Por Joaquim Vicente Leite de Oliveira
"Esses últimos dias, estamos assistindo uma série de insulto à democracia, insuflado pelo presidente da república, sua excelência Jair Messias Bolsonaro. A nossa democracia ainda tão jovem, com apenas trinta e cinco anos, sendo contestada pelo chefe maior da nossa nação. Fico a me perguntar o seguinte: porque de tanto descaso com nossa democracia? Um presidente eleito pelo povo democraticamente com cinqüenta e sete milhões de votos, coloca em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, através do voto eletrônico acusando de fraude, sem provas alguma os resultados das últimas eleições.
E o mais interessante é o seguinte, nas duas últimas eleições presidenciais 2014 e 2018, suas votações foram grandiosas. No ano de 2014 foi eleito deputado federal pelo o estado do Rio de Janeiro, sendo o mais votado. E 2018 se elege presidente da república com 55% dos votos válidos. Meus amigos, chega ser ridículo as contestações feitas pelo atual presidente.
Os argumentos usados não apresentam nada de concreto para se colocar em cheque a democracia de um país, com a dimensão do Brasil. Como se não bastasse, insufla, parte dos seus apoiadores com palavras de ordem pedindo a volta do regime militar.
Desde a redemocratização, jamais um presidente desrespeitou as instituições republicanas, pois são elas que regem e garante o estado democrático de direito. Há três anos atrás, escrevi um pequeno texto, às vésperas da eleição do segundo turno presidencial, onde disse o seguinte: "não se trata da escolha do presidente, e sim, uma eleição plebiscitaria onde iríamos escolher entre a segurança da democracia, contra a ameaça do estado democrático de direito". Respeitei a vontade do povo, pois numa democracia a maioria é soberana. Mas também fiz a seguinte alusão: "qualquer escolha feita na base de uma emoção negativa, corremos o risco de pagarmos um preço altíssimo".
Não podemos de maneira alguma sucumbirmos, diante das loucuras e desvarios do atual presidente, é hora resistirmos a qualquer ataque contra a nossa democracia, conquistada às duras penas de muitas lutas, torturas e mortes. Vamos nos organizar como um povo de uma nação, através de todos os seguimentos da nossa sociedade, e consolidar a nossa democracia.
Quero encerrar esse pequeno texto, usando uma estrofe de uma obra prima do nosso grande poeta Francisco Buarque de Holanda: "apesar de você, amanhã há de ser outro dia, eu pergunto a você, onde vai se esconder da enorme euforia? Como vai proibir quando o galo insistir em cantar? Água brotando e a gente se amando sem parar". É isso meus amigos. Ditadura nunca mais".
Imagem: https://antonioriccitelli.com.br/brasil-patria-amada-e-explorada/
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