
A trajetória de nove meses à espera de um bebê aspira cuidados que vão
garantir a saúde da mãe e da criança durante muito tempo. Manter uma
alimentação saudável ao longo da gravidez é um importante recurso para
dar maior segurança não só na hora de dar a luz, mas, principalmente, na
recuperação do parto e na produção de leite materno.
Veja essa
lista com nove alimentos, cada um recomendado para cada mês da gestação.
Para Gabriela Gasperini, nutricionista do Centro de Incentivo à
Nutrição e Qualidade de Vida, é um mito antigo dizer que a “grávida come
por dois”, e que precisa ser quebrado o mais rápido possível. “A
alimentação da mulher grávida deve ser igual à de uma mulher adulta
normal, porém, existe a necessidade de se balancear os nutrientes, assim
como de se preocupar com o aporte energético nesta fase da vida”, diz a
nutricionista.
Veja abaixo a lista de alimentos das futuras mamães, de acordo com cada mês:
1o mês – Brócolis
O
brócolis é um alimento rico em ácido fólico (vitamina do complexo B),
presente em outras folhas verde-escuras, como a couve-manteiga e o
espinafre, e também no aspargo, nas frutas cítricas e na gema de ovo. Um
dos alimentos com maior concentração de água, o brócolis oferece uma
boa dose de antioxidantes, fibras, cálcio e vitaminas. A mulher precisa
duplicar o consumo de ácido fólico a partir das primeiras semanas de
gestação, pois a propriedade ajuda nas primeiras formações do corpo do
bebê.
2o mês – Banana
Rica em carboidratos, a banana
contém vitamina B6, que, se ingerida no início da gravidez, auxilia na
formação do feto e ainda diminui os enjoos. A vitamina B6 que a fruta
possui também pode ser encontrada em diversos alimentos, como legumes,
peixes e carnes magras.
3o mês – Iogurte
Além de ser um
santo remédio para aumentar a imunidade da mãe e do bebê, a bebida dá
conta do relógio biológico e do funcionamento do intestino. O iogurte
pertence à família dos probióticos, em que também aparece o leite
fermentado.
4o mês – Abacate
Neste período da gestação, a
orientação é comer bastante abacate – a fruta é rica em magnésio, que
ajuda a combater as câimbras e também as contrações uterinas antes da
hora. Gabriela aponta, ainda, outra vantagem da propriedade. “O magnésio
na gravidez ajuda a combater o cansaço e a fadiga”, explica.
Na lista do magnésio, também marcam presença os cereais integrais, feijões, ervilhas, soja, nozes, cacau e água de coco.
5º mês – Cereais integrais
Os cereais integrais podem evitar a constipação intestinal, problema
muito comum na gravidez. Sendo assim, o segredo é aliar o alimento rico
em fibras a uma boa hidratação. Fora isso, as grávidas devem consumir
tanto as fibras solúveis (encontradas nas frutas), como as insolúveis
(presentes em legumes e verduras).
6o mês – Acerola
Alimentos ricos em vitamina C, como a acerola, aumentam a imunidade,
ajudando na prevenção de infecções, gripes e resfriados. Além disso,
melhoram a absorção de ferro no corpo, importante propriedade obtida nas
carnes, verduras escuras e no feijão.
7o mês – Leite e derivados nas suas versões mais magras
Os leites e derivados são muito importantes para o desenvolvimento
saudável dos ossos, uma vez que são ricos em cálcio. “Se a gestante
ingerir poucos alimentos ricos em cálcio, este mineral acaba sendo
retirado de seus próprios ossos”, explica Gabriela.
Muitos
alimentos comuns na dieta dos brasileiros são ricos em cálcio. Nesta
lista, aparecem as folhas verdes (como brócolis, espinafre, couve,
salsa, manjericão, mostarda), peixes (por exemplo, salmão e a sardinha) e
muitos grãos e cereais – como o feijão, a castanha do Pará e a semente
de gergelim.
8o mês – Salmão
O peixe é rico em ômega 3,
óleo essencial que ajuda a criança em seu desenvolvimento físico e
cognitivo, prevenindo a hiperatividade, ansiedade e impulsividade ao
longo da vida. Esse óleo também pode ser encontrado em outros peixes,
como atum, sardinha e arenque. As nozes, castanhas, avelãs e sementes,
tanto de linhaça, como de chia, também possuem o ômega 3.
9o mês – Amêndoa
Comer amêndoas está mais do que permitido nas últimas semanas de
gravidez, pois elas são ricas em ácidos graxos poli-insaturados,
componentes essenciais para o desenvolvimento neurológico e função
visual da criança. Estas propriedades podem também ser encontradas nos
óleos usados na cozinha, tais como de girassol, milho, soja e óleos de
peixe. Também vale investir em oleaginosas, como as castanhas.
Não
se esqueça de que durante a amamentação a mãe deve continuar a manter
os hábitos saudáveis que procurou ter durante a gestação. É simples
imaginar: tudo o que a mãe ingere neste período, o bebê recebe através
do leite.
Fonte: http://camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=227703