O que estamos extraindo dessa pandemia da covid 19

Autora: Débora Alves da Silva Santos

Há mais de 100 dias ouvimos através dos noticiários sobre o novo vírus que havia surgido na cidade de Wuhan na China, pois é lá no ocidente, considerado tão distante, até se ouve dizer a frase: “Lá do outro lado do mundo”, pois é lá foi o primeiro lugar a ser visitado e devastado pelo pequeno vírus que recebeu o nome de COVID 19, que significa Doença do Coronavírus e recebeu o número 19, correspondente ao ano de 2019, que foi quando surgiram os primeiros casos lá do outro lado do mundo. O ano de 2019 estava no finalzinho, todos cheios de expectativas, projetos e objetivos para serem cumpridos no próximo ano que já estava a bater na porta. No Brasil, o mundo da economia carregado de propósitos e esperança para subir e sair de uma crise que já vinha se arrastando há tempos. Começou o ano, as pessoas com fraternizaram juntas, viajaram para aproveitar as férias, curtiram o carnaval e enquanto isso o vírus já estava se infiltrando aos poucos em alguns países que ao se darem conta já havia acontecido tragédias, e ninguém sabia lidar com isso, porque ainda não se fazia ideia do que era. Enquanto isso na China acometia diversas vítimas num só dia e só crescia o número de infectados impedindo os de comemorarem o novo ano, pois o ano novo na China iniciou dia 25 de janeiro, o ano do Rato.

Depois o vírus foi viajando chegou a Europa, tudo em andamento normal, após festas, férias escolares as pessoas estavam retornando as suas atividades normais, assim como no Brasil, estávamos retornando a vida corriqueira e habitual, mas o pequeno vilão já estava a nos visitar de forma discreta e sigilosa, já estava entre nós, o primeiro caso aconteceu no estado de São Paulo, depois só foi questão de dias para acometer todo o país e o vírus ir se revelando como um dos mais severos e devastador de todos, logo se tornando uma Pandemia Mundial.

Enquanto acontecia na China, lá do outro lado do mundo, era considerado casos isolados, jamais imaginávamos que um pequenos vírus fossem chegar a dominar todo o mundo em questão de meses, pois é, chegou esta aqui entre nós de forma invisível e destrutiva e misteriosa, pois ainda não se sabe muito sobre ele, todos os estudiosos e pesquisadores do mundo da ciência correm contra o tempo, para conseguir algo que o barrem. Por enquanto a única barreira encontrada para combate-lo, foi o isolamento social, considerado eficaz, já que é algo misterioso que compromete a todos, independente de idade, de condição de saúde, de classe social, sendo que há um respaldo maior para os grupos considerados de risco, porém temos visto que algumas pessoas sem nenhum comprometimento de saúde e que não fazem parte desse grupo de risco já faleceram, perderam a guerra contra o virus. Então cabe a cada um de nós comprometimento com a própria vida e com o outro, porque acredito que ninguém quer pagar para ver, quem é ressistente ou não a ele.

Entretanto, diante de tamanho desespero e preocupação, pois o nosso sistema de saúde pode não suportar, caso o número de infectados cresça de forma descontrolada, estamos vivendo isso agora, pois alguns estados já estão solicitando ajuda ao sistema particular, pois não tem mais leitos de UTI para comportar os casos graves. Vamos cooperar nos cuidar para conseguirmos sair dessa situação catastrófica, porque isso não acontece só no Brasil, aconteceu e vem acontecendo em outros países considerados riquíssimos, mas não conseguiram combater o vírus, porque é um trabalho conjunto todos contra um pequeno vilão, porém devastador e destruidor de vidas, de sonhos e afetos.

Diante de um cenário tão difícil, podemos refletir e assim extrair algumas experiências para a nossa vida, como a questão da solidariedade, algo tão nobre e belo, que vem sendo efetuado em muitas cidades, onde pessoas se reúnem para arrecadar alimentos para doar para pessoas sem renda fixa, que não estão podendo trabalhar, então diante disso se faz valer aquela frase ninguém nunca tem tão pouco que não possa ajudar, isso é amor e preocupação com o próximo, pois quantos estão por aí passando necessidade? Então muitas pessoas estão por aí fazendo a sua parte ajudado o irmão, assim como muitas empresas e costureiras confeccionando máscaras para doar as pessoas que não tem condições de comprar, já que essa foi constatada como outra barreira eficaz também.

