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quinta-feira, 14 de março de 2024

Onda de calor sufocante: pelo menos quatro capitais devem bater recorde nos próximos dias

A onda de calor que começou a influenciar o Brasil esta semana vai se prolongar até o início do outono, que começa oficialmente no dia 20 de março. Segundo o Climatempo, diversas capitais brasileiras poderão bater recorde de temperatura nos próximos dias.

No momento, o centro do sistema de alta pressão atmosférica está muito forte entre o Paraná, Paraguai e o Mato Grosso do Sul e gera a onda de calor que já eleva as temperaturas, especialmente no centro, oeste e sul de Mato Grosso do Sul e na parte oeste dos estados da Região Sul.

Capital do Tocantins, Palmas teve a tarde mais quente do ano nesta terça-feira (12). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 37,3 °C de temperatura máxima. O recorde anterior era de 37,1 °C, em 7 de janeiro.

Mas a tendência é que Palmas não seja a única capital recordista. As maiores candidatas a superar a marca anual nos próximos dias são São Paulo (SP), com previsão de temperatura de até 35 °C na sexta-feira (15), Campo Grande (MS), com previsão de 37 °C até quinta-feira (14), Rio De Janeiro (RJ), que poderá registrar até 39 °C no próximo fim de semana e Porto Alegre (RS), com máxima prevista em 36 °C na quinta (14).

Veja os recordes atuais de cada cidade

  • São Paulo 34,3 °C
  • Rio de Janeiro 39,5 °C
  • Porto Alegre 36,5 °C
  • Campo Grande 36,3 °C

Outras regiões

Nos próximos dias, segundo o Inmet, as áreas de Roraima e do centro-sul do país terão temperaturas máximas acima de 36 ºC, devido à incidência de uma massa de ar seco e quente.

Com a migração do centro de alta pressão para o Sudeste, as áreas de calor mais intenso ficarão especialmente no Sudeste e Centro-Oeste, enquanto a Região Sul volta a ter pancadas de chuva. Mesmo assim, o calor ainda será intenso nessa área.

(*Sob supervisão de Felipe Andrade)

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/onda-de-calor-sufocante-pelo-menos-quatro-capitais-devem-bater-recorde-nos-proximos-dias/

domingo, 24 de dezembro de 2023

Calor de 2023 no Brasil supera anos de El Niño muito mais forte

O Brasil vive um ano de temperaturas recordes e o impacto dessa crise nas cidades, lavouras e na saúde humana é em grande parte atribuído ao El Niño, caracterizado pelo aquecimento do oceano Pacífico equatorial. Análise de dados feita pela Folha indica que o atual evento é forte e que as temperaturas nunca apresentaram tamanha anomalia no Brasil, mas que o mundo viveu cinco El Niños mais severos nos últimos 70 anos.
 

Nos ciclos de El Niño mais fortes, a temperatura média no país cresceu 0,14°C, considerando o intervalo de junho a setembro, meses de inverno. No mesmo período de 2023, quando a água do Pacífico registrou uma alta de 1,2°C, a temperatura no Brasil subiu 0,8°C, ou seja, 5,7 vezes mais do que a presenciada em anos passados.
 

A conclusão evidencia o papel do aquecimento global, ligado à queima de combustíveis fósseis e a ações como o desmatamento, sobre as temperaturas. A ação antrópica sobre o clima, segundo especialistas, está alterando o comportamento e os efeitos do El Niño.
 

A Folha de S.Paulo fez a análise a partir de dados da Noaa (Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), que mede a temperatura da água do Pacífico, e de registros nas estações meteorológicas do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) de junho a setembro. Para chegar à variação de temperatura, foram comparados meses com e sem o fenômeno (leia mais sobre a metodologia ao fim da reportagem).
 

A força do El Niño depende da conjunção de diversas anomalias nos padrões de calor, vento e pressão. Um dos principais parâmetros considerados é a temperatura de uma região específica do Pacífico, medida pelo ONI (sigla em inglês para Oceanic Niño Index). Esse índice indica se a água está 0,5°C abaixo ou acima da média -tecnicamente, há El Niño quando a média móvel de três meses fica 0,5°C acima do normal cinco vezes seguidas.
 

