Redes de eletricidade, comunicações via rádio e sistema de satélite podem ser afetados
A Nasa, agência espacial americana, advertiu que as comunicações na
Terra podem ser afetadas nesta quinta-feira (8) pela tempestade solar
que deve chegar ao planeta.
Duas enormes labaredas solares irromperam no espaço na
última terça-feira (6), conforme detectou o Observatório de Relações
Terrestres (Stereo) e o Observatório Solar e Heliosférico (Soho), as
duas principais missões da Nasa que estudam o Sol.
A primeira erupção, que foi catalogada como a maior desse ciclo de
atividade solar e a segunda maior detectada desde 2006, viaja a mais de
2.000 km por segundo enquanto a segunda, um pouco mais lenta, cerca de
1.770 km por segundo.
A Nasa espera que a tempestade eletromagnética originada pela
atividade solar alcance nesta quinta-feira (8) a Terra e Marte por volta
das 15h25, no horário de Brasília, e em seu percurso passará por várias
naves da Nasa como Messenger, que estuda Mercúrio, o telescópio Spitzer
e Stereo-B.
O Sol passa por ciclos regulares de atividade e a cada 11 anos,
aproximadamente, acontece um pico máximo na atividade quando costumam
acontecer tempestades que às vezes deformam e inclusive atravessam o
campo magnético da Terra. Este é um desses anos.
A agência espacial advertiu que apesar de não temer por suas naves,
como consequência do aumento dos níveis de radiação recebidos podem ser
registrados problemas na rede de alimentação elétrica nas rádios de alta
frequência e nos dispositivos GPS.
Os analistas calculam que o efeito da tempestade solar poderia se
estender durante três dias, mas terá especial impacto nas próximas 24
horas.
As labaredas se originaram em uma região ativa chamada AR 1429, que
aumentou sua atividade nos últimos dias, e onde, além disso, aconteceram
duas erupções de massa solar, que viajam a 482 km por segundo e
poderiam alcançar a terra nos próximos dias.
O plasma da erupção solar criará uma severa tempestade geomagnética
que também pode afetar as comunicações, provocar a mudança na rota de
voos da região polar e deve causar auroras que poderão ser vistas em
latitudes baixas.
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