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domingo, 18 de junho de 2023

Cidades do Rio Grande do Sul afetadas por ciclone buscam contato com ilhados; 11 já morreram

A passagem de um ciclone extratropical pelo litoral do Rio Grande do Sul deixou mortos, desaparecidos e centenas de famílias desabrigadas, sem comunicação em áreas vulneráveis.


Até a tarde deste sábado (17), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul registrou 11 pessoas mortas, 20 desaparecidas, 2.330 desabrigadas e 602 desalojadas. De acordo com a corporação, 41 municípios foram afetados.
 

O ciclone provocou chuva ininterrupta e diversos estragos desde a noite de quinta-feira (15) no estado, sobretudo na região leste -que abrange, além do litoral, parte da serra gaúcha, a região dos vales e a região metropolitana de Porto Alegre.


As mortes já confirmadas ocorreram em Maquiné (3), São Leopoldo (2), Novo Hamburgo, Caraá, Bom Princípio, São Sebastião do Caí, Esteio e Gravataí
 

Em Maquiné (a 129 km de Porto Alegre), três pessoas morreram soterradas, todas da mesma família. O município do litoral norte do estado está com acessos terrestres bloqueados por conta dos deslizamentos causados pelas chuvas. Em Barra do Ouro, distrito do município cercado de rios e montanhas, há cerca de 450 pessoas ilhadas.


"A gente não tem notícias. Perdemos pontes, acessos, tem muitos rios na parte alta da cidade. Não temos noção exata da quantidade de famílias desalojadas", afirma Eliane Pioner, secretária de Assistência Social de Maquiné.
 

Sem acesso por terra, a Prefeitura de Maquiné tem enviado um helicóptero para transportar insulina e remédios para cardíacos e hipertensos, além de combustível para as construções que possuem gerador. Para o domingo (18) está programada uma nova ida do helicóptero à região para levar roupas e donativos.


"Até a sede do distrito maior a gente consegue ir com veículo pequeno. Mas para o interior dos vales, não. São pontes interrompidas, bueiros abertos, estradas danificadas", diz Luciano de Almeida Alves, secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente do município.
 

Em Caraá (a 92 km de Porto Alegre), uma pessoa morreu, 18 estão desaparecidas e 300 estão desabrigadas, de acordo com a prefeitura. Cerca de 50 casas foram destruídas pela chuva e o principal acesso ao município foi danificado após a queda de uma ponte. A comunicação por lá é difícil: o fornecimento de energia foi prejudicado e os sinais de celular e internet são oscilantes.
 

"Amanhã, na primeira hora do dia, vamos recuperar o acesso secundário e construir uma ponte de madeira", diz o prefeito de Caraá, Magdiel Silva (PSDB).
 

"As equipes de resgate estão trabalhando arduamente desde ontem para socorrer quem estava em situação de risco. Montamos um abrigo comunitário em frente à prefeitura, onde acolhemos pessoas desabrigadas e distribuímos comida, roupas, remédios. Mais de 200 voluntários trabalham na cidade", declarou o prefeito.


Na sexta-feira (16), um homem e um cão de estimação que estavam ilhados no município de Lindolfo Collor foram resgatados de helicópteros pela Brigada Militar.
 

A CEEE-Equatorial, uma das empresas responsáveis pelo fornecimento de energia no estado, contabilizou, até a tarde de sábado (17), 75 mil clientes sem energia, "impactados principalmente pela dificuldade ocasionada pelas intempéries, como queda de árvores, inundações e outros aspectos", diz, em nota.
 

As regiões mais afetadas são a metropolitana, com 60 mil consumidores sem energia, e o litoral norte, com outros 15 mil. Desde o começo do ciclone extratropical 347 mil consumidores tiveram o fornecimento de energia normalizado.
 

O governo do Rio Grande do Sul divulgou nas redes sociais uma campanha de doação de roupas, agasalhos, itens de higiene e alimentos. Quartéis da Brigada Militar, prefeituras, sedes de secretarias, supermercados e agências do Banco do Brasil são pontos de doação.


No Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade às vítimas. O governador Eduardo Leite (PSDB) esteve em Caraá, na manhã deste sábado (17), junto com os ministros Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Social) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
 

No Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, 81 soldados formados última sexta (16) foram deslocados para reforçar as equipes de salvamento que trabalham nos municípios atingidos. Ao todo, 440 bombeiros formam o efetivo que atua exclusivamente no resgate às vítimas do ciclone. Segundo a corporação, 2.420 pessoas foram resgatadas.
 

Enquanto auxilia no resgate aos desabrigados, Alves, secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente de Maquiné, também pensa no impacto econômico da passagem do ciclone. Maquiné, segundo ele, é o maior produtor de hortigranjeiros do Rio Grande do Sul.
 

