentado Helio Jesus de Moraes, 76, que divide o mesmo teto com uma de suas filhas, o genro e dois netos no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Eles ajudaram a cuidar dele nos últimos cinco dias, quando começou a sentir sintomas de gripe.

Na quarta (1º), Helio teve falta de ar e foi levado por outra filha a uma unidade de pronto atendimento da região. Voltou para casa fazendo nebulização, mas a dificuldade para respirar não melhorou. Nesta sexta (3), ele acabou sendo internado no local, sem isolamento.

A família de Helio tem a sorte de morar em uma casa com quartos separados para o idoso, o casal e os dois netos, mas nem sempre é assim. No total, 372 mil idosos do país vivem em ambientes superlotados, com mais de três pessoas por dormitório, segundo dados de 2018.

Apesar de o número assustar, ele representa apenas 1% da terceira idade brasileira, uma parcela menor do que entre a média da população no total (6%). Os mais velhos também têm condições melhores de habitação quando se considera os barracos ou domicílios sem banheiros próprios.

Assim como Helio, muitos moram com crianças ou adolescentes, que durante a quarentena estão em casa sem aulas junto com eles. Voltando aos dados de 2015, entre os que vivem com idosos, 13% têm até 17 anos, 41% são adultos e 46% também são idosos.

Marden Campos, da UFMG, observou um fato curioso sobre isso num outro levantamento que fez. "A probabilidade de crianças de zero a três anos ficarem em casa, em vez de irem para a escola, era maior quando havia avós. E isso aumentava nas classes mais altas. Minha hipótese é que as avós de classes mais baixas ainda trabalham", presume ele.

A questão do trabalho é outro ponto importante sob a ótica do coronavírus: 27% dos idosos ainda são economicamente ativos, percentual que sobe para 39% quando consideramos apenas os homens (que são minoria no universo da terceira idade).

As pessoas com mais de 60 anos são responsáveis por grande parte da renda do domicílio. Mensalmente, 45% delas enchem mais da metade do cofrinho da casa com o seu dinheiro. Eles também são os chefes da família em um quarto das moradias e ganham mais do que a média.

Enquanto quase metade da população brasileira recebia menos de um salário mínimo por mês em 2015 (o equivalente a R$ 946 atualizados), essa era a situação de apenas 13% dos idosos. A grande maioria deles (72%) ganhava de um a três mínimos, ou seja, até R$ 2.936.

"Esses números mostram a diversidade dos idosos. Não dá para tratá-los como uma coisa só. Eles também ajudam a criar as crianças, trabalham, são uma renda importante para a família, e alguns são muito vulneráveis", diz Campos.

"Dado à urgência e à complexidade do problema, as políticas têm que considerar os dados. A ciência não pode ser negligenciada", continua ele, que pretende criar junto ao grupo uma plataforma que mostre, em nível local, esse tipo de dado nacional. A intenção é disponibilizá-la a qualquer um que queira atuar ali, como empresas, prefeituras e hospitais.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/74217-casa-cheia-25-dos-idosos-brasileiros-moram-com-tres-ou-mais-pessoas.html

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Por que a América Latina é a 'região mais desigual do planeta'

A América Latina é tão desigual que uma mulher em um bairro pobre de Santiago, capital do Chile, nasce com uma expectativa de vida 18 anos menor que outra de uma área rica da mesma cidade, segundo um estudo.
Em São Paulo, essa lógica também ocorre. Quem mora em Paraisópolis, uma das maiores favelas da cidade, vive em média 10 anos menos do que os moradores do Morumbi, bairro rico ao lado da comunidade, de acordo com o Mapa da Desigualdade, da ONG Rede Nossa São Paulo, que compila dados públicos.
A grande disparidade latino-americana também envolve a cor da pele ou a etnia: em comparação com os brancos, os negros e indígenas têm mais possibilidades de ser pobres e menos de concluírem a escola ou conseguirem um emprego formal.
A América Latina foi apontada como a região do mundo com a maior desigualdade de renda no relatório de desenvolvimento humano de 2019 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançado em dezembro.
Os 10% mais ricos da América Latina concentram uma parcela maior da renda do que qualquer outra região (37%), afirmou o relatório. E vice-versa: os 40% mais pobres recebem a menor fatia (13%).
Proteste no Chile sob um grafite que diz "Desigualdade".Alta desigualdade social gerou protestos recentes nos países da América Latina
Muitos têm apontado essa desigualdade como uma das explicações para a onda de protestos que varreu recentemente alguns países da América Latina, como Chile, Peru e Bolívia.
Apesar dos avanços econômicos e sociais nos primeiros anos deste século, a América Latina ainda é "a região mais desigual do planeta", alertou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em várias ocasiões.
A questão, então, é por que esse cenário ainda continua.
A resposta, segundo historiadores, economistas e sociólogos, começa alguns séculos atrás.
"Pode-se dizer que o passado colonial criou as condições para a desigualdade", diz à Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.

Uma história antiga

Segundo Stiglitz, a exploração dos colonizadores semeou a desigualdade na América Latina, bem como a distribuição desigual de terras nas economias agrárias contribuiu para "a criação de algumas famílias muito ricas e muitas famílias muito pobres".
Em vários países da América Latina, assim como nos Estados Unidos, um grande elemento racial desempenhou um papel em pelo menos uma dimensão da desigualdade", diz o ex-economista-chefe do Banco Mundial e atual professor da Universidade de Columbia, em Nova York.
E isso parece longe de ser apenas uma questão do passado.



