Mostrando postagens com marcador fome. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fome. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Seis em cada 10 baianos estão em insegurança alimentar; BA fica em 5º no 'ranking da fome'

Principalmente após os efeitos da pandemia da Covid-19, a fome voltou a “assombrar” a população brasileira. Fotos de pessoas buscando descartes de alimentos para poder ter algo para se alimentar, infelizmente, se tornaram cada vez mais comuns. A Bahia é o quinto estado com a maior quantidade de habitantes em situação de Insegurança Alimentar (IA), com 9,38 milhões de pessoas, representando 62,6% da população baiana. Os dados foram coletados do levantamento “Olhe para a Fome” e organizados pelo Bahia Notícias.

 

Mais de 1,7 milhão (11,4%) de baianos estão em situação de fome, não tendo nenhuma refeição garantida em seu dia, sendo enquadrados na categoria de IA Grave. Sobre a IA Moderada, que também agrega a insuficiência alimentar das famílias, porém em uma escala menor, esse número sobe para 2,25 milhões (15%). Com quase 15 milhões de habitantes na Bahia, apenas 5,6 milhões (37,4%) possuem acesso pleno à alimentação, sendo categorizados em Segurança Alimentar (SA).

 

Na Bahia, 44,7% das crianças abaixo dos 10 anos de idade passam por dificuldades para se alimentar todos os dias, estando em IA Grave ou Moderada. Apenas 29,3% possuem acesso a alimentação sem restrições. 

 

Na população adulta, os principais afetados pela fome são os trabalhadores informais ou desempregados, atingindo 42,1% dos habitantes nesta situação. Em relação aos trabalhadores formais, que possuem carteira assinada, a incidência de IA Grave ou Moderada tem forte queda, atingindo 11,5% da população.

 

Apesar de ter o seu menor índice desde 2015, a Bahia liderou a taxa de desemprego do primeiro semestre de 2022 sobre os outros estados do Brasil. Entre abril e julho deste ano, a porcentagem de desempregados do estado chegou a 15,5%. Além disso, os baianos estão entre os líderes de trabalhadores informais, com 53,1% da população ocupada sem registro na carteira de trabalho (relembre aqui).

 

A escolaridade, pelo visto, parece ser fator fundamental para o combate contra a fome. 33% dos habitantes sem grau de instrução ou com menos de 8 anos de estudo passam por dificuldades alimentares na Bahia, enquanto para os baianos com mais de 8 anos de acesso à formação acadêmica essa incidência cai para 21,4%.

 

Vale lembrar que, nos últimos sete anos, o governo do estado diminuiu os investimentos em educação, conforme foi revelado pelo Bahia Notícias. Desde 2014,  o setor de formação registrou uma perda de R$ 3,197 bilhões. Atualmente, apenas 11,76% do orçamento do governo da Bahia foi destinado para a educação (veja mais aqui).

 

O levantamento Olhe para a Fome realizou avaliação em 510 domicílios ao redor do estado da Bahia, chegando nas áreas urbanas e rurais. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2021 e abril de 2022. Os resultados mostram desigualdades sociais e de acesso aos alimentos não apenas entre as macrorregiões, mas também entre os estados de uma mesma macrorregião.

 

FOME NO BRASIL

De acordo com a pesquisa, no Brasil se tem 125,2 milhões de habitantes em situação de IA. Do total, 33 milhões estão passando fome, ou seja, a cada 10 famílias brasileiras, 3 não possuem pelo menos uma refeição garantida por dia. Em 2020, havia 116,8 milhões de brasileiros com algum grau de insegurança. Sendo que 19 milhões já enfrentavam a fome no país.

 

À frente na Bahia na questão de IA, ficaram os estados de: São Paulo (26,1 milhões), Minas Gerais (11,2 milhões) e Rio de Janeiro (9,9 milhões). Em relação a incidência, a unidade federativa do Ceará liderou o quesito com 81,8% dos habitantes em situação de IA.

 

Para o lado de segurança, em questão quantitativa, o estado com maior quantidade de pessoas em SA foi São Paulo, com mais de 20 milhões. Em questões percentuais, a UF com o melhor resultado foi o Espírito Santo, com 61,1%.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/272467-seis-em-cada-10-baianos-estao-em-inseguranca-alimentar-ba-fica-em-5-no-ranking-da-fome.html
 

quarta-feira, 15 de junho de 2022

23 milhões de pobres vivem com menos de R$ 7 ao dia no Brasil

O total de brasileiros abaixo da linha básica de pobreza no país atingiu recorde no fim de 2021, com 23 milhões de pessoas -quase uma Austrália- vivendo com menos de R$ 210 ao mês (R$ 7 ao dia). Isso equivale a 10,8% dos brasileiros.
 

