sexta-feira, 25 de abril de 2014

ONGs se mobilizam para acabar com revista íntima ‘humilhante’ em prisões

Poucos presídios conseguiram eliminar a prática de revistas vexatórias
Uma campanha lançada nesta quarta-feira denunciou abusos em revistas íntimas impostas a parentes de presidiários e pediu o fim da prática, por ela tratar pessoas "inocentes como culpadas" e por ser considerada ineficiente pelos ativistas.
A Rede Justiça Criminal, que reúne ONGs de direitos humanos e justiça, compilou relatos de parentes de presos, que afirmam serem submetidas a humilhações ao terem que ficar nuas e terem seus órgãos genitais revistados.
"Essas revistas vexatórias ocorrem há muito tempo em quase todas as unidades do sistema prisional do país. Considerando que são quase 600 mil presos, certamente há 1 milhão dessas revistas (em seus parentes) ocorrendo mensalmente", diz à BBC Brasil Vivian Calderoni, advogada da Conectas, uma das ONGs da Rede Justiça Criminal, alegando que isso "é norma e não exceção".
A Rede Justiça Criminal argumenta que as revistas não cumprem o objetivo de impedir a entrada de itens proibidos nas prisões.
"As justificativas para essa violação são vazias: a quantidade de armas, drogas e celulares encontrada com os visitantes durante a revista é ínfima se comparada com as apreensões realizadas dentro das unidades", diz documento do organismo. "Isso mostra que a maioria dos objetos ilícitos não entra com os familiares."

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/04/140422_revista_vexatoria_pai.shtml

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