sexta-feira, 5 de junho de 2020

Bolsonaro quer Força Nacional e intervenção da PM contra protestos 'antifacistas'



O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta sexta-feira (5) que vai usar forças de segurança federais contra manifestantes que "extrapolem os limites da lei" em atos contra o seu governo marcados para o próximo domingo (7).

Além disso, o chefe do Executivo cobrou que a Polícia Militar faça "seu devido trabalho" em manifestações que se denominam antifascistas. Ele também pediu que seus apoiadores não saiam às ruas.

"O outro lado, que luta por democracia, que quer o governo funcionando, quer um Brasil melhor e preza por sua liberdade, que não compareçam às ruas nestes dias para que as forças de segurança, não só estaduais, bem como a nossa, federal, façam seu devido trabalho porventura estes marginais extrapolem os limites da lei", disse.

Bolsonaro também disse que os manifestantes contrários ao seu governo "geralmente são marginais, maconheiros, desocupados que não sabem o que é economia, o que é trabalhar para ganhar seu pão de cada dia".

"Querem quebrar o Brasil em nome de uma democracia que nunca souberam o que é e nunca zelaram por ela", completou.

Jair Bolsonaro enfrenta o seu momento mais difícil em relação ao índice de rejeição dos brasileiros. Segundo a última pesquisa Datafolha, 43% acham que o seu governo é ruim ou péssimo.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249449-bolsonaro-quer-forca-nacional-e-intervencao-da-pm-contra-protestos-antifacistas.html

Covid-19: 50% dos contaminados em monitoramento descumprem quarentena na BA



O governador Rui Costa revelou nesta sexta-feira (5) que quase metade dos pacientes contaminados pelo coronavírus em Salvador que estão sendo monitorados pelo estado, confessaram que estão descumprindo a quarentena.

A gestão mantém contato via telefone com pessoas de baixa renda que testaram positivo para a Covid-19 e decidiram permanecer em casa ao invés irem para o abrigo mantido pelo governo. “Para minha tristeza, a equipe que estava fazendo esse relatório me passou que quase a metade dos contaminados confessou, via telefone, que estavam saindo de casa sem cumprir a quarentena de 14 dias”, declarou Rui em entrevista a José Luiz Datena. 

“Estamos enxugando gelo. O Brasil está dando o pior exemplo do mundo de como tratar uma doença contagiosa. A gente tenta tirar as pessoas da rua. Fizemos um abrigo para o atendimento para as pessoas com sintomas leves e para que não contaminar os vizinhos e ainda as pessoas de baixa renda”, completou o governador. 

A Bahia registrou mais 1.012 casos de coronavírus nas últimas 24h e já soma 23.463 pessoas diagnosticadas com a Covid-19 em quase 300 cidades do estado. Os dados são do boletim emitido nesta quinta-feira (4) pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

Pessoas em situção de vunerabilidade social e econômica que forem contaminadas pelo coronavírus na capital baiana, podem optar pela hospedagem em um dos abrigos disponibilizados pelo estado e pela prefeitura de Salvador. A medida, que tem por objetivo impedir a contaminação de familiares e vizinhos, ainda prevê o pagamento de um auxílio de R$ 500 para o beneficiado e a entrega de cestas básicas para sua família. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249452-covid-19-50-dos-contaminados-em-monitoramento-descumprem-quarentena-na-ba.html

Bolsonaro determinou atraso em divulgação do boletim da Covid-19 para evitar telejornais



Desde a noite de quarta-feira (3), os boletins do Ministério da Saúde sobre o novo coronavírus passaram a sair depois das 22h. Mas isso não é por acaso. O "atraso" na divulgação dos números partiu de uma ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

A informação é do Correio Braziliense, que soube disso por uma fonte do alto escalão do governo. Conforme relatado ao jornal, o objetivo é justamente evitar a exposição dos números nos telejornais noturnos.

Nos últimos três dias, o Brasil quebrou seu próprio recorde, chegando a 34.021 mortes por Covid-19. Com isso, o país superou a Itália e se tornou o terceiro do número em número de óbitos pela doença. Em relação aos casos, o país já é o segundo, com 614.941 pessoas diagnosticada com o vírus, atrás apenas dos Estados Unidos.

Diante desse quadro, a publicação ressalta que os telejornais noturnos costumam ter mais audiência, com muitos brasileiros em casa, por isso o presidente presidente ordenou a divulgação tardia. Bolsonaro costuma minimizar a Covid-19, a chamando de "gripezinha" e participando de diversas manifestações, muitas delas sem máscara.

Recentemente, o Ministério da Saúde também alterou a disponibilização das informações no site específico para o coronavírus. Isso deu maior destaque ao número de pessoas recuperadas em detrimento às vidas perdidas.

