sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Fotógrafa captura a pobreza dos que vivem com US$ 1 por dia

A fotógrafa Renée C Byer, ganhadora do prêmio Pulitzer, viajou para dez países em quatro continentes para documentar o cotidiano de pessoas que sobrevivem com apenas US$ 1 por dia. A jovem Jestina Koko, 25 anos, vive na Libéria e não anda desde os três anos. Ela se arrasta com a ajuda dos braços e mãos, se sustenta lavando roupas, vendendo biscoitos caseiros e com esmolas. Jestina tem esperança de que sua filha, Satta, frequente uma escola.

O projeto contou com o apoio da The Forgotten International, uma organização sem fins lucrativos de San Francisco, nos EUA, que trabalha para combater a pobreza. Byer testemunhou uma série de dificuldades dos que vivem nesta situação. Na foto, Fati, oito anos. Ela tem malária e trabalha com outras crianças em um lixão em Acra, Gana. Ela procura metais, como aparelhos eletrônicos jogados no lixo, para revender.

"Fiquei honrada pela elegância, generosidade, força e coragem dos homens, mulheres e crianças trabalhadores que permitiram que eu entrasse nas vidas deles, vidas que eles não escolheram e, frequentemente, não conseguem controlar", disse Byer. "(Na foto) Ana-Maria Tudor, quatro anos, parada na luz que vem da porta de sua casa, em Bucareste, Romênia, esperando por um milagre, pois a família foi despejada. O único cômodo onde eles vivem não tem banheiro ou água corrente."

Byer encontrou Hunupa Begum, 13 anos, pedindo esmolas em Nova Déli e pediu para a menina contar sua história. Hunupa é cega desde os três anos. O irmão, Hajimudin Sheikh, de seis anos, e a mãe, Manora Begum, de 35, também sofrem com problemas graves de saúde. No entando, a família é feliz por estarem todos juntos.

Byer fotografou Sangeeta pela primeira vez quando ela tinha dois anos e pesava apenas quatro quilos. Segundo a fotógrafa, a mãe, que vive na favela Charan, em Dharamsala, Índia, fez a filha passar fome para conseguir mais dinheiro com esmolas e alimentar o resto da família. Desde que a foto foi feita, Sangeeta recebeu ajuda em uma clínica médica móvel mantida por uma instituição de caridade, a Tong-Len Charitable Trust, e está melhorando.

"Phay Phanna, 60 anos, perdeu a perna quando pisou em uma mina terrestre em 1988, perto da fronteira entre o Camboja e Tailândia", disse Byer. "Ele é viúvo e o provedor da família, tomando conta de 11 crianças em uma casa que não é dele. (A casa) está destinada à demolição desde que foi comprada por uma incorporadora em 2008, em Phnom Penh, Camboja."

"Depois da morte de seu pai, Alvaro Kalancha Quispe, de nove anos, ajuda na sobrevivência da família cuidando de lhamas na cadeia de montanhas Akamani, em uma área chamada Caluyo, na Bolívia. (...) Moradores da área vivem em casas sem isolamento térmico, sem eletricidade e sem camas. A água vem da neve das montanhas. A sobrevivência, de seus animais. Cada um deles produz cerca de 3 libras (1,4 quilo) de lã por ano e cada libra é vendida 18 bolivianos, aproximadamente US$ 2,60."

"Labone, de 27 anos, segura no colo por um momento a filha Nupur, de um ano, cujo pai é um cliente, antes de voltar para o trabalho em um bordel em Jessore, Bangladesh." Um livro sobre o projeto "Living On A Dollar A Day" ("Vivendo com Um Dólar Por Dia", em tradução livre) foi publicado pela The Quantuck Lane Press. 

Fonte: http://www.camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=284632

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