Embora baixo para suprir as necessidades básicas, o valor é usado como critério de elegibilidade a algum benefício pelo Auxílio Brasil -o que significa que milhões de brasileiros que teriam direito a entrar no programa seguem excluídos.
 

Além do recorde no total de pessoas vivendo com menos de R$ 210 ao mês, em série iniciada em 2015, os mais pobres foram submetidos a volatilidade extrema nos seus rendimentos. Eles variaram muito nos últimos dois anos, com a adoção do Auxílio Emergencial na pandemia, o fim do Bolsa Família e a indefinição até a criação atual Auxílio Brasil.
 

Em termos de mudanças, a proporção de pobres em bases anuais subiu 42,1% entre 2020 e 2021, correspondendo a 7,2 milhões de novos pobres em relação a 2020 e 3,6 milhões em relação ao pré pandemia, segundo dados da FGV Social com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE.
 

"Além da elevada desigualdade social e do baixo crescimento econômico dos últimos anos, os mais pobres têm sofrido muito com a 'montanha-russa' no valor de seus rendimentos, o que é muito ruim para o planejamento e bem estar da população", afirma o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social.
 

Nessa "montanha-russa", as transferências dos programas sociais per capita (levando em conta toda a população) nos últimos dois anos saíram de R$ 11,77 em fevereiro de 2020 para R$ 136,20 em julho de 2020; caindo para R$ 13,93 em fevereiro de 2021.
 

No fim de 2021, que já incorpora o Auxílio Brasil substituindo o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família, o valor de transferências é de R$ 19,29, 64% maior que logo antes da chegada da pandemia, mas apenas 14,2% do valor encontrado no ápice do Auxílio Emergencial.
 

Segundo Neri, pesquisas mostram que quase dois terços dos 40% mais pobres no país normalmente contam com a ajuda de parentes e amigos para sobreviver no dia a dia. "Como agora estão todos na mesma, essa rede de ajuda ficou muito limitada."
 

De acordo com a Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), 33 milhões de pessoas hoje passam fome no Brasil; e 6 a cada 10 brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar.
 

Neri lembra que, desde o início dos anos 1970, o Brasil figura como um dos maiores recordistas em inflação no mundo, mesmo após o Plano Real, em 1994 --o que é extremamente prejudicial aos mais pobres.


 

"A imprevisibilidade na renda só piora esse quadro. Agora mesmo há a tentativa de baixar os preços da gasolina, que devem voltar a subir em 2023", afirma.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/170714-23-milhoes-de-pobres-vivem-com-menos-de-r-7-ao-dia-no-brasil.html

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Férias escolares reacendem medo da fome em quem depende de merenda

A chegada das férias escolares nas escolas públicas de São Paulo levou as crianças de volta para casa junto com o medo da fome.
 

Sem merenda e com o fim do auxílio alimentação ofertado na pandemia, famílias que ainda não conseguiram recuperar o emprego e renda de antes voltaram a ter as doações como única forma de garantir comida na mesa.
 

Em Heliópolis, na zona sul da capital, todo dia, antes mesmo das 6h da manhã, uma fila de mulheres se forma em frente à sede da Cufa (Central Única da Favela). Elas chegam cedo para tentar conseguir algum alimento, já que as doações diminuíram nos últimos meses.
 

Na manhã em que a reportagem esteve no local, Aldeise Maria Batista, 70, era uma das primeiras da fila. Ela chegou às 5h45 para não correr o risco de voltar sem nada para casa. Naquele dia, ela conseguiu uma cesta básica e três garrafinhas de um achocolatado.
 

Avó de cinco netos, ela voltou para casa pensando em como iria dividir a bebida entre eles. "Eles moram bem pertinho de mim e vão todo dia comer comigo. Agora que não estão indo para escola, vão almoçar e jantar. Pelo menos o arroz com feijão está garantido", disse.
 

As doações ainda garantem o que cozinhar para os meninos, mas ela conta que está difícil comprar mistura. Antes, quando era depositado o dinheiro do cartão-merenda de dois netos, ela comprava frutas, legumes e alguma carne para complementar as refeições.
 

"Lá em casa, a gente tenta sempre ter uma salada ou cozido para comer com arroz e feijão. Quando dá, eu compro pé de galinha, pescoço ou moela para fazer um cozido, mas tem sido cada vez mais difícil", conta.
 

Em 7 de dezembro, a Prefeitura de São Paulo depositou a última parcela do cartão-merenda, que vinha sendo distribuído para cerca de 1 milhão de estudantes desde abril de 2020. O auxílio variava de R$ 55 a R$ 101.
 

Ainda que o valor fosse insuficiente para garantir uma alimentação adequada e saudável para as crianças, as famílias relatam que o fim do auxílio fará diferença no que vão botar na mesa nos próximos meses.
 

