Autora: Débora Alves da Silva Santos.
Chegamos a 8ª semana de
isolamento social, e assim também iniciamos o mês de maio, é um mês muito
especial, pois no segundo domingo comemora-se o dia das mães, também é
considerado como mês das noivas. Mas esperávamos tanto chegar a este mês não
apenas pelas suas festividades, mas sim porque foi cogitado para este mês uma recuada
do Corona vírus e assim haveria a possibilidade de acabar com a quarentena em muitas
cidades e estados do Brasil, e até em alguns países que provavelmente iria
retomar a rotina de antes da quarentena, pois é, mas infelizmente essas
probabilidades até então foram frustradas, porque segundo as autoridades
médicas, as pesquisas mostram que o número de casos de pessoas infectados só
aumentam, assim como a alta taxa de mortes no país.
O sistema de saúde em alguns
estados se encontra em colapso, grande número de profissionais da área de saúde
infectados, alguns infelizmente morreram sem terem a oportunidade sequer de
obter um leito no local onde trabalhavam e onde doaram suas vidas, devido a
superlotação dos leitos de UTI, a falta de testes também dificulta o
atendimento, muito triste isso, mais eles são humanos, assim como todos os
demais, e propensos a serem vítimas do vilão mais ameaçador de do século XXI.
Já em outros países que também
tinham pretensões de retornar a vida normal agora em maio, tiveram todas
expectativas de retorno frustradas, alguns lugares prorrogaram para meados ou
final do mês de maio, já outros se estenderam um pouco mais colocando para
julho. Na verdade não se sabe, porque depende de como vão proceder os dias
atuais, como vão estar as estatísticas, como vai ser a manifestação do vírus,
do vilão invisível do desconhecido que tanto assusta a população.
O que realmente acontece é que
a taxa de isolamento a nível Brasil, tem caído muito, possui mais pessoas
circulando pelas ruas do que fora delas, o trafego de trânsito tem aumentado, o
povo já está cansado de tanto está tanto tempo isolado, de tantas alterações
nas suas vidas. Compreensível, já faz quase três meses que parece que estamos
vivendo num filme de ficção cientifica, em que cada amanhecer ao acordarmos nos
questionamos se não foi apenas um pesadelo, contudo no decorrer do dia, ou
melhor, logo ao acordarmos nos damos conta que essa é a verdadeira realidade
que temos vivido nos últimos dias e que o vírus está por aí e que vêm mudando
todo o mundo.

Alterando a imagem
arquitetônica dos grandes centros, onde só tinham olhos para os cartões
postais, agora pode-se se observar cenários muito tristes e desesperadores
como: estádios servindo de hospitais de campanha, cemitérios sendo ampliados,
caminhões com câmeras frias para corpos, um verdadeiro cenário de guerra,
hospitais super lotados, ao sairmos as ruas percebemos pessoas usando o mais
novo acessório, agora de forma obrigatória, as máscaras em diversas cores e
estilos, o mais novo e imprescindível acessório, pois foi comprovado que ela
ajuda a prevenir o contagio do vírus, todos devem usar, podemos perceber
campanhas solicitando o seu uso em alguns lugares, decretando o seu uso como
forma obrigatória, inúmeros decretos sendo criados para que o cidadão possa se
cuidar gerando punições àqueles que não cumprirem as normas.
Alguns lugares reabriram os
comércios, porém os shoppings ainda permanecem fechados na sua grande maioria
pelo pais a fora, o que podemos ver nesses últimos dias são as filas
gigantescas nas unidades autorizadas para o repasse do auxilio emergencial do
governo federal, isso espalhado por todo o pais, essa é a forma de ajudar as
classes menos favorecidas e que diante de um momento tão difícil que estamos
passando essas pessoas não tem como manter seu próprio sustento nem das suas
famílias, pois devido ao isolamento social, esses trabalhadores ambulantes,
diaristas e alguns usuários do bolsa família ou inserido em algum outro projeto
do governo que não tem como trabalhar, devido a pandemia. Direito esse do trabalhador, povo sofrido que luta para ganhar a vida de forma honesta, e
contribuindo com tantos tributos, os impostos exorbitantes, que giram a máquina
pública, num momento emergencial como este no qual estamos vivendo.

