quarta-feira, 3 de junho de 2020

Covid-19: Brasil bate recorde de mortes registradas em 24h e chega a 31.199

O Ministério da Saúde divulgou ontem(2) o balanço com dados sobre a Covid-19 no Brasil, o número de pessoas diagnosticadas com a doença subiu para 555.383 e o total de mortes chega a 31.199. Foram registrados 28.936 novos casos nas últimas 24 horas, além de 1.262 óbitos.
Do total de mortes notificadas de ontem para hoje, 367 ocorreram nos últimos três dias. Há ainda 4.312 óbitos em investigação.
No último balanço do governo, segunda-feira(1º), o total de infectados chegava a 526.447 e 29.937 mortes confirmadas.
Os cinco estados com o maior número de casos confirmados da doença são: São Paulo (118.295), Rio de Janeiro (56.732), Ceará (53.073), Amazonas (43.195) e Pará (41.207).
A Bahia registrou ontem(2) 736 mortes por Covid-19 e 21.430 casos confirmados da doença em todo o estado, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). 
Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/brasil/92835,enem-2020-inep-prorroga-prazo-de-pagamento-da-taxa-de-inscricao-ate-10-de-junho

Caixa libera hoje saque da 2ª parcela dos R$ 600 para nascidos em abril

Os aniversariantes de abril poderão sacar a 2ª parcela do auxílio emergencial de R$ 600 a partir de hoje (3). Além disso, é possível transferir o dinheiro para qualquer banco. Isso vale só para quem recebeu a 1ª parcela até 30 de abril. Todos esses beneficiários receberam depósito em poupança digital da Caixa até 26 de maio, mas o saque em espécie e a possibilidade de transferir o dinheiro estão sendo autorizados em levas diárias, conforme o mês de nascimento.
De acordo com o UOL, os últimos a poder sacar ou transferir a 2ª parcela, a partir de 13 de junho, são os nascidos em dezembro. A pessoa não é obrigada a sacar no dia da liberação, porque o dinheiro continua disponível.
A exceção neste calendário são os beneficiários do Bolsa Família, que tiveram o saque da 2ª parcela liberado durante as últimas semanas.
Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/brasil/92863,caixa-libera-hoje-saque-da-2a-parcela-dos-r-600-para-nascidos-em-abril

Presidente da Fundação Palmares chama movimento negro de ‘escória maldita'



O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, classificou o movimento negro como “escória maldita”, que abriga “vagabundos”, e chamou Zumbi de “filho da puta que escravizava pretos”. A portas fechadas, Camargo também manifestou desprezo pela agenda da “Consciência Negra”, se referiu a uma mãe de santo como “macumbeira” e prometeudemitir diretores da autarquia que não tiverem como “meta” a demissão de um “esquerdista”. 

As afirmações do presidente da Fundação Palmares foram feitas durante reunião com dois servidores, no dia 30 de abril. O Estadão teve acesso ao áudio da conversa (ouça abaixo este e outros áudios) e apurou que o encontro ocorreu, na tarde daquele dia, para tratar do desaparecimento do celular corporativo de Camargo. Ao ser cobrado pelo ressarcimento do telefone, ele ficou irritado e alegou que o aparelho sumiu no período em que estava afastado do cargo, por decisão judicial.

No diálogo, Camargo diz que havia deixado o celular numa gaveta da fundação e insinua que o furto pode ter sido proposital, com o intuito de prejudicá-lo. É nesse momento que ele se refere ao movimento negro de forma pejorativa, segundo o Estado de São Paulo.

“Eu exonerei três diretores nossos (...). Qualquer um deles pode ter feito isso. Quem poderia? Alguém que quer me prejudicar, invadir esse prédio para me espancar, invadir com a ajuda de gente daqui... O movimento negro, os vagabundos do movimento negro, essa escória maldita”, disse o presidente da Fundação Palmares. “Agora, eu vou pagar essa merda aí”, completou, numa referência ao telefone.

Aos dois servidores, um deles coordenador de gestão, Camargo afirmou ter sido afastado do comando da Palmares, durante três meses, por uma liminar que censurou suas opiniões em redes sociais. Na época, a Justiça considerou suas declarações, minimizando o crime de racismo, incompatíveis com o cargo. Camargo contou que, por causa da suspensão, teria de devolver o salário de dezembro de 2019 e tentaria parcelar o débito em dez vezes, pois havia contraído cerca de R$ 50 mil em dívidas. Logo depois, ameaçou fazer retaliações.

