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segunda-feira, 8 de março de 2021

Origem do dia Internacional da Mulher


 

O Dia Internacional da Mulher é comemorado mundialmente no dia 08 de março.

A data frisa a importância da mulher na sociedade e a história da luta pelos seus direitos. É comum nesse dia, as pessoas homenagearam as mulheres com flores, presentes, mensagens e frases.

Em alguns lugares, ocorrem conferências e eventos dedicados aos temas da igualdade de gênero, violência contra a mulher, conquistas e histórias de luta, feminismo, etc.

Origem do Dia da Mulher

A origem do Dia Internacional da Mulher está repleta de controvérsias. Alguns associam o surgimento da data com a greve das mulheres que trabalhavam em Nova York na Triangle Shirtwaist Company e, consequentemente, ao incêndio que ocorreu em 1911.

Já outros, indicam que ela surgiu na Revolução Russa de 1917, a qual esteve marcada por diversas manifestações e reivindicações por parte das mulheres operárias.

No dia 08 de março de 1917 cerca de 90 mil operárias russas percorreram as ruas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, ao mesmo tempo que se manifestavam contra as ações do Czar Nicolau II.

Esse evento, que deu origem à data, ficou conhecido como "Pão e Paz". Isso porque as manifestantes também lutavam contra a fome e a primeira guerra mundial (1914-1918).

Além disso, em decorrência de um mal entendido feito por jornais alemães e franceses, foi criado um mito em torno do dia 8 de março de 1857, quando supostamente teria acontecido uma greve, que na verdade não ocorreu.

Manifestação na Rússia em 1917
Manifestação na Rússia em 1917

Ainda que existam diferentes versões sobre a origem da data, ambos os movimentos tinham o objetivo de alertar sobre o estado insalubre de trabalho que as mulheres estavam sujeitas.

Destacam-se aqui, as longas jornadas de trabalho e os baixos salários que recebiam. Portanto, a luta dessas operárias focava na busca de melhores condições de vida e trabalho, além do direito ao voto.

Diante desse panorama, a criação de um dia dedicado à luta das mulheres foi sendo delineada por manifestações que ocorreram concomitantemente nos Estados Unidos e em diversas cidades da Europa em finais do século XIX e início do século XX.

Movimento nos Estados Unidos

Anterior ao movimento das operárias russas, em 1908 houve uma greve das mulheres que trabalhavam na fábrica de confecção de camisas chamada de "Triangle Shirtwaist Company", localizada em Nova York.

Funcionárias da Triangle Shirtwaist Company
Funcionárias da Triangle Shirtwaist Company

Essas trabalhadores costuravam cerca de 14 horas diárias e recebiam entre 6 e 10 dólares por semana.

Assim, além de reivindicarem melhores condições de trabalho e diminuição da carga horária, as funcionárias buscavam aumento de salários. Isso porque naquela época, os homens recebiam muito mais do que as mulheres.

Em 28 fevereiro de 1909 aconteceu a primeira celebração das mulheres nos Estados Unidos. Esse evento surgiu inspirado na greve das operárias da fábrica de tecidos que ocorrera no ano anterior.

Infelizmente, o movimento foi finalizado de maneira trágica e no dia 25 de março de 1911, a fábrica pegou fogo com várias mulheres no interior do edifício.

O resultado foi a morte de 146 pessoas dentre as 500 que trabalhavam lá e, desse número, cerca de 20 eram homens. A maioria das funcionárias que morreram eram imigrantes judias e algumas tinham apenas 14 anos.

Incêndio no edifício da Triangle Shirtwaist Company
Incêndio no edifício Asch onde a Triangle Shirtwaist Company ocupava os três últimos andares

Vale notar que o local não estava preparado para um incêndio, visto que não possuía extintores, o sistema de iluminação era a gás e ainda, era permitido as pessoas fumarem.

Após o trágico incidente, a legislação de segurança para incêndios foi reformulada e as leis trabalhistas foram revisadas e muitas conquistas foram adquiridas.

Curiosidade: você sabia?

Um ano antes desse evento, em 1910, realizou-se na Dinamarca a "II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas". Na ocasião, Clara Zetkin, do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um dia dedicado às mulheres.

Entretanto, a data foi definitivamente instituída pela ONU no ano de 1975, em homenagem à luta e às conquistas das mulheres. A escolha do dia 8 de março, por sua vez, está relacionada com a greve das operárias russas de 1917.

Lei Maria da Penha

No geral, a história das mulheres esteve marcada pela submissão, bem como pela violência.

A despeito de hoje em dia a mulher ter alcançado muitos direitos, a luta ainda continua, visto que ainda sofrem com o preconceito, a desvalorização e o desrespeito.

Maria da Penha
Maria da Penha, a farmacêutica responsável pela Lei que leva seu nome

No Brasil, foi em 1932, no governo Getúlio Vargas, que as mulheres adquirem o direito ao voto. Em 2006, por sua vez, foi sancionada a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha. O nome é uma homenagem à farmacêutica que sofreu violência do marido durante anos.

A lei é considerada um marco na história de luta das mulheres brasileiras contra a violência doméstica.

Veja mais em:

Curiosidades sobre o Dia da Mulher

  • 05 de setembro é comemorado o "Dia Internacional da Mulher Indígena" instituído em 1983. A data é uma homenagem à mulher quéchua Bartolina Sisa, esquartejada durante a rebelião anticolonial de Túpac Katari, no Alto Peru (atual Bolívia).
  • 25 de Novembro é comemorado o "Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher" instituído em 1981, no "Primeiro Encontro Feminista da latino-americano e do Caribe", e oficialmente adotado pela ONU em 1999. A data marca o assassinato das revolucionárias dominicanas "Irmãs Mirabal".
  • 25 de julho é comemorado o "Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra". A data, instituída em 2014, é uma homenagem à líder quilombola que viveu no Brasil no século XVIII.
  • Em 1908, em Nova York, cerca de 15 mil mulheres marcharam reivindicando, dentre outros direitos, o do voto. Elas desfilaram segurando pães e rosas, uma vez que o pão representava a estabilidade econômica, enquanto as rosas significavam melhor qualidade de vida. Por isso, esse movimento ficou conhecido como "Pão e Rosas".
  • A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) é um movimento feminista internacional que surgiu em diversos países no dia 8 de março de 2000, Dia Internacional da Mulher .
  • Em 2010 no Brasil, a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) foi representada pela ação de 3.000 mulheres que caminharam, durante 10 dias 120 km, de São Paulo a Campinas.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/dia-internacional-da-mulher/

sexta-feira, 5 de março de 2021

IBGE: mulheres ocupavam 36,2% dos cargos de chefias na Bahia em 2019

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira, 4, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, apesar de serem pouco mais da metade da população baiana (51,6% dos 14,9 milhões de habitantes), em 2019, as mulheres ocupavam pouco mais de um terço dos cargos gerenciais (36,2%) nos locais de trabalho.

Os dados fazem parte da segunda edição da pesquisa "Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil".

A pesquisa destaca a Bahia como 9ª colocada na lista dos estados brasileiros com menor participação de mulheres em cargos de gerência, e mais baixa do Nordeste. O ente federativo com a menor taxa de participação é o Mato Grosso, com 30,6%; enquanto o estado com maior participação de mulheres em cargos de chefia é o Piauí, com 53%, único estado onde a maioria das pessoas em cargos de chefia é mulher.

 

Tabela do IBGE com distribuição dos cargos de gerência por sexo I Foto: Divulgação I IBGE
Tabela do IBGE com distribuição dos cargos de gerência por sexo I Foto: Divulgação I IBGE

Com relação a ocupação de postos de trabalho em geral, a presença feminina também é menor do que a masculina na Bahia. Em 2019 as mulheres, ocupavam 43,0% dos cerca de 5,8 milhões de postos de trabalho.

Ainda que modesto, o percentual de cargos gerenciais ocupados por mulheres na Bahia cresceu em relação a 2018 (quando era de 35,9%) e em relação a 2012 (33,9%), ano inicial da série histórica disponibilizada pelo IBGE. O pico de presença feminina em cargos de chefia, no estado, ocorreu em 2016, quando 45,2% eram ocupados por mulheres. 


Fonte: https://atarde.uol.com.br/bahia/noticias/2159957-ibge-mulheres-ocupavam-362-dos-cargos-de-chefias-na-bahia-em-2019

sábado, 28 de novembro de 2020

Pesquisa da ONU afirma que pandemia afetou mais mulheres do que homens


 A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou em publicação ontem (26) que a pandemia do Covid-19 fez com que mulheres de todo o mundo assumissem a maior parte das tarefas domésticas extras surgidas durante o momento, o que, de acordo com eles, fez com que a igualdade de gênero retroceda em anos.

Um relatório da ONU Mulheres, o "Whose time to care?" (De quem é a vez de cuidar?), revelou que além do aumento não remunerado do trabalho profissional, para ambos homens e mulheres, as figuras femininas ainda enfrentam um fardo no cuidado. O texto informa que as mulheres estão assumindo mais tarefas domésticas que os homens durante a pandemia e são mais suscetíveis a deixar o mercado de trabalho, possivelmente como resultado desse aumento da carga de trabalho doméstico.

Foram analisados pela entidade dados de 38 países para formar um panorama sobre o trabalho não pago e feitas pesquisas telefônicas e online em quase 50 países. As mulheres questionadas contaram que estão gastando, em média, 5,2 horas a mais por dia cuidando dos filhos, enquanto os homens, 3,5 horas. O aumento do tempo na cozinha para as mulheres foi de 32%, enquanto par homens foi de 18% e o de tempo com a limpeza geral da casa foi de 45% para elas e 35% para eles.

Além disso, a ONU relatou, na quarta-feira (25) que a violência doméstica contra as mulheres e cometidas contra meninas refugiadas, deslocadas internamente e apátridas, foram agravadas durante a quarentena.

Fonte: https://www.metro1.com.br/noticias/mundo/100260,pesquisa-da-onu-afirma-que-pandemia-afetou-mais-mulheres-do-que-homens

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Grande Caminhada de Combate à violência contra mulher em Inhambupe Bahia na próxima sexta-feira, dia 13

A passeata vai começar em Baixa Grande como uma carreata a partir das 7 horas da manhã, irão sair da Praça da Matriz de Baixa Grande, passando pelo o Povoado de Lagoa fazendo uma parada na frente da Igreja Católica para pegar as pessoas que estão a disposição de acompanhar, ainda vai passar pelas comunidades de Boqueirão, Varginha, Km 8, saindo na BR 110 na região do Bar de Maresias, e irá seguir até a concentração no Posto na frente da Entrada da Amarela.

Confira a nota da Coordenadora da APLB/Sindicato Núcleo de Inhambupe, professora Janete Souza.

"No próximo dia 13 de novembro de 2020, vamos todas e todos participar dessa GRANDE CAMINHADA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.  

Como Profissionais da Educação, temos um papel muito relevante na sociedade, colaborar com os nossos alunos: crianças, adolescentes e adultos, a refletir, discutir temas relevantes ao ajuste social, para que possamos entender que só o respeito por si, pelo outro, as leis dos homens e do Divino, exercerá plenamente com responsabilidade sua cidadania.

VENHA,  PARTICIPE. COM TODOS OS CUIDADOS, MAS PARTICIPE!!!

 JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!"

Janete Souza 

Coord. da APLB/Sindicato Núcleo de Inhambupe 



quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A falência social exposta pelo 'estupro culposo' de um país rico e hipócrita


 O “estupro culposo”, veredito utilizado em um caso de ampla repercussão nacional envolvendo uma influenciadora digital e um homem branco rico, é um caso do ativismo de ocasião que vemos no Brasil. Infelizmente. Queria eu criar expectativa de que toda essa mobilização contra a excrescência jurídica perpetrada em Santa Catarina fosse recorrente em casos similares. Não é. Nunca foi. E não será enquanto continuarmos fingindo que está tudo bem.

 

Há algum tempo esse crime cometido em uma boate da rica Florianópolis tem tido repercussão nas mídias sociais. A jovem foi execrada publicamente após denunciar o episódio e acabou humilhada pelo sistema jurídico brasileiro. Ali, a modelo não foi apenas vítima do estuprador. Ela foi vítima do Estado, que preferiu se omitir ao invés de acolhê-la. A jovem foi “revitimizada”, para usar um neologismo. E essa indignação, que deveria geral, vai ser uma onda curta, que não deve mudar o status quo. Poderia estar errado. Porém, infelizmente, não estou. O Cafe de la Musique não foi palco para algo único.

 

Basta lembrarmos os inúmeros casos de abuso que fazem parte da rotina das mulheres em todo o Brasil. A sociedade patriarcal é um dos grandes impedimentos para mudar essa situação. O machismo é tão naturalizado que, nesse caso específico, a vítima seguiu sendo vitimizada desde o crime. E ainda segue sendo alvo de comentários inadequados, como os proferidos pelo advogado de defesa do acusado.

 

É preciso fazer com que o ativismo de cadeira, muito comum no ambiente das redes sociais, provoque um debate real. Tal qual o racismo, essa é uma discussão que a sociedade tem colocado para debaixo do tapete e adiado por um tempo muito maior do que a demanda. Enquanto isso, mulheres são alvos de uma sociedade machista, que prefere criar uma tipificação penal inexistente na legislação ao invés de amparar aquelas que são as maiores vítimas de um sistema que pune a vítima e inocenta o culpado.

 

Para além das manifestações públicas de apoio, é preciso que a sociedade brade que é impossível continuar lidando com esse tipo de situação. O silêncio de qualquer autoridade pública sobre o assunto é um sinal de que há anuência ou complacência com esse tipo de crime. E o ativismo de ocasião precisa ser acompanhado e combatido por quem tem interesse na transformação da sociedade. Fazer barulho por político de estimação é fácil. Quero ver cobrar que eles atuem para aquilo que foram eleitos.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/fernando-duarte/185-a-falencia-social-exposta-pelo-estupro-culposo-de-um-pais-rico-e-hipocrita.html

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Nova Delegacia Digital permite registro de violência contra a mulher na Bahia



Mulheres vítimas de violência doméstica poderão solicitar medida protetiva e registrar os crimes, a partir desta quinta-feira (20), através da nova Delegacia Digital da Polícia Civil. Com a ampliação da plataforma da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), também poderão ser registrados casos de violência contra a criança e o adolescente, contra o idoso, de estelionato, intolerância religiosa, ataque via redes sociais, racismo, homofobia, roubo, ameaça, furto entre outros delitos.

No site www.delegaciadigital.ssp.ba.gov.br a vítima iniciará o processo de registro. Um atalho também ficará disponível no portal da SSP-BA. Na sequência, aparecerá uma página com as instruções de uso e também o alerta de que falsa comunicação é crime. Em seguida a vítima colocará seus dados pessoais e relatará o caso.


Nos crimes contra a mulher, criança e adolescente e idoso, envolvendo violência física ou sexual, que necessitam de exames periciais, a unidade virtual enviará a guia para exame, através do e-mail cadastrado. Com o documento impresso, a pessoa deverá se dirigir até o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será realizado o procedimento de corpo de delito. 


“A ampliação da Delegacia Digital estava em fase intermediária, mas, diante da pandemia e da necessidade de redução de circulação de pessoas, aceleramos o processo e estamos entregando a ferramenta renovada”, ressaltou o secretário da segurança Pública, Maurício Teles Barbosa. Acrescentou que a medida foi possível por conta do empenho das equipes da Superintendência de Gestão Tecnológica Organizacional (SGTO) e da Polícia Civil.

Após o registro também será encaminhado por e-mail o Boletim de Ocorrência e, posteriormente, as instruções dos delegados e investigadores responsáveis pela apuração do caso. Mais informações, documentos, fotos e vídeos poderão ser requisitados.

Outra novidade da Delegacia Digital está no formulário. Foram acrescentados os campos para inclusão do CPF e da identidade sexual e de gênero. “Essa plataforma virtual permanecerá em constante atualização para melhor atender o cidadão baiano e os turistas”, completou Barbosa.


Não poderão ser registrados na plataforma, casos de homicídio, latrocínio, lesão dolosa grave ou seguida de morte, infanticídio, suicídio, aborto, extorsão mediante sequestro, crimes contra o patrimônio com violência física (a não ser que sejam cometidos contra mulher, criança, adolescente e idoso) e perigo de contágio de moléstia grave ou para a vida ou saúde de outrem.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/251915-nova-delegacia-digital-permite-registro-de-violencia-contra-a-mulher-na-bahia.html

sábado, 25 de julho de 2020

As origens do Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha

A população negra corresponde a mais da metade dos brasileiros: 54%, segundo o IBGE. Na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes, de acordo com a Associação Mujeres Afro. Tanto no Brasil quanto fora dele, porém, essa população também é a que mais sofre com a pobreza: por aqui, entre os mais pobres, três em cada quatro são pessoas negras, segundo o IBGE.
Quando se trata nas mulheres negras da região, a situação é ainda mais alarmante. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 25 países com os maiores índices de feminicídio do mundo, 15 ficam na América Latina e no Caribe.
Em um contexto de tanta violência, mulheres negras negras são mais vítimas de violência obstétrica, abuso sexual e homicídio – de acordo com o Mapa da Violência 2016, os homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em dez anos no Brasil, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013 (enquanto os casos com vítimas brancas caíram 10%).
Barradas dos meios de comunicação, dos cargos de chefia e do governo, elas frequentemente não se vêem representadas nem nos movimentos feministas de seus países. Isso porque a desigualdade entre mulheres brancas e negras é grande: no Brasil, mulheres brancas recebem 70% a mais do que negras, segundo a pesquisa Mulheres e Trabalho, do IPEA, publicada em 2016. Há 25 anos, um grupo decidiu que uma solução só poderia surgir da própria união entre mulheres negras.
Em 1992, elas organizaram o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana, em que discutiram sobre machismo, racismo e formas de combatê-los. Daí surgiu uma rede de mulheres que permanece unida até hoje. Do encontro, nasceu também o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, lembrado todo 25 de julho, data que foi reconhecida pela ONU ainda em 1992.
No Brasil – que tem o maior índice de feminicídios na América Latina -, a presidenta Dilma Rousseff transformou a data em comemoração nacional. Aqui, desde 2014, comemora-se em 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra – em homenagem à líder quilombola que viveu no século 18 e que foi morta em uma emboscada.
Esposa de José Piolho, Tereza se tornou rainha do quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, quando o marido morreu, e acabou se mostrando uma líder nata: criou um parlamento local, organizou a produção de armas, a colheita e o plantio de alimentos e chefiou a fabricação de tecidos que eram vendidos nas vilas próximas.
Assim como o Dia Internacional da Mulher (comemorado em 8 de março), o 25 de Julho não tem como objetivo festejar: a ideia é fortalecer as organizações voltadas às mulheres negras e reforçar seus laços, trazendo maior visibilidade para sua luta e pressionando o poder público.
Por isso, no Brasil, no Caribe e na América Latina em geral, diversos eventos de protesto e luta estão sendo planejados para marcar a data. Em São Paulo, em Brasília e no Rio de Janeiro, por exemplo, acontecem Marchas das Mulheres Negras na terça (25) – eventos que já chegaram a agregar trinta mil pessoas.
Fonte: https://www.geledes.org.br/as-origens-do-dia-da-mulher-negra-latina-e-caribenha/?gclid=CjwKCAjwsO_4BRBBEiwAyagRTW8npTev40e2JKl1ENOgmDcL7hmewnST6mSF05C481BXpYH5Zvk07BoCAKUQAvD_BwE

domingo, 19 de julho de 2020

Campanha que divulga profissionais negras de todo o Brasil tem baiana na coordenação



“Negras que Movem” é o elemento chave de uma campanha que já apoia dezenas de profissionais negras de todo o Brasil e utiliza as redes sociais como meio de divulgação dos trabalhos realizados por elas. A iniciativa, que neste momento tem como uma das coordenadoras a publicitária baiana Luciane Reis, reúne em uma página no Instagram profissionais negras das áreas de psicologia, marketing, gestão pública, comunicação e outras. 

Inspirada na atriz Taís Araújo, que mobilizou sua rede pessoal para promover mulheres negras empreendedoras, a campanha tem por objetivo o fortalecimento da “representatividade”, além de abrir campos de negócios para as mulheres participantes. 

“Nós vimos a publicação que Taís Araújo fez nas redes sociais homenageando a atriz Isabel Fillardis e percebemos como isso ganhou força. Muitas atrizes negras entraram na campanha e também falaram sobre a importância de Isabel e da própria Taís em suas trajetórias. Então, pensamos: por que não criarmos essa rede e mostrarmos mulheres negras que estão por aí movendo diversas áreas profissionais. Explica Luciane Reis, criadora do canal “Mercafro”. Luciane divide a coordenação do “Negras que Movem” com a designer pernambucana, Taís Nascimento,  e com a marketeira digital paranaense, Vitorí da Silva. 

No perfil @negrasquemovem são compartilhadas as histórias das profissionais, além de formas de estabelecer contato. A proposta, de acordo com o grupo, é viabilizar as possíveis parcerias e aumentar as possibilidades de negócios. 

A rede que chega à plataforma digital é integrada por mulheres do Programa Marielle Franco, promovido pelo Fundo Baobá para a Equidade Racial. “O programa busca acelerar o desenvolvimento de lideranças femininas negras. Muitas de nós não nos conhecemos pessoalmente, já que é um grupo nacional, mas sentimos a necessidade de compartilhar nossas histórias e assim incentivar mais mulheres a se enxergarem em profissões que muitas vezes ainda são mais ocupadas por pessoas brancas”, comenta Taís Nascimento.


“Começamos com 26 mulheres, mas sabemos o potencial que podemos alcançar, justamente por sabermos que somos milhares de mulheres negras movendo o país. Queremos contar essas histórias e queremos que elas se multipliquem cada vez mais”, destaca Vitorí da Silva. 

Por se tratar de um movimento coletivo, a ideia é que nos próximos meses outras integrantes estejam à frente da coordenação do projeto. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250872-campanha-que-divulga-profissionais-negras-de-todo-o-brasil-tem-baiana-na-coordenacao.html

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Corpo de mulher é encontrado em geladeira em BH; ela tinha BO contra ex-namorado



Uma mulher foi encontrada morta dentro da geladeira do próprio apartamento, nesta quarta-feira (15), em Belo Horizonte (MG). Elisângela Vespermann tinha 30 anos. Ela tinha prestado boletim de ocorrência contra um ex-namorado no mês anterior.

De acordo com o G1, quem descobriu o corpo foi o ex-marido dela. Eles ainda eram casados no papel, mas não moravam mais juntos. O casal não se falava há cerca de um mês, e o homem achou estranho o sumiço da mulher.

Quando foi ao apartamento, não conseguiu abrir a porta, e chamou o irmão e a cunhada para ajudá-lo, além de um chaveiro. Ao entrar no local, viu que a geladeira estava virada para a parede e vedada com uma fita adesiva transparente. Quando desvirou o eletrodoméstico, viu o corpo de sua ex-mulher e acionou a polícia militar.

De acordo com a perícia, Elisângela apresentava sinais de violência no tórax e nos braços, e de enforcamento. Aqueles que entraram no apartamento foram à delegacia prestar depoimento.

A Polícia informou que Elisângela mantinha um caso extra-conjugal com um outro homem, e teria registrado um BO contra ele, após ele não aceitar o fim do relacionamento. De acordo com o registro, o ex-parceiro estava ameaçando familiares dela e dizia que ia se matar.

A mulher era balconista de uma rede de fast food no bairro Guarani, região Norte de BH, e não era vista pelos colegas desde a última sexta-feira (10). 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250795-corpo-de-mulher-e-encontrado-em-geladeira-em-bh-ela-tinha-bo-contra-ex-namorado.html

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Policial que pisoteou pescoço de mulher negra durante abordagem é denunciado à OEA



A Coalizão Negra Por Direitos, movimento que reúne organizações de direitos civis no Brasil, denunciou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vinculada a Organização dos Estados Americanos (OEA) a violência contra uma mulher negra praticada por um policial de São Paulo durante uma abordagem. Imagens mostram o agente de segurança pisando no pescoço da comerciante de 51 anos. 

Em entrevista ao Fantástico no domingo (12)a vítima relatou que foi empurrada na grade do próprio bar, levou três socos e teve a tíbia quebrada ao levar uma rasteira. Em uma das cenas exibidas pelo programa de televisão, ela aparece deitada no chão com o policial pisando em seu pescoço. Depois, é algemada e arrastada para uma calçada, onde é novamente imobilizada pelo pescoço. Desta vez, o policial usa o joelho. 
No documento, a entidade pede apoio para garantir a expulsão dos agentes da Polícia Militar envolvidos no episódio e para pressionar o governo de são Paulo a reformular os protocolos de abordagem corporal. 


A Coalizão Negra Por Direitos enviou representação pedindo que a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo instaure investigação criminal dos policiais militares que participaram das agressões. A organização cobra o afastamento definitivo dos agentes, além de sua responsabilização penal e administrativa. As informações são do Estado de S. Paulo.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250727-policial-que-pisoteou-pescoco-de-mulher-negra-durante-abordagem-e-denunciado-a-oea.html

terça-feira, 14 de julho de 2020

Campo Formoso: Ex-mulher de vereador acusado de agredir filha pede punição a edil



A mãe da jovem que relatou ter sofrido agressões do pai, o presidente da Câmara de Campo Formoso, José Alberto de Carvalho, usou as redes sociais para pedir apoio para a filha. Simone Araújo, que reside atualmente nos Estados Unidos, contou que está impedida de voltar ao Brasil por conta das restrições da pandemia do novo coronavírus. Ela apelou para que o vereador seja punido. Simone conta que o edil, conhecido por Zé Lambão, a teria ameaçado após o que ocorreu com a filha.

“Por favor, me ajudem, me ajudem a não deixar impune. Ele me ameaçou ontem. Falando que tinha o que falar de mim. Não interessa o que ele vá falar de mim. Eu me interesso com minha verdade. Eu me interesso em querer tirar minha filha de perto dele. Por valor não julguem mais ela. Ela tá sofrendo demais. Ela já foi julgada demais pelo próprio pai. Eu peço, como mãe, que ajudem minha filha”, desabafou.

AGRESSÕES
No relato, Araújo declarou ainda que enquanto conviveu com o vereador sofreu agressões físicas e psicológicas. “Eu fui casada com ele há 18 anos e eu sofri muito. Muita gente conhece”, afirmou. A mulher afirmou ainda que só deixou a filha com o vereador no Brasil porque pensava que “ele a amava”. O caso é investigado pela Polícia Civil da região. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/21775-campo-formoso-ex-mulher-de-vereador-acusado-de-agredir-filha-pede-punicao-a-edil.html

Feminicídio: Regiane Terezinha Miranda é assassinada em Forquilhinha

A policial militar morta no fim da manhã desta segunda-feira (13), em Forquilhinha, é a 3ª sargento do 9° Batalhão de Polícia Militar, Regiane Terezinha Miranda, 37 anos. O feminicídio praticado pelo ex-marido ocorreu em Forquilhinha. Após matar a ex-esposa, ele tirou a própria vida em seguida.
A 3ª sargento entrou na PM em 2004 e foi instrutora do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). Ela deixa dois filhos, de 3 e 7 anos.
O Corpo de Bombeiros chegou foi acionado, porém, as vítimas não resistiram e morreram ainda no local. A casa onde o fato ocorreu foi isolada e a Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias (IGP) iniciaram as investigações para apurar os detalhes. Em nota, a corporação e a prefeitura de Forquilhinha lamentaram o homicídio.
Nota
É com grande pesar que a Polícia Militar (PM) informa o falecimento da 3º Sargento Regiane Miranda do 9° Batalhão. A tragédia aconteceu na manhã desta segunda-feira, dia 13, no bairro Vila Lourdes, em Forquilhinha. As informações iniciais dão conta que a Sargento Regiane foi vítima de feminicídio praticado pelo ex-marido, que após cometeu suicídio. A Policial Militar ingressou na corporação em 2004, foi por muitos anos instrutora do PROERD e atuava com grande ênfase no policiamento de proximidade. A Sargento atualmente estava lotada na guarnição da Polícia Militar (PM) de Forquilhinha. O local foi isolado e o Instituto Geral de Perícias (IGP) está realizando o trabalho pericial. A ocorrência ainda está em andamento.
Fonte: https://notisul.com.br/geral/feminicidio-regiane-terezinha-miranda-e-assassinada-em-forquilhinha/

domingo, 5 de julho de 2020

Defensoria baiana pede registros de violência doméstica em Delegacia Digital



O Estado da Bahia registrou 15 feminicídios durante o mês de maio deste ano contra seis cometidos no mesmo período em 2019, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA). O número representa um crescimento de 150%. Por isso, a Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) reforçou o pedido para que os crimes possam ser registrados na Delegacia Digital da SSP-BA.  

“A Defensoria da Bahia é uma das principais portas para atendimento dessas mulheres. Estamos fazendo o atendimento sem a necessidade de registro de ocorrência em prol das mulheres, evitando o risco de contaminação e a revitimização, mas também em prol das profissionais de segurança pública, que tiveram seu quadro reduzido em Salvador. No entanto, a possibilidade de registros de violência doméstica pela Delegacia Digital é necessária e não pode mais ser adiada. O feminicídio é a última etapa do ciclo da violência, mas, antes dele, essa mulher já passou por todos os outros, desde a violência moral e psicológica a violência física”, afirma a defensora pública Lívia Almeida, coordenadora da Especializada de Direitos Humanos da Defensoria. Em março deste ano, a Defensoria havia recomendado que a SSP o uso da Delegacia Digital para os casos de violência doméstica durante a pandemia. 

As vítimas de violência doméstica podem procurar atendimento na Defensoria através dos seguintes contatos: 129 ou 0800 071 3121, e de forma virtual (agendamento on-line pelo site da Defensoria; pelo aplicativo Defensoria Bahia, apenas para sistemas Android). A página Defensoria Bahia, no Facebook, também disponibiliza atendimento – basta enviar uma mensagem e selecionar a opção 2 para ser direcionado ao Nudem. 

Antes da pandemia, o Nudem registrava uma média de 200 atendimentos por mês. Após o início do distanciamento social os números não chegam à mesma marca: foram 30 atendimentos em abril, 44 no mês de maio e, em junho, houve 78 mulheres atendidas (dados contabilizados até a última sexta-feira, 26).  Os tipos de atendimentos mais buscados são, nos casos de violência doméstica, medida protetiva e ações de família adicionais para que seja possível romper o ciclo de agressões. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/62837-defensoria-baiana-pede-registros-de-violencia-domestica-em-delegacia-digital.html