sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Estranhamentos e troca de acusações permeiam debate da TV Aratu

As emoções dos candidatos ficaram afloradas no embate televisivo da TV Aratu, na manhã desta quinta-feira (26). Em alguns momentos, o jornalista mediador do debate Casemiro Neto não conseguiu controlar os ânimos dos postulantes e as trocas de farpas ficaram intensas.Um erro no encaminhamento do debate também foi reconhecido pelo próprio profissional, sob a justificativa de ser "ao vivo". A primeira pergunta - sobre salário dos senadores, considerado alto pelo senso-comum  –  já rendeu ao debate dois direitos de reposta – de Otto Alencar (PSD) e Geddel Vieira Lima (PMDB) – contra discurso do postulante ao Senado pelo PEN, Marcelo Evangelista. Ao afirmarem que a redução do salário dos senadores não seria prioridade para eles no Congresso Nacional, ambos os reclamantes ficaram insatisfeitos diante do discurso do postulante do PEN, que os apontou como antigos políticos envolvidos em esquemas ilícitos. Outros desentendimentos entre os candidatos tiveram as mais diversas reações, inclusive bate-boca e respostas fora do horário determinado pela emissora. Otto e Geddel foram animosos entre si ao tratarem do processo de licitação dos ferries-boats gregos. Em outros momentos, o peemedebista aproveitou as perguntas feitas a Eliana Calmon (PSB) para atacar a candidatura de Otto e o partido petista, mencionando mais de uma vez o conteúdo de reportagem da revista Veja em que aponta um suposto esquema de desvio de dinheiro público durante o governo petista.

Foto: Reprodução/ TV Aratu
Otto também foi alvo de críticas de Hamilton Assis (PSOL), que vinculou a sua relação no antigo governo de César Borges (à época pelo PFL) à atuação na secretaria como pactuante de um modelo de privatização da saúde pública. No momento, o candidato do PSD refutou as informações e alegou não ter sido responsável pela política para a saúde na época. Já entre Hamilton e Marcelo Evangelista, mantiveram-se as divergências ideológicas como a discussão do casamento homossexual, em que Evangelista desaprovaria por “ferir um sacramento”. O fator previdenciário também foi motivo de embate entre os candidatos. Geddel acusou Otto de estar indo contra a própria coligação ao apoiar o fim do fator previdenciário. No momento em que Eliana entrou em embate direto com Otto, a candidata cometeu uma gafe: ao se pronunciar sobre a reforma política, disse que o postulante estaria “isolado do seu partido” porque não seria interessante a reforma política para o PT. Durante discurso da magistrada, o pesedista soltou um “Eu não sou do PT”, não interferindo, contudo, na fala da única pleiteante mulher ao cargo no Senado.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/160895-estranhamentos-e-troca-de-acusacoes-permeiam-debate-da-tv-aratu.html

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