Entre um palavrão e outro, o presidente da Fundação Palmares assegurou que o processo para tirá-lo do comando da autarquia “não vai dar em nada” porque teria havido “usurpação” do poder do presidente Jair Bolsonaro. “Esses filhos da puta da esquerda não admitem negros de direita. Vou colocar meta aqui para todos os diretores, cada um entregar um esquerdista. Quem não entregar esquerdista vai sair. É o mínimo que vocês têm que fazer”, advertiu.

Sob o argumento de que suas opiniões refletem “liberdade de expressão”, Camargo mais uma vez criticou Zumbi dos Palmares, que dá nome à autarquia. “Não tenho que admirar Zumbi dos Palmares, que, para mim, era um filho da puta que escravizava pretos. Não tenho que apoiar agenda consciência negra. Aqui não vai ter, vai ter zero da consciência negra. Quando cheguei aqui, tinham eventos até no Amapá, tinha show de pagode no dia da consciência negra”, protestou.

O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou representação à Procuradoria da República no Distrito Federal, no mês passado, pedindo que o presidente da Fundação Palmares responda na Justiça por improbidade administrativa. A iniciativa foi tomada depois de Camargo ter determinado, no dia 13 de maio – data em que a abolição da escravatura completou 132 anos –, a publicação de uma série de artigos depreciativos sobre Zumbi, símbolo do movimento negro no Brasil, no site oficial da instituição e nas redes sociais. 

No áudio ao qual o Estadão teve acesso, Camargo também se referiu a uma mãe de santo como “macumbeira” e avisou que não daria verba para terreiros, numa alusão a locais usados para cerimônias de candomblé e outras religiões de matriz africana. “Tem gente vazando informação aqui para a mídia, vazando para uma mãe de santo, uma filha da puta de uma macumbeira, uma tal de Mãe Baiana, que ficava aqui infernizando a vida de todo mundo”, disse ele, numa referência a Adna dos Santos. 

Conhecida como Mãe Baiana, Adna é uma das lideranças mais atuantes do candomblé no Distrito Federal. “Não vai ter nada para terreiro na Palmares enquanto eu estiver aqui dentro. Nada. Zero. Macumbeiro não vai ter nem um centavo”, garantiu Camargo. Em outro trecho da gravação, ele trata com desdém a cultura afrodescendente. “Eu não vou querer emenda dessa gente aqui. Para promover capoeira? Vai se ferrar”, esbravejou.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249315-presidente-da-fundacao-palmares-chama-movimento-negro-de-escoria-maldita.html

Dono da Havan teve auxílio emergencial de R$ 600 aprovado



Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, foi cadastrado e aprovado no programa de auxílio emergencial concedido pelo governo federal em razão da pandemia de coronavírus. O caso veio à tona nesta terça-feira (2) após o empresário ter seus dados vazados por supostos hackers.

Hang nega ter solicitado o auxílio, que prevê pagamento de R$ 600 por três meses para os beneficiários. O empresário, notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirma ter pedido à PF (Polícia Federal) uma investigação sobre a fraude e o vazamento de seus dados pessoais.

O caso foi revelado pelo site O Antagonista.

"Como todo brasileiro de bem me sinto lesado com esses atos criminosos, que têm por objetivo apenas prejudicar as vítimas e suas famílias. Os autores devem ser exemplarmente condenados e punidos", diz Hang em nota.

O dono da Havan afirma que recebeu nesta terça-feira (2) "informações de que hakers estão solicitando pedido de auxílio emergencial usando o seu CPF" e diz que já reportou o crime de fraude à PF.

No site da Caixa, o status do suposto pedido de Hang aparecia às 18h45 desta terça (2) como "em avaliação", mas havia também informação de que o auxílio havia sido "aprovado e enviado para crédito".

A Controladoria-Geral da União disse no dia 26 de maio que divulgaria em até 15 dias a lista com os cerca de 53 milhões de cadastrados que receberão o auxílio emergencial por causa da pandemia de coronavírus.

Hang aparece como o sétimo homem mais rico do país na última lista de bilionários elaborada pela revista Forbes. O empresário teria patrimônio de US$ 3,6 bilhões (R$ 18,72 bilhões no câmbio atual), de acordo com a publicação.

A reportagem questionou o banco sobre o caso. Em nota, a Caixa diz que faz os pagamentos do benefício, e que a Dataprev e o Ministério da Cidadania é que fazem a análise sobre a conessão.

