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domingo, 11 de setembro de 2022

Reforma no teto de gastos é meta de todos os presidenciáveis

Não importa quem vença a eleição presidencial, a regra do teto de gastos (que impede as despesas federais de crescerem além da inflação) dificilmente será a mesma a partir de 2023.
 

Os quatro candidatos à Presidência com melhor desempenho nas pesquisas eleitorais avaliam mudanças na estrutura que rege o gasto público. A leitura geral é que o teto, como foi criado, já não existe.
 

Um de seus pais, o economista Marcos Mendes, colunista do jornal Folha de S.Paulo, avalia que a norma foi eficiente para deter a pressão por gastos no curto prazo. Quando apareceu alguma demanda inusitada por recursos, foi possível justificar que ela não cabia no teto. No entanto, a regra não resistiu às mudanças nas relações de poder.
 

Na avaliação de Mendes, houve, nos últimos quatro anos, uma forte deterioração das condições políticas que determinam o gasto público --com o Congresso ganhando poder em detrimento do Executivo e aprovando aumentos de gastos sem estabelecer fontes de receitas, por exemplo.
 

Para piorar, diz ele, o presidente Jair Bolsonaro (PL) virou sócio do expansionismo fiscal, fragilizando quem quer segurar as despesas no governo. Um exemplo disso foi aprovação, a toque de caixa, da PEC (proposta de emenda à Constituição) que abriu espaço para elevar o Auxílio Brasil e conceder outros benefícios em plena campanha à reeleição.
 

Nesse aspecto, o teto deixou de ser um instrumento de ancoragem das expectativas de médio e longo prazo e, segundo Mendes, nenhuma outra regra de gasto sobreviverá muito tempo nesse ambiente.
 

"Fica muito difícil controlar gastos se não mudar isso. No regime presidencialista, quem tem poder sobre o Orçamento é o Executivo, e ponto final. Não há no mundo um Congresso que possa incluir tantas emendas e mexer com tal nível de detalhamento em um Orçamento como o nosso. Não se vê isso nem em países parlamentaristas."
 

O economista Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real, e que atua na campanha da candidata a presidente Simone Tebet (MDB), identifica outro desafio relacionado aos limites do Orçamento. Ele se declara "horrorizado" com o conteúdo do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2023.
 

Nas contas dele, o déficit primário deve ser de pelo menos 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023, o que representa um resultado de quase R$ 200 bilhões no vermelho.
 

Descontado o período da pandemia, que levou o déficit primário a 10% em 2020, a última vez que se viu um déficit desse tamanho foi em 2015 e 2016, respectivamente de 2% e de 2,6%.
 

"Na proposta orçamentária, falam que vão manter o Auxílio Brasil em R$ 600, mas colocam na conta previsão para R$ 400. Falam que vão reajustar a tabela do Imposto de Renda, mas também não tem recurso previsto para isso. Fazem uma compressão das despesas não obrigatórias que é irrealista --simplesmente, metade do que gastaram neste ano", diz Bacha. "Não dá para o governo funcionar com a previsão de dinheiro que está lá. Será preciso retirá-la do Congresso e refazê-la até 31 dezembro."
 

O líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi o primeiro a deixar claro que vai abolir o teto de gastos, considerado muito restritivo especialmente para a política social.
 

"Vamos tirar o teto que está aí e construir um novo arcabouço fiscal", diz o economista Guilherme Mello, um dos responsáveis pelo programa de governo do PT. "Apresentamos as diretrizes no programa, mas a nova regra para o fiscal terá de ser negociada porque toda mudança depende de uma PEC e de um debate maior com a sociedade e o Congresso."
 

O programa de governo de Lula também trabalha com a perspectiva de revisão de limites da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece regras para o planejamento, o controle, a transparência do gasto público) e da chamada Regra de Ouro (que proíbe endividamento para pagar despesas correntes, como salários e aposentadorias).
 

Nas discussões internas há quem defenda uma meta de crescimento real para o gasto primário, deixando o resultado primário flutuar dentro de certo intervalo --em um funcionamento similar ao das metas de inflação. Já se discutiu também metas específicas para crescimento do gasto com investimento, com saúde, com educação, com folha de pagamentos, entre outros itens.
 

Existe também quem considere estabelecer a possibilidade de abatimento de algumas despesas da meta de resultado primário (conta de receitas menos despesas que o governo deve perseguir anualmente), como foi no período petista com os investimentos do PAC (Plano de Aceleração de Crescimento).
 

Existe um certo consenso de que, seja qual for a regra de curto prazo, é recomendável que ela considere cenários de longo prazo para evolução da dívida líquida e bruta.
 

