segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Política fiscal e inflação devem forçar BC a ser ainda mais agressivo na alta de juros

As medidas do governo para aumentar os gastos sociais às vésperas das eleições tendem a colocar uma pressão adicional sobre a inflação, em um cenário no qual o processo de alta dos preços em escala global também tem influenciado a dinâmica inflacionária local.
 

Nesse cenário, economistas avaliam que os reflexos das políticas adotadas pelo governo Bolsonaro na inflação de médio prazo devem forçar o BC (Banco Central) a ter de ser ainda mais agressivo na condução da política monetária.
 

Desde março de 2021, a autoridade monetária já elevou a taxa Selic da mínima histórica de 2% ao ano para os atuais 13,25%. E, no boletim Focus, a estimativa mediana dos economistas indica mais uma alta de 0,50 ponto percentual no encontro dos dias 2 e 3 de agosto, com a taxa básica de juros em 13,75% em dezembro de 2022, recuando para 10,75% até o final de 2023.
 

No entanto, a política fiscal expansionista, bem como as dúvidas que pairam acerca da condução da economia a partir de 2023, faz com que um número cada vez maior de agentes econômicos passe a apostar que o BC tenha de ser ainda mais duro no processo de ajuste nos juros.
 

Seja com mais aumentos do que o previsto pelo consenso de mercado na Selic, seja com a manutenção da taxa em patamares elevados por mais tempo do que o esperado.
 

Economista-chefe da Itaú Asset, Thomas Wu projeta que a taxa Selic irá alcançar os 13,75% ao final do atual ciclo de alta dos juros. Mas, diferentemente dos pares, avalia que dificilmente a autoridade monetária terá espaço para promover alguma redução da Selic em 2023.
 

Wu afirma que o aumento dos gastos pelo governo para ajudar as classes menos favorecidas faz sentido, tendo em vista os choques de preços no Brasil e no exterior, e a pressão causada em itens básicos de consumo, como alimentação e energia. "Vários países estão fazendo alguma política fiscal que protege os mais vulneráveis", diz.
 

A medida, contudo, faz com que a inflação esperada à frente seja mais alta, o que deve impedir que o BC dê início ao processo de afrouxamento da política monetária a partir do ano que vem, afirma o economista-chefe da Itaú Asset.
 

Ele projeta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 7,7% para 2022, e em 5,5% para 2023 —ambas as projeções estão bem acima da meta de inflação a ser perseguida pelo BC, de 3,5% e 3,25%, respectivamente. "Dificilmente o BC vai ter espaço para corte de juros em 2023."
 

DETERIORAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS E DA INFLAÇÃO

Na segunda-feira (25), o Citi revisou, de 9,50% para 10,50%, a estimativa para a taxa Selic no final de 2023. Já para 2022, a projeção foi mantida em 13,75%.
 

Embora iniciativas recentes de redução de impostos estejam reduzindo os preços no curto prazo, as perspectivas de médio prazo para a inflação se deterioraram ainda mais, já que as medidas de alívio são apenas temporárias, aponta o Citi em relatório.
 

"A inflação persistente, os estímulos fiscais adicionais e uma atividade mais forte indicam uma taxa Selic de dois dígitos por mais tempo", diz o banco americano.
 

Ainda segundo os economistas do Citi, a contínua deterioração das condições econômicas globais tende a manter o real na recente trajetória de desvalorização frente ao dólar. O Citi projeta a taxa de câmbio em R$ 5,42 no final do ano —a moeda encerrou a sessão nesta sexta-feira (29) negociada a R$ 5,17.
 

A apreciação do dólar, por sua vez, tende a inflar uma inflação que já se encontra em patamares bastante elevados no Brasil, uma vez que, com a moeda americana mais cara, os produtos que o país importa dos Estados Unidos automaticamente também sobem de preço.
 

SANTANDER E CREDIT SUISSE PROJETAM SELIC EM 14,25%
 

Em 14 de julho, um dia depois de a Câmara ter aprovado a PEC dos Benefícios, o Santander aumentou, de 13,50% para 14,25%, a projeção para a taxa Selic no final de 2022, e de 10,50% para 12%, em dezembro de 2023.
 

Segundo o banco, o aumento nas expectativas de inflação para o próximo ano desde a última decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), junto a uma deterioração no balanço de riscos, com os novos impulsos fiscais, foram os principais motivadores que levaram à revisão. Números considerados fortes de emprego também foram citados entre os motivos para o ajuste.
 

"Estes fatores geram risco importante para o cenário de desaceleração da atividade econômica antecipado pelo BC para o segundo semestre de 2022 —o que entendemos como condição estritamente necessária para a rápida desinflação projetada pelos modelos da autoridade", disse o Santander em relatório assinado pela economista-chefe do banco e ex-secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi.
 

Ainda de acordo com a avaliação do banco espanhol, o BC deve evitar um pico ainda mais acentuado dos juros no ciclo atual, mas mantendo as taxas mais altas por mais tempo.
 

"Ainda assim, identificamos a necessidade de um aperto adicional na taxa Selic para que o BC possa trazer a inflação para mais perto do centro da meta em 2023."
 