"No mesmo dia que o dinheiro caía, eu ia no mercado pra comprar as coisinhas que ele gosta e já acabava. Era comida só pra ele, banana, maçã, iogurte, bolacha. Agora, vai ser só quando voltar pra escola", conta Ivanice dos Santos, 42. O filho dela está no 6º ano de uma escola municipal do bairro e, por isso, recebia R$ 55 ao mês do cartão-merenda.
 

O menino só voltou a frequentar a escola todos os dias no meio de outubro e ficou desanimado quando as férias logo começaram. "Nunca imaginei que uma criança não ia ficar animada com as férias, mas ele sente falta da escola, pelos amigos, por sair de casa e também pela merenda."
 

Ivanice trabalhava como diarista e foi dispensada de todas as casas durante a pandemia. Mesmo com a retomada das atividades, até agora só duas a chamaram de volta. Assim, a única renda fixa da família é o salário mínimo que o marido ganha como auxiliar de limpeza.
 

Para as mães que são a única fonte de renda em casa, a chegada das férias é ainda mais complicada. Os olhos de Beatriz Roseira, 27, se enchem de lágrimas quando ela se lembra do período em que ficou com os filhos, de 5 e 9 anos, em casa sem ter o que comer.
 

"Tinha dias que acordava e não tinha R$ 1 nem para comprar pão. A gente só tinha arroz das doações para comer, meu medo é que eles voltem a passar por isso", conta. Desde que eles voltaram para as aulas presenciais, ela ficava mais tranquila por só ter que garantir o jantar, já que eles tomavam café da manhã e almoçavam na escola.
 

Ela conseguiu emprego em uma fábrica de bolos no início do mês e não vê a hora de receber o primeiro salário para conseguir dar aos filhos refeições com alimentos que não sejam só os da cesta básica. "A mais velha entende que a situação é difícil, mas o pequeno pede pra comer frango, salsicha e nem sempre consigo comprar."
 

Mãe solo de seis filhos, Elaine Torres, 34, passou a contar com a ajuda dos vizinhos para comprar leite para os gêmeos de 1 ano e 10 meses. Sua única renda era a venda de sucos na feira do Brás, mas o carrinho foi levado pela fiscalização no início do mês.
 

"Tiraram minha única renda, não tem mais auxílio e nem escola para as crianças comerem. Eu não sei como vou fazer nas próximas semanas, as crianças estão há dias sem comer uma fruta."
 

São famílias que voltaram ao grau de insegurança alimentar grave, quando têm uma dieta repetida, com diminuição de quantidade e qualidade. Em geral, fazem refeições com muito açúcar, sal e gordura, mas poucos nutrientes e proteínas.
 

"As doações de cestas básicas são muito importantes, mas o poder público não pode deixar que essas famílias vivam só com esses alimentos. A composição da cesta básica comum não garante uma alimentação equilibrada", diz Maria Paula de Albuquerque, gerente geral do Cren (Centro de Recuperação e Educação Nutricional) da Unifesp.
 

Segundo ela, dietas restritas podem levar as crianças a ficarem com baixo peso e estatura, mas também sobrepeso combinado com desnutrição. "Refeições que só tenham carboidratos ou ultraprocessados podem fazer com que as crianças engordem e mesmo assim fiquem desnutridas. Por isso, precisamos de uma política pública que cuide da alimentação delas durante as férias, é uma questão de saúde."
 

Durante as aulas, crianças de 0 a 3 anos, por exemplo, têm 70% de sua alimentação garantida pelas creches, já que fazem cinco refeições nas unidades por cinco dias da semana. Para alunos mais velhos, ao menos duas refeições são ofertadas pelas escolas, que, por lei, precisam ter ao menos 30% dos alimentos vindos da agricultura familiar.
 

Até mesmo a distribuição das cestas básicas para as famílias está em risco. Segundo Marcivan Barreto, presidente da Cufa São Paulo, com a inflação dos alimentos em alta, as doações caíram nos últimos meses.
 

"A gente conseguia atender mais de 600 famílias por semana com as doações que chegavam. Agora, a gente atende a metade. Além da inflação, as pessoas acham que as famílias voltaram a trabalhar e, por isso, não precisam mais de doação. Mas não é o que está acontecendo", diz.
 

Em nota, a prefeitura disse que o cartão-merenda foi encerrado porque as aulas voltaram a ser totalmente presenciais e assim a merenda escolar passa a ser fornecida diretamente nas escolas. Também informou que a partir de 10 de janeiro as crianças poderão participar do programa Recreio nas Férias, oferecido nos CEUs, onde podem receber alimentação.
 