Procurada, a Dataprev (responsável pelo cruzamento de dados que deveria evitar fraudes) não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Pelas regras atuais, podem solicitar o auxílio e,ergencial à Caixa os desempregados maiores de 18 anos que não recebam benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família.

A renda familiar mensal do solicitante precisa ser de até R$ 522,50 por pessoa ou de até três salários mínimos (R$ 3.135,00) ao todo.

Além disso, existe a exigência de que o solicitante não tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/81253-dono-da-havan-teve-auxilio-emergencial-de-r-600-aprovado.html

Andaraí e mais 21 cidades têm transporte intermunicipal suspenso devido à Covid-19



A suspensão de transporte intermunicipal devido à pandemia do novo coronavírus ampliou a medida para mais 22 municípios baianos. Com isso, o número de cidades com o serviço interrompido chega a 281. Segundo decreto publicado nesta quarta-feira (3) a lista acrescenta a partir desta quinta-feira (4) as cidades de: Água Fria e Santanópolis, no Portal do Sertão; Andaraí, na Chapada Diamantina; Aramari e Jandaíra, no agreste; Aurelino Leal, no sul; Caldeirão Grande, no Piemonte Norte do Itapicuru; Candeal, na região sisaleira; Caravelas, no extremo sul; Correntina, Serra Dourada e Wanderley, no oeste; Dom Basílio, Maetinga, Palmas de Monte Alto e Ribeirão do Largo, no sudoeste; Ituberá, no Baixo Sul; Lafaiete Coutinho, no Vale do Jiquiriçá; Lapão, no centro norte; Rui Barbosa, no Piemonte do Paraguaçu e Serrolândia, no Piemonte da Diamantina. 

Como os decretos anteriores, os veículos só podem sair das cidades até a 1h desta quinta, enquanto que para chegar o limite é às 9h do mesmo dia. Transporte intermunicipal é entendido como qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, feito nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans. 

RETORNO 
O decreto também autoriza o retorno do transporte intermunicipal nos municípios de Aracatu, Barro Preto, Caculé, Medeiros Neto e Pedrão. A justificativa para liberação é que nesses municípios não ocorrem casos de Covid-19 há pelo menos 14 dias. O tempo é considerado para a cura do paciente infectado com o novo coronavírus e, por sua vez, com a eliminação do risco de transmissão da enfermidade para outras pessoas. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/21122-andarai-e-mais-21-cidades-tem-transporte-intermunicipal-suspenso-devido-a-covid-19.html

terça-feira, 2 de junho de 2020

Keilliany possui a sindrome de arnold-chiari está em Inhambupe e precisa efetuar uma transferência com urgência para um Hospital com Hemoba


No próximo sábado, dia 06 de junho tem Live com Gessica Larisse, Vado do Arrocha e Jhunner Luz

Na próxima quarta-feira, dia 03 de junho tem Live entre o Mestre Papel e o Mestre Trovão no Instagram

Essa matéria é para quem tem instagram, o Mestre Papel de Inhambupe Bahia vem fazendo muitas lives na sua página Campo de Mandinga, onde já teve vários bate papos com personalidades da capoeira e de história.

Parabéns ao Mestre Papel, as pessoas estão aprendendo muito com suas lives.

Confira a nota de Mestre Papel.

"Bate-papo com o Mestre Trovão, responsável pelo Centro Físico e Cultural de Capoeira Raízes da Regional em Salvador, praticante da Luta Regional Baiana, busca preservar as diretrizes dessa vertente.

🤸🏻‍♂️🔯®️⚔️

Vamos falar de:

👉🏻Trajetória do Mestre na capoeira;

👉🏻Fundamentos, rituais e tradições;

👉🏻Teste de admissão;

👉🏻Batizado na capoeira Regional;

👉🏻Formatura;

👉🏻Especialização;

👉🏻Esquenta banho;

👉🏻Cantoria (quadra e corrido);

📲LIVE pelo Instagram:

ctcdoinhambupe


🗓️Quarta 03/06 às 16hs".