Também na esteira da aprovação da PEC, o Credit Suisse revisou no dia 13 de julho, de 13,75% para 14,25%, a projeção para a taxa Selic no final deste ano. Para 2023, a estimativa também subiu, de 10,75% para 11,25%.
 

A inflação elevada e disseminada em diversos setores da economia e as estimativas crescentes para o IPCA no ano que vem foram citados pelo Credit Suisse entre os motivos que embasaram as revisões.
 

No boletim Focus de 22 de julho, a projeção para a inflação, embora tenha recuado de 7,30% para 7,20% para 2022, subiu, pela 16ª semana seguida, de 5,20% para 5,30% para 2023.
 

A deterioração do quadro fiscal e um desempenho melhor do que o esperado para a economia neste ano também contribuíram para a visão do Credit Suisse quanto à necessidade de um aperto mais agressivo pelo BC.
 

Economistas avaliam que, embora as medidas fiscais que beneficiam a população de baixa renda, se por um lado, impulsionam o crescimento econômico em 2022, por outro, escondem uma herança maldita para 2023, que deve ser marcado por um crescimento abaixo do previsto inicialmente pelo mercado, com mais inflação e juros.
 

"Interromper o ciclo de aperto neste ponto seria altamente arriscado, dado que as expectativas de inflação estão significativamente desancoradas, o que pode comprometer a credibilidade da política monetária e aumentar o custo da redução da inflação, e pelo fato de que os bancos centrais ao redor do mundo estão tentando reafirmar sua credibilidade e compromisso com o objetivo de manter a inflação baixa, o que aumenta o risco de uma taxa de câmbio doméstica ainda mais depreciada", apontou o Credit Suisse no relatório assinado pelos economistas Solange Srour, Lucas Vilela e Rafael Castilho.
 

SIMBOLISMO PARA ANCORAGEM DAS EXPECTATIVAS

Economista-chefe da gestora Tenax Capital, Débora Nogueira também revisou em 13 de julho, de 13,75% para 14%, a projeção para a taxa Selic no final de 2022.
 

Segundo ela, os dados mais recentes de atividade e inflação sugerem que o quadro em setembro ainda será de descolamento importante dos preços para 2023 em relação à meta, exigindo alguma ação adicional do BC.
 

Já em outubro, o peso de 2024 para o horizonte da política monetária ganhará espaço, enquanto também será maior o peso da contração da atividade econômica em 2023, viabilizando, dessa forma, a interrupção no ciclo de alta dos juros, afirma a especialista.
 

"Esses 0,25 ponto percentual adicionais da Selic em setembro terão impacto reduzido na inflação, mas trazem um simbolismo importante em um momento em que a ancoragem das expectativas é o objetivo", diz a economista-chefe da Tenax.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/177002-politica-fiscal-e-inflacao-devem-forcar-bc-a-ser-ainda-mais-agressivo-na-alta-de-juros.html

domingo, 31 de julho de 2022

Brasil gasta R$ 1,4 bilhão em hospitalizações por insuficiência cardíaca

O Brasil gastou R$ 1,4 bilhão em hospitalizações por insuficiência cardíaca, com morte de 77.290 pessoas, no período de 2018 a 2021. Os dados fazem parte do estudo Dimensionando os impactos da insuficiência cardíaca no ambiente ocupacional brasileiro, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e pelo Serviço Social da Indústria (Firjan Sesi).

 

O estudou coletou dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), entre 2018 e 2021, enquanto os indicadores previdenciários da ocorrência da enfermidade sobre o trabalhador e a população brasileira se basearam em 35,9 milhões de entradas no sistema de dados da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), entre 2008 e 2021. O impacto da insuficiência cardíaca na atividade laboral foi levantado por especialistas do Centro de Inovação Sesi em Saúde Ocupacional, da Firjan Sesi.

 

Segundo o pesquisador Leon Nascimento, do Centro de Inovação Sesi em Saúde Ocupacional, é difícil mensurar os impactos de uma doença observando apenas os aspectos clínicos. “Quando a gente coloca em consideração os aspectos financeiros, consegue ter uma dimensão melhor do quanto essa doença está impactando a sociedade como um todo. Porque esse impacto é não só sobre o que se está dispendendo financeiramente por conta de uma doença que é crônica e tratável, dentro do contexto socioeconômico possível, mas também a gente está tirando pessoas do ambiente de trabalho que poderiam estar contribuindo com suas famílias e comunidades e, por conta da doença, estão se afastando”.

 

Foram percebidas iniciativas boas para a agregação dessas pessoas e acompanhamento a longo prazo, mas há uma dificuldade grande para a interiorização de acesso aos serviços de saúde especializados. Segundo o estudo, a maioria dos cardiologistas está instalado nas capitais e estados do eixo Sul/Sudeste, enquanto as regiões Norte, Nordeste e, inclusive, o Centro-Oeste ficam menos assistidas, disse Nascimento.

 

Há, segundo ele, uma sobrecarga dos profissionais especializados nessas regiões, o que afeta os indicadores de mortalidade, internações e custo das internações. “No fim das contas, impacta não só a pessoa que está sobre o leito, mas o sistema de saúde, que poderia estar atendendo outras demandas, e também os familiares, as empresas onde os doentes trabalham e a região onde elas vivem”.