Já a Secretaria Estadual de Educação informou que a oferta de merenda nas escolas estaduais foi até 23 de dezembro, quando se encerrou o ano letivo. Também diz que em janeiro, ainda sem data definida, dará início a um programa de recuperação nas unidades e irá disponibilizar alimentação aos alunos. As famílias, no entanto, devem fazer manifestação prévia para evitar o desperdício de alimentos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/148302-ferias-escolares-reacendem-medo-da-fome-em-quem-depende-de-merenda.html
 

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Buraco: Bolsa Família não tem verba para pagar o 13º prometido por Bolsonaro

De Thiago Resende e Bernardo Caram na Folha de S.Paulo.
O orçamento do Bolsa Família para este ano é insuficiente para que o presidente Jair Bolsonaro cumpra a promessa de pagar um 13º para os beneficiários, segundo análise de técnicos do Congresso.
De acordo com nota técnica do Legislativo, faltam R$ 759 milhões na reserva do programa para garantir os pagamentos neste ano. 


Se não houver suplementação de recursos, cerca de 4 milhões de pessoas poderão ficar sem receber o benefício. O número é aproximado porque depende do valor do benefício pago a cada família.
Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/buraco-bolsa-familia-nao-tem-verba-para-pagar-o-13o-prometido-por-bolsonaro/

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Começa em Inhambupe a "Campanha Natal sem Fome"






Campanha Municipal Natal20 Sem Fome teve início no último domingo, 20 de Outubro de 2019, e será encerrada no dia 20 de Dezembro. 

E tem a Oficina Menezes, Mega Farma, Mateus Motos e Rádio Comunitária Inhambupe FM 104.9 que será os pontos de coleta. 

Além de coleta domiciliar solicitada pelo WhatsApp (75) 9.9950-1908. Com o tema "#EuCompartilho", a Campanha "Natal20 Sem Fome" espera arrecadar meia tonelada (500 Kg) de alimentos não perecíveis. "Queremos em nosso 2 anos de campanha realizar uma  grande arrecadação, no ano passado conseguimos 283 quilos", afirmou um dos membro da campanha. 

A distribuição será feita em parceria com os Agentes Comunitário de Saúde.

Texto de divulgação

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

16 de outubro – Dia Mundial da Alimentação

O Dia Mundial da Alimentação é comemorado no dia 16 de outubro 

 O Dia Mundial da Alimentação foi criado a fim de fazer com que a população reflita acerca de temas como fome e segurança alimentar.

Enquanto muitos de nós ficamos divididos ao escolher em qual fast food vamos comer, muitas pessoas não têm acesso a nenhum tipo de alimento. Você sabia, por exemplo, que mais de 800 milhões de pessoas vivem em uma situação denominada insegurança alimentar? Isso quer dizer que mais de 800 milhões de pessoas não possuem uma alimentação saudável, de qualidade ou em quantidade suficiente para suprir suas necessidades.
No Brasil, uma alimentação de qualidade é um direito de todos, sendo assegurada por lei. Segundo a lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, art. 2º, a alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população.”
O Dia Mundial da Alimentação é comemorado no dia 16 de outubro e foi criado com o intuito de desenvolver uma reflexão a respeito do quadro atual da alimentação mundial e principalmente sobre a fome no planeta. A data foi escolhida para lembrar a criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em 1945.
O Dia Mundial da Alimentação traz temas que nos fazem pensar a respeito da população carente, sua segurança alimentar e nutrição. Entende-se por segurança alimentar uma alimentação saudável, acessível, de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente. Essa realidade, infelizmente, não é vivida por uma grande parte da população brasileira e mundial.
A cada ano um tema é escolhido e, a partir dele, diversas atividades artísticas, esportivas e acadêmicas vão sendo realizadas ao redor do mundo. Alguns temas já abordados no dia Mundial da Alimentação merecem destaque, como: Pobreza rural (1985); Alimentação e meio ambiente (1989); A luta contra a fome e a desnutrição (1996); Lutar contra a fome para reduzir a pobreza (2001); Preço dos Alimentos – da Crise à Estabilidade (2007); Sistemas Alimentares Saudáveis (2013).
O tema do Dia Mundial da Alimentação 2015 é  “Proteção Social e Agricultura: quebrando o ciclo da pobreza rural”.
Aproveite o dia 16 de outubro e reflita a respeito dos seus hábitos alimentares, no desperdício e como você pode mudar o quadro da alimentação mundial. Pequenas atitudes fazem o mundo melhor.