Termômetro marca 40°C em São Paulo no mês de novembro Miguel Schincariol - 13.nov.2023/AFP Termômetro marca 40ºC em Vários meteorologistas já indicaram que o calor deste ano é a soma entre El Niño e aquecimento global. A novidade é o quanto a mudança climática aprofunda o El Niño.
 

"Vários estudos científicos mostram que as primeiras camadas do oceano estão aquecendo, absorvendo esse calor extra na atmosfera", afirma Tércio Ambrizzi, doutor em ciências atmosféricas e meteorologia e professor da USP.
 

Uma análise recente da WWA (World Weather Attribution), grupo de cientistas que estuda eventos climáticos, chegou a conclusões semelhantes sobre o calor extremo que atingiu o Brasil no fim do inverno, elevando a temperatura média em mais de 3°C em algumas cidades.
 

O estudo aponta que, sem o aquecimento global, o calor recorde vivido no inverno seria de 1,4°C a 4,3°C menor, e que a ação humana aumentou em cem vezes a chance de calor extremo no país.
 

O El Niño, claro, interfere nos padrões térmicos, mas, sem a mudança climática, o calor de agosto e setembro não seria tão intenso, conforme os pesquisadores.
 

O inverno deste ano foi o mais quente da história em dez capitais brasileiras, como mostrou outra análise da Folha. Municípios do Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste viveram uma onda de calor em novembro, quando termômetros bateram em 40°C e a sensação térmica saltou para a casa dos 50°C em locais como o Rio de Janeiro.
 

Os efeitos deste El Niño turbinado pelo aquecimento foram enchentes e chuva ininterrupta no Sul, queimadas no Centro-Oeste, calor extremo no Sudeste e seca no Norte e no Nordeste.
 

O aquecimento terrestre vem alterando o ciclo hidrológico do planeta, então, em períodos de El Niño, lugares secos têm ainda mais seca e lugares chuvosos, ainda mais chuva.
 

"O sinal antrópico neste cenário é o mais forte de todos", diz o físico Alexandre Araújo Costa, doutor em ciências atmosféricas pela Universidade Estadual do Colorado (EUA) e professor da Universidade Estadual do Ceará.
 

"Os últimos três anos foram de La Niña [resfriamento do Pacífico] e começamos 2023 com ela, então o correto seria isso puxar um pouco as temperaturas globais para baixo, mas o evento só mascarou o aquecimento global."
 

Segundo ele, o oceano repassa o calor extra do aquecimento por vias curtas, como um furacão, por exemplo, ou mais longas, como o El Niño.
 

"Só que o aquecimento global está jogando o El Niño para outro patamar. Ele provavelmente não é mais o mesmo. Evidências científicas mostram que o El Niño canônico, de fraco a moderado, está em extinção", afirma.
 

FENÔMENO DEVE PIORAR
 

Embora o evento climático deste ano seja forte, ainda não se trata de um super El Niño. De setembro a novembro, o ONI foi de 1,8°C -ou seja, a água do Pacífico esteve 1,8°C acima da média.
 

Numa escala de força, o El Niño fraco vai até 0,9°C; o médio, a partir de 1,4°C; e o forte, de 1,5°C a 2°C. O super El Niño acontece quando o índice chega a 2,5°C ou mais.
 

Vários modelos estatísticos de autoridades climatológicas internacionais indicam que o fenômeno se intensifica deste mês até fevereiro. Duas dessas projeções indicam a possibilidade de super El Niño em janeiro e fevereiro.
 

"Um ponto a prestar atenção é que no ciclo [de El Niño] de 1997 e 1998, o ano mais quente foi 1998. Em 2015 e 2016, 2016 foi pior; 2024 pode ser mais quente, se não for, deve ficar no mesmo patamar", afirma Costa.
 

A receita, segundo ele, não tem segredo: banir os combustíveis fósseis de forma gradual a partir de tratados globais obrigatórios. "Daí vem o presidente da COP28 [Sultan al-Jaber] e diz que não tem ciência comprovando a necessidade de reduzir combustível fóssil. O que essa turma acha que vai acontecer? Milagre?", diz, sobre a conferência do clima da ONU realizada em Dubai até meados de dezembro.
 

O texto final da conferência propôs que os países comecem a reduzir o consumo global de combustíveis fósseis.
 

