terça-feira, 20 de setembro de 2022

Esquecidos na Bahia: Quatro cidades não recebem verba de convênios federais; saiba

A dependência financeira dos municípios da seara federal é perceptível. Porém algumas cidades na Bahia foram "esquecidas" durante os últimos quatro anos, com relação a repasses de convênios federais. 

 

De acordo com levantamento do Bahia Notícias, feito com base no Portal da Transparência do governo federal, Aiquara, Aratuípe, Boninal e Conceição do Coité não receberam nenhum centavo entre 2019 e 2022 para além das transferências constitucionais ou obrigatórias. Ao todo, 95.147 pessoas residem nestes quatro municípios. 

 

Os repasses de convênio são acordos feitos entre União e entidades governamentais dos demais entes da Federação, ou organizações não-governamentais, para transferência de recursos financeiros a serem utilizados na execução de um objetivo comum.

 

É possível que um acordo seja firmado entre uma entidade da administração pública municipal e uma entidade pública municipal, estadual, federal ou distrital. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272606-esquecidos-na-bahia-quatro-cidades-nao-recebem-verba-de-convenios-federais-saiba.html
 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Vacina da Pfizer para crianças será liberada após aval de ministério

A vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 6 meses e 4 anos será oferecida em todo o país assim que a área técnica do Ministério da Saúde aprovar a recomendação do imunizante. A informação foi dada neste domingo (18) pela pasta, dois dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a aplicação da versão pediátrica da Pfizer.

 

Segundo o Ministério da Saúde, o início da aplicação não demorará porque o governo tem contrato com a fabricante. “O Ministério da Saúde tem contrato com a Pfizer para fornecimento de todas as vacinas aprovadas pela Anvisa e incluídas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). Havendo aprovação da recomendação pela área técnica da Pasta, as vacinas serão disponibilizadas para todo Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias”, informou a pasta, em nota.

 

O ministério não deu outras informações, como calendário de vacinação. Em tese, cabe aos estados e aos municípios decidir o cronograma de imunização com base na chegada de doses aos postos de saúde.

 

DOSAGEM DIFERENTE

A versão pediátrica da vacina da Pfizer tem dosagem diferente da usada em faixas etárias acima de 12 anos. A formulação autorizada pela Anvisa deverá ser aplicada em três doses de 0,2 ml (equivalente a 3 microgramas). As duas doses iniciais devem ser administradas com três semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose aplicada pelo menos oito semanas após a segunda dose.

 

A tampa do frasco da vacina virá na cor vinho, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e, também, pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes faixas etárias.

 

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/29652-vacina-da-pfizer-para-criancas-sera-liberada-apos-aval-de-ministerio.html

domingo, 18 de setembro de 2022

ONU reúne líderes pela primeira vez desde início da guerra

A emergência climática já vinha dominando as últimas cúpulas da Organização das Nações Unidas. Nos últimos dois anos, os líderes mundiais precisaram se debruçar sobre uma pandemia que já matou mais de 6 milhões de pessoas. Agora, sem que as outras duas crises tenham ido embora, há uma guerra na Europa que acirrou ainda mais as divisões políticas globais e que lança sombras sobre o encontro de lideranças nos Estados Unidos.
 

É nesse contexto que começam os debates da 77ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, que reunirão a maior parte dos líderes mundiais pela primeira vez desde a eclosão da Guerra da Ucrânia, em fevereiro. O tema deve dominar não só os discursos das autoridades, que começam na terça-feira (20) com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), mas também as rodas de negociações e reuniões bilaterais entre os líderes.
 

De um acordo de paz, é claro, não haverá qualquer vislumbre durante o encontro promovido em Nova York, segundo disse o próprio secretário-geral da ONU, António Guterres. "Sinto que ainda estamos muito longe da paz. Acredito que a paz é essencial, paz de acordo com a Carta das Nações Unidas e com o direito internacional, mas estaria mentindo se dissesse que isso pode acontecer em breve", afirmou o português.
 

O grande objetivo da ONU nas discussões que envolvem a guerra é expandir o acordo que permite o comércio de grãos da Ucrânia, aumentando também as exportações de fertilizantes da Rússia em meio à crise de escassez de alimentos que se agrava sem fazer distinção de fronteiras.
 

Nesta semana, o russo Vladimir Putin ameaçou voltar a barrar as exportações ucranianas pelo mar Negro, principal ponto de escoamento da produção do país, e Guterres tem se envolvido diretamente na mediação do conflito, falando recorrentemente com os presidentes dos dois países.
 

Putin, aliás, não irá a Nova York. Em seu lugar, mandou o estridente chanceler Serguei Lavrov, que, como alvo de sanções da Casa Branca, até o último minuto não sabia se conseguiria viajar aos Estados Unidos. A ironia é que foi esta mesma ONU que deu prestígio a Lavrov, já que, antes de se tornar o líder da diplomacia de Moscou, ele foi embaixador na entidade por dez anos. de 1994 a 2004, e era conhecido pelo bom relacionamento com outras autoridades e lideranças.
 

Pelo acordo que estabeleceu em 1947 a sede da ONU em Nova York, os EUA devem garantir vistos a diplomatas estrangeiros para que possam acessar o edifício da organização. A Casa Branca, porém, diz que tem a prerrogativa de negar vistos por razões de segurança nacional.
 