O que significa ser antifascista e por que o bolsonarismo é o fascismo do século 21


“No Brasil, hoje, nós temos o fascismo. Não são traços de fascismo, aspectos de fascismo. É o fascismo", afirma o professor da Unicamp - Nelson Almeida/AFP

Manifestações autodenominadas “antifascistas” nas ruas e na internet levantam o debate sobre o uso do termo no Brasil

Desde as eleições presidenciais de 2018, as palavras “fascista” e “fascismo” passaram a figurar assiduamente no debate político, principalmente pautadas pelos discursos e práticas de Jair Bolsonaro (sem partido). O termo figurou nos noticiários no último final de semana e nesta segunda-feira (1º), por conta da repercussão da manifestação autodenominada “antifascista em defesa da democracia” realizada em São Paulo por torcidas organizadas de clubes de futebol.
Assim como Bolsonaro, nos Estados Unidos, Donald Trump também enfrenta uma série de protestos desencadeados pelo assassinato do cidadão estadunidense George Floyd – morto pela polícia de Mineápolis na última segunda-feira (25) –, pautados pelo antirracismo, mas que também levantam a bandeira antifascista. Além de ameaçar as manifestações com um possível uso das Forças Armadas, Trump prometeu, pelo Twitter, classificar grupos antifascistas como organizações terroristas.
O ato foi prontamente aplaudido pela família Bolsonaro, também por meio do Twitter. Não por coincidência o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-SP) protocolou, na tarde desta segunda, um Projeto de Lei (PL) pedindo que grupos antifascistas sejam classificados como terroristas e enquadrados na Lei Antiterrorismo.
Mas o que significa ser fascista e antifascista?
Armando Boito Júnior, professor Titular de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que o fascismo é um um movimento social reacionário que se situa nas camadas intermediárias da sociedade capitalista, ou seja, nas classes médias, e tem como principal objetivo a eliminação da esquerda do processo do político.
Segundo ele, o fascismo tem uma ideologia “de culto à violência, anticomunista, contrária aos movimentos de modernização e democratização dos costumes e da sociedade”, e é um regime político cujo auge pode desembocar em uma ditadura fascista, onde há a paralisia das liberdades coletivas e individuais. 
Na mesma linha, Valério Arcary, doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), explica que o fascismo surge para anular a força política da classe trabalhadora para garantir a manutenção e o desenvolvimento dos negócios capitalistas.
Para atingir esse objetivo, afirma Arcary, a primeira meta do fascismo é anular os movimentos de esquerda para, como ocorre no Brasil, "poder avançar na ruralização da Amazônia, impor a superexploração sem contrato de trabalhos no mundo urbano, anular a luta das mulheres por direitos iguais”, por exemplo.
Arcary entende o bolsonarismo como um exemplo de fascismo do século século 21, por isso movimentos antifascistas também têm sido observados no Brasil. “O seu objetivo é subverter todas as liberdades democráticas conquistadas pela geração da década de 1980. Diante disso, surge um movimento antifascista, que tem como objetivo, então, a defesa das liberdades democráticas e, portanto, interromper a corrente fascista”, agregando todos aqueles que defendem as liberdades democráticas, sendo, portanto, heterogêneo, explica Arcary.
E o neofascismo?
Diferente do fascismo, o neofascismo traz certas particularidades do século 21, em relação ao movimento fascista do século 20, organizado em torno de regimes como o de Adolf Hitler, na Alemanha, o de Benito Mussolini, na Itália, o de António Salazar, em Portugal, e o de Francisco Franco, na Espanha.
Segundo Valério Arcary, “o neofascismo é o fascismo do século 21. Os fascistas do século 21 são uma família, mas o gênero é fascista. Assim como fascismo do século 20 tinha o salazarismo, franquismo, nazismo. Mas era um movimento de um mesmo gênero, eram todos fascistas, divididos em várias famílias. O bolsonarismo é o fascismo brasileiro do século 21”. 
Boito Júnior destaca que no neofascismo brasileiro há um grande envolvimento da classe média, e à diferença do fascismo clássico, há um alinhamento aos setores da burguesia mais ligados ao capital estrangeiro, criando uma espécie de fascismo neoliberal.
“O governo neofascista no Brasil organiza prioritariamente os interesses do capital estrangeiro, abrindo a economia privatizante, desregulamentado e cortando direitos dos trabalhadores. É o programa neoliberal. Então, não tem contradição nenhuma dizer que o fascismo brasileiro é neoliberal.”
O caso brasileiro em questão
Alguns autores brasileiros se negam a utilizar o termo neofascismo ou fascismo para o cenário atual, por acreditarem que não há elementos suficientes para tal caracterização. Júnior, no entanto, alerta: “aqueles que ainda relutam ou recusam estão subestimando o perigo que nos ameaça, porque todo governo fascista tem como programa máximo implantar uma ditadura, usando o conceito de fascismo você está consciente desse perigo, não utilizando você está subestimando o perigo.”
 
