Mostrando postagens com marcador índios. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador índios. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Dia do Índio: saiba as curiosidades dessa data!

No dia 19 de abril é celebrado o Dia do Índio, uma data de homenagem e valorização da cultura indígena. Momento ideal para a reflexão sobre a história dos nativos brasileiros, que influenciaram muito na formação do país. Por isso, separamos algumas curiosidades sobre a data!

O Dia do Índio é celebrado em todo continente americano no dia 19 de abril, data que marcou o 1º Congresso Indigenista Intramericano em 1940, que tinha o objetivo de debater a preservação da cultura indígena. No Brasil, a data foi estipulada por Getúlio Vargas em 1943, com o objetivo de celebrar e incluir atividades educacionais sobre o tema. Atualmente, é tradicional que as escolas realizem atividades e estimulem que os alunos conheçam ainda mais sobre os costumes e histórias.

Hoje a população indígena brasileira conta com cerca de 350 mil índios, de acordo com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e ainda há tribos que se mantém sem a influência e contato direto com a civilização. Apesar da população diminuir ao longo dos séculos, os indígenas contribuíram com diversos costumes brasileiros, desde as lendas que formam o folclore brasileiro, até com objetos do dia a dia (como o costume de descansar em redes) e o uso de palavras como nome de ruas, estradas e cidades. Na culinária, temos a origem de do tacacá, tucupi, canjica, moqueca, paçoca, tapioca, entre muitos outros pratos!

Dessa forma, nessa data é cada vez mais importante que além das atividades de celebração, com fantasias, músicas e pinturas, também possamos conhecer um pouco mais sobre as tradições indígenas e estimular a reflexão de diferentes culturas e costume, para valorização da nossa história e formação!

Fonte: https://riclan.com.br/dia-do-indio-saiba-as-curiosidades-dessa-data/

domingo, 19 de julho de 2020

Cacique Raoni é levado para UTI após agravamento de anemia e problemas renais



Uma das principais lideranças indígenas no Brasil, o cacique Raoni Metuktire, de 89 anos, está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de Sinop, no estado do Mato Grosso, para onde foi transferido de avião neste sábado (18). O líder da etnia Kayapó já estava internado em um hospital na cidade de Colíder, distante 684 de Cuiabá. 

Segundo o boletim médico divulgado neste sábado, Raoni está acordado, mas se alimenta com dificuldade e se queixa de fraqueza. A piora do seu quadro é devido ao agravamento de uma anemia e problemas renais. 


Em junho, o líder indígena perdeu a esposa, Bekwyjkà Metuktire, e, desde então, tem apresentado um quadro depressivo. O cacique vive no Parque Nacional do Xingu, em São José do Xingu, a 931 km de Cuiabá.


“Raoni foi transferido para Sinop (MT), onde vai fazer novos exames. Estou muito preocupado com meu tio. Vamos fazer tudo para ele ficar bom”, disse ao Estadão o intérprete de Raoni, seu sobrinho Megaron Txucarramãe.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250873-cacique-raoni-e-levado-para-uti-apos-agravamento-de-anemia-e-problemas-renais.html

terça-feira, 5 de maio de 2020

Nº de indígenas mortos por Covid-19 pode ser 4 quatro vezes maior que divulgado



A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) declarou que 27 indígenas já morreram por Covid-19 no país. O governo brasileiro só confirma sete dessas mortes, o que tem gerado críticas pela suposta subnotificação. 

De acordo com o jornal O Globo, a Apib criou um comitê nacional de monitoramento do coronavírus para sistematizar os números de casos suspeitos, de pessoas diagnosticadas e de óbitos entre indígenas. 

A coordenadora executiva da Apib, Sonia Guajajara, explica que muitos indígenas vivendo em áreas urbanas são contabilizados erroneamente como pardos: “Nossas estatísticas vêm direto da fonte primária, as famílias. O que para o governo é um número, para nós é um parente, uma pessoa com história de vida. Não é porque o jovem foi para a cidade cursar faculdade, por exemplo, que deixou de ser indígena”.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/247893-n-de-indigenas-mortos-por-covid-19-pode-ser-4-quatro-vezes-maior-que-divulgado.html

domingo, 19 de abril de 2020

Dia do Índio: 5 livros e 6 curiosidades para você ficar por dentro da história indígena

Criada na época de Getúlio Vargas, data tem o objetivo de lembrar a importância da cultura indígena na formação do povo brasileiro

Desde o governo de Getúlio Vargas, em 1943, celebra-se o Dia do Índio em 19 de abril. Para além da comemoração, a data tem o objetivo de lembrar a importância da cultura indígena no Brasil e reforçar que os índios ainda lutam pela preservação de seu espaço e tradições. Atualmente, o país reúne pelo menos 70 tribos, com diferentes idiomas e costumes, que influenciam na cultura brasileira até hoje.
Por isso, selecionamos seis curiosidades dos povos indígenas, com base também de um artigo do Museu do Índio. Que tal também se aprofundar no assunto? Fizemos uma lista com cinco livros que descrevem e explicam melhor o tema.
  1. Os índios têm idioma próprio, o que significa que a língua de origem deles não é o português.
  2. Alguns grupos indígenas nunca entraram em contato com o meio urbano e se mantêm isolados em suas tribos.
  3. A maioria dos grupos vive na Amazônia.
  4. O Pajé é como um líder de uma aldeira, é quem faz os rituais e transmite as tradições dos antepassados às crianças.
  5. As estatísticas registram que cerca de 1 milhão de indígenas entre mais de 250 etnias diferentes ocupam 13,8% da nossa extensão territorial.
  6. Os índios constroem as próprias canoas para conseguir pescar nos rios.
Veja a lista de livros e fique por dentro do assunto indígena!