Vale ressaltar que a divulgação do boletim foi retardada ao longo do tempo. Com o médico Luiz Henrique Mandetta à frente do ministério, os números costumavam ser divulgados em coletiva de imprensa diária por volta das 17h. Sob o comando do médico Nelson Teich, os dados passaram a ser divulgados à noite e, agora, com o general Eduardo Pazuello como ministro interino, as coletivas têm sido cada vez menos frequentes e o boletim não tem horário fixo para sair, sendo publicado tarde da noite.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249454-bolsonaro-determinou-atraso-em-divulgacao-do-boletim-da-covid-19-para-evitar-telejornais.html

Rui diz que empresas de ônibus levaram juízes federais ao erro na Bahia



O governador Rui Costa voltou a criticar a decisões da Justiça Federal que liberaram o transporte intermunicipal para empresas de ônibus operarem no estado. Em entrevista a José Luiz Datena nesta sexta-feira (5), Rui disse que muitos juízes foram levados ao erro para a concessão das liminares.

“As empresas alegam que irão fazer transporte para o turismo, quando essa não é a verdade”, disse Rui. O estado vem registrando um movimento de retorno de baianos que moram em outros locais mais afetados pela Covid-19 nas últimas semanas. A opção para muitos, é o retorno ao interior via ônibus. 

“Há 10 dias estávamos com 160 municípios com casos confirmados. De repente empresas induziram juízes federais ao erro e começam a fazer transporte com liminar judicial. Estamos quase chegando a marca de 300 cidades com contaminados pelo coronavírus”, relatou o governador da Bahia. 

O governo voltou a defender a interrupção de transporte intermunicipal em cidades com casos confirmados, o que tem feito nos decretos frustrados por liminares. “Nessas quase 300 cidades contaminadas, vamos ter que parar tudo. Esse tipo de liminar só prejudica a economia e o emprego, além resultar na perda de vidas humanas”, completou Rui. 

As empresas alegam na Justiça que a regulação de transportes em rodovias federais, que passam pelo estado, não é papel do governo estadual e sim dos órgãos de controle federais. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249457-rui-diz-que-empresas-de-onibus-levaram-juizes-federais-ao-erro-na-bahia.html

Postos de gasolina em Alagoinhas terão que usar mangueiras transparente

Foi sancionada nesta quinta-feira (04), pelo prefeito Joaquim Neto, a Lei nº 2.516/2020 que obriga o uso de mangueiras transparentes nos equipamentos de abastecimento, em Alagoinhas, a 122 Km de Salvador.
De acordo a proposição, é considerado transparente quando é possível ver a passagem de gasolina da bomba até o veículo.
Para os locais que não cumprirem estarão sujeitos a aplicação de sanções administrativas, além dos pré supostos abaixo:
“I – Advertência;
II- multa administrativa diária no valor de R$ 5 mil adicionado as penalidades ligadas a critério da administração pública municipal e estadual;
III- suspensão das atividades comerciais por 15 dias, acompanhado por multa”.
Em caso de reincidência da infração, o valor da multa diária mencionado no inciso II desta Lei, será duplicado.
Esta Lei entra em vigor 180 dias após a sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Fonte: Se Liga Alagoinhas
https://www.portalalagoinhasnews.com.br/2020/06/05/postos-de-gasolina-em-alagoinhas-terao-que-usar-mangueiras-transparente/

Homem recebe mais de R$ 1 mil em notas falsas após vender celular na internet em Alagoinhas

A Superintendência da Polícia Federal na Bahia, investiga a denúncia de um homem, que afirma ter recebido R$ 1.400 em notas falsas pela venda de um aparelho celular na tarde de terça-feira (3/6), no município de Alagoinhas (BA), de acordo com as informações obtidas pelo Luciano Reis Notícias. O homem relatou na delegacia de Alagoinhas que conheceu a compradora pelas redes sociais, e a negociação foi feita pela internet.
Segundo a vítima, publicou a venda de um aparelho celular em um site na web. Em seguida, através do número de telefone disponível no anúncio, uma mulher teria entrado em contato afirmando ter interesse no aparelho. O homem conta, que a ‘falsa’ compradora marcou um encontro com ele para receber o celular na Praça Padre Alfredo, em frente a Casas Bahia, no Centro da cidade, por volta das 17h. Após entregar o aparelho, e receber o dinheiro, ele se dirigiu ao banco, e durante o saque percebeu que as cédulas não eram verdadeiras.
“Agora que estou no prejuízo, vamos contar com as câmeras de segurança do local para identificar a suspeita”, diz o homem.
Fonte: Luciano Reis Notícias
https://www.portalalagoinhasnews.com.br/2020/06/05/homem-recebe-mais-de-r-1-mil-em-notas-falsas-apos-vender-celular-na-internet-em-alagoinhas/

Gerente da Anvisa explica como serão os testes da vacina da covid-19 no Brasil

O Brasil passou a ser um dos laboratórios mundiais para a testagem de uma vacina contra a covid-19. Os estudos iniciaram em parceria entre a Universidade de Oxford, da Inglaterra, e o laboratório farmacêutico AstraZeneca, companhia de origem sueco-britânica. Após pesquisas preliminares com animais e pequenos grupos populacionais na Inglaterra, haverá testes em duas mil pessoas no Brasil com o objetivo de apontar se o antídoto é eficaz. Em entrevista a GaúchaZH, Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autorizou a pesquisa no país, conta detalhes sobre como serão feitas as amostragens e as expectativas para os resultados, esperados para o segundo semestre de 2020.