O economista Nelson Barbosa, colunista da Folha de S.Paulo e ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, não faz parte dos grupos que elaboram o programa, mas está entre os petistas que defendem a necessidade haver alguma regra para controle de gastos.
 

"Previsibilidade, transparência e eficiência recomendam metas de crescimento do gasto", diz Barbosa. "Sinalizar a evolução do gasto, mesmo que seja para aumentá-lo, evita corrida por criação de receitas, estimula o debate sobre eficiência da alocação dos recursos públicos e evita política fiscal pró-cíclica, que acaba desestabilizando em vez de estabilizar a economia."
 

Na gestão bolsonarista, não se fala em desistir do teto, mas o próprio Bolsonaro já deu entrevista dizendo que a regra pode ser alterada em um eventual segundo mandato. O ministro Paulo Guedes também já declarou que a regra atual tem imperfeições e é preciso aprimorá-la.
 

Um exemplo recorrente de problema citado por Guedes é o caso da cessão onerosa. A União entendeu que teria de transferir parte dos ganhos a Estados e municípios. Apesar de ser uma transferência pontual, era vetada pelo teto. Foi feita, então, a primeira alteração na regra, por meio de uma PEC.
 

No final de agosto, o Tesouro Nacional anunciou que já colocou em discussão um novo modelo de controle dos gastos considerado mais flexível, conforme detalhou a Folha. A despesa poderia crescer mais a depender do nível de endividamento e do PIB.
 

O crescimento do gasto poderia superar a inflação quando a dívida estivesse abaixo de determinado patamar desde que o percentual acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficasse abaixo do crescimento do PIB.
 

A cúpula do Ministério da Economia fala em um sistema de metas para o endividamento. Não foram apresentados números oficialmente, mas envolvidos nas discussões chegam a mencionar que o objetivo seria aproximar o endividamento brasileiro do patamar de países emergentes --em torno de 60% do PIB. Hoje, a dívida bruta representa 77,6% do PIB.
 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é outro presidenciável que fala abertamente em revogar o teto atual. Na manifestação mais recente, na sexta-feira (9), ele mencionou que a revisão da norma beneficiaria a educação.
 

O economista Nelson Marconi, que está na coordenação do programa de governo, diz que está em estudo uma regra de limite para o gasto associada ao PIB.
 

"Da forma como ele está, o teto virou uma obra de ficção", diz Marconi. "Estamos avaliando uma regra que inclua um adicional além da inflação, atrelado ao PIB, mas com caráter contracíclico." Ou seja, que permita elevação de gasto em momentos de retração econômica, especialmente para que o Estado possa ter uma política social eficientes em períodos mais críticos.
 

De certo, até agora, é que o investimento vai ficar fora dessa nova regra de controle de gastos.
 

"Entendemos que investimentos precisam ser excluídos do teto, porque esse gasto tem um efeito multiplicador na economia, ajuda a melhorar a produtividade e reduzir desigualdades sociais", afirma Marconi.
 

As despesas correntes seriam atreladas ao PIB, com crescimento mais limitado. Já os investimentos seriam corrigidos com base na expansão real da arrecadação federal, que proporcionaria uma expansão maior, uma vez que, normalmente, a receita cresce mais do que o PIB.
 

A equipe econômica de Tebet também pretende fazer alterações na regra do teto, mas para resgatá-lo.
 

"A importância do teto no controle da despesa é inegável. A gente viu como ele foi importante para derrubar a taxa de juros de dois para um dígito e para reduzir a inflação", diz economista Elena Landau, coordenadora do programa econômico de Tebet.
 

"A gente precisa deixar bem explícito que qualquer flexibilização de despesa precisa estar vinculado a ganhos com reformas, e não é aquela reforma para o cara dizer que fez porque é liberal, é fiscalista, mas aquela reforma que gera recursos para economia verde, para novas tecnologias, para a recuperação do aprendizado e valorização do professor."
 

No grupo de Tebet, a discussão do teto é um pedaço de um debate maior que vai buscar a reorganização da estrutura orçamentária. Toda e qualquer economia, diz Landau, será canalizada para educação, saúde, ciência e tecnologia, consideradas as bases de um crescimento sustentável de longo prazo.
 

