Depois
de ter sua suposta declaração de amor ao doleiro preso na Operação Lava
Jato, Alberto Youssef, interceptada pela Polícia Federal e divulgada neste sábado (26) pela revista Época,
o deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA) pode ser pressionado a abrir
mão do mandato para não prejudicar a imagem do recém-nascido
Solidariedade às vésperas de sua primeira eleição. Na troca de mensagens
eletrônicas – realizada às 8h33 do dia 28 de fevereiro deste ano, de
acordo com a publicação – o parlamentar diz ter “um carinho muito
especial” pelo suspeito de chefiar um esquema que movimentou R$ 10
bilhões em lavagem de dinheiro. “Queria ter falado isso ontem. Acabei
não falando. Te amo”, diz o legislador ao interlocutor, que responde,
recíproco: “Eu amo você também.

"Muito triste e decepcionado" com a situação – conforme o presidente do Solidariedade na Bahia, o também legislador federal Marcos Medrado – Argolo está confinado, há duas semanas, em seu sítio na cidade de Entre Rios, nordeste do estado. Questionado
sobre a possível aplicação de sanção e a eventual renúncia do
congressista, o dirigente da sigla afirmou que “não pode manifestar
nenhum posicionamento antes da conclusão das investigações”. Em
entrevista ao site, Medrado definiu a veiculação do afetuoso diálogo
entre o parlamentar e o doleiro como “uma perversidade da Polícia
Federal e da revista Época” e limitou-se a defender a masculinidade do
correligionário. “Argôlo é casado, tem filhos, vem de uma família
decente. É sujeito homem. Não tenho nenhuma dúvida sobre sua
sexualidade”, atestou. Na última quarta-feira (23), o
líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, protocolou na Mesa Diretora da
Casa um requerimento para que sejam apuradas as denúncias que relacionam
o deputado do SDD a Youssef. Se for enviado à corregedoria, o caso deve
gerar um inquérito prévio, com posterior apresentação de parecer que
pode sugerir advertência, suspensão ou cassação do parlamentar. Caso
perca compulsoriamente o mandato ou opte por abandonar o Legislativo, o
congressista deixará a vaga para seu suplente, o ex-pugilista Acelino
Popó Freitas (PRB).
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/153782-papo-romantico-com-doleiro-pode-gerar-renuncia-de-argolo-ele-e-sujeito-homem-diz-chefe-do-sdd.html
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