Confira a entrevista

Quando começam os testes? Qual será o público testado?
O início dos testes depende de uma organização logística da empresa e da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (Conep), do Ministério da Saúde. Não saberia dizer precisamente a data, mas, da nossa parte, já existe a autorização para iniciar. Serão duas mil pessoas testadas. Eles vão priorizar profissionais de saúde. Esse não é estudo em que vão deliberadamente infectar as pessoas para ver se a vacina funciona. A ideia é buscar pessoas que têm maior risco de exposição. 
Detalhes ainda estão em discussão com a empresa, a AstraZeneca, que é uma indústria farmacêutica. Ela já tem vários medicamentos registrados no Brasil e fez essa parceria com a Universidade de Oxford para a pesquisa, decidindo trazer para o Brasil. Eles é que acabam discutindo essas questões de protocolo, mas a ideia é selecionar pessoas com mais risco de contaminação. A AstraZeneca tem medicamentos de várias linhas registrados no Brasil. Mais recentemente, registramos medicamentos deles para câncer e tipos raros de câncer. Mas eles têm várias linhas, incluindo problemas respiratórios e sistema nervoso central.
Não vai ser um estudo de desafio, como chamados os casos em que deliberadamente se infecta as pessoas. As pessoas vão tomar dose única da vacina e, depois, vão pra sua vida normal. Após um tempo, elas são avaliadas para ver se produziram ou não os anticorpos para a covid-19. Essa vacina é feita de vírus vivo. Você adiciona no vírus uma parte da proteína do vírus da covid-19. Essa proteína tem a capacidade de gerar anticorpo. É isso que torna a pessoa imune. Pegamos o vírus com a proteína, inoculamos na pessoa e deixamos se replicar. 
Sobre a dose única, ainda vai ser estudado se é suficiente. Em princípio, se testará em dose única. As vacinas que têm segundas e terceiras doses apresentam tendência de ter menor adesão das pessoas. O ideal, por isso, é ter dose única, pensando já numa eventual aplicação em massa. Não adianta descobrir um medicamento que, depois, as pessoas não conseguem usar. Sempre se tenta iniciar pelo o que seria o mais fácil.  
Nas pesquisas, quais poderão ser os indicativos de sucesso? 
Se criar o anticorpo, é um indicativo de sucesso. É uma doença nova, não sabemos quanto de anticorpo é necessário. Ao final do período, vai ser analisado se aconteceu a criação de anticorpos, se eles foram suficientes para eliminar a capacidade de transmissão e se a pessoa que foi vacinada não desenvolveu a doença. Uma coisa é ter o vírus, outra é ter o vírus e desenvolver a doença. A gente sabe que, na covid-19, 80% dos contaminados não desenvolvem a doença, são assintomáticos. 
Em quais aspectos técnicos e biológicos se baseia a vacina?
Essa fração da proteína é o que a gente viu preliminarmente que teve capacidade de gerar anticorpo em animais testados até agora (macacos). E já fizeram alguns estudos na chamada fase 2, com população menor de humanos lá na Inglaterra. Aqui será a fase 3 da pesquisa, é a última fase, que significa testar em número suficiente para se ter o cálculo estatístico adequado de eficácia e de segurança. Para decidir se é eficaz, precisa da estatística. 
Esse estudo é controlado e randomizado, padrão ouro de estudo clínico. Vai ser comparada a vacina nova versus o que a gente chama de placebo, que é uma vacina sem relação nenhuma com a covid-19. Uma parte dos recrutados vai tomar a vacina nova e outra parte vai tomar a vacina placebo, que não tem nada a ver. No final, se fazem os cálculos comparativos para ver se o grupo que tomou vacina nova teve maior criação de anticorpos e redução dos casos de desenvolvimento da doença.
Ao participar da testagem, o Brasil recebe alguma prioridade de recebimento de cargas de vacinas caso sua eficácia seja comprovada?
O Brasil fazer parte desse braço representa primeiramente um reconhecimento global de que o país tem condições de fazer o estudo e tem estrutura adequada de investigação clínica, condizente com normas internacionais. Outro aspecto é que, quando tem autorização da Anvisa no estudo, a agência passa a monitorar os dados de maneira muito próxima. Lá na frente, quando for concluído, e se a empresa submeter o pedido de registro da vacina, caso os resultados forem bons, já teremos os dados, e uma análise mais célere para aprovar o produto pode ser feita. Sobre aquisição de vacinas, não posso falar, não é minha atribuição como gerente da Anvisa.
Qual a previsão de conclusão dos testes no Brasil e no mundo e para o anúncio sobre a eficácia da vacina?
A gente acredita que no segundo semestre de 2020 já se tenha isso, mas não dá para dar data exata.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2020/06/gerente-da-anvisa-explica-como-serao-os-testes-da-vacina-da-covid-19-no-brasil-ckazqsdo100c4015nqxt3qa7r.html

Vacina brasileira contra a Covid-19 começa a ser testada em animais



Pesquisadores do Instituto do Coração (InCor) e da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), anunciaram que começaram a testar em camundongos uma potencial vacina contra a Covid-19. 