Aqueles que ainda relutam ou recusam estão subestimando o perigo que nos ameaça, porque todo governo fascista tem como programa máximo implantar uma ditadura.
 
Outros autores, ainda, caracterizam o governo de Jair Bolsonaro como um populismo de direita. Para o professor da Unicamp, essa é uma caracterização “equivocada, porque significa dizer que o Jair Bolsonaro pertence a mesma família política do João Goulart, do Leonel Brizola, só que mais à direita”. 
Segundo Júnior, o populismo é uma política personalista, que cultura a pessoa do líder. “Bom, o fascismo fez isso com Hitler e Mussolini.” Na verdade, para o professor, a personalização é uma tendência geral da liderança política na sociedade capitalista, e não é  suficiente para caracterizar um movimento político.
Em consonância, Valério Arcary afirma que, no Brasil, mais do que reacionário, o movimento fascista é da extrema-direita e contrarrevolucionário. “Temer era reacionário. Bolsonaro é contrarrevolucionário. É qualitativamente mais perigoso, destrutivo, é o inimigo da democracia”, defende Arcary. Para o estudioso, a peculiaridade do bolsonarismo é ser implementação do fascismo por dentro das instituições.
“Ele vai anulando as próprias instituições do regime democrático liberal, em que há pesos e contrapesos. Para os fascistas, é preciso tirar do caminho qualquer tipo de fiscalização do Congresso Nacional e de limitação do Supremo Tribunal Federal. Ele tem de anular as outras instituições e concentrar todos os poderes no Executivo, porque o fascismo é a contrarrevolução, não é só reação”, afirma Arcary.


Edição: Rodrigo Chagas
Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2020/06/01/o-que-significa-ser-antifascista-e-por-que-o-bolsonarismo-e-o-fascismo-do-seculo-21

Governo aprova recomendações para acolher mulheres vítimas de violência na pandemia



O Ministério da Cidadania publicou uma série de recomendações para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar em meio à pandemia do novo coronavírus. A Portaria prevê acolhimento no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas), e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2).

O texto justifica a importância ao citar a publicação "Gênero e COVID-19 na América Latina e no Caribe: dimensões de gênero na resposta da ONU Mulheres", de março de 2020, que afirma que em um contexto de emergência, crescem os riscos de violência contra mulheres e meninas, especialmente a violência doméstica.

"O aumento do risco de as mulheres sofrerem violência doméstica e familiar nesse período de distanciamento social deve-se ao aumento das tensões em casa e também ao confinamento das mulheres. As mulheres vítimas de violência doméstica e familiar podem enfrentar obstáculos adicionais em meio à pandemia da Covid-19, como mais dificuldade de acesso aos serviços de proteção (pelas restrições de circulação nas cidades ou por interrupção das ofertas dos serviços) e barreiras para se separar do parceiro violento devido ao impacto econômico na vida de suas famílias, principalmente no caso das trabalhadoras informais ou domésticas", diz o texto.

A nota técnica configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial (Artigo 5º da Lei nº 11.340 de 2006 - Lei Maria da Penha).

O documento indica que o objetivo é levantar informações e planejar ações de contingência, em conjunto com os coordenadores das unidades socioassistenciais, criando canais que facilitem a comunicação entre as unidades e a gestão local. Assim como reorganizar as ofertas dos serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade para o atendimento e acompanhamento de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249292-governo-aprova-recomendacoes-para-acolher-mulheres-vitimas-de-violencia-na-pandemia.html

'É preciso coragem para reconhecer e corrigir', diz Ivete ao se posicionar contra o racismo



Em um momento em que as questões raciais provocam grandes manifestações em todo mundo, principalmente nos Estados Unidos e no Brasil, a cantora Ivete Sangalo utilizou as redes sociais, nesta terça-feira (2), para se posicionar contra o racismo. As declarações da artista foram publicadas através de um texto em sua conta no Instagram. 

“Jamais sentirei ou saberei o que é uma condenação infundada pela cor de pele. Jamais saberei o que é não ter privilégios pela cor da pele. Jamais terei que falar aos meus filhos que eles foram preteridos pela cor da pele”, reconheceu cantora, de início.

Em seguida, para os internautas, a cantora afirmou que “mudar é além de saber, sentir e ter um propósito” e que “primeiro é preciso assumir e reconhecer que o racismo existe”. “Parece simbólico, mas isso é algo grande e relevante. Ter um olhar atento e dinâmico e buscar fazer novas escolhas”, disse. 