Podemos observar e analisar
sobre a nossa existência, que muitas vezes nos definimos por uma maquiagem, a
cor do batom, as joias que podemos ter, o quanto essas coisas são fundamentais
para nossa vida, entretanto apenas parece que esses objetos podem nos definir,
pois sem eles nos levam a questionamentos como quem sou, não sou eu, perdemos
características da nossa personalidade, pois é, diante do cenário que estamos
passando o que importa é se proteger e proteger o outro, então se abriu mão de
mostrar a cor do batom, a maquiagem detalhada que pode revelar quem alguns
traços da personalidade feminina, e sem falar nos acessórios, as joias que
muitos fazem o impossível para adquirir as melhores marcas e as mais estilosas
ou até mesmos as bijuterias que alimentam o espirito de vaidade, o ego ao ver
alguém olhando e ao receber elogios.
Tudo isso muito importante na
vida de uma mulher, faz parte da vaidade feminina, do bem estar e da auto
estima, assim como cuidar do cabelo e da pele, mas o que se pode refletir
durante esse período em que os médicos solicitam não usem anéis, pulseiras,
relógios, pois isso atrapalha na adequada higienização das mãos e que fica mais
fácil do vírus se estabelecer nesses acessórias, as mascaras conseguiu esconder
as cores dos batons, mas essa reflexão serve apenas para analisarmos que nada
disto pode nos definir, somos quem somos, com ou sem acessórios, com ou sem
maquiagem ou batom, nada disso importa, podemos viver sem eles não somos
eternos escravos da beleza, mas os usamos porque nos sentimos bem, levanta mais
a auto estima, mas com ou sem eles somos seres muito importante e belas,
deve-se buscar a beleza interior de cada um e valorizar isso.

A beleza exterior é importante,
claro que sim, porém não é tudo, cada um tem o seu jeito de se vestir, de
andar, suas escolhas de roupas, sapatos, cabelos, gordinho, magrinho, não
importa somos todos importantes, somos seres lindos e devemos ser livres para
nos sentimos bem com nós mesmos, para que nada disso possa nos definir quem
somos, pois ao estamos com maquiagem ou sem ao estarmos bem vestidos ou não tão
bem assim, com batom ou sem, mas nos sentimos completos, realizadas e satisfeitas
como somos, sem necessidade de nos escondermos por traz desses detalhes para
mostrar quem somos e o que temos, buscarmos ser feliz e o pleno amor próprio, a
relação perfeita consigo mesmo.
Isso será apenas por um tempo
depois tudo se normalizará e sei o quanto isso é desejável por todos, sim mais
enquanto isso não pode acontecer vai depender de cada um de nós para mudar esse
cenário, buscado respeitar as normas estabelecidas, cuidando de si e do outro,
as máscaras por um tempo vai esconder nossos sorrisos, mas não poderá esconder
um gesto de solidariedade, de respeito e carinho ao próximo, pois sorrimos com
o olhar também, continuemos perseverante com as expectativas dos próximos
capítulos, que sejam melhorais que os atuais.

O
brasileiro tem que ser muito guerreiro mesmo, porque diante de um cenário
caótico de crise na saúde, devido um vírus mortífero, ainda temos de lidar com
as brigas políticas, que nosso país passa, é vamos continuar guerreando, e
aguardar todo esse cenário mude e que tudo o que estamos vivendo tenha mudado a
atitude de agir de muita gente, que tenhamos refletido em todos os aspectos da
nossa vida, e sobre todas a nossas escolhas em vários âmbitos, não sonhemos
tanto, a ponto de chega ser uma utopia que ao voltarmos a vida social de sempre
teremos um mundo melhor, não, basta nos tornamos mais sensibilizados e
conscientes diante de muitos fatos e assim buscarmos cada qual fazer sempre a
sua parte, e buscar sermos pessoas melhores sempre.
Seguimos no
proposito que tudo isso realmente finalize e cheios de expectativas para
ouvirmos as novas e boas notícias como a que poderemos voltar as nossa vidas
normais, ao convívio social, a receber e dar abraços, beijos, o toque afetivo,
as festas, as reuniões com os amigos, coisas simples do dia a dia que hoje
tantos nos faz falta, então lhe convido a continuar na luta para combater esse
vírus que tirou a paz mundial, e refletir o que queremos o que realmente
devemos fazer, o que precisamos fazer quando terminar esse isolamento social? E
Quem será a primeira pessoa que vamos querer abraçar, tocar e que está na sua
companhia, e que está distante agora?
Imagens: Sindicatos
dos Bancários, Istoé, Youtube, Superinteressante, Jornal da cidade online.