Fonte: http://www.mundoeducacao.com/datas-comemorativas/16-outubro-dia-mundial-alimentacao.htm

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Crise econômica mundial só terá fim depois que fome for eliminada, diz Lula

Crise econômica mundial só terá fim depois que fome for eliminada, diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na tarde deste sábado (7), por videoconferência, de um encontro contra a fome no mundo, que acontece na Itália. O evento é promovido pelo Ministério de Política Agrícola, Alimentar e Florestal da Itália e faz parte do calendário preparatório da Expo2015, que será realizada em Milão entre 1º de maio e 31 de outubro. Lula afirmou que a crise econômica mundial só terá fim depois que a fome for eliminada. "Para resolver a crise no mundo temos que olhar para as pessoas mais pobres", disse o petista. Além de Lula, o papa Francisco também enviou uma mensagem por videoconferência para o evento. Ontem, Lula participou da comemoração dos 35 anos do PT, em Belo Horizonte. O evento ocorreu em meio às denúncias contra o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, dentro da Operação Lava Jato. No pronunciamento de hoje, o ex-presidente brasileiro fez uma rápida explanação sobre as políticas de combate à fome e à pobreza adotadas no Brasil. "Fomos muito atacados porque criamos algumas condições para que as famílias pudessem entrar no programa", disse, citando a obrigatoriedade de comprovação de que todas as crianças das famílias que se dispusessem a participar do Fome Zero estivessem na escola e que fossem todas vacinadas. "Mas é preciso que as pessoas tenham um pouco de responsabilidade." Lula destacou ainda a aprovação de legislação que obriga o Estado a colocar dinheiro para o combate à fome e à pobreza dentro do Orçamento da União. "Colocar quase 40 milhões de pessoas na classe média foi quase que um milagre", disse o ex-presidente. 

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/65458-crise-economica-mundial-so-tera-fim-depois-que-fome-for-eliminada-diz-lula.html

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Fotógrafa captura a pobreza dos que vivem com US$ 1 por dia

A fotógrafa Renée C Byer, ganhadora do prêmio Pulitzer, viajou para dez países em quatro continentes para documentar o cotidiano de pessoas que sobrevivem com apenas US$ 1 por dia. A jovem Jestina Koko, 25 anos, vive na Libéria e não anda desde os três anos. Ela se arrasta com a ajuda dos braços e mãos, se sustenta lavando roupas, vendendo biscoitos caseiros e com esmolas. Jestina tem esperança de que sua filha, Satta, frequente uma escola.

O projeto contou com o apoio da The Forgotten International, uma organização sem fins lucrativos de San Francisco, nos EUA, que trabalha para combater a pobreza. Byer testemunhou uma série de dificuldades dos que vivem nesta situação. Na foto, Fati, oito anos. Ela tem malária e trabalha com outras crianças em um lixão em Acra, Gana. Ela procura metais, como aparelhos eletrônicos jogados no lixo, para revender.

"Fiquei honrada pela elegância, generosidade, força e coragem dos homens, mulheres e crianças trabalhadores que permitiram que eu entrasse nas vidas deles, vidas que eles não escolheram e, frequentemente, não conseguem controlar", disse Byer. "(Na foto) Ana-Maria Tudor, quatro anos, parada na luz que vem da porta de sua casa, em Bucareste, Romênia, esperando por um milagre, pois a família foi despejada. O único cômodo onde eles vivem não tem banheiro ou água corrente."

Byer encontrou Hunupa Begum, 13 anos, pedindo esmolas em Nova Déli e pediu para a menina contar sua história. Hunupa é cega desde os três anos. O irmão, Hajimudin Sheikh, de seis anos, e a mãe, Manora Begum, de 35, também sofrem com problemas graves de saúde. No entando, a família é feliz por estarem todos juntos.

Byer fotografou Sangeeta pela primeira vez quando ela tinha dois anos e pesava apenas quatro quilos. Segundo a fotógrafa, a mãe, que vive na favela Charan, em Dharamsala, Índia, fez a filha passar fome para conseguir mais dinheiro com esmolas e alimentar o resto da família. Desde que a foto foi feita, Sangeeta recebeu ajuda em uma clínica médica móvel mantida por uma instituição de caridade, a Tong-Len Charitable Trust, e está melhorando.

"Phay Phanna, 60 anos, perdeu a perna quando pisou em uma mina terrestre em 1988, perto da fronteira entre o Camboja e Tailândia", disse Byer. "Ele é viúvo e o provedor da família, tomando conta de 11 crianças em uma casa que não é dele. (A casa) está destinada à demolição desde que foi comprada por uma incorporadora em 2008, em Phnom Penh, Camboja."

"Depois da morte de seu pai, Alvaro Kalancha Quispe, de nove anos, ajuda na sobrevivência da família cuidando de lhamas na cadeia de montanhas Akamani, em uma área chamada Caluyo, na Bolívia. (...) Moradores da área vivem em casas sem isolamento térmico, sem eletricidade e sem camas. A água vem da neve das montanhas. A sobrevivência, de seus animais. Cada um deles produz cerca de 3 libras (1,4 quilo) de lã por ano e cada libra é vendida 18 bolivianos, aproximadamente US$ 2,60."