Ao longo das últimas semanas, o Kremlin reclamou publicamente e afirmou que Washington estava violando suas obrigações, até que o governo americano decidiu na última terça-feira liberar a entrada de uma comitiva russa no país, mas não há expectativa de reuniões entre autoridades dos dois países adversários.
 

Esta será a primeira edição totalmente presencial desde a eclosão da pandemia de Covid-19, em 2020. Naquele ano, líderes mundiais discursaram de forma totalmente remota, sem que nenhum viajasse a Nova York em decorrência das restrições. Em 2021, parte deles falou de forma presencial, como Bolsonaro, e parte enviou um vídeo, como o dirigente da China, Xi Jinping.
 

A participação remota não estava prevista para a edição deste ano. Houve, no entanto, uma exceção para que o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, possa enviar um vídeo gravado previamente e exibi-lo no plenário. A exceção foi aprovada pela Assembleia-Geral com 101 votos a favor e 7 contra, incluindo o da Rússia, que tentou barrar a medida. O Brasil se absteve, votando a favor de uma emenda rejeitada da Belarus para que não só Zelenski mas qualquer autoridade de país em guerra possa participar de forma remota --o que não foi aceito.
 

A 77ª Assembleia-Geral ocorre ainda em meio a uma série de questionamentos em relação à eficiência da própria ONU em evitar conflitos como a Guerra da Ucrânia, com mais de seis mees. Zelenski chegou a dizer em março, em discurso ao Congresso dos EUA, que "as guerras do passado levaram nossos predecessores a criarem instituições que deveriam evitá-las, mas que, infelizmente, não funcionam."
 

A jornalistas, o secretário-geral António Guterres saiu na defensiva e insistiu que a ONU é a maior provedora de ajuda humanitária do mundo. "Se há um momento em que a ONU é mais importante do que nunca, esse momento é agora", afirmou. "A ONU não pode ser limitada pelo fato de que os membros do Conselho de Segurança não conseguem chegar a um acordo para resolver a pior crise que enfrentamos", completou Guterres.
 

Entre as consequências da guerra, deve entrar na pauta ainda, além da alta do preço dos alimentos, a segurança energética, em meio a escassez de gás natural e o aumento da queima de carvão na Europa. Também na seara climática, as enchentes no Paquistão devem ocupar parte importante das discussões.
 

O encontro em Nova York também será afetado pelo funeral da rainha Elizabeth 2ª, que acontece um dia antes da abertura dos discursos e que levou autoridades para a Europa, como Bolsonaro. O americano Joe Biden, que tradicionalmente discursaria após o Brasil, também na terça-feira, adiou seu pronunciamento para o dia seguinte, quarta.
 

A Assembleia-Geral será, por fim, a estreia de uma série de novos líderes que chamaram atenção no cenário internacional. Pela esquerda, é o caso do novo presidente do Chile, Gabriel Boric, já tratado como estrela na Cúpula das Américas, nos EUA, em junho. À direita, é a primeira viagem para fora da Ásia do novo presidente das Filipinas, Ferdinand Bongbong Marcos Jr., filho do controverso ditador Ferdinand Marcos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/184402-onu-reune-lideres-pela-primeira-vez-desde-inicio-da-guerra.html

sábado, 17 de setembro de 2022

Parcela de setembro do Auxílio Brasil começa a ser paga pela Caixa neste sábado

Os beneficiários do Auxílio Brasil com Número de Inscrição Social (NIS) com final 1 começam a receber neste sábado (17) o pagamento no valor mínimo de R$ 600. Esta é a segunda parcela com este valor, que vigorará até dezembro, conforme emenda constitucional promulgada em julho pelo Congresso Nacional. Originalmente, o pagamento ocorreria apenas na segunda-feira (19).

 

A Caixa informou que a partir deste mês as parcelas que eram pagas às segundas-feiras passam a estar disponíveis no sábado anterior. O total de beneficiários atendidos pelo programa é de 20,2 milhões neste semestre a partir deste mês.

 

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272558-parcela-de-setembro-do-auxilio-brasil-comeca-a-ser-paga-pela-caixa-neste-sabado.html

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Datafolha: Lula segue na líder na disputa presidencial com 45%; Bolsonaro cai para 33%

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando a corrida pela presidência do Brasil, de acordo com a nova pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na noite desta quinta-feira (15) pela TV Globo. O petista manteve o percentual do levantamento anterior e tem 45% das intenções de voto.

 

Em segundo lugar, continua o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que possuía 34% no levantamento da última semana e agora tem 33% da preferência dos eleitores brasileiros.

 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), em terceiro lugar, tinha 7%, oscilou positivamente e agora aparece com 8%. Já a senadora Simone Tebet (MDB) tem 5%, o mesmo percentual da pesquisa anterior.

 

A senadora Soraya Thronicke (União), que tinha 1% na última semana, agora aparece com 2% das intenções de voto. Felipe D’Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU), Léo Péricles (UP), Eymael (DC) e Padre Kelmon (PTB) não pontuaram.

