Imagem: keepcalmtochegando.blogspot.com
Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
publicadas nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial da União proíbiram a
venda de 20 lotes de suplemento proteico para atletas. Ao todo, 25
marcas foram avaliadas após o recebimento de denúncias de
irregularidades na quantidade de carboidrato e proteína declarada no
rótulo.
Nos 20 lotes suspensos, ficou comprovado que a composição real dos
produtos é diferente daquela informada na rotulagem, o que caracteriza
fraude contra o consumidor e prática desleal de comércio. Foi constatada
ainda a ausência da informação de que os produtos contêm soja. Isso
pode implicar em risco à saúde de consumidores com alergia ao alimento.
A legislação brasileira tolera uma variação de cerca de 20% nas
quantidades de nutrientes declaradas no rótulo. Dos 20 produtos com
problemas na composição, 19 apresentaram valores de carboidratos
superiores aos declarados e um deles tem menos carboidratos do que a
quantidade informada na tabela nutricional.
Os três produtos que tiveram maiores variações para o ensaio de
carboidratos foram: Whey NO2 Pro – Pro Corps (aroma milho), para o qual
foram detectadas 17,66g de carboidratos na porção, o que representa
1.104% a mais do que o valor de 1,6g divulgado no rótulo; Fisio Whey
Concentrado NO2, que apresentou 9,5g de carboidrato na porção, ou seja,
869% a mais do que o valor de 0,98g informado pelo fabricante; 100%
Ultra Whey – Ultratech Supplements, onde foram detectadas 25,51g de
carboidratos na porção (750% a mais do que o valor de 3g escrito na
rotulagem).
Para 11 produtos, verificou-se a ausência de declaração de
ingredientes como amido, milho, soja e ou fécula de mandioca. A
legislação determina a obrigatoriedade de informar na embalagem todos os
ingredientes contidos no produto, o que deve ser feito em ordem
decrescente da respectiva proporção.
Para o ensaio de proteínas, sete produtos apresentaram composição
divergente, em mais de 20%, do valor declarado na rotulagem. O produto
Whey NO2 Pro – Pro Corps (aroma milho), que também obteve o pior
resultado para o ensaio de carboidratos, apresentou a maior variação
para o ensaio de proteínas: 245% a menos do que o valor de 25g declarado
na rotulagem.
As empresas fabricantes, segundo a agência, serão autuadas pelas
autoridades sanitárias e podem sofrer advertência, apreensão e
inutilização, interdição e/ou multa, que pode variar de R$ 2 mil a R$
1,5 milhão.
Fonte: Agência Brasil
http://www.radiosociedadeam.com.br/portal/noticia.aspx?nid=139112
Nenhum comentário:
Postar um comentário