 

Somente com benefícios temporários (auxílios doença) pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a perda da produtividade chega a R$ 2,4 bilhões por ano. Somando-se os valores dos benefícios temporários e os diferentes custos com uma nova contratação ou sobrecarga de outro profissional da equipe, o custo dos afastamentos pode chegar até R$ 6 bilhões por ano. “A gente pegou o PIB nacional per capita (por indivíduo) e dividiu pelo número de dias por ano. O valor do PIB per capita diário foi multiplicado pelo tempo de afastamento para cada beneficiário ou pessoa afastada por conta da insuficiência cardíaca”, explicou o pesquisador.

 

A soma total desses valores pode chegar a R$ 6 bilhões por ano. No período de 2018 a 2021, as perdas podem alcançar até R$ 25 bilhões. Somente as internações acumulam perdas de R$ 1,4 bilhão por ano, porque são recorrentes, longas e complexas, afirmou Nascimento destacando que foram utilizados valores das tabelas do Sistema Único de Saúde (SUS), que não representam os valores de mercado, porque não consideram a inflação do período analisado.

 

A insuficiência cardíaca é uma doença crônica e progressiva. Se identificada nos estágios iniciais, há tratamento no SUS e o paciente pode ter qualidade de vida, o que não ocorre quando a doença é diagnosticada em estágio avançado. O impacto da insuficiência cardíaca é consideravelmente maior no sistema de seguridade social do que outras doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. 

 

Segundo o levantamento, no intervalo de 12 anos (de 2008 a 2021), a insuficiência cardíaca provocou, em média, 152 dias de afastamento das atividades produtivas, enquanto a hipertensão e o diabetes ocasionaram um período bem menor, de 12 dias e 9 dias, respectivamente.

 

A insuficiência cardíaca atinge mais de 2 milhões de pessoas no Brasil. Ela se caracteriza por uma progressiva perda da capacidade do coração de bombear sangue. Se não for tratada, pode levar à incapacidade a longo prazo, além de comorbidades, altas taxas de internações e redução global da expectativa de vida.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/29400-brasil-gasta-r-14-bilhao-em-hospitalizacoes-por-insuficiencia-cardiaca.html

sábado, 30 de julho de 2022

IBGE prorroga inscrição para 15 mil vagas de recenseador no Censo 2022

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) prorrogou para 3 de agosto o prazo final de inscrições para o processo seletivo aberto nesta quinta-feira (28) com o objetivo de contratar recenseadores para o Censo 2022.
 

São 15.075 vagas temporárias para trabalhadores com ensino fundamental completo. A remuneração será conforme a produção do profissional responsável por fazer as entrevistas do censo.
 

Outras datas também foram alteradas. A divulgação dos inscritos passa para 5 de agosto e o resultado definitivo da análise de títulos, para 10 de agosto. Já o resultado final do processo seletivo será dia 15 de agosto. Os prazos para recurso também mudaram.
 

O cronograma atualizado pode ser conferido em comunicado divulgado pelo IBGE.
 

A seleção para participar do censo será feita por meio de análise curricular. Para participar do processo, o candidato precisa ter o ensino fundamental completo. A divulgação do resultado final está prevista para o dia 10 de agosto.
 

Ao preencher o formulário, o candidato deve considerar apenas a titulação acadêmica de maior pontuação. Os pontos não serão acumulativos.
 

CONTRATADOS VÃO TRABALHAR POR TRÊS MESES
 

A previsão é de contrato de até três meses, podendo ser prorrogado conforme necessidade de conclusão das atividades do Censo 2022 e da disponibilidade de recursos orçamentários.
 

A jornada de trabalho tem previsão para que o profissional trabalhe, no mínimo, 25 horas semanais por semana. O profissional também passará por um treinamento obrigatório antes do início da coleta do Censo.
 

O recenseador tem como principal função entrevistar os moradores durante a coleta. Como a remuneração é por produção, ela pode variar de acordo com o tempo dedicado ao trabalho e o grau de dificuldade na abordagem aos domicílios, que pode depender do setor censitário (urbanos ou rurais) e tipo de questionamento (básico ou amostra).
 

É possível calcular uma estimativa neste simulador. A previsão de duração de contrato é de até três meses.
 

CENSO COMEÇARÁ NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, 1º DE AGOSTO
 

Mesmo com a prorrogação do prazo de inscrição para novos recenseadores, o Censo 2022 terá início na próxima segunda-feira (1º). Segundo o IBGE, são mais de 183 mil profissionais visitando todos os domicílios do país. Hoje, o Brasil tem cerca de 75 milhões de domicílios.
 

O censo deve atualizar o número total da população, atualmente estimada em 215 milhões de habitantes, mas também vai ampliar as informações sobre o país, mostrando caraterísticas como idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda, saneamento básico dos domicílios etc.
 

Programado para 2020, a contagem da população, que ocorre de dez em dez anos, deixou de ser feita por causa da pandemia de Covid-19. Depois, o governo federal resolveu cortar o orçamento da pesquisa, inviabilizando o levantamento e só liber ou o trabalho após determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).
 