A imunização segue um modelo diferente do empregado em outros países. A estratégia utilizada para desenvolver a vacina é baseada no uso de partículas semelhantes a vírus.

Essa fase do estudo é chamada “pré-clínicos”. Após essa etapa, os pesquisadores poderão começar a testar a vacina em voluntários humanos. 

“Já conseguimos desenvolver três formulações de vacinas que estão sendo testadas em animais. Em paralelo, estamos formulando diversas outras para identificar a melhor candidata”, disse Gustavo Cabral, pesquisador responsável pelo projeto à agência Fapesp.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/24275-vacina-brasileira-contra-a-covid-19-comeca-a-ser-testada-em-animais.html

As 10 candidatas: conheça as vacinas contra Covid-19 em testes avançados

O mundo inteiro corre atrás de uma vacina para Covid-19. Empresas e instutos de pesquisa estão correndo para desenvolver um composto seguro e eficaz contra o coronavírus em tempo recorde para permitir uma retomada da “normalidade” o quanto antes.
Dentre essas, 10 estão se destacando pela forma como estão avançando rapidamente pelas etapas de testes. São os projetos que já chegaram à fase clínica, que inclui três etapas de testes em humanos: a primeira em pequena escala para validar segurança, a segunda com um grupo maior para começar a observar potenciais efeitos colaterais mais raros e conferir sua eficácia e a terceira com milhares de participantes, com um teste controlado, com grupo de controle recebendo apenas um composto ineficaz, randomizado e com duplo-cego. É quando se atesta se a vacina realmente funciona.
Conheça melhor cada uma dessas vacinas candidatas e em que etapa do desenvolvimento elas estão:

Oxford-AstraZeneca (Reino Unido)

A vacina de Oxford é a que está com o desenvolvimento mais avançado no mundo, sendo a única a chegar à terceira fase de experimentos. A universidade britânica fechou parceria com a farmacêutica AstraZeneca e já está até mesmo produzindo doses em larga escala antes da conclusão dos experimentos.
A pesquisa avançou tão rapidamente graças ao fato de que a universidade já desenvolvia testes com outros coronavírus, causadores da Sars e da Mers, de forma que os dados de segurança sobre o composto já eram conhecidos, permitindo queimar etapas de testes. A aposta é em uma técnica de vetor viral não-replicante: eles utilizam um adenovírus, que causa resfriado em macacos, mas foi reprogramado para não ser capaz de causar doenças em humanos. Esse vírus carrega uma parte do código genético do Sars-Cov-2 responsável pela produção da proteína “spike”, utilizada para invasão das células. A ideia é que, quando o organismo responder ao adenovírus alterado, ele crie imunidade contra a proteína do coronavírus, impedindo uma infecção.
O Brasil acabou se envolvendo neste projeto e participará da terceira fase de testes. Serão 2 mil brasileiros participantes; os pesquisadores buscam profissionais da linha de frente no combate à Covid-19, já que têm mais riscos de contágio e permitirão analisar os resultados de forma mais rápida e precisa.
Os pesquisadores estão otimistas e preveem que podem ter um composto seguro e eficaz o suficiente para distribuição em massa ainda neste ano. Eles chegaram a prever que o desenvolvimento pode ser concluído em setembro deste ano.

Pfizer-BioNTech-Fosun (Alemanha)

A vacina da Pfizer é outra que tem avançado em passos rápidos, já tendo chegado à fase 2 dos testes clínicos, utilizando uma abordagem completamente diferente da vacina de Oxford.
O projeto alemão utiliza a técnica de RNA, que não prevê o uso do vírus ou de suas proteínas, mas especificamente do seu material genético. A ideia é que ao incluir esse material no organismo, o próprio corpo humano produza as proteínas do vírus e gere a resposta imunológica sem gerar uma infecção.
Os pesquisadores estão observando quatro tipos de vacinas candidatas de RNA e analisando o quanto são eficazes e seguras.
A vantagem desse tipo de vacina é que ela é simples e rápida de ser desenvolvida, então se uma combinação genética não alcançar o resultado ideal, basta trocar a amostra de RNA e recomeçar os experimentos. A desvantagem é que o método nunca foi aprovado para utilização em humanos antes, então não há precedentes de sucesso e essa pesquisa seria pioneira.

