Paralisação Nacional sexta-feira, em 30 de agosto
Designer: Jachson José
As
Centrais Sindicais de todo o país convocam os trabalhadores para o Dia
Nacional de Paralisação em 30 de agosto, no caso de o governo federal se
recusar a sentar à mesa para negociar a Pauta Trabalhista. Em Salvador,
a APLB-Sindicato apoia as manifestações que ocorrem na Praça da
Piedade, a partir das 9 horas.
Documento unitário do movimento
sindical, a pauta reúne propostas elaboradas para atender às
necessidades dos trabalhadores e o desenvolvimento nacional.Entre outras
reivindicações, exige a exclusão do Projeto de Lei 4.330, que trata da
terceirização, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e
a extinção do Fator Previdenciário.
A decisão do movimento sindical de
realizar uma paralisação nacional foi tomada em decorrência da posição
da presidenta Dilma Rousseff que não tem negociado as reivindicações com
os representantes dos trabalhadores.Na pauta de reivindicações, os
pontos unificados pelas centrais incluem o fim do fator previdenciário;
10% do PIB para a Saúde; 10% do PIB para a Educação; redução da Jornada
de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários; valorização das
Aposentadorias; transporte público e de qualidade; reforma agrária;
mudanças nos Leilões de Petróleo e rechaço ao PL 4330, sobre
terceirização.
Em diversos estados, trabalhadores e
trabalhadoras de várias categorias, convocados pelas centrais sindicais,
promoverão protestos nas portas das federações patronais e
confederações para pressionar os empresários a retirar da pauta da
Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização
da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de
trabalho.
Precarização das condições de trabalho
Na segunda (05) terminaram as
negociações da Mesa Quadripartite (trabalhadores, empresários, governo e
deputados federais), que discutiram alterações no texto do PL da
terceirização do deputado e empresário Sandro Mabel, o projeto de lei
deve ser votado na Câmara Federal no dia 13 de agosto, que representa um
duro ataque aos direitos trabalhistas e uma precarização ainda maior do
trabalho, de acordo com sindicalistas.
Segundo estudos do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o trabalhador
terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, cumpre três horas a mais
em sua jornada semanal e ganha 27% menos que os demais. Outro dado: a
cada dez acidentes de trabalho, oito acontecem entre os terceirizados.
Outros problemas no PL 4330, como o fim
da chamada “responsabilidade solidária”, que transfere à empresa
contratante a obrigação de cumprir com deveres trabalhistas
desrespeitados pela contratada. Isso quer dizer que, se a empresa
terceirizada deixar de pagar aos trabalhadores o FGTS, por exemplo, a
tomadora de serviços não terá mais qualquer responsabilidade por isso, e
o trabalhador não terá a quem recorrer.
Fonte: Portal CTB
http://www.aplbsindicato.org.br/estadualeinterior/destaques/centrais-sindicais-promovem-dia-nacional-de-paralisacao-em-30-de-agosto/
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