 

De acordo com o instituto, se as eleições fossem hoje, Lula e Bolsonaro provavelmente disputariam o segundo turno, pois a soma dos pontos dos adversários (48%) supera as intenções de voto do petista (45%). 

 

O Datafolha entrevistou presencialmente 5.926 eleitores em 300 municípios brasileiros entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-04099/2022.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272512-datafolha-lula-segue-na-lider-na-disputa-presidencial-com-45-bolsonaro-cai-para-33.html
 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

TSE: Toffoli é eleito para vaga de ministro substituto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli é o novo ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pela organização das eleições. A votação foi feita, nesta quinta-feira (15), de forma simbólica pelo plenário do STF.

 

No TSE, as vagas de ministros são ocupadas em forma de rodízio entre os membros, sendo composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados nomeados pelo presidente da República. Toffoli presidiu o tribunal entre 2014 e 2016. 

 

As cadeiras efetivas do STF no tribunal eleitoral são ocupadas pelos ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia. Os ministros Nunes Marques e André Mendonça completam a lista de substitutos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272511-tse-toffoli-e-eleito-para-vaga-de-ministro-substituto.html
 

Seis em cada 10 baianos estão em insegurança alimentar; BA fica em 5º no 'ranking da fome'

Principalmente após os efeitos da pandemia da Covid-19, a fome voltou a “assombrar” a população brasileira. Fotos de pessoas buscando descartes de alimentos para poder ter algo para se alimentar, infelizmente, se tornaram cada vez mais comuns. A Bahia é o quinto estado com a maior quantidade de habitantes em situação de Insegurança Alimentar (IA), com 9,38 milhões de pessoas, representando 62,6% da população baiana. Os dados foram coletados do levantamento “Olhe para a Fome” e organizados pelo Bahia Notícias.

 

Mais de 1,7 milhão (11,4%) de baianos estão em situação de fome, não tendo nenhuma refeição garantida em seu dia, sendo enquadrados na categoria de IA Grave. Sobre a IA Moderada, que também agrega a insuficiência alimentar das famílias, porém em uma escala menor, esse número sobe para 2,25 milhões (15%). Com quase 15 milhões de habitantes na Bahia, apenas 5,6 milhões (37,4%) possuem acesso pleno à alimentação, sendo categorizados em Segurança Alimentar (SA).

 

Na Bahia, 44,7% das crianças abaixo dos 10 anos de idade passam por dificuldades para se alimentar todos os dias, estando em IA Grave ou Moderada. Apenas 29,3% possuem acesso a alimentação sem restrições. 

 

Na população adulta, os principais afetados pela fome são os trabalhadores informais ou desempregados, atingindo 42,1% dos habitantes nesta situação. Em relação aos trabalhadores formais, que possuem carteira assinada, a incidência de IA Grave ou Moderada tem forte queda, atingindo 11,5% da população.

 

Apesar de ter o seu menor índice desde 2015, a Bahia liderou a taxa de desemprego do primeiro semestre de 2022 sobre os outros estados do Brasil. Entre abril e julho deste ano, a porcentagem de desempregados do estado chegou a 15,5%. Além disso, os baianos estão entre os líderes de trabalhadores informais, com 53,1% da população ocupada sem registro na carteira de trabalho (relembre aqui).

 

A escolaridade, pelo visto, parece ser fator fundamental para o combate contra a fome. 33% dos habitantes sem grau de instrução ou com menos de 8 anos de estudo passam por dificuldades alimentares na Bahia, enquanto para os baianos com mais de 8 anos de acesso à formação acadêmica essa incidência cai para 21,4%.

 

Vale lembrar que, nos últimos sete anos, o governo do estado diminuiu os investimentos em educação, conforme foi revelado pelo Bahia Notícias. Desde 2014,  o setor de formação registrou uma perda de R$ 3,197 bilhões. Atualmente, apenas 11,76% do orçamento do governo da Bahia foi destinado para a educação (veja mais aqui).

 

O levantamento Olhe para a Fome realizou avaliação em 510 domicílios ao redor do estado da Bahia, chegando nas áreas urbanas e rurais. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2021 e abril de 2022. Os resultados mostram desigualdades sociais e de acesso aos alimentos não apenas entre as macrorregiões, mas também entre os estados de uma mesma macrorregião.

 

FOME NO BRASIL

De acordo com a pesquisa, no Brasil se tem 125,2 milhões de habitantes em situação de IA. Do total, 33 milhões estão passando fome, ou seja, a cada 10 famílias brasileiras, 3 não possuem pelo menos uma refeição garantida por dia. Em 2020, havia 116,8 milhões de brasileiros com algum grau de insegurança. Sendo que 19 milhões já enfrentavam a fome no país.

 

À frente na Bahia na questão de IA, ficaram os estados de: São Paulo (26,1 milhões), Minas Gerais (11,2 milhões) e Rio de Janeiro (9,9 milhões). Em relação a incidência, a unidade federativa do Ceará liderou o quesito com 81,8% dos habitantes em situação de IA.