Pode se observar a preocupação das metrópoles com os moradores de rua, alguém que antes eram imperceptíveis, hoje são disponibilizados meio para que ele passem por mais uma situação difícil, pois além de não ter teto, não ter alimentação adequada, estão tendo de lutar contra o inimigo invisível, então nunca a sociedade parou para observar e se preocupar tanto com essa gente.

Não pode se esquecer de pessoas que começaram a oferecer –se para ir à rua realizar compras para os idosos, vizinhos, jovens começaram uma rede do bem por aí. Isso é fraternidade.

Estão sendo realizadas várias atitudes de solidariedade que irá marcar as vidas das pessoas beneficiadas e das que proporcionaram essa ação tão significativa. Em meio a tantas noticiais ruins, ouvir sobre as boas ações que partir de pessoas anima a nossa alma, isso é muito relevante e gratificante. Saber que somos um povo unido, mesmo distante fisicamente, mas solidários e com sentimento humanitário sempre.

Quando tudo isso passar vai deixar grandes ensinamentos e questionamentos sobre diversos campos em especial no sistema educacional, pois no Brasil ainda há um certo receio sobre a educação á distância, mas olha o que estamos vivendo hoje? Ah se não fossem as ferramentas tecnológicas e os desdobramentos de professores para passar o conteúdo aos alunos de escolas do ensino fundamental, médio, faculdades, pois é para não serem prejudicados nesse primeiro semestre, até creches entraram nessa web, as lives estão ajudando muito a diversos profissionais, estudantes e até a alegrando os dias de isolamentos, os cantores famosos que alegram esse dias tão turbulentos através das suas canções.

As transmissões de missas, cultos religiosos que aproximam as pessoas aquele momento espiritual fundamental para revigorar as forças em tempos tão difíceis. Espero que essa situação levem a repensarem sobre a disponibilização dessas ferramentas tecnológicas, pois infelizmente pleno século XXI ainda há pessoas que não tem um celular, quem dirás um computador, pois são equipamentos muito caros, com impostos altíssimos, porque ainda são considerados como artigos de luxo, mas hoje devido a situação que estamos vivendo sabemos que muitos serão prejudicados, alunos da rede pública de algumas em algumas cidades pequenas que não conseguirão obter seus conteúdos de aula, pessoas que estão isoladas sozinhas não tem nem como se comunicar com os familiares, amigos para diminuir essa distância, sem falar que essas pessoas poderão desenvolver alguns desequilíbrio emocional, devido o isolamento social, a distância das pessoas que amam, sem poderem desalvorem atividade costumeiras de sempre, e sem um meio para aliviar essa saudade, fica complicado.

Perceberam como algo tão pequeno impossível de ser visto a olho nú, considerado o inimigo invisível por ser tão devastador e perigoso, pois ele surgiu mexendo com todas as estruturas, fechando países, fronteiras, cidades, estados, tirando um dos direitos primordiais, o direito de se locomover, de ir e vir que consta na nossa Constituição Federal no seu art. 5º, XV, a liberdade de locomoção dentro do território brasileiro, é um direito fundamental, porém foi limitado e até restingido em alguns lugares onde possuí grande número de casos da covid 19, pois é foi um meio de barrar a propagação do vírus, esse que mudou nossa rotina, nos afastando da natureza os bens naturais e preciosos que a natureza nos proporciona, como o mar, porque praias estão interditadas, assim como parques arborizados e verdes, Espero que esses fatos nos leve a valorizar mais a nossa natureza, a mãe terra que ainda grita por socorro, nossa casa comum que foi lema da campanha da fraternidade do ano de 2017, buscando alertar sobre a necessidade de cuidar e proteger a natureza.

Pois esse vilão tão pequeno, veio limitando nossos passos, nos distanciando do outro, daqueles que amamos, tirando de forma repentina e silenciosa quem amamos, destruindo famílias, pois quando infecta um acaba transmitindo para os demais, distanciando fisicamente as pessoas, afastando avós dos netos, filhos de pais idosos, vitimando pessoas de qualquer classe social, de qualquer crença, mexendo com o nosso emocional, nos isolando em nossas casas, nas nossas localidades de residência, onde a orientação é a mesma tanto para os cidadãos que possuem planos de saúde caríssimos, como para os que esperam pelo atendimento público, “fiquem em casa”, evitem ir a hospitais, apenas nos casos extremos, carros presos nas garagens com tanques cheios ou não, mas do mais luxuoso e completo àquele já ultrapassado e desvalorizado no mercado, pois é, mas todos na mesma condição parados, porque não se pode transitar mais normalmente, apenas em casos necessário, Nos faz repensar em diversos aspectos da nossa vida. Em especial na nossa existência humana e também não tem como fica de fora o termo morte, sim pesado, porém esse vírus tem levado pessoas de forma tão rápida, sigilosa, e mais dolorosa sentimentalmente, pois não se tem nem como se despedir, não estando presente em um momento tão difícil e angustiante.