"Labone, de 27 anos, segura no colo por um momento a filha Nupur, de um ano, cujo pai é um cliente, antes de voltar para o trabalho em um bordel em Jessore, Bangladesh." Um livro sobre o projeto "Living On A Dollar A Day" ("Vivendo com Um Dólar Por Dia", em tradução livre) foi publicado pela The Quantuck Lane Press. 

Fonte: http://www.camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=284632

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Miséria cresce pela 1ª vez desde 2003, diz Ipea

Dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que, entre 2012 e 2013, o número de pessoas que vivem na extrema pobreza no País teria aumentado em 0,4 ponto porcentual, passado de 3,6% da população para 4%. Os números, recolhidos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mostram que subiu em cerca de 370 mil pessoas a quantidade de quem vive com menos de R$ 70 por dia. 

O governo, no entanto, diz que a diferença está dentro da margem de erro e não mostra uma tendência. O aumento é o primeiro desde que o Ipea iniciou a série histórica para esses dados, em 2004. Os dados não chegaram a ser divulgados pelo governo, mas estão no site do Ipea na internet. Uma última atualização foi feita no último dia 31, mas o governo alega que estavam publicados desde 19 de setembro. Em outubro, o diretor de políticas sociais do instituto colocou o cargo à disposição depois que uma decisão da presidência do órgão proibiu a divulgação de pesquisas durante o período eleitoral. O jornal O Estado de S. Paulo perguntou nesta quarta-feira ao Ipea se essa decisão também foi tomada em anos anteriores, mas não recebeu resposta. 

O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, tentou desqualificar o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira (4), que diz que o número de brasileiros em condição de extrema pobreza voltou a subir em 2013, passando de 10,08 milhões de miseráveis em 2012, para 10,45 milhões um ano depois, um aumento de 3,7%. "Foram dados, que inclusive não são dados oficiais, que foram levantados pelo Ipea, que não tem esse poder de dar o dado oficial de pobreza ou de extrema pobreza da Nação", afirmou Neri, irritado, rebatendo estes números com outros dados também não oficiais, mas favoráveis ao governo. "E o que eu digo é o seguinte: os dados das duas últimas Pnads (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são muito bons. Eles mostram avanço da renda per capita de 5,5% real, já descontada a inflação, já descontado aumento da população, e foi um dado muito bom". 

Para ele, a imprensa está focando um dado específico que representa "fatores temporários" e não reflete a realidade. O ministro negou ainda que o governo tenha escondido este dado social considerado negativo durante o período eleitoral. 

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/59512-miseria-cresce-pela-1-vez-desde-2003-diz-ipea.html

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Brasil sai do Mapa da Fome, segundo a FAO

O Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome em 2014, segundo relatório global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado hoje ) em Roma. De 2002 a 2013, caiu em 82% a população de brasileiros considerados em situação de subalimentação.
O relatório mostra que o Indicador de Prevalência de Subalimentação, medida empregada pela FAO há 50 anos para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional, atingiu no Brasil nível menor que 5%, abaixo do qual a organização considera que um país superou o problema da fome.
O Brasil é destaque no Relatório de Insegurança Alimentar no Mundo de 2014 por ter construído uma estratégia de combate à fome e ter reduzido de forma muito expressiva a desnutrição e subalimentação nos últimos anos. Segundo a FAO, contribuíram para este resultado:
Aumento da oferta de alimentos: em 10 anos, a disponibilidade de calorias para a população cresceu 10%;
-   Aumento da renda dos mais pobres com o crescimento real de 71,5% do salário mínimo e geração de 21 milhões de empregos;
-   Programa Bolsa Família: 14 milhões de famílias;
-   Merenda escolar: 43 milhões de crianças e jovens com refeições;
-   Governança, transparência e participação da sociedade, com a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
“Sair do Mapa da Fome é um fato histórico para o país”, comemora a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. “A fome, que persistiu durante séculos no Brasil, deixou de ser um problema estrutural”, completa ela.
De acordo com a ministra, atualmente a fome é um fenômeno isolado, existe ainda em pequenos grupos específicos que são objeto de Busca Ativa. “Continuaremos trabalhando com a Busca Ativa enquanto houver um brasileiro com fome”, destaca a ministra.
Segundo Campello, com base nos dados da FAO, “chegamos a um percentual de 1,7% de subalimentados no Brasil. Isso significa que 98,3% da população brasileira tem acesso a alimentos e tem segurança alimentar”, destaca. “É uma grande vitória.”
O Relatório Brasil, publicação da FAO/Brasil, é revelador deste novo momento do país e da importância da estratégia brasileira, salienta a ministra. O relatório é denominado O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, um retrato multidimensional – o oposto do título do relatório mundial.
A superação da fome no Brasil, apontada pelo relatório da FAO O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo, é resultado da prioridade do Estado brasileiro no combate à fome, a partir de um conjunto de políticas públicas que garantiram aumento da renda da população mais pobre, maior acesso a alimentos, com especial destaque à merenda escolar, e a consolidação de uma rede de proteção social no país.

