domingo, 3 de novembro de 2024

Empresas fazem até rodízio de equipes por falta de mão de obra qualificada

Reflexo de um mercado de trabalho aquecido, a falta de mão de obra qualificada no país tem desafiado diferentes setores a buscarem alternativas para manter e aumentar a produção.
 

Em setembro, o Brasil abriu 247.818 vagas formais, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com saldo positivo em todos os estados.
 

O cadastro considera apenas vagas formais e mostra que o setor de serviços liderou essa abertura de oportunidades, com 128,4 mil postos, seguido pela indústria (59,8 mil), comércio (44,6 mil) e construção (17 mil). A agropecuária perdeu 2.000 postos.
 

Mas agora, assim como na década passada, a construção civil é um dos primeiros a sentir os efeitos da falta de trabalhadores capacitados, e a série histórica de uma sondagem feita com empresas pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) ajuda a dimensionar o problema.
 

Em setembro deste ano, 29,4% dos empresários da construção apontaram a escassez de mão de obra qualificada como fator que limita o desenvolvimento de negócios --é o patamar mais alto desde o fim de 2014.
 

Os anos pré-crise de 2014 a 2016 foram de aquecimento do mercado imobiliário --e a consequente falta de trabalhadores. Os jornais na época registravam oferta de vagas para engenheiros recém-formados, a vinda de profissionais de outros países e aumentos salariais para toda a cadeia da construção.
 

"Desde o ano passado, a falta de mão de obra qualificada voltou a ganhar relevância e se manteve como limitação para as empresas", diz Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV Ibre.
 

"O período até 2013 foi de grande crescimento do setor imobiliário, com Minha Casa, Minha Vida, obras da Copa e das Olimpíadas. Era uma economia que estava crescendo. Agora, o ritmo é mais lento, mas as preocupações do setor começam a crescer."
 

Em julho, a instituição perguntou ao setor o que as empresas estavam fazendo para contornar a dificuldade de contratação. No total, 33,1% disseram ter aumentado a remuneração, 51,5% investiram em treinamento e 46% adotaram rodízio de equipes, deslocaram trabalhadores entre obras, por exemplo.
 

De acordo com Gustavo Siqueira, vice-presidente de recursos humanos para América Latina na fabricante para o mercado de construção Saint-Gobain, o foco está em reter e atrair profissionais qualificados por meio de um ambiente de trabalho positivo, desenvolvimento de colaboradores e ações concretas.
 

O grupo oferece trilhas de desenvolvimento contínuo para competências técnicas.
 

"Buscamos sempre manter as contratações como prioridade em nossas atividades, mesmo trazendo cada vez mais tecnologia e inovação ao setor. Nossas estratégias de desenvolvimento de pessoas não só preenchem as lacunas de habilidades, mas também contribuem para a retenção e motivação da nossa equipe", diz.
 

Segundo Tatiane Cardoso de Paula, diretora de RH da Saint-Gobain Canalização, o grupo também tem investido em treinamentos e iniciativas de desenvolvimento, entre as quais um programa de mentoria para jovens talentos da organização.
 

Apesar do problema, Castelo ressalta que é preciso olhar em perspectiva e considerar que o mercado de trabalho aquecido reflete o contexto de investimentos já realizados.
 

"A tendência é que a construção permaneça aquecida ainda por algum tempo, mas o aperto nas regras de crédito imobiliário e o aumento dos juros devem ter um efeito de arrefecimento lá na frente."
 

O mercado de consumo mais forte também anima as calçadistas, apesar de uma redução prevista no comércio internacional com a queda das compras da Argentina e a concorrência com os asiáticos.
 

"O nosso problema também é a falta de mão de obra capacitada", diz João Marcelo Fernandes, gerente de Recursos Humanos da Kidy. Após o período crítico durante a pandemia, ele conta que a marca produz 16 mil pares por dia, e surgiu a necessidade de contratar pessoal.
 

Com isso, a fabricante optou por renovar cargos, deixando-os mais atrativos para que os funcionários mais novos permaneçam na empresa e busquem posições internas, além de contar com um programa de capacitação do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
 

"Temos planos para 40 novos aprendizes, com um programa de apadrinhamento." As medidas para contornar a falta de profissionais com múltiplas capacitações ainda incluem formar auxiliares que em determinado período vão para as mesas de corte, serigrafia e injeção. Também há incentivo à formação universitária da equipe, diz.
 