METODOLOGIA
 

A Folha de S.Paulo obteve os dados de anomalia de temperatura do Pacífico (ONI) no site da Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) e a temperatura das estações brasileiras no site do Inmet.
 

Foram considerados como sendo de El Niño somente os meses que apareceram em todos os conjuntos de três meses de médias móveis. Estações com dados incompletos por mais de cinco dias foram excluídas da análise.
 

Para chegar à anomalia da temperatura do ar no Brasil, a reportagem calculou a média da temperatura para cada mês, de junho a setembro, em cada estação em meses sem El Niño ou La Niña. Depois, avaliou o quanto a temperatura de cada mês com presença de El Niño se desviava dessa média.
 

Por fim, determinou a média dos desvios de temperatura de todas as estações para cada mês.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/257925-calor-de-2023-no-brasil-supera-anos-de-el-nino-muito-mais-forte

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Onda de calor: Bahia e mais sete estados podem enfrentar temperaturas de até 40°C a partir de quinta

A temperatura em pelo menos oito estados do Brasil, incluindo a Bahia, deve subir devido a  uma nova onda de calor. A previsão é de que os termômetros se aproximem dos 40°C a partir da quinta-feira (14) no Oeste baiano, em Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Sul do Mato Grosso, norte de São Paulo, grande parte de Minas Gerais e no Sul do Tocantins.

 

A onda de calor acontece quando temos uma temperatura acima da média por um período de mais de cinco dias. Neste caso, ela deve se estender de 14 a 20 de dezembro, próximo da chegada do verão que acontece no dia 22 de dezembro.

 

Esta é a quinta onda de calor consecutiva no país que já registrou o fenômeno em agosto, setembro, outubro e novembro. A previsão é de que o calor se estenda por oito estados com as máximas mais altas no Centro-Oeste do país nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

 

Segundo o Climatempo, ainda não há previsão de temperatura para todo os estados, mas as cidades de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e São Romão, no Mato Grosso, devem superar os 40°C. No restante do país, a previsão é de calor dentro da média. 

 

Segundo a previsão, a onda de calor não deve atingir a região Sul, mas haverá uma alta nas temperaturas seguindo a tendência do restante do país. Apesar disso, a chuva vai persistir, mas com menos intensidade do que a vista nas últimas semanas.

 

O Sul vem sendo atingido por um grande volume de chuva ao longo do ano. Uma das causas é o El Niño, fenômeno que deixa as águas do oceano mais quentes, e provoca chuva no Sul do Brasil e tempo seco no Norte.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/287023-onda-de-calor-bahia-e-mais-sete-estados-podem-enfrentar-temperaturas-de-ate-40c-a-partir-de-quinta

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Calor faz demanda por energia atingir o maior patamar da história no Brasil

A nova onda de calor que atinge, sobretudo as regiões Sudeste e Centro-Oeste, fez com que o Brasil atingisse na tarde desta segunda-feira (13) um novo recorde nacional de energia elétrica.
 

De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), foi alcançado um recorde na demanda instantânea de carga do SIN (Sistema Interligado Nacional), às 14h17, quando se atingiu o patamar de 100.955 MW (megawatts).
 

Foi a primeira vez na história do SIN em que a carga superou a marca de 100.000 MW. A marca anterior era de 97.659 MW, medida em 26 de setembro deste ano.
 

Quando o patamar foi registrado, o atendimento à carga era feito por 61.649 MW de geração hidráulica (61,1%), 10.628 MW de geração térmica (10,5%), 9.284 MW de geração eólica (9,2%), 8.505 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e mini geração distribuída - MMGD (10,8%).
 

Nesta segunda-feira, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um novo aviso prolongando até sexta-feira (17) o alerta vermelho.
 

As temperaturas devem estar pelo menos 5ºC acima da média por um período maior que cinco dias.
 

A cidade de São Paulo voltou a ter o dia mais quente do ano. De acordo com o Inmet, houve o registro de 37,4°C às 15h na estação meteorológica do mirante de Santana, na zona norte da capital paulista.
 

Conforme reportagem da Folha mostrou, as ondas de calor que têm sido mais frequentemente registradas no país não provocam apenas desconforto para as pessoas.
 