O QUE É O TETO DE GASTOS
 

Regra que limita as despesas do governo federal ao IPCA (índice oficial de inflação) do ano anterior. Inicialmente, aplicava-se o IPCA nos 12 meses encerrados em junho. A regra foi alterada e passou a considerar o IPCA de janeiro a dezembro. Como a proposta orçamentária é enviada antes da divulgação do IPCA oficial do ano, parte do reajuste é uma projeção do IPCA
 

O QUE ESTÁ SOB O TETO
 

Despesas obrigatórias da máquina pública (como salários) e as despesas discricionárias, que podem ser cortadas (como investimentos). Ambas fazem parte da chamada despesa primária (aquela que não considera gastos com juros)
 

O QUE ESTÁ FORA DO TETO
 

Despesas financeiras, como o pagamento de juros da dívida pública, créditos extraordinários (liberados, por exemplo, em situações de calamidade), transferências constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal, capitalização de estatais, despesas com eleições da Justiça Eleitoral e complementação de Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica)


 Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/183369-reforma-no-teto-de-gastos-e-meta-de-todos-os-presidenciaveis.html

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Datafolha: Lula tem 58% contra 31% de Bolsonaro no 2º turno

O presidenciável Luís Inácio Lula da Silva (PT) mantém confortável vantagem sobre Jair Bolsonaro (sem partido) e outros eventuais adversários na preferência do eleitorado na disputa pelo Palácio do Palnalto em 2022, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira  (17).

 

De acordo com o levantamento, em simulação estimulada no primeiro turno, o petista lidera as intenções de voto com 42%, seguido de Bolsonaro (24%), Ciro Gomes (PDT) (10%), João Doria (PSDB) (5%), José Luiz Datena (PSL) (4%), Simone Tebet (MDB) (4%), Aldo Rebelo (sem partido) (1%) e Rodrigo Pacheco (DEM) (1%). Já no segundo turno, o ex-presidente venceria Bolsonaro por 56% a 31%, Doria por 55% a 23% e Ciro por 51% a 29%.

 

A mais recente pesquisa Datafolha foi feita de forma presencial nos dias 13 a 15 de setembro, na qual foram ouvidos 3.667 eleitores em 190 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/262071-datafolha-lula-tem-58-contra-31-de-bolsonaro-no-2-turno.html

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

CNT/MDA: Haddad desbanca Ciro e assume vice isolada, com 17,6%; Bolsonaro tem 28,2%

O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), continua na liderança das intenções de voto, segundo a pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira (17). No levantamento, o deputado federal aparece com 28,2%, ficando isolado no primeiro lugar.

A pesquisa mostrou também que o crescimento de Fernando Haddad (PT) continua intenso após a oficialização dele como candidato do PT. De acordo com a CNT/MDA, o petista é segundo lugar, com 17,6%. Ele se isolou na vice, desbancando Ciro Gomes (PDT), que registra 10,8% das intenções de voto. Veja abaixo o resultado completo da pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados:


Jair Bolsonaro (PSL) – 28,2%
Fernando Haddad (PT) – 17,6%
Ciro Gomes (PDT) – 10,8%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 6,1%
Marina Silva (Rede) – 4,1%
João Amoêdo (Novo) – 2,8%
Alvaro Dias (Podemos) – 1,9%
Henrique Meirelles (MDB) – 1,7%
Brancos e Nulos – 13,4%
Indecisos – 12,3%


Outros candidatos não atingiram 1% cada. Já na pesquisa espontânea, quando os nomes não são apresentados, Haddad também assumiu a vice-liderança. Mas o que chama a atenção, no entanto, é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo preso e impedido de concorrer, ainda aparece como a terceira opção de voto mais citada. Veja o resultado completo abaixo:

Jair Bolsonaro (PSL) – 23,7%

Fernando Haddad (PT) – 9,1%
Lula (PT) – 7,5%
Ciro Gomes (PDT) – 6,3%
Geraldo Alckmin (PSDB) – 2,8%
João Amoêdo (Novo) – 1,8%
Marina Silva (Rede) – 1,7%
Alvaro Dias (Podemos) – 0,9%
Brancos e Nulos – 13,9%
Indecisos – 31,3%


Outros candidatos não chegaram a 1% cada. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, entre os dias 12 e 15 de setembro, em 137 municípios de 25 estados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-04362/2018.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/226758-cntmda-haddad-desbanca-ciro-e-assume-vice-isolada-com-176-bolsonaro-tem-282.html

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Quem são os treze candidatos à Presidência da República em 2018

Com treze candidatos, a corrida pelo Palácio de Planalto nas eleições de 2018 é a mais concorrida e pulverizada desde 1989, a primeira da redemocratização, quando foram 22 os presidenciáveis.
Além de PT e PSDB, que polarizam as disputas pelo Planalto desde 1994, a eleição de 2018 terá um candidato do MDB após 24 anos, um do PDT, depois de doze anos, e a estreia da Rede Sustentabilidade, criada em 2015, no cenário nacional.
Também estarão representados nas urnas com cabeças de chapa o PSOL, que vem lançando candidatos à Presidência em todos os pleitos desde 2006, PSL, PPL e PSTU, além de partidos que aderiram à tendência de abolir siglas como nome: Podemos, Novo, Democracia Cristã e Patriota.