O STF obrigou o Excetivo a destinar os R$ 2,3 bilhões necessários para a realização da operação censitária. Até o início de novembro, os recenseadores visitarão cada domicílio nos 5.568 municípios do país, incluindo aldeias indígenas.
 

Além disso, pela primeira vez, os moradores de territórios quilombolas serão contabilizados. A coleta domiciliar nas áreas indígenas começa em 10 de agosto, e a dos territórios quilombolas, em 17 de agosto.
 

Os primeiros resultados do Censo 2022 estão previstos para serem divulgados ainda no final deste ano. Outras análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/176847-ibge-prorroga-inscricao-para-15-mil-vagas-de-recenseador-no-censo-2022.html
 

sexta-feira, 29 de julho de 2022

TRF da 3ª Região suspende investigação contra Neymar por sonegação fiscal

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspendeu uma investigação do Ministério Público Federal sobre a transferência do jogador Neymar quando deixou o Santos rumo ao Barcelona, ocorrida em 2013. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (28). O processo por crime de sonegação fiscal não está extinto e o MPF poderá recorrer.

 

"A defesa do jogador, Davi Tangerino Advogados, sustentou que não havia mínima certeza quanto à existência de um fato criminoso (justa causa), tampouco possibilidade de o MPF buscar uma condenação (interesse de agir)", diz a nota.

 

A transferência de Neymar para o Barcelona foi alvo de fiscalização da Receita Federal em 2014, que inicialmente aplicou uma multa de R$ 188 milhões. Porém, a quantia foi reduzida para R$ 88 milhões após a defesa do atleta apresentar recurso. Os advogados do atacante admitem a dívida, mas que seria de R$ 8,7 milhões.

 

A decisão do TRF-3 não tem relação com o julgamento da ação do Tribunal de Barcelona, marcado para o próximo dia 17 de outubro, noticiado pelo jornal El País. Atualmente no PSG, Neymar responderá no qual ele, seus pais e ex-presidentes de Barcelona e Santos são acusados de fraude e corrupção pela justiça espanhola.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/62730-trf-da-3-regiao-suspende-investigacao-contra-neymar-por-sonegacao-fiscal.html

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Gás de cozinha terá reajuste de 8,2% a partir do dia 1º de agosto, diz Acelen

O gás de cozinha (GLP) terá um reajuste de 8,2% a partir da próxima segunda-feira (1), de acordo com a Acelen, responsável pela refinaria de Mataripe.  No anúncio feito pela empresa nesta quinta-feira (28), a Acelen indicou que os preços dos produtos produzidos seguem critérios de mercado.

 

"Levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dolar e frete", apontou a empresa. A Acelen reafirmou também que "aposta em uma política transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado". 

 

O último reajuste tinha ocorrido em julho (reveja aqui). Segundo o Sindicato de Revendedores (Sindrevgás) o preço para as distribuidoras foi reajustado em R$ 4,90 e o repasse para o consumidor ficará entre R$ 5 e R$ 7, na época. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/270889-gas-de-cozinha-tera-reajuste-de-82-a-partir-do-dia-1-de-agosto-diz-acelen.html

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Corpo carbonizado é encontrado dentro de carro queimado em Inhambupe

 


Um corpo carbonizado foi encontrado por moradores na madrugada desta quarta-feira (27) dentro de um carro entre a as comunidades de Trincheiras e a Colônia Roberto Santos, em Inhambupe - Ba.
 

A Policia Militar foi acionada por populares que relataram ter visto um veículo abandonado e totalmente queimado as margens da BA-233 que liga entroncamento da BR-110 em Inhambupe até o município de Sátiro Dias. Ao chegar, os militares constataram a informação e acionaram a perícia técnica. Não foi possível identificar o corpo, apenas o modelo do carro - uno.

 

O caso deve ser registrado na delegacia do município.  Até o fechamento desta matéria, o corpo aguardava o Instituto Médico Legal (IML) de Alagoinhas.


Fonte: https://www.ronaldoleitenews.com.br/2022/07/corpo-carbonizado-e-encontrado-dentro.html

terça-feira, 26 de julho de 2022

Governo negocia doses, mas vacinação contra varíola dos macacos deve ser restrita

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (25) que não há previsão de vacinar toda a população contra a varíola dos macacos (monkeypox) e que a prioridade deve ser o isolamento dos casos confirmados e orientações sobre as formas de contágio.

 

Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, o Brasil negocia a compra da vacina com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), mas a ideia é imunizar apenas os profissionais de saúde que lidam diretamente com o vírus, como aqueles que trabalham em laboratórios.
 

"A maior parte, quase a totalidade dos casos, foi identificada em homens que fazem sexo com homens. Isso não é para estigmatizar essas pessoas. Apenas para que tenhamos mais precauções, até porque isso pode se expandir para outros grupos, crianças, gestantes", afirmou Queiroga.
 

"Eu estou falando isso porque é mais importante tomar cuidado com todos esses aspectos, isolamento dos casos, do que com a questão da vacina. Não há previsão de vacinação em massa em relação à monkeypox em nenhum país do mundo. São grupos específicos, que as autoridades sanitárias ainda não têm consenso", completou.
 