Elas têm impactos em diversas atividades da economia, que começam a colocar em prática medidas de contingência já existentes e planejam novas adaptações para um cenário de aquecimento prolongado.
 

Entre os principais impactos, especialistas destacam do aumento dos custos com energia, pelo maior uso do ar-condicionado, a uma perda de eficiência do setor agrícola e da aviação.
 

Na sexta-feira (10), o ONS elevou a projeção de novembro para um crescimento de 11,0% frente a igual mês de 2022, a 79.780 megawatts médios (MWm), contra 10,6% estimados na semana anterior.
 

Ele também revisou para cima sua estimativa para as chuvas que deverão chegar às usinas hidrelétricas da região Sul em novembro, ao mesmo tempo em que reduziu a previsão para as afluências no Norte.
 

Segundo boletim, as chuvas que deverão chegar aos reservatórios de usinas do Sul foram estimadas em 437% da média histórica em outubro, ante 384% previstos na semana anterior.
 

Para as demais regiões, a previsão é de afluências abaixo da média histórica, com 52% no Norte (ante 68%), 43% no Nordeste (ante 32%) e 88% no Sudeste/Centro-Oeste (ante 113% anteriormente).
 

O nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, o principal para armazenamento das hidrelétricas, deve chegar a 66,3% ao final de novembro, um pouco abaixo dos 69,9% previstos na semana anterior.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/252162-calor-faz-demanda-por-energia-atingir-o-maior-patamar-da-historia-no-brasil

domingo, 12 de novembro de 2023

Onda de calor faz Brasil entrar em alerta vermelho devido às altas temperaturas


Com a onda de calor que atinge o país, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho nesta sexta-feira (10). Válido até quarta-feira (15), o aviso informa que a temperatura ficará 5ºC acima da média por um período maior do que cinco dias consecutivos.
 

A região Centro-Oeste é a mais afetada pelo calor, com destaque para Mato Grosso do Sul, a região centro-sul de Goiás e de Mato Grosso e o Triângulo Mineiro. A onda também atinge as cidades do norte do estado de São Paulo, como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.
 

A previsão é de que o calor se estenda para outras regiões do Brasil. As temperaturas podem passar dos 40°C graus no Centro-Oeste, em boa parte do Sudeste e no interior do Nordeste.
 

Até quarta, as temperaturas na capital paulista ficarão entre 35 e 38°C. Em alguns municípios, principalmente dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas devem superar os 42°C nos próximos dias.
 

As capitais com maiores temperaturas previstas para esse domingo (12) são Campo Grande (41°C), Cuiabá (40°C), Rio de Janeiro (40°C) e Teresina (39°C).
 

O Instituto já havia emitido alerta amarelo na última quarta para as regiões, antecipando que o calor deveria se expandir ou ter o nível de severidade alterado. A atual onda de calor vem após o período de temperaturas recordes registradas em setembro, que foi o mês mais quente da história brasileira.
 

A intensidade do aviso está relacionada com a persistência do fenômeno (número de dias consecutivos com pelo menos 5°C acima da média) e não aos desvios de temperatura absolutos em si. Assim, se a onda persistir por mais de cinco dias o alerta muda para laranja e, depois, para vermelho, sempre após análise do Inmet.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/251900-onda-de-calor-faz-brasil-entrar-em-alerta-vermelho-devido-as-altas-temperaturas


 

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Terra tem o mês de junho mais quente já registrado na história, diz observatório europeu

O planeta teve o mês de junho mais quente registrado na história. De acordo com o observatório europeu Copernicus, tanto o ar quanto os oceanos tiveram calor recorde.
 

Os pesquisadores apontam que, ainda que as discussões neste ano tenham focado no potencial do El Niño (que esquenta as águas do Pacífico, na região da linha do Equador) causar um aquecimento sem precedentes, em junho foram as temperaturas ao norte do oceano Atlântico que elevaram os termômetros.
 

Anomalias de temperatura excepcionalmente quentes foram registradas na superfície do Atlântico Norte, causadas por condições de curto prazo na atmosfera e mudanças de longo prazo no oceano. Irlanda, Reino Unido e o mar Báltico tiveram ondas de calor extremas.
 

No Pacífico, o El Niño continuou a ganhar força, aquecendo as águas tropicais. Além disso, outras regiões, como o Mar do Japão e o oeste do oceano Índico também tiveram mais calor do que o normal.
 

