sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Saiba quais os riscos de fumar durante a gravidez

Os malefícios do fumo podem ser ainda mais graves se o hábito permanecer durante a gravidez, pois, além de prejudicar a saúde da futura mãe, o cigarro também causa sérios danos ao feto e pode afetar o desenvolvimento da criança. O alerta vem do médico Jorge Rezende Filho, coordenador do Serviço de Obstetrícia da Casa de Saúde Santa Lúcia, em Botafogo, que, no Dia Nacional do Combate ao Fumo, lembrado hoje, orienta as fumantes que desejam engravidar.

Segundo Jorge Rezende Filho, o tabagismo durante a gestação é responsável por abortos espontâneos, nascimentos prematuros, complicações com a placenta e episódios de hemorragia. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) confirmam o relato do médico, pois apontam que a gestante que fuma tem o dobro de chances de ter um bebê com menor peso e comprimento, comparando-se a uma grávida não fumante.

“O cordão umbilical é responsável por transmitir todos os nutrientes necessários para o bebê durante o período fetal; porém, o mesmo canal condutor é capaz de passar a nicotina e o monóxido de carbono, que causam efeitos gravíssimos no bebê, como danos no aparelho cardiovascular. A criança se torna fumante passiva ainda na barriga da mãe”, informa o coordenador.

Mas não é só antes do parto que os problemas causados pelo uso do cigarro aparecem. Ao nascer, o bebê enfrenta dificuldades criadas pelas toxinas do tabaco. “Bebês de mães fumantes normalmente nascem com peso significativamente baixo, por isso precisam ficar internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), ou ainda desenvolvem a síndrome de morte súbita, uma condição trágica em que um bebê saudável morre subitamente sem nenhuma razão aparente”, explica a neonatologista Nicole Gianini, coordenadora médica do Centro de Tratamento Intensivo Neonatal (Cetrin), da Santa Lúcia.

De acordo com Nicole, as mães devem ser alertadas que os componentes tóxicos da fumaça do cigarro são passados através da amamentação, o que pode prejudicar a saúde da criança, tornando-a suscetível a outras doenças durante o desenvolvimento. Mas, mesmo assim, não se deve suspender o aleitamento.

O crescimento dos bebês também pode ser prejudicado e a criança sofrer com as consequências do tabagismo gestacional por um longo tempo. Segundo Jorge Rezende Filho, a infância pode vir cheia de doenças associadas ao sistema respiratório. “Asma e infecções, por exemplo, são patologias comuns entre pacientes com esse histórico, além de dificuldade de aprendizado e problemas de comportamento”, conclui o obstetra.
 
Fonte: http://camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=226642
   
 
 
 
 
 

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