O rio São Francisco vai ganhar uma nova hidrovia para transporte de cargas, ligando Pirapora, em Minas Gerais, ao Nordeste, chegando a Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco. O projeto, apresentado pelo governo federal na última sexta-feira (13), prevê utilizar 1.371 quilômetros navegáveis, com estimativa de movimentar cinco milhões de toneladas.
Entre as cargas previstas estão insumos agrícolas, calcário, grãos, bebidas, minério, gesso, gipsita e sal. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a hidrovia será estratégica para o desenvolvimento da região. Ele informou que, ainda em junho, vai assinar a delegação das obras para a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), que ficará responsável pela condução do projeto. Na sequência, serão realizados os estudos técnicos necessários.
O trajeto do Velho Chico corta o Distrito Federal, Goiás, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, impactando diretamente 505 municípios e mais de 11,4 milhões de pessoas.
O projeto foi dividido em três etapas. Na primeira, as operações se concentram em um trecho de 604 quilômetros entre Juazeiro, Petrolina, Sobradinho e Ibotirama, na Bahia. As cargas poderão ser escoadas por rodovias até o Porto de Aratu-Candeias, na Baía de Todos-os-Santos. A segunda etapa abrange 172 quilômetros entre Ibotirama, Bom Jesus da Lapa e Cariacá, também na Bahia, com conexão ferroviária até os portos de Ilhéus e Aratu-Candeias. Na terceira fase, a hidrovia se estende até Pirapora, em Minas Gerais, com mais 670 quilômetros de navegação.
O governo federal também confirmou que outras ações estão previstas para ampliar a navegabilidade nas hidrovias brasileiras, incluindo dragagens no rio São Francisco e no Tapajós, além da manutenção das hidrovias dos rios Madeira, Parnaíba e Paraguai.
Atualmente, o Brasil possui 12 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, com potencial para chegar a 42 mil quilômetros, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos.
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/45686-rio-sao-francisco-tera-nova-hidrovia-ligando-o-sudeste-ao-nordeste-com-impacto-direto-na-bahia
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