Dados da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados) a partir do Caged mostram que o setor encerrou agosto com saldo positivo de 12,4 mil postos.
 

"A falta de pessoal capacitado está acontecendo no nosso e em outros setores. Quando há uma dificuldade de contratação, o problema tem origens positivas, mas pode ser uma dor de cabeça", diz o presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira.
 

"É similar ao que ocorreu até 2013, o que mudou é que hoje há também possibilidade do candidato ir trabalhar nas plataformas digitais --e isso é uma concorrência para indústria de transformação."
 

"Com a indústria 4.0, ocorreu um boom tecnológico e a necessidade de mão de obra que nós temos, ligada à tecnologia, é a mesma que o supermercado e o mercado financeiro têm", diz João Alfredo Delgado, diretor-executivo de Tecnologia da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).
 

A indústria passou a concorrer com todos os setores pelo mesmo tipo de profissional, avalia.
 

Segundo ele, as empresas do setor têm investido em programas de aprendizagem industrial e buscam se aproximar da mão de obra mais jovem. "Não sei se a geração Z quer uma carreira de longo prazo, mas ela ainda tem uma visão distorcida da indústria. Vejo pelos meus filhos, que adoram jogos, mas não percebem que o maior parque de diversões é a indústria, onde eles podem receber para programar robôs reais."


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/305727-empresas-fazem-ate-rodizio-de-equipes-por-falta-de-mao-de-obra-qualificada

 

domingo, 27 de outubro de 2024

Eleições: Caetano (PT) é eleito prefeito de Camaçari (BA)

O candidato Luiz Carlos Caetano (PT) foi eleito prefeito de Camaçari (BA) neste domingo (27/10). Ele disputou o segundo turno com Flávio (União Brasil) e foi o vencedor. O município é conhecido como Cidade Industrial, pois abriga o Polo Industrial de Camaçari.

Caetano chegou 50,92% dos votos válidos, enquanto Flávio teve 49,08% no segundo turno.

Luiz Carlos Caetano tem 70 anos e nasceu em Central (BA), mas trilhou sua carreira em Camaçari (BA). Ele formou-se em farmácia pela Universidade Federal da Bahia e já ocupou os cargos de farmacêutico em Camaçari, presidente da Fundação do Desenvolvimento de Comunidade de Camaçari, secretário de Governo da Prefeitura de Camaçari e presidente da Associação dos Moradores da Gleba-B.

Caetano foi eleito vereador de Camaçari, pela primeira vez, em 1982. Em 1985, foi eleito prefeito do município pela primeira vez. Em 2001, foi eleito deputado estadual, cargo que renunciou para assumir, em 2004, o cargo de prefeito pela segunda vez. Caetano foi reeleito prefeito em 2008.

Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/eleicoes-caetano-e-eleito-prefeito-de-camacari-ba

Conta de energia elétrica ficará mais barata em novembro; entenda

A conta de luz pode ficar mais barata no mês de novembro. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira tarifária para o próximo mês será a amarela, o que representa uma redução no valor pago pelos consumidores.

 

A mudança de vermelha para amarela se deu devido ao aumento das chuvas, que contribuiu para melhores condições na geração de energia hidrelétrica.

 

Com isso, a cobrança extra sairá dos R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos para R$ 1,88 a cada 100 kWh.

 

Mesmo com a mudança, a Aneel pede para que os consumidores continuem atentos ao gasto desnecessário de energia. Apesar da melhora, as previsões de chuvas para as regiões dos reservatórios seguem abaixo da média, o que pode demandar geração termelétrica complementar para atender à demanda.

 

“Mesmo com as boas condições momentâneas, é essencial que a população continue consciente no uso da energia”, apontou o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/297728-conta-de-energia-eletrica-ficara-mais-barata-em-novembro-entenda

sábado, 26 de outubro de 2024

Vitória bate Fluminense e vence terceira consecutiva no Barradão

O Vitória venceu, na tarde deste sábado (26), a equipe do Fluminense por 2 a 1 em partida válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o triunfo pela terceira vez consecutiva no Barradão, o Rubro-Negro fica com a 14ª posição e se afasta da zona de rebaixamento.

 

O próximo duelo do Leão da Barra será no próximo sábado (2), contra o Athletico-PR. O jogo fora de casa está marcado para as 18h30, na Ligga Arena.