 

Para o lado de segurança, em questão quantitativa, o estado com maior quantidade de pessoas em SA foi São Paulo, com mais de 20 milhões. Em questões percentuais, a UF com o melhor resultado foi o Espírito Santo, com 61,1%.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272467-seis-em-cada-10-baianos-estao-em-inseguranca-alimentar-ba-fica-em-5-no-ranking-da-fome.html
 

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Justiça Eleitoral indefere 137 registros de candidaturas na Bahia; 7 aguardam julgamento


 Foi encerrado nesta segunda-feira (12) o prazo para o julgamento das candidaturas que irão concorrer às Eleições Gerais deste ano. Na Bahia, 87 políticos tiveram suas tentativas de registro indeferidas e outros 50 postulantes tiveram pedidos indeferidos com recurso, conforme mostra a plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Quando uma solicitação é indeferida significa, na prática, que aquela candidatura apresentada não reuniu as condições necessárias para o deferimento do pedido de registro ou está vinculada a um Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) - documento apresentado por partidos, federações ou coligações - indeferido.

 

No caso do indeferimento com recurso, a candidatura em questão não está regular e o primeiro pedido foi julgado indeferido, mas devido a um recurso interposto contra a decisão, aguarda o julgamento a ser realizado por uma instância superior.

 

A data final para o julgamento, 20 dias antes do primeiro turno, no entanto, não foi suficiente para a análise de 7 pedidos, que ainda aguardam julgamento pela Justiça Eleitoral.

 

Confira a lista de candidatos com registros indeferidos com recurso, seus respectivos partidos e os cargos pleiteados:

  • Cícero Araújo (PCO) - Senador
  • Roque Vieira Júnior (PCO) - Vice governador
  • Silvano Alves (PCO) - 1º Suplente
  • Pedro Cavalcante (PCO) - 2º Suplente
  • Aldo Rebelo (PDT) - Deputado Estadual
  • Ana Paula dos Santos (PSD) - Deputada Estadual
  • Carlos Barbosa (PMB) - Deputado Estadual    
  • Damião Borges (PROS) - Deputado Estadual
  • Davidson Brito (PSOL) - Deputado Estadual
  • Narciso Queiroz de Lima (PSB) - Deputado Estadual
  • Sergio Roberto Guimarães (PMB) - Deputado Estadual
  • Hamilton Pombal (MDB) - Deputado Estadual
  • José Rômulo (DC) - Deputado Estadual
  • Julio Cezar dos Santos (PMB) - Deputado Estadual
  • Jorge Roberto Kock Feregueti (PSOL) - Deputado Estadual    
  • Luziane Souza Pereira (PMB) - Deputada Estadual
  • Manuela Berbert (União) - Deputada Estadual
  • Marcelo Campos (MDB) - Deputado Estadual
  • Ivanilde Ferreira (MDB) - Deputada Estadual
  • Orlando Lago (Rede) - Deputado Estadual
  • Jalicia Muricy (UP) - Deputada Estadual
  • Romilson Santos (PP) - Deputado Estadual
  • João Almeida Caldas (DC) - Deputado Estadual
  • Antonio Carlos Soares (PTB) - Deputado Federal
  • Luciano Arize (PROS) - Deputado Federal
  • Sara de Almeida Souza Silva (PMB) - Deputada Federal
  • Carlos Bullos (PMB) - Deputado Federal
  • Danielly Crespi  (PCO) - Deputada Federal
  • Helbert Diego Araujo (PROS) - Deputado Federal
  • Eduardo Cruz (PTB) - Deputado Federal
  • Edson Almeida (União) - Deputado Federal
  • Eliseu Oliveira    (Agir) - Deputado Federal
  • Eslane Paixão (UP) - Deputada Federal
  • Fabio Rodrigues (PRTB) - Deputado Federal
  • Guilherme Reis (PCB) - Deputado Federal
  • Harrisson Nobre (PL) - Deputado Federal
  • Daniel Oliveira (União) - Deputado Federal
  • Ivan Chaves (PTB) - Deputado Federal
  • Jose Carlos da Silva (PP) - Deputado Federal
  • Valdney Rodrigues (PROS) - Deputado Federal
  • Anderson Pereira (Rede) - Deputado Federal
  • Leda Maria de Jesus (MDB) - Deputada Federal
  • Edvanildo Morgado (Agir) - Deputado Federal
  • Durval Queiroz (PTB) - Deputado Federal
  • Osmar Jambeiro (PROS) - Deputado Federal
  • Robson Jose Leal Lyra (PCO) - Deputado Federal
  • Rosildo Ribeiro (SD) - Deputado Federal
  • Silvana Sousa Oliveira (PSD) - Deputada Federal
  • Silvia Santos (PRTB) - Deputada Federal
  • Antônio Josevaldo (PL) - Deputado Federal

 

Políticos de 18 partidos diferentes tiveram seus pedidos indeferidos para concorrer a cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, são eles: 

