O pesquisador Jason Bruck da Universidade de Chicago teve a ideia de
estudar a extensão da memória dos animais quando foi visitar seu irmão
depois de 4 anos sem vê-lo e o cão dele, que geralmente é agressivo com
estranhos, o recebeu com calma.
Para o estudo, Bruck usou 43 golfinhos-nariz-de-garrafa dos EUA e de
Bermudas. Alguns desses animais já conviveram e foram trocados entre
aquários para estudos várias vezes. Toda troca e convivência dos
bichinhos foi detalhadamente registrada. Com esses dados, o pesquisador
pôde saber quem havia convivido com quem.
Os golfinhos usam o assobio para se comunicar e durante a juventude
eles desenvolvem um “assobio de assinatura” que funciona como um nome.
Pois bem: Bruck então tocou assobios de golfinhos aleatórios para os
animais e eles reagiram ao som, mas logo se entediaram e foram fazer
outra coisa. Porém, quando o pesquisador tocou o assobio de um golfinho
que ele sabia já ter convivido com o animal sendo estudado, a reação foi
bem maior. Além de se aproximar da caixa de som, os golfinhos
assobiavam seus nomes de volta e esperavam resposta.
A taxa de resposta aos assobios de conhecidos (mesmo entre aqueles
que não se veem há 20 anos) foi maior que aos assobios de animais
aleatórios. Isso permitiu ao pesquisador afirmar que eles se lembram dos
companheiros de longa data e ainda especular um pouco sobre a
inteligência dos golfinhos: “talvez a cognição complexa [dos golfinhos]
venha de tentar lembrar quem são seus amigos”, disse Buck.
E cada vez mais aparecem evidências de que Douglas Adams estava certo…
Fonte: National Geographic
http://mundoestranho.abril.com.br/blogs/bestiario/golfinhos-tem-memoria-de-elefante-e-se-lembram-dos-amigos-de-20-anos-atras/
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