 

O Tricolor carioca perdeu posições por conta da derrota. Até então, o Flu ocupa a 12ª colocação no campeonato. A próxima partida do time é contra o Grêmio, também no próximo sábado, às 21h.

 

O JOGO

Na primeira jogada de perigo do Rubro-Negro, Lucas Esteves aos 4 minutos lançou para a área e Diogo Barbosa cortou para o Tricolor carioca. 


Pênalti anulado
Aos 5 minutos, Willian Oliveira dominou na área, cercou a bola e recebeu toque de Thiago Santos. O juiz Flávio Rodrigue de Souza chegou a marcar a penalidade, mas, depois de analisar o lance no VAR, anulou o pênalti. 


Mais uma chance para o Vitória
Em falta marcada aos 9 minutos, na intermediária, Lucas Esteves bateu, mas a bola desviou na zaga Tricolor e Fábio ficou com a bola. 


Perigo para o Flu
Com o Vitória se mantendo no ataque a todo momento, aos dezessete minutos, Mosquito avançou pela ponta direita, cruza, mas Thiago Santos cortou e a bola foi para escanteio. 


Fluminense ataca
Aos vinte e três minutos, o Fluminense foi para o ataque com Kauã Elias, pela esquerda. O jogador chutou cruzado para a defesa em dois tempos do goleiro Lucas Arcanjo. 


Vitória volta a provocar perigo
Aos trinta e um, Lucas Essteves fez o cruzamento para Matheuzinho, que bateu e a bola foi pela direita do goleiro Fábio. 


Fluminense chega com perigo
Em escanteio para o Tricolo carioca, Ganso cruzou a bola na área, e com ela desviada, Diogo Barbosa bateu pra fora, levando perigo para Lucas Arcanjo. 


FLUMINENSE NA TRAVE
Na volta do ataque do Flu, aos trinta e nove, Lima recebeu pela direita, na entrada da área, e a bola explodiu na trave do goleiro Lucas Arcanjo.


GOL DO VITÓRIA 
Em cobrança de falta pela direita, aos quarenta e cinco, Lucas Esteves cobrou fechado, e o zagueiro Neris desviou de cabeça para o fundo da rede. 
 

SEGUNDO TEMPO

O primeiro perigo do segundo tempo veio aos 5 minutos. Diogo Barbosa tocou na esquerda e Kauã Elias bateu cruzado para grande defesa de Lucas Arcanjo.


De novo vem o Flu
Aos 8 minutos, Kauã Elias veio pela direita, ajeitou a bola e bateu cruzado. O chute foi desviado e levou perigo para o Vitória.


GOL DO FLUMINENSE
Aos quinze, Martinelli pegou a sobra e bateu colocado. O chute foi no travessão e voltou nas costas do goleiro Lucas Arcanjo para entrar no fundo da rede do Vitória. 


Fluminense continua no ataque
Com jogada planejada, aos vinteKeno tentou cruzamento para a área, mas a zafa do Vitória cortou e a bola foi pea linha de fundo. 

 

Vitória volta a causar perigo
Alerrandro dominou depois do erro da zaga Tricolor, aos vinte e dois, chutou colocado, mas parou nas mãos de Fábio. 


Jogo volta a esquentar para o Vitória
No contra ataque, aos trinta e quatro, o Vitória finalizou duas vezes e conseguiu o escanteio. Na bola aerea, a jogada parou nas mãos do goleiro Fábio.

 

GOL DO VITÓRIA

Em pênalti para o Rubro-Negro, aos quarenta e cinco, Alerrandro bate colocado sem chances para Fábio e vira novamnete para o Vitória.

 

Vitória 2 x 1 Fluminense
Campeonato Brasileiro — 31ª rodada
Local: Barradão 
Data: 26/10/2024
Horário: 16h30
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Neuza Ines Back (SP) e Bruno Boschilia (PR)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira (SP) 
Transmissão: Premiere
Cartões amarelos: Thiago Santos (FLU), Mosquito (VIT), Raul Cáceres (VIT), Léo Naldi (VIT)
Gols: Néris (VIT), Lucas Arcanjo (FLU / CONTRA)

 

Vitória: Lucas Arcanjo; Raúl Cáceres (Willian Lepo), Neris, Edu e Lucas Esteves; Luan, Ricardo Ryller (Machado) e Matheuzinho; Gustavo Mosquito (Zé Hugo), Everaldo (Carlos Eduardo) e Alerrandro. Técnico: Thiago Carpini.

