O meteorito marciano que veio parar na Terra - Carl Agee/Universidade do Novo México/AP
Cientistas estão empolgados com um meteorito marciano com cor de
carvão que caiu no deserto do Saara. Um ano de análises revelou que a
pedra é diferente de outros meteoritos de Marte.
Além de ser mais antiga, a rocha contém mais água. Com o tamanho de
uma bola de beisebol e 2 bilhões de anos, o meteorito é muito similar a
rochas vulcânicas analisadas pelos jipes Spirit e Opportunity na
superfície de Marte.
“Aqui temos um pedaço de Marte que posso segurar em minhas mãos”,
disse Carl Agee, da Universidade do Novo México, nos EUA, e autor do
estudo publicado na revista “Science”.
A maior parte das pedras que caem do espaço na Terra como meteoritos
vêm do cinturão de asteroides, mas alguns têm origem na Lua ou em Marte.
Cientistas creem que um asteroide ou algum outro objeto grande
colidiu com Marte, deslocando rochas e mandando-as para o espaço. De vez
em quando, algumas caem na atmosfera terrestre.
Fora o envio de naves ou astronautas ao planeta vermelho para trazer
pedras para cá, os meteoritos são a melhor forma de os cientistas
entenderem como o vizinho da Terra se transformou em um deserto gelado.
Cerca de 65 rochas marcianas já foram recolhidas na Terra, a maioria
na Antártida ou no Saara. As mais antigas datam de 4,5 bilhões de anos
atrás, quando Marte era mais úmido e quente.
Meia dúzia de meteoritos marcianos têm 1,3 bilhão de anos e os demais têm 600 milhões de anos ou menos.
Esse último meteorito, que recebeu o apelido de “Beleza Negra”, foi
doado à Universidade do Novo México por um americano que o comprou de um
vendedor marroquino no ano passado.
Os pesquisadores realizaram uma bateria de testes no meteorito e, com
base em sua assinatura química, confirmaram que ele veio de Marte e se
formou numa erupção vulcânica, além de ter sido alterado pela ação da
água.
Fonte: http://www.agorams.com.br/jornal/2013/01/cientistas-acham-meteorito-marciano-com-mais-de-2-bilhoes-de-anos/
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