Veja abaixo quem são os candidatos à Presidência:

Jair Bolsonaro (PSL) – 17

Capitão da reserva do Exército, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), de 63 anos, é o representante do conservadorismo e da direita com maior potencial eleitoral na disputa deste ano. Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto à Presidência com 24% da preferência, conforme pesquisa Datafolha divulgada em 10 de agosto.
Depois de três negociações frustradas pela indicação de seu companheiro de chapa  com o senador Magno Malta (PR-ES), a advogada Janaina Paschoal e o “príncipe” Luiz Philippe de Orleans e Bragança —, formou-se uma chapa puro-sangue militar, com o general da reserva Hamilton Mourão, de 65 anos, como vice de Bolsonaro. O partido de Mourão, o nanico PRTB, é o único aliado do candidato do igualmente diminuto PSL na eleição.

Marina Silva (Rede) – 18

Em sua terceira tentativa de chegar à Presidência  foi derrotada ainda no primeiro turno em 2010 e 2014 —, a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva(Rede), de 60 anos, disputa a primeira eleição ao Palácio do Planalto liderando a Rede Sustentabilidade, partido que ela idealizou e ganhou vida em 2015. Nos pleitos anteriores, ela estava filiada a PV e PSB, respectivamente.
Com o chamado “recall” das eleições anteriores, Marina aparece com 11% das intenções de voto, conforme o mais recente Datafolha. Seu vice é o médico Eduardo Jorge, de 68 anos, filiado ao único partido aliado à Rede de Marina Silva, o PV. Jorge disputou a Presidência em 2014.

Ciro Gomes (PDT) – 12

O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, de 60 anos, está de volta à disputa pela Presidência após dezesseis anos. Filiado ao PDT, depois de passar por seis partidos, Ciro havia concorrido ao Planalto em 1998 e 2002, pelo PPS, e não chegou ao segundo turno em nenhuma das duas ocasiões. Com 13% das intenções de voto conforme o Datafolha, o pedetista pode ter sua candidatura “esvaziada” à esquerda, sobretudo no Nordeste, com a confirmação de que Fernando Haddad é o candidato apoiado por Lula.
Aliado apenas ao nanico Avante  o PSB, que ele cortejava, declarou-se neutro, em acordo com o PT —, Ciro Gomes encabeça uma chapa pura do PDT. Sua vice é a senadora Kátia Abreu (TO), de 56 anos, que tem trajetória parlamentar conservadora e ligada ao agronegócio. Ela já passou por DEM, PSD e MDB, do qual foi expulsa por criticar o governo de Michel Temer.

Geraldo Alckmin (PSDB) – 45
Governador de São Paulo por quatro vezes, Geraldo Alckmin (PSDB), de 65 anos, disputa pela segunda vez a Presidência da República  ele foi derrotado por Lula em 2006, quando teve menos votos no segundo turno do que no primeiro.
O tucano tem 10% da preferência, segundo o Datafolha, e aposta no amplo arco de alianças que costurou para crescer nas pesquisas e chegar ao segundo turno. Alckmin recebeu o apoio dos cinco que compõem o chamado Centrão (PP, DEM, PRB, PR e Solidariedade), além de PTB, PPS e PSD, e terá cerca 40% do tempo da propaganda eleitoral em rádio e TV. Sua vice, avalizada pelo Centrão, é a senadora Ana Amélia (PP-RS), de 73 anos.

Fernando Haddad (PT) – 13

Fernando Haddad candidato do PT à presidência da república
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad foi o escolhido pelo PT para substituir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do partido ao Palácio do Planalto. Condenado em segunda instância na Operação Lava Jato a 12 anos e 1 mês de prisão e detido desde abril em Curitiba, Lula teve o registro de candidatura negado pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa no final de agosto. Haddad, que havia sido registrado como candidato a vice-presidente na chapa petista, tem 9% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha.
O PCdoB, aliado histórico do PT em eleições presidenciais, terá a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila como vice na chapa de Fernando Haddad. Manuela retirou sua candidatura à Presidência no início de agosto e desde então aguardou pela definição da situação eleitoral de Lula.