Na América Latina, a incidência de pobreza é ainda maior nas áreas rurais, e entre indígenas e negros, afirmou a Cepal em relatório de 2019 sobre o cenário social da região.
Mulheres indígenas na Guatemala.
Populações indígenas da América Latina são especialmente afetadas pela pobreza e pela desigualdade

De acordo com o documento, embora tenha havido uma leve redução recente, a taxa de pobreza dos indígenas em 2018 foi de 49%, o dobro do registrado para a população não indígena nem negra. E a taxa de extrema pobreza alcançou o triplo (18%).
No México, os indígenas representam aproximadamente 15% da população, e quase três quartos deles vivem na pobreza. Um estudo da organização Oxfam indicou, em agosto, que 43% dos indivíduos que falam um idioma nativo não concluíram o ensino fundamental, e apenas 10% têm trabalho formal ou é empregador.
Ciudad Bolívar, Bogotá.Nascer em um bairro rico ou pobre da América Latina pode mudar a expectativa de vida em vários anos

Círculo vicioso

Existem outros fatores por trás do abismo social na América Latina, que carrega a reputação de região "mais desigual" desde os anos 1980.
Hoje, a região também é uma das mais urbanizadas do mundo. As rápidas migrações da população rural para as cidades, porém, ocorreram no último meio século de maneira desordenada.
Em muitas áreas de expansão das cidades, o Estado não foi eficiente em promover serviços públicos como educação ou saúde.
Um estudo publicado pela revista The Lancet em dezembro descobriu grandes diferenças na expectativa de vida nas cidades da América Latina. E essas lacunas dependem, por exemplo, do bairro onde as pessoas moram: se ele for mais pobre, a tendência é de que seus moradores vivam menos do que os habitantes de regiões mais ricas.
Joseph Stiglitz
Joseph Stiglitz ressalta que 'um alto nível de desigualdade econômica cria sistemas políticos que ajudam a perpetuar essa economia'
Em Santiago, as mulheres mais pobres vivem quase 20 anos a menos que as mais ricas. Na Cidade do México, os homens de bairros mais pobres morrem 11 anos antes que os mais ricos.
Stiglitz, que escreveu vários livros sobre desigualdade, observa "um círculo vicioso" na região.
"Um alto nível de desigualdade econômica cria sistemas políticos que ajudam a perpetuar essa economia", explica. "Então esses sistemas não investem muito em educação, por exemplo."
Ele também afirma que economias baseadas em recursos naturais, como as da América Latina, tendem a ser caracterizadas pela desigualdade. "A riqueza do continente vem da renda associada aos recursos naturais", explica. "E, na sociedade, há uma briga por quem recebe a renda."
No entanto, outros países ricos em recursos naturais, como a Noruega ou a Austrália, escapam dos grandes problemas da desigualdade latino-americana.



A chave nesses casos, dizem os especialistas, é ter instituições que permitam um gerenciamento mais eficiente das receitas para impulsionar o desenvolvimento. E isso também é escasso na América Latina.
Manifestante no Chile
Milhões de pessoas protestaram no Chile nos últimos meses contra a desigualdade

Fim da festa

As evidências mostram que as classes médias latino-americanas pagam mais impostos do que recebem em serviços sociais como educação ou saúde. Em resposta, elas recorrem a provedores privados, o que tende a aumentar a desigualdade, segundo o relatório do PNUD sobre desenvolvimento humano.
"Uma resposta natural seria recolher mais recursos dos mais ricos. Mas esses grupos, embora sejam minoritários, costumam ser um obstáculo à expansão dos serviços universais, usando seu poder econômico e político por meio de mecanismos estruturais e instrumentais", diz o documento.
As políticas tributárias são uma fonte fundamental desses problemas.
Comparados a outros países em desenvolvimento, os sistemas tributários latino-americanos tendem a ter uma parcela maior de impostos indiretos (sobre consumo), que favorecem menos a igualdade do que os impostos diretos (sobre renda ou propriedade).



Assim, impostos e transferências diretas reduzem muito mais o coeficiente de desigualdade nas economias avançadas do que nas economias emergentes e em desenvolvimento, "incluindo países da América Latina com algumas das maiores desigualdades de renda do mundo", alertou no mesmo relatório David Coady, do departamento de assuntos tributários do Fundo Monetário Internacional (FMI).
HondurasHonduras é um dos países mais desiguais da América Latina

Apesar de tudo isso, cerca de 100 milhões de latino-americanos saíram da pobreza entre as décadas de 1990 e 2000, com base em programas sociais e políticas salariais em meio ao boom das commodities.
A desigualdade estrutural nesse período, no entanto, variou muito pouco.
E a disparidade de renda em países como Brasil, México, Colômbia ou Chile ofuscou os recentes avanços no índice de desenvolvimento humano da ONU, que inclui variáveis ​​como expectativa de vida ou qualidade da educação. No ano passado, a Venezuela, Nicarágua e Argentina tiveram recuos, mergulhando os países ainda mais em suas crises políticas e sociais.
Além disso, após o boom econômico, a taxa de pobreza na América Latina aumentou de 28%, em 2014, para 31% no ano passado, segundo dados da Cepal. Do total de pobres que a região "ganhou" nos últimos cinco anos, 26 milhões sofrem com a pobreza extrema, sendo o Brasil a principal fonte desse retrocesso.
Em meio a esse panorama, a inquietação social foi expressa recentemente através de votos contra os governo atuais em todo o subcontinente e, principalmente, com fortes protestos de rua em países como Chile, Colômbia ou Equador.



"Há um protesto generalizado contra aqueles que estão governando", diz Nora Lustig, profesdora de economia na Universidade de Tulane (EUA) e diretora do Instituto do Compromisso com a Igualdade. "Combina-se o fim da festa para todos com uma situação em que a distribuição de renda começa a piorar novamente."
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51406474