Os índios e a civilização, de Darcy Ribeiro

Os índios e a civilização é fruto de observações de campo feitas pelo autor por dez anos, quando ele era etnólogo do antigo Serviço de Proteção aos Índios, além de pesquisa bibliográfica e de entrevistas com funcionários, missionários e indigenistas. Valendo-se do conceito de transfiguração étnica, Darcy Ribeiro recusa as explicações correntes baseadas nas noções de assimilação ou aculturação. 

Os fuzis e as flechas, de Rubens Valente

Os fuzis e as flechas é uma investigação jornalística que descreve centenas de mortes de indígenas durante a ditadura militar no Brasil. Durante um ano, o autor entrevistou 80 pessoas, entre índios, sertanistas, missionários e indigenistas, percorreu 14 mil quilômetros de carro, esteve em dez estados e dez aldeias indígenas do Amazonas, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Amazônia indígena, de Márcio Souza

Conheça a fundo a história e a situação atual da Amazônia e dos índios que vivem na região. Com mais de 40 anos de dedicação à cultura amazonense, Márcio Souza encarregou-se da tarefa monumental de reunir a mais recente pesquisa sobre a Amazônia e os índios da região, derrubando falsas ideias construídas por décadas de desinformação.

Xingu: Os índios, seus mitos, de Orlando e Cláudio Villa Boas

Escrito pelos irmãos Villas-Boas, importantes sertanistas do Brasil, este é o principal livro sobre Xingu, povo indígena que vive próximo ao Rio Xingu, no Mato Grosso. É fundamental lê-lo para entender melhor a história indígena no país.

Yanomami, de Claudia Andujar

Neste livro, a fotógrafa Claudia Andujar reúne imagens do trabalho dedicado aos Yanomami. Ela registrou o povo pela primeira vez em 1971 e depois a fotógrafa retornou diversas vezes ao local, para acompanhar a rotina do grupo.
 Ver livros
 
Fonte: https://blog.estantevirtual.com.br/2019/04/17/livros-dia-do-indio/

domingo, 19 de abril de 2015

Hoje é dia dos Índios

A presença dos índios no território brasileiro é muito anterior ao processo de ocupação estabelecido pelos exploradores europeus que aportaram em nossas terras. Segundo os dados presentes em algumas estimativas, a população indígena brasileira variava entre três e cinco milhões de habitantes. Entre essa vasta população, observamos o desenvolvimento de civilizações heterogêneas entre as quais podemos citar os xavantes, caraíbas, tupis, jês e guaranis.

Geralmente, o acesso às informações sobre essas populações são bastante restritas. A falta de fontes escritas e o próprio processo de dizimação dessas culturas acabaram limitando as possibilidades de estudo das mesmas. Em geral, o maior contato desenvolvido entre índios e europeus aconteceu nas faixas litorâneas do nosso território, onde predominam os povos indígenas pertencentes ao grupo tupi-guarani. Apesar das várias generalizações, relatos do século XVI esclarecem alguns hábitos desse povo.

De acordo com esses registros, os povos tupi-guarani organizavam aldeias que variavam entre os seus 500 e 750 habitantes. A presença da aldeia era temporária e todo o seu contingente era dividido entre seis a dez casas, sendo que cada uma delas poderia variar de tamanho e comprimento de acordo com as necessidades materiais e culturais de cada aldeia. Para buscarem sustento, os tupis desenvolveram a exploração da coleta, da caça, da pesca e, em alguns casos, das atividades agrícolas.

Sob o ponto de vista político, essas comunidades não contavam com nenhum tipo de organização estatal ou hierarquia política que pudesse distinguir seus integrantes. Apesar disso, não podemos ignorar que alguns guerreiros e chefes espirituais eram valorizados pelas habilidades que detinham. Muitas vezes, diferentes tribos mantinham contato entre si em busca da manutenção de alguns laços culturais ou em razão da proximidade da língua falada.

A realização das tarefas cotidianas poderia variar segundo o gênero e a idade de cada um dos integrantes da aldeia. Em suma, as mulheres tinham a obrigação de desenvolver as atividades agrícolas, fabricar peças artesanais, processar os alimentos e cuidar dos menores. Já os homens deveriam realizar o preparo das terras e as atividades de caça e pesca. Tendo outro modelo de organização familiar, os índios organizavam casamentos e, em algumas situações, a poligamia era aceita.

No campo religioso, alguns desses povos acreditavam na existência dos espíritos, na reencarnação dos seus antepassados e na compreensão dos fenômenos naturais como divindades. Em diversas situações, esse corolário de crenças era fonte de explicação para a origem do mundo ou a ocorrência de algum evento significativo. Em alguns casos, os índios praticavam a antropofagia como um importante ritual em que os guerreiros da tribo absorviam a força e as habilidades dos inimigos capturados.

Historicamente, a situação dos índios variou entre quadros de completo abandono, perseguição e miséria. Até meados da segunda metade do século XX, alguns especialistas no assunto acreditavam que a presença dos índios chegaria a um fim. Contudo, estipulados em uma população de aproximadamente um milhão de indivíduos, os indígenas hoje buscam o reconhecimento de seus diretos pelo Estado e ainda sofrem grandes obstáculos no exercício de sua autonomia.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/historiab/indios-brasil.htm