Moderna (Estados Unidos)

Assim como a Pfizer, a Moderna está apostando em uma vacina de RNA contra a Covid-19, o que permitiu à americana avançar rapidamente as etapas de desenvolvimento e entrar na fase 2 dos testes clínicos.
A empresa recebeu algumas críticas sobre a forma como divulgou seus resultados positivos na primeira etapa, já que ainda não publicou um artigo científico sobre o assunto. A empresa apenas divulgou alguns dados para a imprensa revelando que seus testes mostraram imunogenicidade e segurança para avançar para a etapa seguinte.
A vacina da Moderna tem recebido investimentos pesados para que continue avançando rapidamente. O governo dos EUA já reservou 300 milhões de doses do composto, mesmo antes de saber se ele realmente vai funcionar nas etapas posteriores.

Novavax (Estados Unidos)

Outro projeto americano, a vacina da Novavax ainda está em uma etapa mais inicial dos testes clínicos. A empresa anunciou no fim de maio o início dos experimentos de fase 1, que tem escala reduzida para analisar a segurança do composto. Os resultados devem sair em julho, preveem os pesquisadores.
A farmacêutica está usando um terceiro método, diferente dos mencionados acima. Em vez de apostar em um vetor viral ou em RNA, a companhia utiliza subunidades proteicas do vírus, que preveem a inserção das proteínas do Sars-Cov-2 no organismo para que ele crie uma resposta imunológica, sem risco de desenvolver a doença. É a única entre as 10 empresas em fase de testes clínicos a apostar neste método.

Inovio Pharmaceuticals (Estados Unidos)

Outra empresa americana, a Inovio diz que seu composto demonstrou “resposta imunológica robusca” nas fases pré-clínicas, que preveem testes in vitro e em animais. A empresa também espera os resultados dos testes clínicos de fase 1, que devem sair ao longo de junho, com as fases 2 e 3 podendo iniciar entre julho e agosto se houver sucesso e houver aprovação dos órgãos regulatórios.
Para chegar aos resultados, a empresa também utiliza uma técnica genética, mas baseada em DNA, não em RNA. O conceito, fundamentalmente, é o mesmo. Insere-se o material necessário para produção das proteínas do vírus no organismo, que passa a produzi-las e criar a resposta imunológica contra elas.
A empresa já tinha em mãos alguns estudos para uma vacina que desenvolvia contra a Mers, causada por outro tipo de coronavírus. Segundo a empresa, testes clínicos de fase 1 e 2 mostraram “quase 100% de soroconversão”. 

CanSino/Beijing Institute of Biotechnology (China)

A chinesa CanSino aposta em uma abordagem similar à de Oxford, utilizando um adenovírus alterado para carregar o material genético do Sars-Cov-2 responsável pela produção da proteína “Spike”. A ideia é gerar a imunidade contra essa proteína e impedir o coronavírus de infectar os vacinados.
A empresa se destacou por ser a primeira a avançar para a fase 2 dos testes clínicos, demontrando ser segura e gerando resposta imune nos poucos pacientes em que foi testada. Também foi fechada uma parceria para testes do composto no Canadá.

Wuhan Institute of Biological Products/Sinopharm (China)

Apesar do projeto da CanSino, a maior parte dos projetos chineses envolve o método mais tradicional de vacina, utilizando o vírus atenuado ou inativado. Neste projeto, o Sars-Cov-2 é totalmente inativado, tornando-se completamente incapaz de provocar a doença, mas o organismo ainda o reconhece como uma ameaça, permitindo a criação da resposta imunológica.
Em casos de vírus atenuados, eles são apenas enfraquecidos e existem algumas situações raras em que há uma mutação que pode criar complicações para a pessoa após a aplicação da vacina. Com o vírus inativado, isso não é possível.
As pesquisas dessa vacina também já chegaram à segunda etapa dos testes clínicos, ainda sem uma previsão para avançar para a fase 3.

Beijing Institute of Biological Products/Sinopharm (China)

Outra vacina com envolvimento da Sinopharm, o projeto de Pequim também se apoia em um vírus inativado, mas parece estar avançando mais rapidamente.
As pesquisas ainda estão na fase 2 dos testes clínicos, mas em redes sociais, a Comissão de Administração e Supervisãod e Bens da China, que supervisiona a Sinopharm, afirmou que acredita que os testes seguirão adiante rapidamente, com a possibilidade de que o composto pode estar pronto para aplicação em massa já em 2020.

Sinovac (China)

Outro projeto de vacina chinês baseado em um vírus inativado, que está avançando rapidamente em seus experimentos. Pesquisadores chegaram a declarar terem 99% de certeza de que ela será funcional.
Os testes seguem na fase 2, sem previsão para o início da fase 3, mas já há conversas para que a vacina comece a ser testada no Reino Unido.

