"Não podemos ficar enclausurados na paróquia, em nossa comunidade, quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho", ressaltou Francisco durante a missa.
O pontífice destacou ainda que bispos, seminaristas e religiosos devem anunciar o Evangelho aos jovens para que estes encontrem Cristo e se transformem em construtores de um mundo mais fraterno.
Francisco citou ainda Madre Teresa de Calcutá ao falar sobre vocação religiosa: "Devemos ser muito orgulhosos de nossa vocação, já que ela nos dá a oportunidade de servir a Cristo nos pobres".

O auxílio aos jovens, por parte dos bispos e sacerdotes, para que que "arda em seus corações o desejo de serem missionários de Jesus" também foi enfatizado por Francisco, que acrescentou que muitos jovens poderão se sentir um pouco assustados perante esse convite, pensando que ser missionários significa abandonar seu país, a família e os amigos. Neste ponto, o Papa lembrou que seu sonho era ser missionário no Japão, mas que Deus lhe mostrou que sua missão estava em sua terra.
"Ajudemos os jovens a perceber que ser discípulos missionários é uma consequência de ser batizados, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde se há de evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos", afirmou.
Francisco voltou a enfatizar a importância de a Igreja agir para servir e transmitir o Evangelho. "Não podemos ficar enclausurados na paróquia, em nossa comunidade, quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho. Não é um simples abrir a porta para acolher, mas sair por ela para buscar e encontrar. Pensemos com decisão na pastoral desde a periferia, começando pelos que estão mais afastados, os que não costumam frequentar a paróquia. Também eles estão convidados à mesa do Senhor."
Francisco denunciou mais uma vez a cultura da exclusão, a "cultura do descarte" da sociedade atual, na qual não há lugar, "para o idoso nem para o filho não desejado, e não há tempo para ficar com aquele pobre à beira do caminho".
"Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas estão reguladas por dois 'dogmas': a eficiência e o pragmatismo. Queridos bispos, sacerdotes, religiosos e seminaristas, tenham a coragem de ir contra a corrente. O encontro e a amparada de todos, a solidariedade e a fraternidade, são os elementos que fazem nossa civilização verdadeiramente humana", destacou.
Fonte: http://www.jb.com.br/jmj-2013/noticias/2013/07/27/papa-pede-a-religiosos-que-deixem-clausura-para-pregar-o-evangelho/
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