O republicano Donald 
Trump é o novo presidente dos Estados Unidos. Com vitórias na Flórida, 
na Carolina do Norte e em Ohio, estados tidos como decisivos, ele 
superou a democrata Hillary Clinton e abriu larga vantagem; às 5h35 
desta quarta-feira, Trump alcançou o número necessário de 270 delegados,
 tornando-se oficialmente o vencedor da disputa; os republicanos também 
fizeram maioria na Câmara e no Senado; índice futuro da bolsa 
norte-americana cai 5%; dólar derrete, assim como moedas de países 
emergentes; dia será de extrema tensão nos mercados financeiros
Confirmado: 
Donald Trump é o novo presidente dos Estados Unidos. O bilionário 
alcançou os 270 delegados às 5h35 desta quarta-feira. Com sua vitória, 
os mercados financeiros deverão ter, nesta quarta-feira, um dia de 
pânico.
Trump prometeu erguer um muro na fronteira com o México, rever acordos internacionais e colocar um freio na globalização.
Ele também deve reduzir o intervencionismo norte-americano na Síria e no Oriente Médio.
Leia, abaixo, reportagem anterior:
247 – Tido até o 
dia das eleições como azarão, o candidato republicano Donald Trump é o 
novo presidente dos Estados Unidos. Com vitórias na Flórida, na Carolina
 do Norte e em Ohio, estados tidos como decisivos, ele superou a 
democrata Hillary Clinton e abriu larga vantagem.
 Às 3h30 desta quarta-feira, Trump 
já tinha 244 delegados contra 209 de Hillary, muito perto de alcançar a 
vitória final. Às 4h47, ele chegou a 265 delegados, contra 215 de 
Hillary, praticamente sacramentando sua vitória. Para ser o novo 
presidente, são necessários 270, no sistema americano, federalista, em 
que as vitórias estaduais significam conquistar a totalidade dos 
delegados de cada estado.
Os republicanos também fizeram 
maioria na Câmara e no Senado – o que indica que, se Hillary vencesse, 
ela teria grandes dificuldades para governar.
O resultado surpreendeu, uma vez que
 todas as pesquisas, ontem, mostravam Hillary na frente. Com isso, o 
índice futuro da bolsa norte-americana cai 5%. O dólar derrete, assim 
como moedas de países emergentes, anunciando um dia que será de extrema 
tensão nos mercados financeiros.
Leia, abaixo, reportagem da Reuters: 
Por Emily Stephenson e Amanda Becker
Reuters - O candidato republicano à 
Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, se aproxima de chegar à 
Casa Branca com uma série de vitórias inesperadas em Estados-chave na 
eleição presidencial dos Estados Unidos, casos de Ohio e Flórida, 
abalando os mercados financeiros globais, que contam com uma vitória da 
democrata Hillary Clinton.
Com o temor de que uma vitória de 
Trump cause incertezas econômica e global, investidores saiam de ativos 
mais arriscados, como ações. Nas operações da madrugada, os futuros do 
S&P 500 caíam 5 por cento e atingiram o chamado limite de baixa, 
indicando que não teriam permissão para operar em patamares mais baixos 
até a manhã de quarta-feira. 
O peso mexicano operava em seus 
menores patamares com o aumento das chances de uma vitória de Trump. As 
preocupações com uma eventual vitória do republicano pesaram sobre a 
moeda por meses, por causa das promessas dele de acabar com um acordo de
 livre comércio com o México e de taxar os recursos enviados para casa 
por imigrantes para pagar por um muro que pretende construir na 
fronteira entre os dois países.
Trump venceu na Flórida, em Ohio, em
 Iowa e na Carolina do Norte, e a Fox News projetou a vitória dele em 
Wisconsin. Com a votação encerrada em 49 dos 50 Estados 
norte-americanos, ele também tem uma pequena vantagem em Michigan e New 
Hampshire, o que dá ao republicano uma clara dianteira na luta Estado a 
Estado para conquistar os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários 
para vencer a eleição.
Pouco depois da Fox News projetar a 
vitória de Trump em Wisconsin, simpatizantes do republicano começaram a 
gritar "prende ela" no local onde o empresário deve discursar após o 
resultado da eleição, em uma referência a Hillary.
A democrata ainda tem caminhos para 
chegar a 270 votos no Colégio Eleitoral, mas precisa vencer nos demais 
Estados-chave, incluindo Pensilvânia e Michigan, além de conseguir uma 
inesperada vitória no Arizona.
Até às 3h25 de quarta-feira (horário
 de Brasília), Trump tinha 244 votos no Colégio Eleitoral, contra 215 de
 Hillary. As emissoras de TV dos EUA haviam projetado os vencedores em 
42 dos 50 Estados norte-americanos e de Washington D.C..
Trump conquistou Estados 
conservadores do Sul e do Meio-Oeste, enquanto Hillary ficou com vários 
Estados na Costa Leste e Illinois e no Meio-Oeste. Ela também venceu em 
Nevada e na Virginia. 
Hillary reconheceu que a disputa 
estava inesperadamente apertada, após as pesquisas lhe darem a vantagem 
antes do dia da eleição. Ela usou sua conta no Twitter para afirmar: 
"Essa equipe tem muito do que se orgulhar. Independentemente do que 
acontecer nesta noite, obrigada por tudo".
Em pesquisa divulgada antes do dia 
da eleição, Hillary aparecia com 44 por cento da preferência do 
eleitorado, contra 39 por cento de Trump na última pesquisa 
Reuters/Ipsos. O levantamento Reuters/Ipsos Estados da Nação dava à 
democrata 90 por cento de chance de vencer o republicano e ser a 
primeira mulher eleita presidente dos EUA.
O controle do Congresso dos Estados 
Unidos também está em disputa na eleição desta terça. As emissoras 
projetaram que os republicanos manterão o controle da Câmara dos 
Deputados, cujas 435 cadeiras estão em disputa.
No Senado, os republicanos caminham 
para defender a maioria que detêm atualmente, após uma série de 
fracassos de candidatos democratas que desafiavam republicanos 
candidatos à reeleição.
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/264550/Trump-vence-elei%C3%A7%C3%A3o-nos-EUA-Mercados-desabam.htm