A varíola dos macacos foi declarada como emergência global de saúde pública pela OMS (Organização Mundial de Saúde) no sábado (23) e o número de casos confirmados no Brasil já passa de 600, a maioria no estado de São Paulo.
 

A vacina contra a varíola deixou de ser produzida em larga escala com a erradicação da doença, em 1980. Atualmente, existem apenas duas opções: a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela Sanofi.
 

"Desde que surgiram esses rumores, o Ministério da Saúde dialogou diretamente com a indústria, mas essa indústria não tem representação no Brasil e, portanto, não pode pleitear o registro [da vacina] na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]", afirmou.
 

"Tampouco a indústria, pelo que eu tenho conhecimento, demonstrou interesse em pleitear o registro, mas o Brasil participa de ações com a Opas e a OMS e, através do fundo rotatório, está negociando para adquirir doses disponíveis para atingir o público que for recomendado para essas vacinas. A princípio, os profissionais de saúde que lidam diretamente com o material que pode oferecer maior risco de contágio."
 

A declaração do ministro ocorreu durante um evento de capacitação sobre vigilância em saúde pública organizado pelo Brasil em parceria com a Opas, em Brasília, que reuniu representantes de 42 países.
 

Queiroga afirmou ainda que o governo pretende expandir a capacidade de diagnóstico da varíola dos macacos por meio dos laboratórios centrais de saúde, que são públicos.
 

Hoje, apenas quatro laboratórios analisam as amostras suspeitas de todo o Brasil: a Funed (Fundação Ezequiel Dias), em Minas Gerais, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.
 

VACINAÇÃO INFANTIL

O ministro da Saúde também afirmou que o Brasil deve importar mais doses de Coronavac para a vacinação contra a Covid-19 das crianças de 3 e 4 anos por meio do consórcio global Covax Facility, e não do Instituto Butantan.
 

Queiroga disse que essa é a opção mais rápida e que o país tem crédito junto ao consórcio porque os imunizantes que tinham sido adquiridos anteriormente foram disponibilizados apenas quando a vacinação já estava avançada.
 

"A opção é adquirir do mecanismo Covax Facility, até porque são doses prontas e teria mais rapidez para disponibilizar vacinas para aqueles que, de forma não forçada, quiserem receber vacinas nas unidades básicas de saúde do Brasil", disse.
 

O ministro também insistiu que os municípios têm doses suficientes de Coronavac para iniciar a vacinação das crianças de 3 e 4 anos --incluídas no Programa Nacional de Imunizações depois que a Anvisa autorizou o uso emergencial do imunizante nessa faixa etária no dia 13 de junho.
 

Na semana passada, o secretário-executivo, Daniel Pereira, afirmou que o ministério vai remanejar as doses de Coronavac que já foram distribuídas diante da reclamação de alguns estados de falta de vacinas.
 

O entendimento do ministério é de que os municípios não precisam esperar a entrega de 100% das doses para dar início à vacinação porque nem todos os pais pretendem vacinar os filhos. Além disso, a avaliação da pasta é de que as prefeituras também podem priorizar as crianças mais velhas ou com comorbidades.


 Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/176199-governo-negocia-doses-mas-vacinacao-contra-variola-dos-macacos-deve-ser-restrita.html

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Mulheres negras desistem de ter filhos por medo do racismo e proteção à saúde mental

"E se isso acontecer com um filho meu?" Foi o que se perguntou Lorena Vitória, uma mulher negra de 21 anos, após ver seus namorados, todos negros, serem abordados de forma violenta pela Polícia Militar.
 

O medo de que os futuros rebentos sejam vítimas de racismo faz com que a estudante de design de moda questione se vale a pena ceder ao desejo de ser mãe, ou se é melhor não colocar outra criança negra em um mundo racista.
 

"A gente vê hoje em dia as coisas que acontecem, tanto de abordagem como de morte, e eu sempre fico muito mal e acabo imaginando: se com o filho dos outros já me dói tanto, como seria se isso acontecesse com um filho meu?", diz.
 

A indecisão de Lorena é comum entre mulheres negras. O medo de que seus filhos sofram racismo --que se manifesta na violência policial e obstétrica, no preconceito e na discriminação-- faz com que muitas delas abram mão da maternidade. A decisão também serve como proteção à própria saúde mental.
 

Isso ocorre pois o racismo é motor de sofrimento psíquico, afirma Marizete Gouveia, doutora em psicologia pela Universidade de Brasília e autora da tese "Onde se esconde o racismo na psicologia clínica?".
 

Segundo a especialista, o sofrimento causado pelo preconceito racial faz com que mulheres negras criem mecanismos de proteção à saúde mental. Não ter filhos é um deles, uma vez que não precisariam se preocupar com as violências que viriam a sofrer.
 

"Pode ser uma medida de autoproteção, no sentido de não ter que se preocupar com a criança, mas vai além disso. É também não trazer uma criança para esse mundo violento. Eu vou me poupar de não ter essa preocupação, mas também é um alívio não vivenciar essa criança sendo exposta a esse mundo."
 

De acordo com o Atlas da Violência 2021, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, desde a década de 80, quando começaram a crescer as taxas de homicídio no Brasil, o aumento foi mais acentuado entre a população negra, especialmente entre os mais jovens.
 