 

Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Manoel, Thiago Santos e Ganso (Marcelo); Victor Hugo (Keno), Martinelli, Lima e Paulo Henrique Ganso; Arias e Kauã Elias (Cano). Técnico: Mano Menezes. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/vitoria/28684-vitoria-bate-fluminense-e-vence-terceira-consecutiva-no-barradao

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

PRF apreende 600 tubos de lança-perfume com adolescente na Bahia

Um adolescente de 17 anos foi apreendido com 600 tubos de lança-perfume, na tarde desta terça-feira (22), na BR-116. O caso foi registrado no trecho de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador.

 

As informações são da Polícia Rodoviária Federal, que realizou abordagem a um ônibus de turismo que saiu do Rio de Janeiro com destino a Bahia.

 

Segundo a PRF, o entorpecente estava em caixas de papelão no bagageiro do veículo. Aos policiais, o jovem disse que estava transportando o material para a Bahia como forma de pagamento de uma dívida com uma facção criminosa.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/42084-prf-apreende-600-tubos-de-lanca-perfume-com-adolescente-na-bahia

sábado, 19 de outubro de 2024

Pai afirma não saber como adolescente que matou colegas teve acesso à arma, diz delegado

O titular da Delegacia Territorial de Heliópolis, no interior da Bahia, afirmou neste sábado (19) que o pai do adolescente que matou três colegas e se suicidou em seguida não sabe como o filho teve acesso ao revólver usado no crime.
 

O ataque ocorreu nesta sexta (18) no Colégio Municipal Dom Pedro 1º, no povoado de Serra dos Correias, localizado no município de Heliópolis (a 332 km de Salvador).
 

"O depoimento do pai foi muito sucinto e não traz nenhum detalhe específico sobre a propriedade da arma. Ele disse não compreender como o adolescente teve acesso a essa arma", disse o delegado Thiago Alves Cunha. "Ainda é muito prematuro precisar quem era o proprietário", completou.
 

O revólver de calibre 38 foi recolhido pelo Departamento de Polícia Técnica durante perícia no local do crime. Segundo o delegado, além da arma, munição e aparelhos eletrônicos que também foram apreendidos e estão sendo periciados.
 

"Ouvimos três testemunhas e trabalhamos, em parceria com o DPT (Departamento de Polícia Técnica), para esclarecer as circunstâncias do crime", afirmou o delegado.
 

Segundo a Polícia Civil, os alunos assistiam a uma aula, quando Samuel Santana Andrade, 14, levantou da cadeira, atirou contra os colegas e tirou a própria vida em seguida. Além dele morreram Adriane Vitória Silva Ferreira, Fernanda Souza Gama e Jonatan Gama Santos.
 

Além da professora, nove alunos estavam na sala. Os investigadores ainda tentam esclarecer a motivação do crime.
 

Equipes da polícia, também do Ministério Público e da Prefeitura de Heliópolis realizaram na manhã deste sábado (19), uma ação para dar suporte aos alunos, professores e funcionários da escola, além de outros moradores da localidade.
 

Segundo o governo do estado, o foco principal é o atendimento psicológico aos estudantes, com apoio do Conselho Tutelar.
 

“Esse caso mobilizou todo o estado e vamos trabalhar para acolher todos que sofreram diretamente e indiretamente", defendeu o promotor Alison Andrade. O prefeito de Heliópolis, José Mendonça Dantas, também garantiu assistência para toda a população.
 

Em nota, o Ministério Público do estado afirma que "está empenhado na apuração rigorosa das circunstâncias que envolvem este episódio trágico, em parceria com as forças policiais, buscando a coleta de provas e indícios para a completa elucidação dos fatos".
 

Já o Ministério da Justiça disse, também em nota, estar em contato com as autoridades locais e que auxiliará nas investigações por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas.
 

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou em nota que ligou para o prefeito e ofereceu o envio da equipe de especialistas em Psicologia das Emergências e Desastres, que compõem o núcleo de resposta e reconstrução de comunidades escolares após ataques de violência extrema.
 