O centro de pesquisa já tinha apontado que maio tinha registrado as temperaturas oceânicas mais altas da história para o mês. A tendência continuou em junho, com índices ainda mais acima da média histórica.
 

"Estas condições excepcionais no Atlântico Norte destacam a complexidade do sistema terrestre", afirmou Carlo Buontempo, diretor do C3S, o Serviço de Mudanças Climáticas do Copernicus. "A interação entre a variabilidade local e global ao lado das tendências climáticas é essencial para melhor gerenciar riscos e projetar políticas de adaptação eficientes."
 

O relatório do observatório chega na mesma semana em que o recorde diário de temperatura global foi quebrado duas vezes.
 

Ar mais quente e mais derretimento polar
 

O C3S publica boletins climáticos mensais relatando as mudanças observadas na temperatura do ar da superfície global, cobertura de gelo marinho e variáveis hidrológicas. As descobertas são baseadas em análises geradas por computador usando bilhões de medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas em todo o mundo.
 

Junho também teve a temperatura global do ar mais alta para o mês, ficando 0,53°C acima da média de 1991 a 2020 e superando o recorde anterior, de 2019, por uma margem substancial.
 

Neste quesito, os recordes de temperaturas foram registradas no noroeste da Europa. Partes do Canadá (que sofre com as piores queimadas da história), Estados Unidos, México, Ásia e leste da Austrália ficaram significativamente mais quentes do que o normal.
 

Ao mesmo tempo, o oeste da Austrália, dos Estados Unidos e da Rússia tiveram mais frio do que o normal.
 

Segundo a agência de notícias AFP, a temperatura média planetária em junho foi de 16,51ºC. Há 15 anos, o mês supera com frequência as médias do período de 1991 a 2020, mas o cientista do observatório europeu Julien Nicolas afirma que junho de 2023 está muito acima dos demais. "É um tipo de anomalia com a qual não estamos acostumados", explicou à agência.
 

Na Antártida, mesmo em meio ao inverno do hemisfério sul, o gelo marinho atingiu sua menor extensão para junho desde o início das observações de satélite, ficando 17% abaixo da média.
 

A extensão do gelo marinho no Ártico ficou ligeiramente abaixo da média, mas bem acima dos valores de junho dos últimos oito anos, em que o derretimento foi acentuado.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/233263-terra-tem-o-mes-de-junho-mais-quente-ja-registrado-na-historia-diz-observatorio-europeu

domingo, 21 de agosto de 2022

Frio pode ter sido a causa da morte de morador de rua em São Paulo

A madrugada de sábado (20) foi de muito frio em São Paulo e uma pessoa em situação de rua foi encontrada morta. Mas a causa da morte ainda está em investigação. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e também pelo padre Julio Lancellotti, que desenvolve um trabalho com a população em situação de rua. A causa da morte ainda está em investigação.

 

O padre usou as suas redes sociais para informar que o morador de rua tinha 47 anos e a suspeita é de que a morte tenha sido provocada por hipotermia.

 

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), a temperatura média registrada foi de 9º C, mas a sensação térmica chegou a 3º C.

 

A Defesa Civil desde sexta-feira (19) colocou a cidade em alerta para baixas temperaturas. No mesmo dia, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou ter encaminhado 268 pessoas para os serviços de acolhimento da rede socioassistencial e distribuído 110 cobertores.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/271642-frio-pode-ter-sido-a-causa-da-morte-de-morador-de-rua-em-sao-paulo.html

sábado, 20 de junho de 2020

Inverno no Hemisfério Sul começa neste sábado

Começa hoje (20), às 18h44, o inverno no Hemisfério Sul. A estação é marcada como um período menos chuvoso nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, e de parte das regiões Norte e Nordeste, O invero se estenderá até as 10h31 do dia 22 de setembro. A diminuição da chuva em boa parte do país acaba por reduzir também a umidade relativa do ar, favorecendo o aumento de queimadas, incêndios florestais e a incidência de doenças respiratórias.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as localidades que, no inverno, costumam apresentar maiores quantidades de chuva são o noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e parte da Região Sul. Outras características da estação são as incursões de massas de ar frio, procedentes do sul do continente. Por causa delas, há no país, queda “acentuada” das temperaturas médias do ar. Também são observadas formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, decorrentes das inversões térmicas.
Segundo o Inmet, as massas de ar frio podem resultar em temperaturas inferiores a 22 ºC sobre a parte leste da regiões Sul e Sudeste, com fenômenos como a formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e no estado do Mato Grosso do Sul; neve em áreas serranas e planaltos da Região Sul; e episódios de friagem nos estados de Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.