Então vamos fazer uma reflexão mais aprofundada dos nossos sentimentos, das nossas relações afetivas, como nos portamos com o outro, pois não tem como não extrair experiências e enchimentos para nossas vidas, e assim evitar errarmos tanto, e se errar, pois somos falhos, afinal somos humanos, mas a cada dia, a cada segundo que respiramos temos a oportunidade de sermos melhores. Já parou para analisar como algo tão pequeno, invisível, mas tão devastador, pode destruir, separar, segregar, machucar e matar, pois é assim são nossos sentimentos ruins, a ira, o ressentimento, o ódio, a inveja, a insensibilidade, o orgulho, tudo isso é destrutivo para o ser humano, pois o consome e o seca, tirando toda a sua luz e arruinando relacionamentos afetivos, seja entre família ou nos laços de amizade. Portanto paremos para pensar, já que estamos tendo esse tempo para analisar nossa postura no mundo frente ao outro e para com o outro, busquemos valorizar mais as pessoas, respeitando as diferenças, as suas opiniões, as suas crenças e escolhas, mas focando mais na sua essência, que os defeitos não ofusque as qualidades.

Por isso não deixemos esses sentimentos nos cegar e deixar afogar nossas virtudes, se está com alguma relação abalada , revejamos, se o orgulho não nos permitem perceber que o erro pode ter vindo de nós mesmos, sejamos humildes, busquemos usar mais o termo desculpas, perdão, isso jamais nos diminuirá como pessoa, ao contrário nos aliviará a alma, e nos transforarão em grandes seres humanos, no entanto, se foi o contrário, alguém que nos machucou, então vamos utilizar o verbo perdoar, sim. Mas não devemos perder tanto tempo dizendo, achando, pensando coisas do tipo: “Há o erro foi dele(a) não vou dar o braço a torcer”. “Quem deve me procurar antes é quem errou”. 

Há eu tenho meu orgulho e amor próprio”. E ficamos remoendo isso, que nos destroem aos poucos, e criam inimizades para sempre, muitas vezes desnecessários, criando lacunas enormes na nossa vida, pois estavam de cabeça quente, expressou o que não devia, usou um cometário infeliz que mexeu com o outro, então busquemos ser mais sensíveis uns para com os outros, cada uma tem a sua dor, a sua historia de vida, as suas cruzes não somos melhores e nem superior que ninguém somos irmãos e precisamos vivermos bem.

Não podemos esquecer não somos eternos e isso estamos podendo observar nestes utilmos dias muito bem, então revejamos nossos atos, dizer o que sentimentos ao outro, não sofrer oprimindo sentimentos, mas expressá-los de forma sincera e quando tiver a oportunidade em estar com alguém que amamos permitamos que esta pessoa se sinta amada, acolhida que perceba o quanto é amada e valorizado, demostremos todo o seu significado em nossas vidas, não tenhamos vergonha de expressar o que sentimos de dizer: “Eu te amo”, para os familiares e amigos também, expressemos o quanto é prazeroso em estar com aquela pessoa não tenhamos medo de revelar nossos sentimentos tornar mais leve essa caminhada tão dificil da vida humana.

Portanto se pôr algum motivo estivermos com alguma relação estremecida, busquemos pelo menos tentar mostrarmos que queremos ser melhores na próxima oportunidade que tivermos, pois desta vida não se leva nada, somos pó e ao pó retornaremos, e não sabemos quando, para poder concertar e rever tudo antes, então já que estamos tendo a oportunidade agora a aproveitemos, porque as pessoas que tanto amamos partirão em algum momento e talvez não poderemos estar lá, mas restarão os bons momentos, as recordações que irão nos tranquilizar a consciência e aquietar nossa alma, pois todos os bons sentimentos que foram demostrando e efetivados quando esta pessoa estava ao nosso lado e com toda certeza ela lembrará disso no momento que partir, pois memórias são eternas e nos acalentam mesmo em momentos de dor e sofrimento.

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