
1. Há muitas teorias sobre a origem do
termo “dengue”, mas a mais conhecida diz que a palavra tem origem
espanhola e significa “melindre” ou “manha”. Outra versão diz que a
expressão vem de países árabes, com o sentido de “fraqueza”. Há também
os que garantem que a palavra surgiu da expressão “ki dengu pepo”, da
língua suáli, idioma oficial do Quênia e de outros países africanos.
2. Já o nome “Aedes aegypti”
é originário, como o nome dá a entender, do Egito. O mosquito saiu do
continente africano em direção às Américas e, mais tarde, alcançou
países da costa oeste africana. O mosquito foi identificado
cientificamente em 1762, quando foi chamado de Culex aegypti, ou seja, mosquito egípcio.
3. Inicialmente, achava-se que a dengue era uma doença exclusiva de países tropicais, devido ao fato de o Aedes aegypti,
mosquito transmissor da virose, se reproduzir com mais facilidade em
locais com altos índices de chuva e clima quente. No entanto, estudos
recentes já comprovaram que o vetor da dengue também já consegue se
reproduzir em países europeu, devido as transformações ambientais que o
país vive.
4. O Aedes aegypti não consegue voar em
alturas mais altas do que 1,5 metros e também não é capaz de fazer voos
mais longos que cerca de 200 metros. No entanto, isso não significa que
ele não alcance andares mais altos de prédios ou se deslocar para outros
bairros ou cidades. Por incrível que pareça, o mosquito pode se
locomover “pegando carona” em um ônibus ou carro e até mesmo subir em um
elevador. Ele costuma procurar lugares mais escuros para ficar e, por
isso, se esconde muitas vezes em quinas, inclusive de meios de
transporte.
5. Existem quatro sorotipos do vírus da dengue
conhecidos por cientistas. Aqui no Brasil, o tipo 4 tem feito mais
vítimas, pois a taxa de pessoas imunes a ele ainda é pequena, por ser
novidade. Há registros de que o tipo 5 do vírus da dengue já foi
identificado em alguns locais, mas nenhum trabalho científico ainda foi
publicado sobre isso.
6. Se engana quem pensa que apenas esvaziar
recipientes com água já elimina qualquer chance de existência de
criadouros do mosquito. As larvas do Aedes aegypti conseguem
sobreviver por até três meses sem contato com a água. Portanto, além de
esvaziar, é preciso limpar os recipientes. De preferência com uma bucha,
água e sabão. Dessa forma, você elimina os ovos que se prendem nas
superfícies dos recipientes.
7. Apesar de conseguir picar outros animais, o Aedes aegypti só transmite o vírus da dengue para humanos. Por isso, não se preocupe: seu cachorro não vai ter dengue se for picado pelo Aedes. O seu gato também não.
8. Tanto os machos quanto as fêmeas do Aedes aegypti se
alimentam de substâncias que contém açúcar, como o néctar das flores.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os mosquitos usam o sangue
como fonte exclusiva de alimento. Somente as fêmeas picam, pois precisam
do sangue para produzir ovos. No entanto, o mesmo mosquito é capaz de
picar mais de uma pessoa para produzir um único lote de ovos.
9. Por ser um mosquito pequeno, com cerca de 0,5 cm de comprimento, o Aedes aegypti
é um mosquito difícil de ser identificado. O momento mais fácil de
capturar um deles é logo depois que ele acabou de picar seres humanos. A
quantidade de sangue ingerido pelo mosquito faz com que ele voo mais
lentamente.
10. Muitas pessoas tem ou já tiveram dengue e não
fazem ideia. Em cerca de 30% dos casos, ela é uma doença assintomática,
ou seja, não apresenta sintoma nenhum. Essas pessoas só conseguem
descobrir que já tiveram dengue quando são infectadas pela segunda vez e
desenvolvem uma versão mais clássica da doença.
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