segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Conheça os 4 tipos de abuso sexual

A Organização Mundial de Saúde define violência sexual como: “qualquer ato sexual ou tentativa do ato não desejada, ou atos para traficar a sexualidade de uma pessoa, utilizando repressão, ameaças ou força física, praticados por qualquer pessoa independente de suas relações com a vítima, qualquer cenário, incluindo, mas não limitado ao do lar ou do trabalho”.

Situações de abuso, violação e assédio sexual são considerados tipos de violência sexual, esclarece o blog Abuso Sexual Salvador, um dos trabalhos de conclusão do curso de Jornalismo deste semestre, no Centro Universitário Jorge Amado-Unijorge.

Existem quatro categorias dentro de abuso sexual: pedofilia, estupro, assédio sexual e exploração sexual profissional.

Pedofilia
A pedofilia é considerada um transtorno parafílico, onde a pessoa apresenta fantasia e excitação sexual intensa com crianças pré-púberes, efetivando na prática tais urgências, com sentimentos de angústia e sofrimento. O abusador tem no mínimo 16 anos de idade e é pelo menos 5 anos mais velho que a vítima.


Estupro
O estupro é definido forçar alguém a praticar sexo sem o seu consentimento, estando a pessoa consciente ou não, mediante violência ou grave ameaça. É mais comum de acontecer com mulheres. O estuprador, geralmente, é homem e tem sentimentos odiosos em relação às mulheres, sentimentos de inadequação ou insegurança em relação à sua performance sexual. Pode apresentar desvios sexuais como o sadismo ou anormalidades genéticas com tendências à agressividade.

Assédio Sexual
O Assédio Sexual inclui uma aproximação sexual não-bem vinda, uma solicitação de favores sexuais ou qualquer conduta física ou verbal de natureza sexual.

Existem dois tipos de assédio:
-- Quando existe uma pressão sobre a vítima para que preste algum favor sexual por estar hierarquicamente abaixo do molestador
-- Quando há uma pressão para a vítima se sentir num ambiente desagradável por ser do seu sexo específico. Preconceito de gênero.

Exploração Sexual
A exploração sexual ocorre quando há algum tipo de envolvimento sexual (ou intimidade) entre uma pessoa que presta algum serviço (de confiança e com algum poder) e um indivíduo que procurou a sua ajuda profissional.

ONGs que ajudam as vítimas

Existem diversos canais além do Disque 100 para atendimento às vítimas de violência sexual? São serviços telefônicos ou presenciais que trabalham no aconselhamento e atendimento às crianças e adolescentes. Confira abaixo alguns deles relacionados pela Childhood Brasil.

123 Alô!
Presente em mais de 150 países, o canal segue o modelo da rede Child Helpline Internacional, prestando atendimento aos infanto-juvenis no Rio de Janeiro. O serviço funciona desde 2009 e assiste as vítimas por telefone, chat ou e-mail gratuitamente através do 0800 0 123 123.

De acordo com a coordenadora, Vânia Izzo, o grande diferencial está no acolhimento dado aos vulneráveis. “A solidão e a falta de ter com quem falar são as queixas mais frequentes e o cenário para que apareçam as situações de abuso sexual, negligência e violência”, diz.

Após análise cuidadosa dos casos, é feito o encaminhamento para o atendimento psicológico próximo à residência ou, em se tratando de abuso sexual, a criança ou adolescente são orientados a identificar-se para que seja encaminhada uma denúncia ao Conselho Tutelar.

Através do “123 Alô!”, uma média mensal de 283 crianças e adolescentes foram atendidas no período de janeiro a meados de outubro de 2012. Desses, foram 45% via telefone, 47% via e-mail e 8% via chat.

Projeto Viver
Criado em 2001 pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, o Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência Sexual – o Viver, disponibiliza gratuitamente, às vítimas e a seus familiares o atendimento e amparo necessários.

Além da assistência por telefone (0800 284 2222), o Viver tem serviços direcionados ao atendimento presencial em Salvador, onde a vítima é recebida por uma equipe multidisciplinar que realiza o acompanhamento social, médico, psicológico e jurídico.

O projeto funciona mediante parcerias com outras instituições, como Secretaria Estadual de Saúde, Ministério Público e Conselhos Tutelares.

PAVAS
Um serviço que conta com o apoio da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, o Programa de Atenção à Violência Sexual (Pavas) presta atendimento às crianças e adolescentes em situação de abuso sexual e às suas famílias. O trabalho possui ênfase na prevenção e tratamento das consequências da violência sexual, além de ajudar com mecanismos que diminuam a situação de vulnerabilidade.

Nessa linha, as consultas são agendadas pelo telefone (11) 3061 7726 para, inicialmente, ser feita uma triagem por uma equipe especializada. De acordo com o médico da equipe, Théo Lerner, o atendimento é feito primeiramente em grupo e depois cada caso é tratado separadamente. Para mais informações, visite a página do PAVAS.

Centro de Valorização da Vida (CVV)
A proposta do Centro de Valorização da Vida (CVV) é fornecer apoio emocional gratuito às vítimas através do número 141, chat, VoIP, correspondência e de maneira presencial. O projeto possui mais de 2.200 voluntários responsáveis pelo atendimento com foco na prevenção do suicídio.

“Lidamos com qualquer assunto. Nosso objetivo é ouvir a pessoa que liga e entender o que ela está sentindo”, diz Adriana Rizzo, voluntária do CVV.

O blog Abuso Sexual em Salvador é um trabalho das formandas
-- Bruna Correia
-- Camila Barreto
-- Daiane Oliveira
-- Taísa Conrado
-- Thyara Araújo

Fonte: http://camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=192836

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