Segundo Ivete, “sempre foi nossa responsabilidade, urgente e necessária, fazer com que a transformação aconteça por onde caminhamos”. Para ela, além do racismo de fato existir, “está entranhado na história do mundo, cortando como navalha a vida” das pessoas. A cantora também acredita que o racismo está dentro de casa, mas que “é preciso coragem para reconhecer e corrigir”. 

“Cabe a cada um de nós aprender, compartilhar e evoluir para que haja uma mudança real. A existência desse sentimento mesquinho e doentio é retratado de nossa involução! Estamos falando de gente! O olhar, a oportunidade, as prioridades, e acima de tudo o respeito”, continuou.  

No posicionamento, Ivete também afirmou que “nem todos querem que vivamos numa sociedade mais justa e igualitária”, e explicou que a justiça e a igualdade “é um direito de todos”, que “deve ser exercido”.

Ao término do posicionamento, a cantora destacou que é “imprescindível convocar todos aqueles que querem transformar”, reconhecendo que é “uma premissa para novos tempos” e que o “novo não é repetir o mesmo erro.” “É impossível apagar da história todo o sofrimento, mas é possível fazer um amanhã diferente”, finalizou. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/58214-e-preciso-coragem-para-reconhecer-e-corrigir-diz-ivete-ao-se-posicionar-contra-o-racismo.html

Confira:

Pedidos de auxílio emergencial em análise somam 11 milhões



O número de pessoas com o pedido do auxílio emergencial em análise subiu de 10,9 milhões na última segunda-feira (1) para 11 milhões nesta terça-feira (2), segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. 

Do total, 5,7 milhões de cadastros estão em primeira análise e outros 5,3 milhões em segunda ou terceira análise, quando o cadastro foi considerado inconsistente e a Caixa permitiu a contestação da resposta ou a correção de informações, de acordo com a Agência Brasil.

O banco recebeu 106,6 milhões de solicitações de cadastro no aplicativo e no site, das quais 101,2 milhões foram processadas até agora. Do total de cadastros processados, 59 milhões foram considerados elegíveis e 42,2 milhões inelegíveis. O cadastro no programa pode ser feito no aplicativo Caixa Auxílio Emergencial ou no site auxilio.caixa.gov.br.

Na última sexta-feira (29), o banco terminou de pagar a segunda parcela aos beneficiários. Segundo o balanço acumulado apresentado até agora, a instituição desembolsou R$ 76,6 bilhões, somadas ambas as parcelas. No total, 58,6 milhões de pessoas receberam alguma parcela do benefício desde que o programa foi criado, em abril, para ajudar as pessoas a enfrentar os impactos da crise causada pela pandemia da Covid-19.

Considerando apenas a segunda parcela, 19,50 milhões de brasileiros receberam R$ 35,5 bilhões. Do total pago até agora, R$ 30,3 bilhões foram para beneficiários do Bolsa Família, R$ 14 bilhões para aqueles inscritos no Cadastro Único para os Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e R$ 32,3 bilhões para trabalhadores informais que se cadastraram pelo site ou pelo aplicativo.

O pagamento da segunda parcela acabou na última sexta-feira (29). De sábado (30) até o próximo dia 13, os beneficiários estão sacando o dinheiro do lote, conforme um cronograma baseado no mês de aniversário. Hoje, cerca de 2,7 milhões de pessoas nascidas em março foram às agências da Caixa retirar o auxílio.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249300-pedidos-de-auxilio-emergencial-em-analise-somam-11-milhoes.html

Otto é alternativa para presidência da República do PSD em 2022, diz Kassab



O senador pela Bahia Otto Alencar foi apresentado como alternativa para o PSD disputar a presidência da República em 2022. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o presidente nacional do PSD, o ex-ministro Gilbeto Kassab, afirmou que o partido irá apresentar uma candidatura de “centro radical que conversa com os progressivas e com os liberais”.

Além de Otto, Kassab destacou quatro nomes pré-selecionados para apresentação do partido possíveis que podem ser apresentados: os senadores Antonio Anastasia e Nelsinho Trad e os deputados federais André de Paula e Fábio Trad. O ex-prefeito de São Paulo lembrou, no entanto, que outros nomes da militância do partido poderão se apresentar para o debate.

