quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Projeto prevê multa de R$ 1 milhão para vândalos; ‘Resposta à destruição deliberada’, diz autor

As manifestações iniciadas em junho de 2013 já viraram cenas cotidianas e a promessa é de que se repitam – pelo menos – até o Mundial de 2014, com a bandeira: “Não vai ter Copa”. Alguns protestos têm acontecido de forma pacífica, com pedidos de investimentos em educação, saúde, moralização da política e outros temas. Mas, outros são marcados por cenas de violência, como o ato no Rio de Janeiro que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade. Sem esconder a preocupação como os movimentos, autoridades têm procurado medidas para coibir o que classificam como “barbárie”. Enquanto o Congresso Nacional avalia a polêmica proposta que caracteriza como terrorismo atos como o vandalismo, na Câmara Municipal de Salvador o debate será em torno da ideia de punir o bolso dos responsáveis por práticas similares. Uma matéria em tramitação na Casa prevê que atos de vandalismo gerem multa de até R$ 1 milhão e a obrigação de que o responsável pague pelo reparos de eventuais equipamentos destruídos. O autor da lei é o vereador Léo Prates (DEM), que já tinha apresentado um texto similar, mas protocolou um substitutivo, conforme publicação no Diário Oficial da Câmara desta quarta-feira (12). Em entrevista ao Bahia Notícias, o democrata explicou que a mudança foi a criação do encargo. “Quem cometer ato de vandalismo terá uma dívida com a prefeitura. Além de pagar a multa, quem for pego fazendo isso [vandalismo] terá que restituir o bem ou a prefeitura. Será obrigado, através de um orçamento feito pela prefeitura, a pagar pelo bem. A criação da multa foi um debate que tive com advogados. Antes, eu estava criando só a inserção do nome dele [vândalo] no Cadin [Cadastro Informativo Municipal]. Não botar uma taxa para inibir a prática tornava à lei fraca. Não é justo, com a sociedade e com quem paga impostos, que nós tenhamos que pagar para restituir o que foi depredado”, justificou. 
 

 
Na proposta, o vereador aponta que a taxa pode variar de R$ 1 mil a R$ 1 milhão, a depender da “gravidade do ato de vandalismo”. O valor será recolhido pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), com prazo para quitação de 30 dias. No projeto enviado para a Câmara, Léo Prates alega que alguns manifestantes tentam “passar uma mensagem” com a depredação. “Os vândalos tendem a se manifestar publicamente com ataques a monumentos, bancos, paredes, muros etc., seja com a intenção de transmitir uma mensagem, seja pelo simples fato de destruir. Em todo o caso, gera danos materiais ao patrimônio. Esses atos são agressivos ao espaço que queremos melhorar. Pichação de paredes e atos de vandalização de mobiliário urbano não podem deixar de merecer adequada resposta a esta destruição deliberada. [...] A guarda, a responsabilidade e o zelo desses patrimônios públicos têm sido tratados com desdém, sem que sejam realizadas punições eficazes e penalizações regimentais previstas nas normas e estatutos públicos”, argumentou o democrata. Para tentar identificar quem depredar o patrimônio público, a prefeitura de Salvador deve ampliar videomonitoramento da cidade até a Copa. No texto, o vereador também prevê que a prefeitura possa firmar parcerias com a Polícia Militar e outros órgãos para coibir a prática. 
 
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/150371-projeto-preve-multa-de-r-1-milhao-para-vandalos-resposta-a-destruicao-deliberada-diz-autor.html

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