Institute of Medical Biology, Chinese Academy of Medical Sciences (China)

O projeto é o mais incipiente entre as vacinas chinesas, ainda limitado à fase 1 de testes, com um grupo pequeno de voluntários. Os testes clínicos começaram no fim de maio, ainda sem uma previsão de progresso para as etapas seguintes.
Novamente, o projeto envolve uma versão inativada do Sars-Cov-2 para gerar imunidade contra a Covid-19.

Confira em tempo real a COVID-19 no Brasil:


Opinião: Dia Mundial do Meio Ambiente é oportunidade de reiniciarmos nossa relação com a natureza


O Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, acontece em um momento ímpar para o nosso planeta e para os que aqui vivem. Cada vez mais percebemos o quanto somos dependentes dele — e de toda a sua biodiversidade. Diante da pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 6 milhões de pessoas em todo o mundo, é necessário olhar com atenção para a mensagem que a natureza está nos mandando. O ar que respiramos, a água que bebemos e o alimento que ingerimos nos são oferecidos pela natureza e, para que estes recursos naturais continuem a existir, precisamos unir esforços para resgatar um delicado equilíbrio. 
Esta é uma oportunidade única de conscientização de toda a comunidade global sobre a importância de garantir a saúde do planeta para acabar com a fome, reduzir a pobreza e impulsionar o desenvolvimento econômico. É fundamental garantir que os planos de recuperação estejam alinhados à sustentabilidade, com o objetivo de mudar muitos dos atuais padrões insustentáveis de consumo e produção. Esta não é uma missão impossível. 
Agricultores comprometidos com a produção sustentável, pescadores e silvicultores, pastores e povos indígenas, atuam como guardiões do meio ambiente. Em todo o mundo, a população rural precisa estar no centro da mudança - para garantir segurança alimentar e que a biodiversidade seja mantida e os recursos hídricos e da terra sejam preservados. 
No Brasil, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) atua como uma das agências implementadoras do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (Global Environment Facility, GEF na sigla em inglês), que auxilia os países em desenvolvimento na busca por soluções em relação à proteção dos ecossistemas e à biodiversidade, para garantir a redução dos impactos causados por ações humanas, e evitar o colapso dos sistemas de alimentação e saúde. Um importante exemplo, é o Projeto Ecossistema na Baía de Ilha Grande (RJ), que empoderou a comunidade local, descentralizou o processo de tomada de decisão e impulsionou o uso de tecnologias para garantir a promoção de conhecimento e a proteção da água. Como resultado, a região garantiu o equilíbrio do crescimento industrial e econômico, preservando os recursos naturais e o ecossistema. 
Em 2020, com recursos GEF de US$ 5 milhões, a FAO ainda irá apoiar o processo de elaboração de um projeto binacional entre Uruguai e Brasil, na bacia da Lagoa de Mirim (RGS), para trabalhar o uso sustentável e eficiente da água, a preservação de ecossistemas e seus serviços, e ampliar o desenvolvimento econômico e potencial de pesca e aquicultura da região.  
Nos processos da Bahia de Ilha Grande e Lagoa de Mirim—e em muitos outros recursos naturais compartilhados entre diferentes atores—uma governança adequada se faz essencial, com tomadas de decisões inclusivas, gerando compromissos para cada um dos atores envolvidos. É disso que depende a durabilidade e sustentabilidade de um sistema de uso e conservação. Da mesma forma, a boa governança é essencial para gerar sistemas resilientes nas comunidades. Esta resiliência é a capacidade de responder e se recuperar de choques como desastres naturais e pragas ou epidemias. Uma grande lição que a covid-19 nos deixa é a necessidade de fortalecer a resiliência (comida, resposta rápida, sistema de alerta precoce etc.) em nossas comunidades, tanto rurais quanto urbanas.
Boas decisões e políticas públicas assertivas estão sempre fundamentadas em informação de qualidade. Por isso, um dos objetivos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é apoiar atores e países para que as tomadas de decisão sejam baseadas em evidências e dados científicos. No Brasil, com recursos GEF, o Programa atuou na criação do Sistema de Informações sobre a Biodiversidade Brasileira. O resultado é um portal online de acesso gratuito, que reúne 15,7 milhões de registros de ocorrência de espécies da fauna e flora nacionais, os quais até então estavam fragmentados em 124 centros de pesquisa de todo o mundo. Para pesquisadores, o sistema é um ativo inestimável, mas vai além ao subsidiar governos, empresas e cidadãos com dados confiáveis sobre seu próprio país. 
Esta rica diversidade biológica é a base para ecossistemas equilibrados, que garantem a polinização, o acesso a fontes de água doce e um clima adequado, ou seja, serviços realizados pela natureza que são fundamentais para a agricultura brasileira - mas que muitas vezes não são reconhecidos ou contabilizados. Por isso, recentemente o PNUMA também começou a trabalhar para compreender o real valor destes serviços para os sistemas alimentares. Além de apoiar o levantamento destas informações, o projeto ainda irá desenvolver ferramentas que permitam incorporar tais valores nas tomadas de decisão.
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Em todo o mundo, o PNUMA usa seu expertise para fortalecer padrões e práticas ambientais nos níveis nacional, regional e global. Um exemplo bem sucedido no Brasil é o trabalho com a Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), com quem o PNUMA já percorreu os 17 estados que abrigam a Mata Atlântica para sensibilizar e fortalecer a capacidade das cidades visando a elaboração de planos de proteção desse bioma tão importante, que beneficia a vida de mais de 70% da população brasileira com serviços ecossistêmicos inestimáveis e fundamentais à saúde pública e à economia.
Experiências como estas mencionadas acima, demonstram que é possível pensar e agir para mudar o nosso relacionamento com a natureza. Esta é uma oportunidade única de trabalhar para a construção de um mundo pós-pandemia, garantindo cada vez mais que haja um equilíbrio entre saúde humana e a saúde do planeta.
*Rafael Zavala é representante da FAO no Brasil
**Denise Hamú é representante da PNUMA no Brasil
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2020/06/05/internas_opiniao,861053/dia-do-meio-ambiente-e-oportunidade-reiniciarmos-relacao-natureza.shtml