A segunda fase da OBMEP (Olimpíada de Matemática) que estava agendada para este domingo (20), será adiada. A decisão, se aplica a todos os alunos da rede municipal e da rede estadual de Heliópolis. Ainda não há nova data para aplicação da prova na cidade.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/303142-pai-afirma-nao-saber-como-adolescente-que-matou-colegas-teve-acesso-a-arma-diz-delegado

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Trabalho infantil teve uma redução de 14,6% em um ano, segundo dados do IBGE

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (18), o número de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, em situação de trabalho infantil chegou a 1,607 milhão em 2023.

 

 

O número é 14,6%menor ao registrado em 2022, que foi 1,881 milhão, e o menor percentual já registrado pela pesquisa, iniciada em 2016. O IBGE define o trabalho infantil como algo que pode prejudicar a saúde e o desenvolvimento das crianças e atrapalhar a sua aprendizagem.

 

A legislação brasileira proíbe que crianças até 13 anos trabalhem, em qualquer circunstância. Menores de 14 e 15 anos só têm permissão para trabalhar como aprendizes. Já aqueles com 16 e 17 anos podem ter empregos com carteira assinada, mas desde que não sejam em atividades insalubres, perigosas ou em horário noturno. Qualquer situação que fuja a essas regras é considerada trabalho infantil.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/297503-trabalho-infantil-teve-uma-reducao-de-146-em-um-ano-segundo-dados-do-ibge

terça-feira, 15 de outubro de 2024

BNDES aprova R$ 3,9 bi em crédito a projetos de biocombustíveis em 2024

De janeiro a outubro, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou R$ 3,9 bilhões em crédito para projetos de produção de biocombustíveis no Brasil –o dado contabiliza operações até o dia 10 deste mês.
 

Trata-se do segundo maior patamar de uma série histórica iniciada em 2005, diz a instituição. Um montante maior do que esse só foi registrado no período de janeiro a outubro de 2010 (R$ 4,5 bilhões), no segundo governo Lula (PT).
 

Os dados do banco, aos quais a reportagem teve acesso, consideram valores nominais –sem a correção pela inflação. De janeiro a outubro do ano passado, as aprovações haviam somado R$ 1,3 bilhão.
 

José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, afirma que o crescimento em 2024 está associado à ampliação dos recursos do Fundo Clima.
 

Em abril, o banco anunciou a assinatura de contrato com a União que destinou até R$ 10,4 bilhões para o fundo, aporte recorde desde a criação da iniciativa, em 2009.
 

O montante deve ser usado pelo BNDES para o financiamento de projetos voltados à mitigação de impactos das mudanças climáticas, o que pode incluir empréstimos para o ramo de biocombustíveis.
 

"Isso [crescimento das aprovações] mostra a volta do BNDES ao apoio de uma agenda verde e importante, que é a dos biocombustíveis", afirma Gordon.
 

O diretor também associa a ampliação dos financiamentos à política industrial do governo federal e à demanda crescente por produtos como etanol de milho. "O mundo precisa se descarbonizar", diz.
 

Em julho, Gordon já havia declarado à Folha que os financiamentos para o setor de biocombustíveis iriam crescer em 2024, sob efeito do Fundo Clima.
 

No fluxo do BNDES, a aprovação de crédito vem antes do desembolso dos recursos para as empresas.
 

Segundo Gordon, empréstimos voltados para biocombustíveis contam com taxa fixa de 6,15% ao ano, mais o spread do banco.
 

USINA DE ETANOL DE MILHO NO PR TEM R$ 500 MILHÕES APROVADOS
 

O BNDES anuncia nesta terça (15) a aprovação de financiamento de R$ 500 milhões para a construção de uma planta produtiva de etanol de milho no Paraná. O projeto é da cooperativa Coamo no município de Campo Mourão (a 453 km de Curitiba).
 

Com recursos do Fundo Clima, a nova usina terá, por dia, capacidade de processamento de 1.700 toneladas de milho e de produção de 765 mil litros de etanol, afirma o banco.
 

Conforme a instituição, o valor total do projeto é de R$ 1,7 bilhão. A cooperativa tem 10 mil funcionários e alcançou, em 2023, 32 mil associados diretos, principalmente pequenos agricultores.
 

"Projetos com esse perfil, financiados pelo Fundo Clima, agregam valor aos produtos, como o milho, com a produção de etanol e de insumos para o setor de proteína animal", afirma em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
 

"Além disso, o etanol reduz significativamente a emissão de gases de efeito estufa, uma prioridade da política industrial do governo do presidente Lula, que prioriza investimentos em economia verde e competitiva", acrescenta.
 

