O Senado aprovou, na manhã desta quinta-feira (12), a
abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Entre os senadores presentes, 55 foram favoráveis ao relatório de
Antônio Anastasia (PSDB-MG), que pedia o afastamento da chefe do
Executivo e sua investigação pela suposta prática de crimes de
responsabilidade.
Outros 22 foram contrários ao impeachment, enquanto o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se absteve para manter
“isenção” e “neutralidade” no comando do processo. A sessão de votação
da admissibilidade do processo foi iniciada por volta das 10h desta
quarta (11) e atravessou a madrugada para que 71 senadores pudessem
discursar, por 15 minutos, sobre o caso. Por volta das 3h, os discursos
pró-impeachment já somavam número suficiente para indicar que a
presidente seria afastada, apesar da votação só ter sido concretizada
por volta das 6h30.
A discussão foi encerrada às 5h45, quando Anastasia
teve o direito de defender mais uma vez seu parecer. Logo depois, o
ainda Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo fez a última defesa
da presidente antes da votação. Dilma deve ser notificada ainda na manhã
desta quinta sobre a decisão, a partir de quando será afastada do cargo
por 180 dias para que ocorra a investigação. Durante o período, o
vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumirá interinamente a
Presidência.
Os ministros atuais decidiram nesta quarta (11) que
pediriam demissão em massa – com exceção do presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, e do ministro interino dos Esportes, Ricardo Leyser,
que acompanha a realização da Olimpíada. Temer já anunciou que os novos
ministros devem tomar posse ainda nesta quinta, por meio de uma edição
extra do Diário Oficial da União.
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/190374-senado-aprova-abertura-de-processo-de-impeachment-de-dilma-rousseff.html
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