Senado aprova auxílio de até R$ 160 milhões para asilos



O Senado aprovou nesta quinta-feira (4), o Projeto de Lei que determina a destinação de até R$ 160 milhões dos cofres da União para auxiliar as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), como casas de repouso e asilos, por exemplo. O auxílio se justifica com base na crise econômica e de saúde pública gerada pela epidemia do novo coronavírus no país. O projeto 1.888/2020 segue para sanção presidencial.

De acordo com o projeto, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) será o responsável pelo rateio do auxílio entre as instituições. A pasta deverá considerar o número de idosos atendidos em cada unidade. O dinheiro utilizado será retirado do Fundo Nacional do Idoso, segundo a Agência Brasil.

Os recursos deverão ser repassados às entidades beneficiadas em até 30 dias, contados a partir da publicação da lei, caso ocorra. Já a relação das instituições beneficiadas deverá ser publicada em até 30 dias da data do crédito em conta-corrente.

Poderão receber o auxílio as instituições sem fins lucrativos inscritas nos Conselhos Municipais da Pessoa Idosa ou nos Conselhos Municipais de Assistência Social. No caso da inexistência desses, as ILPIs devem estar inscritas ou no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa ou nos Conselhos Estaduais ou Nacional de Assistência Social.

As ILPIs devem utilizar o dinheiro previsto na lei para financiar ações de prevenção e de controle da infecção por covid-19 em suas instalações, compra de equipamentos básicos de higiene, compra de medicamentos, de equipamentos de segurança para residentes e funcionários; além de adequação das instalações para isolamento de pacientes suspeitos de portar o novo coronavírus.

“[...] a pandemia de covid-19 afeta estatisticamente mais, e mais gravemente, a população idosa do que a de outras faixas etárias. As instituições de atendimento a idosos podem tornar-se foco de contaminação pela doença, se não tiverem condições de adotar medidas de prevenção”, afirmou o relator do projeto no Senado, José Maranhão (MDB-PB), em seu parecer.

No parecer, Maranhão estima que o valor previsto no projeto equivaleria a R$ 1.333,00 por idoso atendido, considerando que 120 mil idosos são atendidos pelas ILPIs. As instituições deverão prestar contas dos gastos realizados nos respectivos conselhos no qual forem inscritas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249436-senado-aprova-auxilio-de-ate-r-160-milhoes-para-asilos.html

Hospital de campanha na Arena Fonte Nova inicia atendimento a pacientes com coronavírus



O hospital de campanha montado na Arena Fonte Nova, exclusivo para pacientes com coronavírus, iniciará o atendimento nesta sexta-feira (5). A unidade terá 140 leitos clínicos de média complexidade e mais 100 leitos UTI.

“Amanhã [hoje], [o hospital de campanha] passa a funcionar com 20 leitos de UTI e 50 de enfermaria, a fim de responder a demanda que continua crescendo, embora a velocidade de transmissão esteja caindo. Com fé em Deus, não teremos, na Bahia, cenas vistas em outros estados, com pessoas morrendo nas portas dos hospitais ou até dentro de casa. Iremos abrir novos leitos, de acordo com a demanda apresentada pela regulação da Sesab”, afirmou o governador Rui Costa.

O governador ainda fez um alerta. “Soube de relatos de pessoas contaminadas que seguem indo para a rua. Temos unidades de tratamento para receber pessoas com sintomas leves, que desejem permanecer por 14 dias e, assim, reduzir as chances de contaminar outras pessoas. Nós ainda pagamos uma bolsa de R$ 500”, destacou.

Diretora-médica da unidade, Ledívia Sampaio deu detalhes da estrutura montada na Arena Fonte Nova. “Temos todo o material necessário, inclusive equipamentos para diálise e a assistência ventilatória, importantes diferenciais para que esses pacientes consigam recuperar a sua saúde. Temos também uma equipe de excelente formação e em número suficiente para dar uma excelente atenção para o paciente”, explicou. 