Mais renda
Entre os motivos que explicam o desempenho do Brasil na redução da fome, a própria FAO aponta o crescimento da renda da parcela mais pobre da população brasileira. Entre 2001 e 2012, a renda dos 20% mais pobres cresceu três vezes mais do que a renda dos 20% mais ricos. Esse movimento foi garantido por políticas de valorização do salário mínimo e de geração de emprego e renda no país.

Mais alimentos
Também cresceu a oferta de alimentos. Dados da FAO mostram o aumento de 10% da ofer ta de calorias no país em 10 anos. A contabilidade considera a oferta de alimentos produzidos no país, já descontadas as exportações e consideradas as importações. Em média, a disponibilidade diária de calorias passou de 2.900 para 3.190, entre 2002 e 2013.
Somente no ano passado, os investimentos em políticas para apoiar os agricultores familiares somaram R$ 17,3 bilhões. A agricultura familiar é responsável por 70% do abastecimento do mercado interno de alimentos, e a renda de seus trabalhadores aumentou 52% acima da inflação em 10 anos.

Merenda saudável
Parte da produção da agricultura familiar também chega à merenda escolar, programa que ganhou destaque no relatório da FAO. Por dia, 43 milhões de alunos de escolas públicas recebem refeições, um número maior que toda a população da Argentina. As escolas têm como meta comprar 30% dos alimentos diretamente dos agricultores familiares.

Proteção Social
A merenda escolar faz parte do conjunto de políticas de proteção social, que têm como carro-chefe o Programa Bolsa Família. Somente no mandato da presidente Dilma Rousseff, 22 milhões de pessoas deixaram a condição da extrema pobreza em decorrência da transferência de renda, a partir decisão de que nenhuma família viveria com menos do que R$ 77 mensais por pessoa, valor equivalente à linha da extrema pobreza. O Plano Brasil Sem Miséria providenciou o complemento da renda dos que se encontravam em situação de extrema pobreza.

Menos desnutrição 
O acompanhamento de saúde dos beneficiários do Bolsa Família mostra que caiu o déficit de estatura das crianças beneficiárias. Indicador da desnutrição crônica, o déficit de estatura está associado a comprometimento intelectual das crianças. O acompanhamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que, com a redução do déficit de estatura, os meninos de cinco anos beneficiários do Bolsa Família aumentaram 8 milímetros, em média, em quatro anos.

Leia Mais sobre a Notícia nesse Link: Brasil sai do Mapa da Fome, segundo a FAO - Ultimoinstante Notícias de Hoje
Para ler notícias em tempo real, acesse: http://www.ultimoinstante.com.br
Follow us: @uinstante on Twitter | UltimoInstante on Facebook

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Cerca de 805 milhões de pessoas passam fome no mundo, alerta relatório da FAO

Documento também aponta que o Brasil conseguiu reduzir a pobreza extrema em 75%

Cerca de 805 milhões de pessoas no mundo, uma em cada nove, sofrem de fome crônica no mundo, segundo o relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (Sofi 2014, na sigla em inglês), divulgado nesta terça-feira (16) em Roma, na Itália, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O estudo confirmou tendência positiva observada nos últimos anos de redução da desnutrição mundialmente: o número de pessoas subnutridas diminuiu em mais de 100 milhões na última década e em mais de 200 milhões desde o período1990-1992.

Segundo o documento, a redução da fome nos países em desenvolvimento significa que a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de diminuir à metade a proporção de pessoas subnutridas até 2015 pode ser alcançado “se apropriados e imediatos esforços forem intensificados”.

Até o momento, 63 países em desenvolvimento alcançaram o objetivo, entre eles o Brasil, e outros seis estão a caminho de consegui-lo até 2015. O documento incluiu este ano sete estudos de casos, entre eles o Brasil. De acordo com o levantamento, o Programa Fome Zero, que colocou a segurança alimentar no centro da agenda política, foi o que possibilitou o país a atingir este ODM. O estudo também destaca os programas de erradicação da extrema pobreza, a agricultura familiar e as redes de proteção social como medidas de inclusão social no Brasil.