E o medo se torna ainda maior se o filho for homem. Um levantamento realizado pelo Fórum com microdados do Anuário de Segurança Pública mostra que negros são 78,7% do total de mortes violentas intencionais entre homens. Isso significa que um homem negro tem 3,7 vezes mais chances de morrer do que um não negro.
 

É o caso da babá Gisele (nome fictício, a pedido), que teve sua decisão pautada na violência crescente entre negros e na sua experiência profissional. Percebeu que era uma inquietação constante a ideia de deixar seus filhos em casa para cuidar dos filhos de outras mulheres.
 

"Como que eu vou me sujeitar a ter um filho e passar a semana fora de casa?", diz ela. "É esse o problema, tirar do filho o direito de ter a mãe por perto, porque esse trabalho consome."
 

Ela, que evita transitar em espaços em que pode sofrer racismo, sente que não vale a pena ter um filho que terá sua liberdade podada para que não passe por situações de preconceito e discriminação.
 

"Muitas vezes você tem o sonho dessa realização na sua vida, mas por falta de opção, por falha do estado e pelo racismo, você tem que tomar outros caminhos."
 

Evelyn Daisy de Carvalho de Sousa, 39, por outro lado, nunca teve um forte desejo de ser mãe devido a uma condição de saúde hereditária. Conforme se tornou adulta, o medo de que seus filhos sofressem violência foi o que era preciso para que ela confirmasse a decisão. Percebeu também que precisava proteger sua saúde mental. Sabia que ter um filho negro seria motivo de preocupação constante.
 

Sua decisão acumula ainda outras variantes. Fundadora do Traçamor, um projeto que atende mulheres em período de transição capilar, Evelyn também é responsável pela criação de dois sobrinhos negros, o que faz com pense constantemente em como os manter vivos e seguros.
 

"Imagina eu tendo gerado, colocado uma criança no mundo para ter essa preocupação? Porque sobrinho e marido não são exatamente uma escolha. Engravidar, não. Você coloca uma pessoa no mundo para sofrer essas consequências."
 

Além disso, viu a irmã sofrer com a violência obstétrica em suas quatro gravidezes, sendo mal atendida por médicos em dois partos. "Na ginecologia nós passamos muita humilhação. Eu passei muita humilhação com o ginecologista do posto do meu bairro. Imagina se eu estivesse grávida?"
 

O estudo "A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil", publicada nos Cadernos de Saúde Pública em 2017, mostra que mulheres pretas são mais propensas do que brancas a terem um pré-natal inadequado, ausência de acompanhantes no parto e menos anestesia local quando praticada a episiotomia, que consiste num corte na região da vagina para facilitar a saída do bebê.
 

Para Janete Santos Ribeiro, mestre em educação pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e ex-coordenadora pedagógica do Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o racismo tem definido as necessidades e escolhas da população negra. A pesquisadora se diz dividida quanto ao que pensa sobre a decisão de mulheres negras que optam por não ter filhos.
 

Por um lado, crê que a população negra não deve pautar suas escolhas apenas com base na violência que sofre. Por outro, acredita ser importante que essas mulheres encontrem mecanismos que as ajudem a proteger seu bem-estar e saúde mental.
 

"Eu acolho as duas perspectivas, mas acredito que o importante é que a pauta, o agenciamento seja nosso. Não partir das violências impostas historicamente aos nossos corpos. Se não você sai de um adoecimento para outro", afirma Ribeiro, que também é professora da educação básica.
 

A pesquisadora pondera, porém, que a decisão deve levar em consideração se existe o desejo pela maternidade e pensar em quais formas isso será sanado para não virar um fator de sofrimento. "A solidão da mulher negra tem sido uma imposição da cultura patriarcal, elitista e racista. Não queremos mais essa solidão pautando nossas decisões e escolhas."

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/176075-mulheres-negras-desistem-de-ter-filhos-por-medo-do-racismo-e-protecao-a-saude-mental.html

domingo, 24 de julho de 2022

SSP-BA encontra nove foragidos da Justiça em 24h através de reconhecimento facial

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) afirmou, neste sábado (23), ter encontrado nove foragidos da Justiça no período de 24 horas através do Sistema de Reconhecimento Facial da pasta.

 

O primeiro suspeito, apontado como autor de um assassinato e com mandado expedido pela Vara Criminal de Itapetinga, foi identificado e preso na manhã desta sexta-feira (22), em Itabuna, sul do estado.

 

Depois, quatro suspeitos de praticar assaltos foram presos no mesmo dia, só que em Salvador. As prisões ocorreram entre 10h e 16h de sexta. Os homens possuíam mandados de prisão expedidos pelas comarcas de Salvador, Lauro de Freitas e Feira de Santana.

 

Na manhã do sábado, mais três suspeitos foram presos em Salvador: o primeiro às 8h59, o segundo às 9h43 e o terceiro às 11h35.

 

De acordo com a SSP-BA, os dois primeiros foragidos teriam envolvimento com roubos na capital e na Região Metropolitana de Salvador, enquanto o terceiro é acusado de tráfico de drogas. Eles possuíam mandados expedidos pela Vara Criminal de Salvador.