Em seu terceiro mandato, Lula defende reforçar a atuação do banco como financiador de projetos na economia. A estratégia, porém, é vista com ressalvas por uma ala de economistas que teme a volta de políticas adotadas por governos petistas no passado.
 

A atual gestão do BNDES, por sua vez, rebateu as críticas em mais de uma ocasião, dizendo que mira em segmentos como transição energética, inovação e empresas de menor porte.
 

Como mostrou a Folha, o governo incluiu em uma PEC (proposta de emenda à Constituição) um dispositivo que permite destinar até 25% do superávit financeiro de fundos públicos do Executivo ao financiamento de projetos ligados a ações de enfrentamento, mitigação e adaptação a mudanças climáticas e de transformação ecológica.
 

Um dos focos seria garantir maior volume de recursos ao BNDES, em uma medida que poderia favorecer o Fundo Clima. Se aprovada, a mudança valerá entre 2025 e 2030, mediante devolução gradual dos recursos a partir de 2031.


Fonte:https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/302304-bndes-aprova-rdollar-39-bi-em-credito-a-projetos-de-biocombustiveis-em-2024

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Apagão completa 2 dias com 699 mil sem luz; Enel terá 2 meses para explicar falhas em SP

O apagão que afetou mais de 2 milhões de residências em São Paulo completou dois dias neste domingo (13), com 699 mil imóveis ainda sem luz.
 

Após receber críticas de diversas autoridades por falta de ação na crise, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que vai intimar a Enel para explicar os problemas. A concessionária, responsável pela distribuição de energia na Grande São Paulo, terá 60 dias para se defender depois que o processo começar.
 

Depois desse período, poderá ser pedida a caducidade (o rompimento) do contrato com a empresa italiana.
 

Além disso, a Aneel afirmou que a resposta da Enel ao apagão ficou abaixo do esperado, e a companhia ainda não tem um prazo definido para restabelecer completamente o fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
 

As informações foram divulgadas neste domingo (18) após reunião da agência federal e da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo) com empresas distribuidoras de energia realizada em São Paulo.
 

Participaram da reunião representantes das empresas Enel São Paulo, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, CTEEP e Eletrobras Furnas.
 

Parte da resposta não adequada se deve à demora da companhia para chegar aos 2.500 agentes em campo para restabelecer o serviço, número previsto no plano de contingência apresentado pela empresa.
 

Até este domingo são 1.700 agentes em campo, e, nesta segunda (14),segundo o diretor-presidente da Enel, Guilherme Lencastre, a empresa vai completar o contingente.
 

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, afirmou que a resposta não está adequada, segundo o prometido no plano de contingência apresentado pela empresa para emergências. "A retomada está, quando comparamos com o evento do ano passado, não está tão eficiente quanto esperávamos."
 

"Em 3 de novembro [de 2023], levou 24 horas para retomar 60% do serviço dos interrompidos, e esse mesmo patamar foi atingido em 42 horas", disse Tiago Veloso, diretor-presidente da Arsesp. Até o momento, 67% dos afetados tiveram o fornecimento de energia restabelecido.
 

O encontro foi convocado em meio a uma troca de acusações entre o Ministério de Minas e Energia, o governo de São Paulo e a prefeitura da capital paulista por causa do apagão que deixou mais de 2 milhões sem energia na cidade e na Grande São Paulo.
 

A situação causou uma troca de acusações entre o ministro de Minas e Energia do governo Lula (PT), Alexandre Silveira, e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição.
 

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) criticaram a condução federal da crise, e disseram que falta empenho da pasta para romper o contrato com a Enel —que é alvo de reclamações desde o apagão de novembro do ano passado.
 

Já o ministro de Minas e Energia do governo Lula (PT), Alexandre Silveira, convocou a Aneel a apresentar um plano de contingência para São Paulo e afirmou que pretende exigir a "colaboração de todas as concessionárias na solução do problema", em ofício deste domingo.
 

O ministro determinou que Sandoval, o presidente da agência, apresente o plano às 14h desta segunda-feira (14) na capital paulista, onde estará presencialmente por exigência de Lula.
 