Vale lembrar que os pacientes chegarão à unidade encaminhados pela Central Estadual de Regulação.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/24274-hospital-de-campanha-na-arena-fonte-nova-inicia-atendimento-a-pacientes-com-coronavirus.html

Bahia chega a 70% de cidades com transporte suspenso devido à Covid-19



Terão o transporte suspenso a partir deste sábado (6) as cidades de Bonito, na Chapada Diamantina; Formosa do Rio Preto, no extremo oeste; Guaratinga, na Costa do Descobrimento; Ibicuí e Poções, no sudoeste; Ibipitanga, no oeste; Jussara, no Centro Norte; Pé de Serra, na Bacia do Jacuípe e Presidente Tancredo Neves, no Baixo Sul. A medida tem como objetivo conter a disseminação do novo coronavírus no estado.

Com essas nove cidades, o número de município com o serviço interrompido chega a 294, ou 70,5% dos 417 municípios do estado. Desde a primeira hora do sábado não será mais permitida a saída de veículos. Já a chegada só pode ser feita até as 9h. A medida vale para qualquer veículo de transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, seja nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.

RETORNO
No mesmo decreto, publicado nesta sexta-feira (5), o governador Rui Costa autoriza a volta do serviço nas cidades de Apuarema e Itororó, no sudoeste; Caem, no Piemonte da Diamantina; Capela do Alto Alegre, na Bacia do Jacuípe e Laje, no Vale do Jiquiriçá. A justificativa é que nesses municípios não há casos de novo coronavírus nos últimos 14 dias, período considerado para a cura do paciente e, por sua vez, da não transmissão do vírus para outras pessoas. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/21166-bahia-chega-a-70-de-cidades-com-transporte-suspenso-devido-a-covid-19.html

Senado aprova Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc; projeto prevê auxílio de R$ 600 ao setor



Após passar pela Câmara dos Deputados, a Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc foi aprovada no Senado, nesta quinta-feira (4). O PL 1.075/2020, que destina R$ 3 bilhões para o setor cultural durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, depende agora da sanção presidencial.

A lei prevê um auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores da cultura cujas atividades estejam suspensas por causa da pandemia, desde que atendam a uma série de requisitos, aos moldes daqueles exigidos ao profissionais de outras categorias para a concessão do benefício do governo federal.

De autoria da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), o projeto chegou a receber 29 emendas, mas todas foram retiradas pelos senadores para acelerar a tramitação e evitar que retornasse à Câmara. “A emergência é mais importante do que um eventual erro [no texto]. Por isso eu insisto que a Casa tenha essa sensibilidade. A nossa terra é um caleidoscópio de arte e cultura, nas suas várias formas de manifestação”, avaliou o senador Jaques Wagner (PT-BA), relator da matéria.

Apenas uma alteração foi feita no projeto, incluindo contadores de história e professores de capoeira entre os beneficiários. A mudança, entretanto, foi considerada só de redação, já que não aumenta o valor total do repasse federal e não provocaria o retorno à Câmara.

Wagner destacou a importância do auxílio para o setor, que abrange cerca de 5 milhões de profissionais e corresponde a aproximadamente 3% do PIB. O relator ressaltou ainda que a área já vinha enfrentando dificuldades antes mesmo da pandemia, lembrando que Fundo Nacional de Cultura, principal mecanismo de fomento do governo foi reduzido de R$ 344 milhões em aportes em 2010 para R$ 1 milhão em 2019.

Durante a votação, os senadores apelaram também para que o governo federal não vete o projeto, isto porque o presidente Jair Bolsonaro retirou os artistas do rol de beneficiários do auxílio emergencial oferecido aos trabalhadores informais. O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), assegurou que vai trabalhar pela sanção do texto.

De acordo com o PL, os R$ 3 bilhões previstos serão aplicados por governos e prefeituras, por meios dos fundos de cultura. A verba poderá ser aplicada como renda emergencial, subsídio para manutenção de espaços culturais, além de fomento a projetos e linhas de crédito. 

A renda mensal de R$ 600 deve ser pago em três parcelas e poderá ser prorrogado pelo mesmo prazo do auxílio pago aos trabalhadores informais. O recebimento é restrito a dois membros da mesma família e mães solteira recebem duas cotas.

Para ter direito, os trabalhadores devem comprovar a atuação no setor nos últimos dois anos, além de cumprir critérios de renda familiar máxima, não ter emprego formal e não receber o auxílio emergencial do governo federal. A renda também não será concedida a quem tiver benefícios previdenciário ou assistenciais, seguro-desemprego ou valores de programas de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/37887-senado-aprova-lei-de-emergencia-cultural-aldir-blanc-projeto-preve-auxilio-de-r-600-ao-setor.html