Poucos presídios conseguiram eliminar a prática de revistas vexatórias
Uma campanha lançada nesta
quarta-feira denunciou abusos em revistas íntimas impostas a parentes de
presidiários e pediu o fim da prática, por ela tratar pessoas
"inocentes como culpadas" e por ser considerada ineficiente pelos
ativistas.
A Rede Justiça Criminal, que reúne ONGs de
direitos humanos e justiça, compilou relatos de parentes de presos, que
afirmam serem submetidas a humilhações ao terem que ficar nuas e terem
seus órgãos genitais revistados.
"Essas revistas vexatórias ocorrem há muito
tempo em quase todas as unidades do sistema prisional do país.
Considerando que são quase 600 mil presos, certamente há 1 milhão dessas
revistas (em seus parentes) ocorrendo mensalmente", diz à BBC Brasil
Vivian Calderoni, advogada da Conectas, uma das ONGs da Rede Justiça
Criminal, alegando que isso "é norma e não exceção".
A Rede Justiça Criminal argumenta que as revistas não cumprem o objetivo de impedir a entrada de itens proibidos nas prisões.
"As justificativas para essa violação são
vazias: a quantidade de armas, drogas e celulares encontrada com os
visitantes durante a revista é ínfima se comparada com as apreensões
realizadas dentro das unidades", diz documento do organismo. "Isso
mostra que a maioria dos objetos ilícitos não entra com os familiares."
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/04/140422_revista_vexatoria_pai.shtml
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