  • Antonio Jorge de Brito (PSB) - Deputado Estadual
  • Basilio Francisco Costa Neto (PROS) - Deputado Estadual
  • Osvaldmar Brilhante Leite (PROS) - Deputado Estadual
  • Ailton Araujo Cajaty (PMN) - Deputado Estadual
  • Charles Matos dos Santos (PROS) - Deputado Estadual
  • Carla Santana dos Santos (União) - Deputada Estadual
  • Damião Borges de Carvalho (PROS) - Deputado Estadual
  • Mario Mota Rodrigues Alves (PROS) - Deputado Estadual
  • Eddiane Santos de Santana (PRTB) - Deputada Estadual
  • Ednalva de Oliveira Santos (PROS) - Deputada Estadual
  • Geane Agrizzi (PROS) - Deputada Estadual
  • Gilnan Salgado (PDT) - Deputado Estadual
  • João Bosco Bittencourt    (PT) - Deputado Estadual    
  • Lorena Rios Casais (PROS) - Deputada Estadual
  • Marislande Dias (PROS) - Deputada Estadual
  • Marilia Barbosa (PROS) - Deputada Estadual
  • Milaan Yure Rocha (PROS) - Deputado Estadual
  • Feliciano Vieira (União) - Deputado Estadual
  • Nilton Cesar dos Santos    (PSOL) - Deputado Estadual
  • Alecson Bento (PROS) - Deputado Estadual
  • Patricia Santos    (PMN) - Deputada Estadual
  • Paulo Roberto Ribeiro (PL) - Deputado Estadual
  • Antônio Paulo Lima (PROS) - Deputado Estadual
  • Paulo Sérgio (PP) - Deputado Estadual
  • Romar Junior (PROS) - Deputado Estadual
  • Sidneuza Silva Oliveira (PATRIOTA) - Deputada Estadual
  • Valdete Amorim (PATRIOTA) - Deputada Estadual
  • Vanildo Bispo (PMN) - Deputado Estadual
  • Osvaldo Vital Santos (PROS) - Deputado Estadual
  • Aguinaldo Lima (MDB) - Deputado Federal 
  • Alan Correia (PMB) - Deputado Federal
  • Alvaro Rios (PROS) - Deputado Federal
  • Andrea Maria da Silva (PROS) - Deputada Federal
  • Luciano  Arize (PROS) - Deputado Federal 
  • Bernadeth Alves da Silva (PROS) -  Deputada Federal 
  • Valdemir Santos (PMB) -  Deputado Federal 
  • Bruno Barreto (PROS) - Deputado Federal 
  • Osnerio Cabral (PROS) - Deputado Federal 
  • Antonio Carlos Gomes (PSC) - Deputado Federal 
  • Caroline Passos (PDT) - Deputada Federal 
  • Araceli Pires Correia (PROS) - Deputada Federal 
  • Charles Rodrigues (PROS) - Deputado Federal 
  • Jiomar Fernando Almeida (PSB) - Deputado Federal 
  • Neslane Crispina (PMB) - Deputada Federal 
  • Amadeu Pereira (PROS) - Deputado Federal 
  • Deusdete Pires (PATRIOTA) - Deputado Federal 
  • Helbert Diego Barbosa (PROS) - Deputado Federal 
  • Marcio Andrey Novaes Lima (PTB) - Deputado Federal 
  • Eli Samuel (PROS) - Deputado Federal 
  • Elizeu Conceição de Souza (PROS) -  Deputado Federal 
  • Fabio Mota (PROS) - Deputado Federal     
  • Gessica Brito (Agir) - Deputada Federal 
  • Gilberto Ferreira (PROS) - Deputado Federal 
  • Hilda Costa (PROS) - Deputada Federal     
  • Edvaldo Petronilio (Agir) - Deputado Federal     
  • Alberto Rui (PROS) - Deputado Federal          
  • Jandiara Lima (PROS) - Deputada Federal 
  • Josiel Henrique Souza Gomes (PROS) - Deputado Federal     
  • Valdney Rodrigues (PROS) - Deputado Federal 
  • José Kenaidy Ferreira Amorim (PL) - Deputado Federal     
  • Leidiane Mota (PROS) - Deputada Federal     
  • Jesiel de Jesus (REP) - Deputado Federal     
  • Lucieide de Aguiar (PROS) - Deputada Federal     
  • Marconi Sales (PROS) - Deputado Federal         
  • Maria Fernanda (PROS) - Deputada Federal     
  • Mariana Ribeiro (Agir) - Deputada Federal     
  • Michelle Silva (PROS) - Deputada Federal     
  • Moisés das Neves Alves (PROS) - Deputado Federal     
  • Orivaldo Santos (PROS) - Deputado Federal         
  • Osmar Jambeiro (PROS) - Deputado Federal         
  • Crispim Catureba De Jesus (PROS) - Deputada Federal     
  • Neide Aparecida (PMB) - Deputada Federal 
  • Ilton Ribeiro (PMB) - Deputado Federal  
  • Rafael Bruno (PROS) - Deputado Federal      
  • Reinaldo Saturnino (PATRIOTA) - Deputado Federal 
  • Robson Alan (PROS) - Deputado Federal      
  • Josevaldo Vasconcelos (Agir) - Deputado Federal     
  • Romilda Costa (PROS) -  Deputada Federal 
  • Ronnivon Conceição Barros (PMB) - Deputado Federal 
  • Tayrone Jesus (PROS) -    Deputado Federal 
  • Radson Pereira dos Santos (PL) - Deputado Federal 
  • Thiago Costa (PROS) - Deputado Federal     
  • Valdilene Santos (PMB) - Deputada Federal 
  • Viviane Fernandes (PROS) - Deputada Federal 
  • Wladimir Rodrigues (PRTB) - Deputado Federal     
  • Luis Ignacio Yamamura Hinostroza (Agir) - Deputado Federal 
  • Jose Silva Lino (PMB) - Deputado Federal 