O mandato de Otto como senador pela Bahia é encerrado em 2022. Ele pode disputar a reeleição e ainda é apontado como possível candidato ao governo do estado.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249270-otto-e-alternativa-para-presidencia-da-republica-do-psd-em-2022-diz-kassab.html

Manifestações antirracismo chegam à 7ª noite com EUA no limite



Menos de 24 horas depois de a Casa Branca ter ficado completamente às escuras, os manifestantes voltaram à residência oficial do presidente Donald Trump, em Washington, nesta segunda-feira (1º), no quarto dia de protestos na capital americana (e o sétimo no país).

Com a polícia reprimindo os ativistas e tanques protegendo os arredores da Casa Branca, Trump disse que vai mandar "milhares e milhares" de homens do Exército fortemente armados para as ruas caso os prefeitos e governadores não consigam conter as manifestações contra o racismo que tomaram conta de várias cidades do país na última semana.

"Meu primeiro dever é defender o país", afirmou, nos jardins da residência oficial, enquanto bombas de gás lacrimogêneo eram jogadas contra manifestantes pacíficos, a poucos metros de onde Trump falava. "Estamos colocando um fim aos tumultos e à falta de lei."

Em tom firme, o presidente pediu que os governadores e prefeitos usem as forças da Guarda Nacional em número suficiente para conter as ruas.

"Se uma cidade ou estado se recusar a tomar as medidas necessárias para defender a vida e a propriedade de seus residentes, então implantarei as forças armadas dos Estados Unidos e rapidamente resolverei o problema para eles."

Depois das declarações, em um movimento inédito e visto pelos analistas como tentativa de demonstrar força e controle, Trump atravessou os jardins e caminhou até a histórica igreja de St. John, do século 19, que tinha sido parcialmente vandalizada no domingo.

Ele carregava uma Bíblia e reuniu parte de sua equipe diante de fotógrafos e cinegrafistas.

Horas antes, sob o sol forte da primavera, pichações, prédios queimados e lojas depredadas remetiam à conflituosa madrugada de protestos contra a violência policial e o racismo em Washigton.

Depois de manifestações pacíficas durante o dia, o início da noite de domingo (31) foi também o começo da escalada dos confrontos entre policiais e ativistas na capital do país, e as luzes da residência oficial do presidente dos EUA foram apagadas por segurança.

A dinâmica dos protestos em Washington refletiu a dicotomia entre o dia e a noite nos atos que já atingiram mais de 140 cidades americanas.

Grande parte das manifestações transcorre de forma tranquila durante o dia, mas o cair da noite divide os grupos e tem mudado o clima em muitas regiões.

Desde o início da semana passada, milhares de pessoas pedem justiça pela morte de George Floyd.

Negro e desarmado, o ex-segurança de 46 anos teve o pescoço prensado contra o chão por quase nove minutos pelo joelho de um policial branco em Minnesota. O agora ex-policial Derek Chauvin foi preso na sexta-feira (29) e transferido no domingo para uma prisão de segurança máxima, onde espera julgamento.

O agente já foi objeto de 18 inquéritos disciplinares, dos quais 16 foram encerrados sem nenhum tipo de punição. Ele foi demitido da polícia logo após o episódio vir à tona.

Nesta segunda, médicos independentes apontaram que Floyd foi morto por "asfixia mecânica", o que difere do relatório divulgado pela polícia anteriormente.

A ação, gravada por testemunhas que passavam pelo local, viralizou nas redes sociais e mobilizou o país.

Os atos contra a violência sistemática da polícia têm escancarado mais uma vez as desigualdades e o racismo estrutural que atravessa as instituições americanas.

Eles ganham força no momento em que o país sofre com a pandemia do coronavírus, que já matou mais de 100 mil pessoas e mergulhou os americanos -principalmente os negros- em uma combinação de crise econômica e de saúde pública sem precedente.

Conforme os protestos se alastram, aumentam também os embates entre policiais e manifestantes, ilustrados por cenas de barbárie, que resultaram no aumento de prisões e mortes em diversas cidades.

No domingo, ativistas saquearam lojas e queimaram carros.

Os policiais reagiram com bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e spray de pimenta.

Nesta segunda, os ativistas esperavam um roteiro parecido.

Às 16h (17h de Brasília), centenas de manifestantes estavam na praça Lafayette, em frente à sede do governo americano. Com placas que diziam "black lives matter" (vidas de negros importam) e "I can't breath" (eu não consigo respirar), pediam justiça e vociferavam estar cansados de serem mortos por policiais. Mas não havia confusão.

Quando uma garrafa cheia de leite foi atirada contra policiais, manifestantes vaiaram e pediram que objetos não fossem arremessados.