O relatório é uma publicação conjunta da FAO, do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida). 
“Isto prova que podemos ganhar a guerra contra a fome e devemos inspirar os países a seguir adiante, com a ajuda da comunidade internacional se for necessário”, dizem, no relatório, o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, o presidente do Fida, Kanayo Nwanze, e a diretora executiva do PMA, Ertharin Cousin. Eles ressaltaram que “substancial e sustentável redução da fome é possível com comprometimento político”.
O documento ressaltou que o acesso a alimentos melhorou significativamente em países que experimentaram progresso econômico, especialmente no Leste e Sudeste da Ásia. O acesso à comida também aumentou no Sul da Ásia e na América Latina, mas principalmente em países que têm formas de proteção social, incluídos os pobres no campo, segundo o estudo.

No entanto, o relatório apontou que apesar do progresso significativo geral, ainda persistem várias regiões que ficaram atrás. Na África Subsaariana, mais de uma em cada quatro pessoas continua com fome crônica. A Ásia abriga a maioria dos famintos – 526 milhões de pessoas. A América Latina e o Caribe são as regiões que fizeram os maiores avanços na segurança alimentar.

Como o número de pessoas subnutridas permanece alto, os chefes das agências reforçaram a necessidade de renovar o compromisso político para combater a fome por meio de ações concretas e encorajam o cumprimento do acordo alcançado na cúpula da União Africana, em junho, de acabar com a fome no continente até 2025.

Os líderes das organizações destacaram que a insegurança alimentar e a desnutrição são problemas complexos que devem ser resolvidos de maneira coordenada e apelam aos governos para trabalhar em estreita colaboração com o setor privado e a sociedade civil.

O relatório reforça que a erradicação da fome requer o estabelecimento de um ambiente propício e um enfoque integrado, que incluam investimentos públicos e privados para aumentar a produtividade agrícola, o acesso à terra, aos serviços, às tecnologias e aos mercados, além de medidas para promover o desenvolvimento rural e a proteção social dos mais vulneráveis.

Brasil reduz a pobreza extrema em 75%, diz FAO
Mapa da Fome 2013 mostra também que o Brasil conseguiu reduzir a pobreza extrema - classificada com o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1 ao dia - em 75% entre 2001 e 2012. No mesmo período, a pobreza foi reduzida em 65%. Apresentado como um dos casos mundiais de sucesso na redução da fome, o Brasil, no entanto, ainda tem mais de 16 milhões vivendo na pobreza: 8,4% da população brasileira vive com menos de US$ 2 por dia.
O relatório da FAO mostra que o Brasil segue sendo um dos países com maior progresso no combate à fome e cita a criação do programa Fome Zero, em 2003, como uma das razões para o progresso do País nessa área. Não por acaso, criado pelo então ministro do governo Lula, José Graziano, hoje diretor-geral da FAO.

De acordo com o documento, a prioridade dada pelo governo Lula ao combate à fome - citando a fala do ex-presidente de que esperava fazer com que todos os brasileiros fizessem três refeições por dia - no Fome Zero é a responsável pelos avanços.

Inicialmente concebido dentro do Ministério de Segurança Alimentar, o programa era um conjunto de ações nessa área que tinha como estrela um cartão alimentação, que permitia aos usuários apenas a compra de comida. Logo substituído pelo Bolsa Família, o Fome Zero foi transformado em um slogan de marketing englobando todas as ações do governo nessa área.

"O resultado desses esforços são demonstrados pelo sucesso do Brasil em alcançar as metas estabelecidas internacionalmente", diz o relatório, ressaltando que o Brasil investiu aproximadamente US$ 35 bilhões em ações de redução da pobreza em 2013.

A América Latina é a região onde houve maior avanço na redução da pobreza e da fome entre 1990 e 1992, especialmente na América do Sul, com os países do Caribe ainda um pouco mais lentos. O relatório mostra que o número de pessoas subnutridas na região passou de 14,4% da população para cerca de 5%. Além do Brasil, a Bolívia é citada como exemplo. Apesar de ainda ter quase 20% da população abaixo da linha da pobreza, saiu de um porcentual próximo a 40%.

No mundo todo, 805 milhões de pessoas ainda passam fome. São 100 milhões a menos do que há uma década, e 200 milhões a menos do que há 20 anos, mas ainda muito abaixo da velocidade que permitiria ao mundo cumprir a primeira meta dos objetivos do milênio, de reduzir a pobreza extrema à metade até 2015. Atualmente, apenas 63 países cumpriram a meta. Outros 15 estão no caminho e devem alcançá-la.
 
Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/382751_CERCA+DE+805+MILHOES+DE+PESSOAS+PASSAM+FOME+NO+MUNDO+ALERTA+RELATORIO+DA+FAO?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage