Mostrando postagens com marcador julgamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador julgamento. Mostrar todas as postagens

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Alexandre Nardoni, condenado por morte da filha, poderá deixar a prisão em abril

Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella Nardoni, deve passar a cumprir a pena em regime aberto a partir do dia 6 de abril e poderá deixar a prisão. Alexandre, que está preso em Tremembé, no Interior de São Paulo, pediu a redução da pena no ano passado por dias trabalhados e por um livro lido. A solicitação foi aceita pela Justiça de São Paulo ainda em 2023. A notícia foi publicada pelo colunista de O Globo, Ancelmo Gois.

 

Também condenada pelo crime, Anna Carolina Jatobá, esposa de Alexandre e madrasta de Isabella, na época, teve concedida a progressão da pena para o regime aberto em 2023.

 

Alexandre e Anna Carolina foram condenados pela morte de Isabella. No dia 29 de março de 2008, a criança caiu do sexto andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo.Após as investigações, a Justiça declarou que a criança não caiu da janela acidentalmente, mas foi jogada por Alexandre e Anna Carolina.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/289560-alexandre-nardoni-condenado-por-morte-da-filha-podera-deixar-a-prisao-em-abril

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Julgamento de Daniel Alves: Acusações de agressão sexual marcam depoimentos iniciais

No primeiro dia do julgamento em Barcelona, Daniel Alves enfrentou um duro revés, com a denunciante reafirmando as acusações de agressão sexual ocorrida em dezembro de 2022. O jogador brasileiro, que está em prisão preventiva há mais de um ano, compareceu à audiência no Tribunal de Barcelona sem algemas, enquanto a advogada Inés Guardiola tentava defender sua posição.

 

Apesar dos esforços da defesa de Daniel Alves para suspender o julgamento oral, argumentando diferentes pontos, como a falta de conhecimento do jogador durante o período inicial de investigações e a recusa do juiz em permitir um segundo exame pericial da denunciante, o pedido foi negado. Além disso, a defesa destacou problemas com a situação financeira do jogador, incluindo uma dívida significativa com a Fazenda da Espanha.

 

Durante o depoimento confidencial da denunciante, ela reforçou sua posição de que foi agredida sexualmente por Daniel Alves. Testemunhas, incluindo uma amiga e uma prima da denunciante, corroboraram seu relato, descrevendo o trauma que ela enfrenta desde o incidente. Entretanto, os garçons da boate Sutton, onde o suposto estupro teria ocorrido, não notaram comportamento suspeito por parte do jogador, considerando o consumo de álcool durante a noite.

 

Na terça-feira, está previsto o depoimento de 22 testemunhas, incluindo amigos do jogador e sua esposa. A defesa de Daniel Alves planeja apresentar uma nova versão dos eventos, alegando embriaguez como fator contribuinte. O julgamento, presidido pela juíza Isabel Delgado Pérez, continua a atrair atenção internacional enquanto o jogador aguarda o desfecho de um caso que já dura mais de um ano e que pode resultar em uma sentença de até nove anos de prisão.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/67997-julgamento-de-daniel-alves-acusacoes-de-agressao-sexual-marcam-depoimentos-iniciais

sexta-feira, 28 de abril de 2023

“O ciclo de impunidade se encerrou”, diz irmão de Lucas Terra após julgamento

Carlos Terra Filho, irmão de Lucas Terra, comemorou o resultado do júri popular que se encerrou na noite desta quinta-feira (27), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Em declaração à imprensa na saída do julgamento, ele relembrou a luta do pai por justiça quanto ao assassinato do garoto de 14 anos.

 

“Tantos anos… Principalmente depois que meu pai faleceu, minha mãe sofreu muito. E hoje, o que ela sempre pediu: o ciclo de impunidade se encerrou. Aquele ciclo de impunidade do poder econômico tripudiando da sociedade. Essa impunidade não era só com a minha família, era com a sociedade, com as pessoas de bem”, disse Carlos.

 

Apesar do crime que vitimou seu irmão Lucas ter ocorrido em meio às relações religiosas dele com a Igreja Universal do Reino de Deus, Carlos demonstrou manter sua fé inabalada, agradecendo o resultado do julgamento a Deus.

 

“O que eu tenho para falar agora é agradecer, em primeiro lugar a Deus. Minha mãe sempre falava para a gente: confia, que existe um Deus que é o justo juiz. É agradecer à sociedade e à Justiça da Bahia. Meu pai sempre falou: eu não quero vingança, eu quero justiça”, finalizou Carlos.

 

Felipe Terra, outro irmão de Lucas, também vibrou com o resultado do julgamento e reforçou que a decisão do júri honrou a luta do pai para ver condenados os homens acusados de matar seu filho.

 

“Meu pai nunca se acovardou. Ele sempre apontou o dedo na cara deles e chamou eles de assassinos. Hoje eu pude soltar esse grito aqui em nome do meu pai, porque ele não está aqui, mas ele tem uma família. Lucas tem uma família, não é de um só não. E nós estamos aqui para mostrar que eles não são poderosos. A sociedade é que é poderosa. E a Justiça existe neste país. Mas a gente tem que lutar”, avaliou.

 

“Graças a Deus, a gente conseguiu a vitória hoje. A gente tinha certeza, mas foi um prazer imenso poder apontar o dedo na cara desses safados, desses assassinos, e chamá-los de bandidos, de assassinos, de monstros, que é isso que eles são”, desabafou Felipe.

 

Acusados de assassinar o garoto Lucas Terra em 2001, os pastores Fernando Aparecido e Joel Miranda, ambos da Igreja Universal do Reino de Deus, foram condenados nesta quinta a 21 anos de reclusão. Ao fim do júri popular, a família vibrou e gritou "assassinos" para os acusados.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/67262-o-ciclo-de-impunidade-se-encerrou-diz-irmao-de-lucas-terra-apos-julgamento

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Pastores Fernando Aparecido e Joel Miranda são condenados a 21 anos de prisão pela morte de Lucas Terra

Os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda foram condenados a 21 anos de reclusão cada um, por decisão da maioria do júri, pelo assassinato do adolescente Lucas Terra, de 14 anos, ocorrido em 2001. O julgamento teve início na terça-feira (25) e a decisão saiu nesta quinta-feira (27), com a condenação por homicídio com três qualificadoras: motivo torpe (vingança), meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima.

 

De acordo com a juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto, foram 18 anos de pena base por homicídio, mais três anos devido à impossibilidade de defesa. Tanto Fernando Aparecido quanto Joel Miranda poderão recorrer da decisão em liberdade, por terem se apresentado sem resistência ao júri. Caso seja mantida após o trânsito em julgado, a punição será cumprida em regime fechado. O crime de ocultação de cadáver acabou excluído, porque acabou prescrevendo quatro anos após o fato.

 

Após o anúncio da condenação, o júri popular foi encerrado ao som da voz de familiares de Lucas Terra, que gritavam "assassinos" para os pastores Fernando Aparecido e Joel Miranda.


VEJA DETALHES DO JULGAMENTO

As sessões contaram com sete jurados, cinco homens e duas mulheres, sob a liderança da magistrada Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto. Os promotores Ariomar José Figueiredo da Silva e Davi Gallo representaram o Ministério Público da Bahia (MP-BA) na acusação dos pastores, que tiveram como defensores os advogados Nestor Nerton Fernandes Tavora Neto e Nelson da Costa Barreto Neto.

 

Nesta quinta, o primeiro réu a prestar depoimento foi Joel Miranda. Durante o interrogatório, Miranda alegou inocência e afirmou que não conheceu Lucas antes do desaparecimento ter sido relatado e indicou que não mantinha qualquer relação, inclusive de amizade, com o outro acusado. Segundo depoimento de Silvio Galiza, ex-pastor condenado pelo crime, o adolescente teria sido morto após flagrar Joel Miranda e Fernando Silva fazendo sexo. Foi a partir do relato de Galiza que ambos se tornaram réus. “Não sou homossexual”, frisou.

 

Segundo réu a depor, o pastor Fernando Aparecido da Silva admitiu que conhecia o adolescente mas negou ter participado do crime. Durante o julgamento, Fernando respondeu perguntas da juíza e alegou ter dado a Lucas o mesmo tratamento que tinha com outros membros. Além disso, o acusado afirmou que o pai de Lucas o procurou na igreja ao notar que o filho não havia chegado em casa.

 

A defesa dos pastores Fernando Aparecido e Joel Miranda, nesta quinta, afirmou que o assassinato do garoto Lucas Terra foi cometido apenas pelo também pastor Sílvio Galiza, já condenado pelo crime. Na ocasião, o advogado Carlos Humberto Fauaze Filho não negou a existência de um crime bárbaro, mas garantiu que tanto Fernando quanto Joel são inocentes. “Peço que vossas excelências não confundam a certeza do crime com a certeza de quem os praticou”, afirmou o defensor.

 

O promotor Davi Gallo, representante do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que buscava a condenação dos pastores Fernando Aparecido e Joel Miranda, afirmou que “trata-se do julgamento de dois pedófilos, dois homicidas que mataram um anjo”.

 

RELEMBRE O CASO

Lucas Terra era frequentador da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro de Santa Cruz, e foi encontrado morto, com o corpo carbonizado, em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama.

 

O principal suspeito do caso, na época, foi Sílvio Roberto Galiza, pastor da Universal. Ele já havia sido afastado da igreja por ter sido flagrado dormindo ao lado de adolescentes frequentadores do templo.

 

Os investigadores concluíram que Galiza abusou sexualmente de Lucas e o queimou ainda vivo, descartando o corpo para encobrir o crime. O pastor foi condenado, inicialmente, a 23 anos e 5 meses de prisão em 2004. Após recursos, a pena foi reduzida para 15 anos. Hoje, o condenado vive em liberdade.

 

Porém, em 2006, surgiu uma nova versão. Galiza delatou os também pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda. De acordo com o religioso condenado, os colegas da Igreja Universal foram flagrados pelo adolescente em um ato sexual. Segundo ele, por esse motivo, Lucas Terra teria sido assassinado.

 

Como consequência dessa delação, o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que já desconfiava que Galiza não teria cometido sozinho o crime que resultou na morte de Lucas Terra, denunciou tanto Fernando Aparecido quanto Joel Miranda como corresponsáveis pelo homicídio.

 

Após diversas idas e vindas, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os dois pastores deveriam ir a júri popular, o que aconteceu nesta semana.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/67260-pastores-fernando-aparecido-e-joel-miranda-sao-condenados-a-21-anos-de-prisao-pela-morte-de-lucas-terra