A fotógrafa Renée C Byer, ganhadora do prêmio
Pulitzer, viajou para dez países em quatro continentes para documentar o
cotidiano de pessoas que sobrevivem com apenas US$ 1 por dia. A jovem
Jestina Koko, 25 anos, vive na Libéria e não anda desde os três anos.
Ela se arrasta com a ajuda dos braços e mãos, se sustenta lavando
roupas, vendendo biscoitos caseiros e com esmolas. Jestina tem esperança
de que sua filha, Satta, frequente uma escola.
O projeto contou com o apoio da The Forgotten
International, uma organização sem fins lucrativos de San Francisco, nos
EUA, que trabalha para combater a pobreza. Byer testemunhou uma série
de dificuldades dos que vivem nesta situação. Na foto, Fati, oito anos.
Ela tem malária e trabalha com outras crianças em um lixão em Acra,
Gana. Ela procura metais, como aparelhos eletrônicos jogados no lixo,
para revender.
"Fiquei honrada pela elegância, generosidade, força e
coragem dos homens, mulheres e crianças trabalhadores que permitiram
que eu entrasse nas vidas deles, vidas que eles não escolheram e,
frequentemente, não conseguem controlar", disse Byer. "(Na foto)
Ana-Maria Tudor, quatro anos, parada na luz que vem da porta de sua
casa, em Bucareste, Romênia, esperando por um milagre, pois a família
foi despejada. O único cômodo onde eles vivem não tem banheiro ou água
corrente."
Byer encontrou Hunupa Begum, 13 anos, pedindo esmolas
em Nova Déli e pediu para a menina contar sua história. Hunupa é cega
desde os três anos. O irmão, Hajimudin Sheikh, de seis anos, e a mãe,
Manora Begum, de 35, também sofrem com problemas graves de saúde. No
entando, a família é feliz por estarem todos juntos.
Byer fotografou Sangeeta pela primeira vez quando ela
tinha dois anos e pesava apenas quatro quilos. Segundo a fotógrafa, a
mãe, que vive na favela Charan, em Dharamsala, Índia, fez a filha passar
fome para conseguir mais dinheiro com esmolas e alimentar o resto da
família. Desde que a foto foi feita, Sangeeta recebeu ajuda em uma
clínica médica móvel mantida por uma instituição de caridade, a Tong-Len
Charitable Trust, e está melhorando.
"Phay Phanna, 60 anos, perdeu a perna quando pisou em
uma mina terrestre em 1988, perto da fronteira entre o Camboja e
Tailândia", disse Byer. "Ele é viúvo e o provedor da família, tomando
conta de 11 crianças em uma casa que não é dele. (A casa) está destinada
à demolição desde que foi comprada por uma incorporadora em 2008, em
Phnom Penh, Camboja."
"Depois da morte de seu pai, Alvaro Kalancha Quispe,
de nove anos, ajuda na sobrevivência da família cuidando de lhamas na
cadeia de montanhas Akamani, em uma área chamada Caluyo, na Bolívia.
(...) Moradores da área vivem em casas sem isolamento térmico, sem
eletricidade e sem camas. A água vem da neve das montanhas. A
sobrevivência, de seus animais. Cada um deles produz cerca de 3 libras
(1,4 quilo) de lã por ano e cada libra é vendida 18 bolivianos,
aproximadamente US$ 2,60."
"Labone, de 27 anos, segura no colo por um momento a
filha Nupur, de um ano, cujo pai é um cliente, antes de voltar para o
trabalho em um bordel em Jessore, Bangladesh." Um livro sobre o projeto
"Living On A Dollar A Day" ("Vivendo com Um Dólar Por Dia", em tradução
livre) foi publicado pela The Quantuck Lane Press.
Fonte: http://www.camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=284632
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