 

Por fim, na tarde deste sábado, por volta de 14h46, um suspeito com mandados de prisão expedidos nos anos de 2018 e 2021 pelas 7ª e 13ª Varas Criminais de Salvador, pelo crime de roubo, também foi preso.

 

Até o momento, a SSP-BA contabiliza a prisão de 327 suspeitos de crimes através do Sistema de Reconhecimento Facial. Ainda assim, o método é muito contestado por entidades ligadas aos direitos humanos, devido à inexatidão do processo de identificação.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/270742-ssp-ba-encontra-nove-foragidos-da-justica-em-24h-atraves-de-reconhecimento-facial.html

sábado, 23 de julho de 2022

1ª Expo Agro Inhambupe movimenta economia agrícola baiana de 4 e 7 de agosto

Evento terá exposições e shows de Raí Saia Rodada, Calcinha Preta, Unha Pintada, Mastruz com Leite, além de manifestações da cultura local

Entre os dias 4 e 7 de agosto acontece a primeira edição da ExpoAgro Inhambupe, com expectativa de se tornar um dos maiores eventos agropecuários da Bahia. Empresas, expositores e produtores do agronegócio e da agricultura familiar terão a oportunidade de mostrar os potenciais do município do nordeste baiano, cerca de 170km de Salvador, que se destaca pela vocação agropecuária e diversidade de produção do campo, em especial, a citricultura.   

 

Oportunidade de negócios e de diversão para toda da família

 

Mais de 160 mil pessoas devem circular nos 4 dias do evento, no Parque e Haras Dr. Reginaldo Sarmento, uma área de 122 mil metros quadrados, onde os visitantes terão acesso a estandes de pecuária, citricultura, grãos, meliponicultura, equinocultura, equoterapia (método terapêutico que utiliza cavalos), além de encontros de vaqueiros com missa festiva, cavalgadas, bolão de vaquejada, boiada, leilões, oficinas e seminários temáticos, comercialização de máquinas agrícolas, balcão de negócios, feira de agricultura familiar e shows musicais.

 

Entre os artistas já confirmados estão: Raí Saia Rodada (04/08), Mastruz com Leite (05/08), Calcinha Preta (06/08) e Unha Pintada (07/08), além de atrações locais, programação infantil e lazer para toda a família.

 

O prefeito de Inhambupe, Fortunato Silva Costa, Nena (PSD) explica que a 1ª Expo Agro Inhambupe nasce na perspectiva de potencializar o agronegócio e a agricultura familiar do município e região, além de fixar o evento na agenda anual das exposições agropecuárias da Bahia.

 

“A realização da primeira Expo Agro Inhambupe vai conectar o produtor rural com tecnologias agrícolas e negócios em um só espaço, além de oferecer palestras e oficinas voltadas às cadeias produtivas potenciais da região e com lazer e oportunidade para todos os moradores e visitantes, por meio de exposição de produtos e serviços e de grandes shows de artistas nacionais e manifestações culturais locais”, afirma o prefeito Nena. 

 

SERVIÇO

O que: 1ª Expo Agro Inhambupe

Quando: 4 a 7 de agosto de 2022

Onde:  Parque e Haras Dr. Reginaldo Sarmento, Inhambupe - Bahia

Shows: Raí Saia Rodada (04/08), Mastruz com Leite (05/08), Calcinha Preta (06/08) e Unha Pintada (07/08).

Toda programação é gratuita. Para acesso aos shows, a Prefeitura solicita a doação voluntária de 2Kg de alimentos não perecíveis para famílias carentes do município.

Informações para Imprensa: 71.98873-7047 (André Santana DRT BA 2026)


Fonte: http://www.upb.org.br/noticias/413-1a-expo-agro-inhambupe-movimenta-economia-agricola-baiana-de-4-e-7

Brasileiros poderão emitir nova carteira de identidade na semana que vem

Os brasileiros vão poder emitir a “Carteira de Identidade Nacional” (CIN), que vai adotar o CPF como registro geral, a partir da próxima semana. No dia 26 de julho, o serviço estará liberado para os moradores do Rio Grande do Sul.

 

"Seguirão nos dias seguintes os órgãos de identificação civil no Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Paraná”, disse a Receita Federal, por meio de um comunicado.  

 

Os baianos terão que esperar um pouco mais, pois o órgão falou que “ainda não há previsão de emissão nos demais estados”.  

 

No texto, a Receita ainda sinalizou que para emitir o documento é necessário o cidadão estar com o CPF atualizado. “Cidadãos que não possuírem ou estiverem com as informações incorretas no CPF poderão recorrer aos canais de atendimento à distância da Receita Federal para resolver sua situação”, ressaltou.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/270719-brasileiros-poderao-emitir-nova-carteira-de-identidade-na-semana-que-vem.html

FGTS vai distribuir 99% do lucro de 2021; veja quanto vai receber

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou, em reunião extraordinária nesta sexta-feira (22), a distribuição de 99% do lucro do fundo em 2021 aos trabalhadores.
 

O valor total registrado no ano passado foi de R$ 13,3 bilhões e serão distribuídos R$ 13,2 bilhões, o maior desde que o dinheiro começou a ser dividido com os cotistas.
 