 

Estão pendentes de julgamento as seguintes solicitações de registro: 

  • Antônio Jorge Falcão (MDB) - Deputado Estadual
  • Raíssa Felix Almeida (PT) - Deputada Estadual
  • Talline Lobato Rocha (PRTB) - Deputada Estadual
  • Agnaldo Dias da Conceição (REP) - Deputado Federal
  • Aurino Passos (PODE) - Deputado Federal 
  • Jumir Gonçalves (PTB) - Deputada Federal
  • Edeltonio Liberato (PTB) - Deputado Federal
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272415-justica-eleitoral-indefere-137-registros-de-candidaturas-na-bahia-7-aguardam-julgamento.html

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Itabuna: Vídeo mostra batida durante apresentação de 'globo da morte' em circo

Imagens de um circo de passagem por Itabuna, no Sul baiano, mostraram uma colisão entre dois motociclistas durante a apresentação do quadro “globo da morte”. No vídeo, três participantes estão dentro do círculo, mas um para em determinado momento.

 

Os outros dois continuam nas manobras em velocidade e depois de uns instantes ocorre a colisão. Segundo a TV Santa Cruz, o fato ocorreu no último domingo (11). Os motociclistas ficaram feridos e foram levados para o Hospital de Base de Itabuna. Apesar do susto, nenhum dos dois sofreu ferimentos graves.

 

À emissora, os administradores do circo disseram que não houve gravidade porque os motociclistas usaram equipamentos de segurança.

 

Durante o quadro, os veículos chegam a uma velocidade de até 70 km/h. O circo informou que as apresentações continuam nesta terça-feira (13).

 

 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/31214-itabuna-video-mostra-batida-durante-apresentacao-de-globo-da-morte-em-circo.html
 

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Candidaturas de mandatos coletivos crescem mais de 1.100% em quatro anos

Se popularizando cada vez mais a cada ano, os mandatos coletivos vêm se tornando uma alternativa para uma maior representação da população no campo legislativo no Brasil. Para as eleições de outubro, foram registradas 220 candidaturas da categoria, representando um avanço de 1.222% em relação ao pleito de 2018, quando foram reportadas apenas 18. Os dados foram organizados pelo podcast “Café da Manhã”, da Folha de São Paulo.

 

Apesar do movimento ter começado como algo “exclusivo” de partidos políticos da esquerda, a candidatura de mandatos coletivos vem crescendo também entre as siglas de ideologia mais conservadora. Atualmente, os partidos de esquerda compõem 57% da totalidade de registros. Em 2018, essa porcentagem era acima da casa dos 80%.

 

De acordo com a Folha, neste ano, 28 siglas iniciaram campanhas de candidaturas coletivas, sendo boa parte ligada a movimentos conservadores. Dentro desse movimento, pelo menos sete são organizados por profissionais da segurança pública, como policiais, bombeiros e etc.

 

Na capital baiana, por exemplo, já existe um mandato compartilhado dentro da Câmara Municipal. Trata-se do “Pretas por Salvador”, que é ligado ao PSOL e foi eleito no pleito de 2020, sendo o primeiro da história do município (veja mais aqui). O mandato é composto por três “co-vereadoras”, sendo elas: Cleide Coutinho, Gleide Davis e Laina Crisóstomo.

 

Apesar de já ser bastante popular, o modelo coletivo ainda não possui uma regulamentação própria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mesmo já sendo reconhecido oficialmente pelo judiciário. Neste ano, inclusive, a Justiça autorizou a divulgação de campanha utilizando o “nome” do mandato coletivo.

 

COMO FUNCIONA?

Em um mandato coletivo as decisões sobre votações, projetos e, até mesmo o salário, é dividido entre os integrantes da chapa. Contudo, apenas um dos membros da equipe pode “aparecer nas urnas” e representar o mandato em sessões nas Casas Legislativas. Vale ressaltar que, em caso de ausência do titular, o substituto será o 1º suplente, não necessariamente um integrante do mandato.

 

Trazendo para o lado mais prático de candidatura, a modalidade pode ocorrer de duas formas; reunindo o coletivo em torno de um nome que é efetivamente um pré-candidato, mobilizando votos durante a campanha para esse nome, mas divulgando a ideia da candidatura coletiva; ou durante o mandato, onde o time é formado somente após o político ser eleito. Lembrando que apenas um candidato será registrado na Justiça Eleitoral.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272377-candidaturas-de-mandatos-coletivos-crescem-mais-de-1100-em-quatro-anos.html
 

Exame Nacional de Residência está com inscrições abertas

A edição 2022/2023 do Exame Nacional de Residência (Enare) já está com as inscrições abertas. Os interessados têm até 3 de outubro para demonstrar o interesse, por meio do site do Enare. Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), entidade responsável pelo certame, serão ofertadas mais de 4 mil vagas de residências em 90 instituições, para profissionais de medicina, enfermagem, farmácia, psicologia e biomedicina, entre outras áreas.