"Metade das hortaliças vendidas no Ceasa (Centrais de Abastecimento) de Porto Alegre saem de Maquiné. A produção das hortaliças para o plantio de inverno foi perdida em praticamente 100% com a inundação do rio das Várzeas. Esta é uma época onde já há cultura", afirma Alves.
 

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê tempo nublado na região afetada, mas não há alertas sobre novas chuvas.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/230416-cidades-do-rio-grande-do-sul-afetadas-por-ciclone-buscam-contato-com-ilhados-11-ja-morreram

quarta-feira, 1 de março de 2023

Governador da Bahia repudia xenofobia de vereador gaúcho contra baianos e acusa apologia à escravidão

O governador Jerônimo Rodrigues repudiou, nesta terça-feira (28), a fala em plenário de um vereador gaúcho com ataques ao povo da Bahia, fazendo uso de xenofobia e apologia à escravidão. Numa postagem nas redes sociais, o líder estadual classificou de desumano, vergonhoso e inadmissível o comentário do político, acusado de racismo por diversos internautas.

Leia o pronunciamento na íntegra:

“Hoje, um vereador do Rio Grande do Sul, além defender o trabalho escravo nas vinícolas do estado, ainda foi xenofóbico com baianas e baianos. Eu repudio veementemente a apologia à escravidão e não permitirei que se refiram à nossa gente com preconceito. (+) 

É desumano, vergonhoso e inadmissível ver que há brasileiros capazes de defender a crueldade humana. Determinei, portanto, a adoção de medidas cabíveis para que o vereador seja responsabilizado pela sua fala.

Enquanto eu for governador, atos e falas que desrespeitem o nosso povo não serão permitidas. O @governodabahia seguirá enfrentando o trabalho escravo e combatendo toda forma de violência e discriminação.”

Entenda o caso
O vereador Sandro Fantinel (Patriota) de Caxias do Sul (RS) questionou, durante uma sessão nesta terça, as condições de trabalho escravo em que foram encontrados 207 trabalhadores em vinícolas na Serra Gaúcha, na sexta passada. A polícia confirmou que a grande maioria deles veio de cidades da Bahia.

Na fala, Fantinel culpa os empregados pelas condições em que foram encontrados. “Um agricultor me ligou e pediu para eu ver um alojamento onde ficam os trabalhadores temporários e não dava para entrar do fedor de urina, da imundície que eles deixaram em uma semana. E a culpa é de quem? O patrão vai ter que pagar o empregado para fazer limpeza para os bonitos? Temos que botar eles em um hotel cinco estrelas para não termos problema com o Ministério do Trabalho?”, questionou, antes de citar os baianos.

Em seguida, se dirigindo às empresas agrícolas e aos agricultores gaúchos, conclamou que “não contratem mais aquela gente lá de cima”, se referindo aos baianos.

Ele ainda comparou os baianos aos argentinos, com comentários ainda mais preconceituosos e racistas. “Nunca tivemos problema com um grupo de argentinos. Agora com os baianos, que a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor, era normal que se fosse ter esse tipo de problema. E que isso sirva de lição. Que vocês deixem de lado esse povo que está acostumado com Carnaval e festa”, sugerindo a contratação dos argentinos, segundo ele, por serem “limpos, trabalhadores, corretos e quando vão embora ainda agradecem pelo trabalho”.

No final, Fantinel ainda questiona a condição de escravidão que foi denunciada, mencionando que quatro trabalhadores que estavam no local não queriam ir embora.

Foto: Divulgação. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.
Fonte: https://aloalobahia.com/notas/governador-da-bahia-repudia-xenofobia-de-vereador-gaucho-contra-baianos-e-acusa-apologia-a-escravidao 

quarta-feira, 1 de julho de 2020

O que é o 'ciclone bomba' que está causando estragos no Sul do Brasil

Chuvas torrenciais, queda drástica nas temperaturas, ventos de mais de 100 km/h e até neve. Um ciclone extratropical, fenômeno também chamado de "ciclone bomba", vai mudar o clima nas regiões Sul e Sudeste do Brasil nos próximos dias.
Principalmente nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o fenômeno já está sendo sentido com mais força e provocando estragos, a previsão é de quedas abruptas nas temperaturas, com possibilidade até mesmo de causar neve no Sul e geada no Sudeste.
No Sudeste, porém, os efeitos serão menores. O ciclone deve apenas tangenciar o Estado de São Paulo em sua passagem pela região. Ainda assim, a previsão do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) é que as temperaturas na capital paulista chegue a 8º C entre a noite de quinta e a madrugada de sexta-feira.
Em cidades como Florianópolis e Balneário Camboriu, em Santa Catarina, a passagem do fenômeno deixou um rastro de destruição.
Nas redes sociais, dezenas de usuários registraram em vídeo momentos de pânico com a forte ventania e a chuva intensa.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53244475