Alvaro Dias (Podemos) – 19
Ex-governador do Paraná e senador em terceiro mandato, Alvaro Dias(Podemos), de 73 anos, concorre à Presidência pela primeira vez. Apostando no discurso de “refundar a República” e na promessa de que convidará o juiz federal Sergio Moro para ser seu ministro da Justiça, Dias tem como principal força o sul do país. Pouco conhecido nas demais regiões, o senador tem 3% da preferência no país, segundo o Datafolha.
O vice de Alvaro Dias é o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Paulo Rabello de Castro (PSC), de 69 anos. Além do partido de seu companheiro de chapa, a coligação encabeçada por Dias inclui os nanicos PRP e PTC.

Henrique Meirelles (MDB) – 15

Depois de 24 anos, o MDB voltará a ter um candidato à Presidência da República. O nome escolhido pelo partido, um neoemedebista, é o do ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, de 72 anos, filiado ao partido em abril.
Em campanha, Meirelles terá como principal obstáculo sua ligação com o impopular presidente Michel Temer, reprovado por 82% da população, conforme o Datafolha, e de cujo governo ele foi ministro entre maio de 2016 e abril de 2018. Com 3% das intenções de voto no Datafolha, Meirelles tentará, por outro lado, ressaltar que foi o economista escalado tanto por Lula quanto por Michel Temer para postos-chave em momentos delicados da economia. Aliado apenas ao nanico PHS, o ex-ministro terá como vice o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB), de 68 anos.

João Amoêdo (Novo) – 30

Ex-executivo dos bancos Unibanco e Itaú-BBA, o carioca João Dionisio Filgueira Barreto Amoêdo, 55 anos, fundou o Partido Novo em 2011 e disputa a Presidência da República pela primeira vez. Com um discurso liberal e favorável a privatizações, Amoêdo é o mais rico entre os treze presidenciáveis – ele declarou ao TSE um patrimônio de 425 milhões de reais.
Com apenas cinco segundos no horário eleitoral e sem direito a participar de debates na TV aberta, João Amoêdo aposta na campanha via redes sociais para se apresentar ao eleitor e crescer nas pesquisas de intenção de voto. Para isso, ele disponibilizou 120.000 reais mensais ao impulsionamento de conteúdos seus no Facebook. Conforme o mais recente Datafolha, o candidato do Novo tem 3% das intenções de voto. Seu vice é o cientista político Christian Lohbauer, de 51 anos.

Guilherme Boulos (PSOL) – 50

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, de 36 anos, mantém a tradição do PSOL em lançar candidatos à Presidência da República desde que o partido foi criado, em 2004, a partir de dissidências do PT. Antes dele, concorreram pela legenda Heloísa Helena, em 2006, Plínio de Arruda Sampaio, em 2010, e Luciana Genro, em 2014.
Com 1% no Datafolha, Boulos é o cabeça de uma chapa puro-sangue psolista, que tem a líder indígena Sônia Guajajara, de 44 anos, como vice.

Os nanicos

No pelotão de nanicos da eleição presidencial de 2018 estão o sempre presente José Maria Eymael (Democracia Cristã – 27), candidato em 1998, 2006, 2010 e 2014; o deputado federal Cabo Daciolo (Patriota – 51);  o escritor João Goulart Filho (PPL – 54), filho do ex-presidente João Goulart; e Vera Lucia (PSTU – 16).
Fonte: https://veja.abril.com.br/politica/quem-sao-os-13-candidatos-a-presidencia-da-republica-em-2018/

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Ciro promete deixar a política se Bolsonaro for eleito: 'Vou cumprimentá-lo e depois chorar'

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, prometeu deixar a política caso Jair Bolsonaro (PSL), seu adversário na eleição deste ano, seja eleito presidente do Brasil. Em entrevista concedida nesta quarta-feira (12), ele criticou o seu rival e disse que militar não pode falar de política no seu governo.

"Vou desejar boa sorte a ele, cumprimentá-lo pelo privilégio e depois vou chorar. Eu saio da política. A minha razão de estar na política é confiar no povo brasileiro", declarou Ciro durante sabatina promovida pelos jornais O Globo, Valor Econômico e revista Época.

O candidato do PDT também fez duras críticas ao vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão (PRTB). "Esse general Mourão, que é um jumento de carga, tem uma entrada no Exército e agora se considera tutor da nação. Os brasileiros têm que deixar muito claro que quem manda no país é o povo", afirmou.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/226591-ciro-promete-deixar-a-politica-se-bolsonaro-for-eleito-vou-cumprimenta-lo-e-depois-chorar.html