Prognósticos 

Região Norte
A previsão climática para a Região Norte é de que a chuva ocorra “próxima ou acima da média climatológica sobre o norte da região e parte leste do Amazonas”, informou, em nota, o Inmet. Ainda de acordo com o instituto, nas demais áreas a tendência é de que a chuva fique abaixo da média, “principalmente no sul da região amazônica, onde normalmente chove abaixo de 300 milímetros no período de julho a setembro”.
A temperatura média nos próximos meses deve ficar acima da média, em especial na divisa entre o Pará e Tocantins. O Inmet alerta que a falta de chuva, associada à alta temperatura local e à baixa umidade do ar favorece a incidência de queimadas e incêndios florestais.
Região Nordeste
Para a Região Nordeste, a previsão é de predomínio de áreas com maior probabilidade de chuva “próxima ou acima da climatologia” durante a estação, principalmente na costa leste, onde o período chuvoso já se aproxima de seu final. Na metade sul do Maranhão, oeste da Bahia, do Rio Grande do Norte e da Paraíba, e no nordeste do Ceará, a chuva permanecerá “ligeiramente abaixo da climatologia”. O interior dessa região terá iniciado seu período de seca nos próximos meses, segundo o Inmet.
A temperatura neste inverno, ao que tudo indica, deverá ficar acima da média no Maranhão, Piauí, oeste da Bahia e parte do Ceará. Nas demais áreas, as temperaturas devem ser próximas à média ou ligeiramente abaixo, principalmente em áreas onde a previsão indica chuva acima da média.
Região Centro-Oeste
No Centro-Oeste, a previsão é de alta probabilidade de a chuva ocorrer dentro ou ligeiramente abaixo da faixa climatológica em grande parte da região. Segundo o Inmet, o período de seca já começou e a tendência é de que a umidade relativa do ar diminua nos próximos meses, “com valores diários que podem ficar abaixo de 30% e picos mínimos abaixo de 20%”.
A expectativa é de que as temperaturas fiquem acima da média, com o ar seco e quente se mantendo principalmente nos meses de agosto e setembro. Isso, segundo o instituto, acaba por favorecer também nessa região a incidência de queimadas e incêndios florestais. “Em algumas localidades do leste de Mato Grosso do Sul, as temperaturas poderão ser ligeiramente abaixo de seus valores climatológicos, devido à passagem de algumas massas de ar frio mais continentais”, acrescenta o Inmet.
Região Sudeste
O trimestre de junho a agosto é o período mais seco da região, especialmente no norte de Minas Gerais. Assim sendo, a chuva deverá ter incidência próxima ou ligeiramente abaixo da média. A exceção fica com o litoral do Rio de Janeiro, sul e extremo oeste de São Paulo, onde a chuva deve ser ligeiramente acima do normal.
A temperatura também deve ficar acima da média em grande parte da região, exceto no norte de Minas Gerais e no Espírito Santo, onde deve ficar próxima ou ligeiramente abaixo da média.
Região Sul
No Sul deverá haver predomínio de chuva acima da média em grande parte da região. Em parte do oeste do Paraná, no extremo sul de Santa Catarina e na parte central do Rio Grande do Sul, a tendência é de que ocorra chuva abaixo da média. “A maior frequência das frentes frias contribuirá para maiores variações nas temperaturas ao longo deste trimestre, com a previsão de temperaturas médias próximas à climatologia em grande parte da região”, informou o Inmet.
De acordo com o órgão, a chegada frequente de massas de ar de origem polar poderá provocar declínio nas temperaturas, possibilitando a ocorrência de geadas em localidades de maior altitude. A expectativa é de temperaturas acima da média no norte do Paraná e no extremo sul do Rio Grande do Sul.
Edição: Aécio Amado
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-06/inverno-no-hemisferio-sul-comeca-neste-sabado