Em 2022, o pagamento será antecipado e a Caixa Econômica Federal deve liberar o dinheiro assim que a decisão for publicada.
 

O índice de distribuição será de 0,02748761 sobre o saldo nas contas existentes em 31 de dezembro de 2021. Isso significa que, a cada R$ 100, devem ser creditados R$ 2,75 na conta. Ao todo, 106,7 milhões devem receber. São 207,8 milhões de contas com saldo.
 

Na reunião, o conselho debateu outras pautas. Antes de aprovar a distribuição do lucro, representantes dos trabalhadores, das empresas e do governo aprovaram o lucro do FGTS no ano passado, de R$ 13,3 bilhões.
 

Em 2020, o saldo positivo do fundo ficou em R$ 8,5 bilhões. Desse total, a Caixa distribuiu R$ 8,1 bilhões, o equivalente a 96% do lucro.
 

Por lei, o lucro do FGTS é depositado até o dia 31 de agosto do ano seguinte. No entanto, na reunião, José Aguiar, da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), pediu que a Caixa tente antecipar o valor a ser distribuído.
 

O motivo, segundo ele, é diminuir o impacto da inflação sobre o dinheiro dos trabalhadores. A questão apontada é que a Caixa leva cinco dias úteis para depositar os valores nas contas do fundo. Representante do banco informou que é possível fazer a antecipação. A urgência foi aprovada.
 

A operação de pagamento, no entanto, só ocorrerá quando houver publicação do balanço de 2021.
 

QUANTO OS TRABALHADORES PODERÃO RECEBER, EM R$
 

Valor no FGTS; Valor a ser recebido (com arredondamento)
 

100; 2,75
 

500; 13,74
 

1.000; 27,49
 

2.000; 54,98
 

3.000; 82,46
 

4.000; 109,95
 

5.000; 137,44
 

6.000; 164,93
 

7.000; 192,41
 

8.000; 219,90
 

9.000; 247,39
 

10.000; 274,88
 

20.000; 549,75
 

30.000; 824,63
 

40.000; 1.099,50
 

50.000; 1.374,38
 

60.000; 1.649,26
 

70.000; 1.924,13
 

80.000; 2.199,01
 

90.000; 2.473,88
 

100.000; 2.748,76
 

110.000; 3.023,64
 

120.000; 3.298,51
 

130.000; 3.573,39
 

140.000; 3.848,27
 

150.000; 4.123,14
 

160.000; 4.398,02
 

170.000; 4.672,89
 

180.000; 4.947,77
 

190.000; 5.222,65
 

200.000; 5.497,52
 

COMO CONSULTAR OS VALORES
 

Para saber os valores disponíveis no seu FGTS, é preciso fazer a consulta por meio do aplicativo. O total a ser distribuído por trabalhador, no entanto, só aparecerá na conta ou nas contas após a Caixa Econômica Federal liberar o pagamento, o que está previsto apenas para agosto.
 

1- Abra ou atualize o app FGTS
 

2- Clique em "Entrar no aplicativo"
 

3- Em seguida, informe CPF e vá em "Próximo"; depois, digite sua senha e clique em "Entrar"
 

4- Clique nas imagens solicitadas pelo aplicativo para confirmar que você não é um robô
 

5- Na página inicial, abaixo, vá em "Meu FGTS"
 

6- Na página seguinte, aparecerão todas as contas do Fundo de Garantia; para ver o extrato de cada uma delas, clique em "Ver extrato"
 

7- Para cada conta será creditada o lucro correspondente; é preciso conferir os valores em cada extrato
 

VEJA QUANTO JÁ FOI PAGO AOS TRABALHADORES, EM R$
 

Ano-base; Ano de pagamento; Valor distribuído (em bilhões)
 

2020; 2021; 8,1
 

2019; 2020; 7,5
 

2018; 2019; 12,2
 

2017; 2018; 6,2
 

2016; 2017; 7,3
 

COMO É FEITO O PAGAMENTO?
 

A distribuição é realizada pela Caixa na conta de cada trabalhador. Os valores são creditados e, no extrato do FGTS, aparece a informação "AC CRED DIST RESULTADO ANO BASE 12/XXXX (aqui será informado o ano a que se refere o pagamento)".
 

QUANDO SACAR
 

O saque do lucro do FGTS não pode ser feito imediatamente após a liberação. O trabalhador só poderá usar esse dinheiro caso se enquadre em uma das situações de retirada previstas na lei 8.036/90 para o saque do FGTS, como demissão sem justa causa, aposentadoria, compra da casa própria e doença grave, por exemplo. Veja as 16 situações de saque do FGTS permitidas por lei.
 

QUEM TEM DIREITO AO LUCRO DO FGTS?
 

Todas as contas vinculadas ao FGTS, sejam elas ativas ou inativas, têm direito de receber o lucro do ano anterior. O pagamento é feito até o dia 31 de agosto de cada ano, para quem tinha saldo em 31/12 do ano-base. O lucro aparece separadamente em cada uma delas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/175832-fgts-vai-distribuir-99-do-lucro-de-2021-veja-quanto-vai-receber.html