Silveira também respondeu neste domingo (14) à postagem feita na véspera por Nunes e negou que tenha discutido a renovação da concessão da distribuidora de energia Enel, dizendo ainda que o contrato até 2028 foi assinado por "aliados" do prefeito.
 

"Pergunto ao prefeito: as árvores de SP que caíram em cima das redes de energia também são de responsabilidade do governo federal? O que anda fazendo a Aneel, agência ocupada por indicações bolsonaristas, que não dá andamento ao processo de caducidade que denunciei há meses?", escreveu.
 

Feitosa, presidente da Aneel, foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021 e tem mandato até agosto de 2027.
 

Embora a agência seja ligada ao governo federal, Silveira já fez uma série de críticas ao órgão, e o novo apagão deflagrou mais um embate entre ambos.
 

No início de outubro, o ministro afirmou publicamente que a agência vive um quadro de "completa desarmonia" entre diretores, área técnica e em relação a seu papel como regulador da legislação do país.
 

Neste sábado (12), Silveira afirmou que a Aneel falhou ao não encaminhar a caducidade do contrato da Enel, requerido há um ano pelo governo federal, e mostrou "novamente falta de compromisso com a população".
 

Também no sábado, Nunes afirmou pelas redes sociais que o governo federal quer renovar o contrato com a Enel e compartilhou uma notícia da participação de Silveira em um evento em Roma com o diretor da Enel para o resto do mundo, Alberto De Paoli, na sexta (11).
 

"No dia do apagão, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou em durante um evento com o diretor da Enel, em Roma, na Itália, da possibilidade de renovação dos contratos da Enel no Brasil. São Paulo não merece que a Enel continue prestando seus serviços aqui", escreveu Nunes, que tem o apoio de Bolsonaro na disputa com Guilherme Boulos (PSOL) pela prefeitura.
 

Em abril, Boulos se reuniu com Silveira em Brasília para discutir a situação da Enel. "Falta [a Nunes] comando, liderança, iniciativa e capacidade de diálogo com concessionárias; por isso o governo federal está puxando para si [a responsabilidade]", disse na ocasião.
 

À época, a participação de Boulos, que é deputado federal, foi criticada por Nunes e vista por aliados do prefeito como politização indevida da questão, diante das eleições municipais.
 

No sábado, Boulos também ressaltou que o presidente da Aneel foi indicado por Bolsonaro ao cobrar o fim do contrato com a Enel.
 

"Será que o Ricardo Nunes vai cobrar do seu aliado atender o pedido e romper o contrato com a Enel ou vai continuar fugindo da responsabilidade?", escreveu o candidato do PSOL nas redes sociais neste sábado.
 

A situação da concessionária também tem mobilizado Tarcísio, que apoia Nunes, contra Silveira. Neste sábado, o governador afirmou que cabem ao ministério e a Aneel "regular, controlar, fiscalizar e garantir que o serviço prestado esteja adequado".
 

A gestão estadual também afirmou que vai exigir que o Ministério de Minas e Energia e a Aneel que apontem as medidas que estão sendo tomadas para que o serviço seja reestabelecido totalmente e que a Arsesp vai investigar as responsabilidades das empresas –em uma clara referência à Enel.
 

O Procon-SP também anunciou que vai notificar a Enel para explicar a demora para a volta da energia.
 

A Enel afirma que cerca de 1.700 técnicos estão em campo tentando resolver o problema. Profissionais do Rio de Janeiro e do Ceará, além de funcionários emprestados por outras distribuidoras, estão sendo chamados para ampliar o contingente.
 

Segundo a Aneel, 2,6 milhões de consumidores foram afetados por interrupções no fornecimento, dos quais 2,1 milhões estão localizados na área de concessão da Enel. A concessionária afirmou que a energia voltou para 1,4 milhão de seus clientes, mas não há prazo de retorno para os 698,8 mil ainda sem luz.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/302128-apagao-completa-2-dias-com-699-mil-sem-luz-enel-tera-2-meses-para-explicar-falhas-em-sp

domingo, 13 de outubro de 2024

Aconteceu na noite desse sábado a festa da vitória de Hugo e Jeovan em Inhambupe Bahia


Começou na noite desse sábado, a festa da vitória de Hugo e Jeovan em Inhambupe Bahia, o evento aconteceu no largo da Beira Rio e foi até a madrugada desse domingo dia 13 de outubro. 

Os vídeos são das redes sociais.