No Encontro Nacional de capoeira em Inhambupe, teve a presença da Orquestra de Berimbau Afinados e tem como Dainho Xequerê como o lider do grupo, ele falou do que pensa e sobre o Evento em Inhambupe, confira a entrevista.
Quem é Dainho Xequerê?
Artisticamente sou conhecido por Dainho Xequerê, na capoeira
sou professor Xequerê do Grupo Maré, tem o Oba Dx que é Orquestra de berimbaus
afinados, somos de Salvador, e essa ideia da orquestra de berimbau afinados foi
do trabalho que faço com o saudoso Ramiro Musoto, onde aprendi a afinar os
berimbaus, aprendi o tamanho de cada berimbau com as notas, utilizamos cordas
de pianos e desde o ano de 2011 estamos com esse trabalho de Oba DX, com o espetáculo
“Uma corda e vários sons”, nos teatros de Salvador e fora da capital.
O que significa o nome da banda de você que é “OBA DX”?
Significa “Oquestra de Berimbau Afinados de Dainho Xequerê”,
começamos em março de 2011, temos como o principal objetivo logo quando
começamos foi para um evento de capoeira, mas como tinha trabalhado com Ramiro
Musoto tive a necessidade de manter o pensamento dele para não se perder a essência
de uma orquestra de Berimbaus afinados, hoje em dia tocamos: Bolero de Ravelo,
Hino Nacional, o Hino do Senhor do Bomfim, Asa Branca, lemos as partituras para
tocar essas músicas.
Fale um pouco dos componentes da Banda?
Temos na orquestra hoje uma professora de Ballet Clássico e
dança contemporânea, outros músicos e outros musicistas que são eles: Reinan
Paixão, Jeferson Argolo, George Nisramos, Gladisson Conceição, Camila Santana e
Márcia Andrade.
Qual a sua visão de capoeira de Brasil e do mundo hoje?
É uma pergunta muito complexa, eu tenho uma visão sobre a
orquestra com a capoeira, quando fazemos eventos em teatros 90% são músicos ou
são leigos, são poucos os capoeiras que estão indo assistir um espetáculo de
orquestra, quando está em cartaz e principalmente que estamos nos dias 14 e 15
de maio no teatro Xisto, no Barris em Salvador, ao lado da Biblioteca Central,
e esperamos que compareça mais capoeirista para assistir o nosso espetáculo.
Continua ainda a resistência da Imprensa em colocar bandas
do estilo de vocês?
Sim, ainda existe muito essa resistência, quando chegamos ao
teatro e falamos que nossa orquestra é de berimbau, por que temos que mostrar
que conseguimos fazer uma orquestra de berimbaus para ter o espaço, diferente
de qualquer outra banda que chega no local para pedir uma pauta de teatro, mas
já estamos chegando em algumas mídias. Temos aí nosso blog que é obadx.com.br,
e o facebook que é orquestra de berimbaus afinados, o twitter que é @orquestradeberimbausafinados.
Qual a sua visão hoje quando se fala de racismo?
Vou resumir em uma frase “A Escravidão só mudou o cenário”.
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