 

Ainda de acordo com o órgão, o período para envio de documentação para análise curricular será de 15 de setembro a 5 de outubro, sendo que as provas objetivas estão previstas para 6 de novembro nas capitais de todas as unidades federativas, além de 23 grandes centros.

 

O resultado final tem previsão de ser divulgado no final do ano, e o período de matrícula dos aprovados será de 10 de fevereiro a 31 de março de 2023.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272382-exame-nacional-de-residencia-esta-com-inscricoes-abertas.html

domingo, 11 de setembro de 2022

Reforma no teto de gastos é meta de todos os presidenciáveis

Não importa quem vença a eleição presidencial, a regra do teto de gastos (que impede as despesas federais de crescerem além da inflação) dificilmente será a mesma a partir de 2023.
 

Os quatro candidatos à Presidência com melhor desempenho nas pesquisas eleitorais avaliam mudanças na estrutura que rege o gasto público. A leitura geral é que o teto, como foi criado, já não existe.
 

Um de seus pais, o economista Marcos Mendes, colunista do jornal Folha de S.Paulo, avalia que a norma foi eficiente para deter a pressão por gastos no curto prazo. Quando apareceu alguma demanda inusitada por recursos, foi possível justificar que ela não cabia no teto. No entanto, a regra não resistiu às mudanças nas relações de poder.
 

Na avaliação de Mendes, houve, nos últimos quatro anos, uma forte deterioração das condições políticas que determinam o gasto público --com o Congresso ganhando poder em detrimento do Executivo e aprovando aumentos de gastos sem estabelecer fontes de receitas, por exemplo.
 

Para piorar, diz ele, o presidente Jair Bolsonaro (PL) virou sócio do expansionismo fiscal, fragilizando quem quer segurar as despesas no governo. Um exemplo disso foi aprovação, a toque de caixa, da PEC (proposta de emenda à Constituição) que abriu espaço para elevar o Auxílio Brasil e conceder outros benefícios em plena campanha à reeleição.
 

Nesse aspecto, o teto deixou de ser um instrumento de ancoragem das expectativas de médio e longo prazo e, segundo Mendes, nenhuma outra regra de gasto sobreviverá muito tempo nesse ambiente.
 

"Fica muito difícil controlar gastos se não mudar isso. No regime presidencialista, quem tem poder sobre o Orçamento é o Executivo, e ponto final. Não há no mundo um Congresso que possa incluir tantas emendas e mexer com tal nível de detalhamento em um Orçamento como o nosso. Não se vê isso nem em países parlamentaristas."
 

O economista Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, e que atua na campanha da candidata a presidente Simone Tebet (MDB), identifica outro desafio relacionado aos limites do Orçamento. Ele se declara "horrorizado" com o conteúdo do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2023.
 

Nas contas dele, o déficit primário deve ser de pelo menos 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023, o que representa um resultado de quase R$ 200 bilhões no vermelho.
 

Descontado o período da pandemia, que levou o déficit primário a 10% em 2020, a última vez que se viu um déficit desse tamanho foi em 2015 e 2016, respectivamente de 2% e de 2,6%.
 

"Na proposta orçamentária, falam que vão manter o Auxílio Brasil em R$ 600, mas colocam na conta previsão para R$ 400. Falam que vão reajustar a tabela do Imposto de Renda, mas também não tem recurso previsto para isso. Fazem uma compressão das despesas não obrigatórias que é irrealista --simplesmente, metade do que gastaram neste ano", diz Bacha. "Não dá para o governo funcionar com a previsão de dinheiro que está lá. Será preciso retirá-la do Congresso e refazê-la até 31 dezembro."
 

O líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi o primeiro a deixar claro que vai abolir o teto de gastos, considerado muito restritivo especialmente para a política social.
 

"Vamos tirar o teto que está aí e construir um novo arcabouço fiscal", diz o economista Guilherme Mello, um dos responsáveis pelo programa de governo do PT. "Apresentamos as diretrizes no programa, mas a nova regra para o fiscal terá de ser negociada porque toda mudança depende de uma PEC e de um debate maior com a sociedade e o Congresso."
 

O programa de governo de Lula também trabalha com a perspectiva de revisão de limites da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece regras para o planejamento, o controle, a transparência do gasto público) e da chamada Regra de Ouro (que proíbe endividamento para pagar despesas correntes, como salários e aposentadorias).
 

Nas discussões internas há quem defenda uma meta de crescimento real para o gasto primário, deixando o resultado primário flutuar dentro de certo intervalo --em um funcionamento similar ao das metas de inflação. Já se discutiu também metas específicas para crescimento do gasto com investimento, com saúde, com educação, com folha de pagamentos, entre outros itens.
 

Existe também quem considere estabelecer a possibilidade de abatimento de algumas despesas da meta de resultado primário (conta de receitas menos despesas que o governo deve perseguir anualmente), como foi no período petista com os investimentos do PAC (Plano de Aceleração de Crescimento).
 

Existe um certo consenso de que, seja qual for a regra de curto prazo, é recomendável que ela considere cenários de longo prazo para evolução da dívida líquida e bruta.
 