"Assim vocês não ajudam", disse no megafone Arianna Evans, 23, formada em ciência política.

Os gritos eram disparados em frente a uma fileira de pelo menos 70 policiais, que posicionaram grades de proteção em um cordão de isolamento, desta vez a quase dois quarteirões da Casa Branca.

Eram homens do Serviço Secreto, da Guarda Nacional e do Exército americano.

Pouco antes das 18h, o ato havia quase dobrado de tamanho, o efetivo policial foi ainda mais reforçado e outras garrafas foram arremessadas contra os agentes. Eles revidaram com bombas de gás, causando correria e gritos.

Após o aumento da segurança oficial nas laterais da praça em frente à Casa Branca, ativistas entraram em confronto com policiais, que reagiram com cassetetes, e duas pessoas foram feridas na cabeça. Faltava meia hora para começar o toque de recolher, e o número de pessoas nas ruas só crescia.

Em poucos minutos, a confusão aumentou, e os policiais avançaram com bombas, encurralando os manifestantes, que se ajoelhavam no chão para evitar o confronto.

Na primeira vez em que os manifestantes por Floyd se postaram diante da residência oficial do presidente, na sexta-feira (29), houve princípio de tumulto quando um grupo tentou derrubar as grades que estavam a poucos metros da sede do governo.

Segundo o jornal The New York Times, o presidente Donald Trump e sua família foram levados a um abrigo subterrâneo, usado geralmente durante ataques terroristas, e lá ficaram por uma hora.

No sábado e no domingo, a situação piorou. Os protestos cresceram em número de pessoas que marchavam de dia e também na intensidade dos confrontos que se estenderam durante a noite.

A prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, declarou toque de recolher às 23h do domingo, assim como pelo menos outras 40 cidades do país, mas isso não impediu que os atos entrassem pela madrugada.

Mais de 4.400 pessoas foram presas em todo o país desde quinta-feira, segundo a agência de notícias AP, sob acusações de roubo e descumprimento do toque de recolher.

Nesta segunda, a prefeita de Washington decretou o recolhimento mais cedo, às 19h, acrescentando que a cidade está se preparando "para vários dias de manifestações."

Parte dos policiais na capital e no restante do país tem agido também contra jornalistas, atingidos por balas de borracha e spray de pimenta enquanto estão trabalhando e devidamente identificados.

Trump alimenta a retórica raivosa contra a imprensa e o que chama de esquerda radical e anarquistas, em um movimento que atrela o discurso da ordem à polarização, no habitual aceno a seus eleitores conservadores.

Enquanto o presidente insufla a repressão violenta aos protestos, os confrontos se repetem, além de Washington, em cidades como Nova York, Filadélfia, Santa Monica, San Diego, Los Angeles, Atlanta, Chicago, Boston, Louisville e Minneapolis, onde Floyd foi morto na segunda (25).

Foi ali que ativistas viram um caminhão-tanque avançar sobre um grupo de pessoas no domingo. Era a quinta noite seguida com incêndios, saques e vandalismo em Minneapolis.

Segundo a agência Reuters, o motorista foi retirado do veículo e espancado, mas ninguém ficou gravemente ferido.

Em Louisville, no estado de Kentucky, um homem levou um tiro e morreu durante a tentativa da polícia de dispersar pessoas em um estacionamento.

Os policiais afirmam que foram atacados primeiro e, então, a Guarda Nacional revidou à bala.

Um policial na Califórnia e um manifestante em Michigan já haviam sido mortos na semana passada e, a eles, uniram-se novas vítimas.

Ao menos 27 estados, mais a capital americana, convocaram a Guarda Nacional para ajudar a reprimir protestos. A medida é considerada extrema e, em Minnesota, por exemplo, foi tomada na semana passada pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Em Nova York, a polícia prendeu cerca de 350 pessoas entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, e 30 policiais tiveram ferimentos leves. Já na noite de domingo, foram cerca de 200 presos, principalmente nos distritos de Manhattan e Brooklyn, e pelo menos sete policiais ficaram feridos.

O prefeito Bill de Blasio afirmou que a conduta dos policiais está sendo investigada e que serão examinados vídeos que mostram veículos da polícia avançando sobre uma multidão de manifestantes que jogava entulho contra um dos carros, no bairro do Brooklyn.

A filha do prefeito chegou a ser detida pela polícia por participar de uma assembleia ilegal na noite de sábado, mas foi liberada.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/81150-manifestacoes-antirracismo-chegam-a-7-noite-com-eua-no-limite.html