O economista Nelson Barbosa, colunista da Folha de S.Paulo e ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, não faz parte dos grupos que elaboram o programa, mas está entre os petistas que defendem a necessidade haver alguma regra para controle de gastos.
 

"Previsibilidade, transparência e eficiência recomendam metas de crescimento do gasto", diz Barbosa. "Sinalizar a evolução do gasto, mesmo que seja para aumentá-lo, evita corrida por criação de receitas, estimula o debate sobre eficiência da alocação dos recursos públicos e evita política fiscal pró-cíclica, que acaba desestabilizando em vez de estabilizar a economia."
 

Na gestão bolsonarista, não se fala em desistir do teto, mas o próprio Bolsonaro já deu entrevista dizendo que a regra pode ser alterada em um eventual segundo mandato. O ministro Paulo Guedes também já declarou que a regra atual tem imperfeições e é preciso aprimorá-la.
 

Um exemplo recorrente de problema citado por Guedes é o caso da cessão onerosa. A União entendeu que teria de transferir parte dos ganhos a Estados e municípios. Apesar de ser uma transferência pontual, era vetada pelo teto. Foi feita, então, a primeira alteração na regra, por meio de uma PEC.
 

No final de agosto, o Tesouro Nacional anunciou que já colocou em discussão um novo modelo de controle dos gastos considerado mais flexível, conforme detalhou a Folha. A despesa poderia crescer mais a depender do nível de endividamento e do PIB.
 

O crescimento do gasto poderia superar a inflação quando a dívida estivesse abaixo de determinado patamar desde que o percentual acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficasse abaixo do crescimento do PIB.
 

A cúpula do Ministério da Economia fala em um sistema de metas para o endividamento. Não foram apresentados números oficialmente, mas envolvidos nas discussões chegam a mencionar que o objetivo seria aproximar o endividamento brasileiro do patamar de países emergentes --em torno de 60% do PIB. Hoje, a dívida bruta representa 77,6% do PIB.
 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é outro presidenciável que fala abertamente em revogar o teto atual. Na manifestação mais recente, na sexta-feira (9), ele mencionou que a revisão da norma beneficiaria a educação.
 

O economista Nelson Marconi, que está na coordenação do programa de governo, diz que está em estudo uma regra de limite para o gasto associada ao PIB.
 

"Da forma como ele está, o teto virou uma obra de ficção", diz Marconi. "Estamos avaliando uma regra que inclua um adicional além da inflação, atrelado ao PIB, mas com caráter contracíclico." Ou seja, que permita elevação de gasto em momentos de retração econômica, especialmente para que o Estado possa ter uma política social eficientes em períodos mais críticos.
 

De certo, até agora, é que o investimento vai ficar fora dessa nova regra de controle de gastos.
 

"Entendemos que investimentos precisam ser excluídos do teto, porque esse gasto tem um efeito multiplicador na economia, ajuda a melhorar a produtividade e reduzir desigualdades sociais", afirma Marconi.
 

As despesas correntes seriam atreladas ao PIB, com crescimento mais limitado. Já os investimentos seriam corrigidos com base na expansão real da arrecadação federal, que proporcionaria uma expansão maior, uma vez que, normalmente, a receita cresce mais do que o PIB.
 

A equipe econômica de Tebet também pretende fazer alterações na regra do teto, mas para resgatá-lo.
 

"A importância do teto no controle da despesa é inegável. A gente viu como ele foi importante para derrubar a taxa de juros de dois para um dígito e para reduzir a inflação", diz economista Elena Landau, coordenadora do programa econômico de Tebet.
 

"A gente precisa deixar bem explícito que qualquer flexibilização de despesa precisa estar vinculado a ganhos com reformas, e não é aquela reforma para o cara dizer que fez porque é liberal, é fiscalista, mas aquela reforma que gera recursos para economia verde, para novas tecnologias, para a recuperação do aprendizado e valorização do professor."
 

No grupo de Tebet, a discussão do teto é um pedaço de um debate maior que vai buscar a reorganização da estrutura orçamentária. Toda e qualquer economia, diz Landau, será canalizada para educação, saúde, ciência e tecnologia, consideradas as bases de um crescimento sustentável de longo prazo.
 

O QUE É O TETO DE GASTOS
 

Regra que limita as despesas do governo federal ao IPCA (índice oficial de inflação) do ano anterior. Inicialmente, aplicava-se o IPCA nos 12 meses encerrados em junho. A regra foi alterada e passou a considerar o IPCA de janeiro a dezembro. Como a proposta orçamentária é enviada antes da divulgação do IPCA oficial do ano, parte do reajuste é uma projeção do IPCA
 

O QUE ESTÁ SOB O TETO
 

Despesas obrigatórias da máquina pública (como salários) e as despesas discricionárias, que podem ser cortadas (como investimentos). Ambas fazem parte da chamada despesa primária (aquela que não considera gastos com juros)
 

O QUE ESTÁ FORA DO TETO
 

Despesas financeiras, como o pagamento de juros da dívida pública, créditos extraordinários (liberados, por exemplo, em situações de calamidade), transferências constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal, capitalização de estatais, despesas com eleições da Justiça Eleitoral e complementação de Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica)


 Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/183369-reforma-no-teto-de-gastos-e-meta-de-todos-os-presidenciaveis.html