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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

AGU cria grupo para proteção de povos indígenas em meio à crise yanomami

A AGU (Advocacia-Geral da União), órgão que representa juridicamente o governo federal, articula a criação de um grupo especial voltado para a proteção e defesa dos povos indígenas, em meio à crise humanitária dos yanomamis.
 

O grupo foi anunciado nesta quarta-feira (25) pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e será conduzido por Mariana Barbosa Cirne, que chefia a recém-criada Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente.
 

Messias afirmou que o grupo irá reforçar a atuação da AGU na Funai e em outros órgãos relacionados aos povos indígenas, como a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) do Ministério da Saúde.
 

Segundo Mariana Cirne, o objetivo do grupo é coordenar os ramos da AGU nesses lugares. "A parte jurídica, que é o que nos cabe, vai conseguir dar melhores resultados para um problema desse tamanho", afirmou.
 

"A gente já tem feito a articulação com as pastas que estão envolvidas [na assistência aos indígenas] para que tenham não só uma atuação com relação à saúde indígena, mas também em relação à segurança indígena e às possíveis fiscalizações ambientais, para fazer uma espécie de atuação coordenada desses órgãos", disse.
 

Na segunda-feira (23), o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 33 coordenadores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e dispensou outros quatro servidores que ocupavam cargos de coordenação.
 

As mudanças ocorreram em meio a decisão do Ministério da Saúde de decretar estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária que atinge os yanomamis.
 

Também foram exonerados cinco funcionários de cargos como assessores da presidência e chefe de gabinete da fundação, assim como o diretor do Museu do Índio da Funai. Foi dispensado ainda o corregedor da Funai.
 

A PF também investigará suspeitas de crime de genocídio contra o povo yanomami, sob determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
 

O órgão irá se concentrar na apuração de responsabilidades de garimpeiros, operadores da logística do garimpo, coordenadores de saúde indígena e agentes políticos.
 

O inquérito foi aberto e deve ser conduzido por policiais que atuam na superintendência da PF em Roraima, onde fica a maior parte da terra indígena e onde o garimpo ilegal mobiliza milhares de invasores no território tradicional.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/207026-agu-cria-grupo-para-protecao-de-povos-indigenas-em-meio-a-crise-yanomami

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Mulheres indígenas iniciam marcha por direitos em Brasília

Foi iniciada nesta  terça-feira (7) a a II Marcha das Mulheres Indígenas. A ação reúne cerca de 4 mil líderes, de 150 etnias de várias regiões do país. Elas se unem a 1,2 mil indígenas que estão acampados no Distrito Federal desde o dia 24 de agosto para acompanhar o julgamento do chamado marco temporal para a demarcação de terras, no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso volta à pauta do Supremo nesta quarta-feira (8).

 

Os ministros devem decidir se é válida a tese na qual indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. 

 

"As mulheres indígenas assumiram um papel fundamental na articulação das redes de apoiadores nesse momento [...]. Há muitas mulheres indígenas com atuações significativas na contribuição pela defesa dos direitos dos povos indígenas – muitas vezes enfrentando diversas formas de violências", diz trecho do manifesto divulgado pelo grupo.

 

Com o tema "Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra", a marcha é organizada Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga).

 

Conforme os organizadores, os acampados estão imunizados com as duas dose da vacina contra a Covid-19.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/261801-mulheres-indigenas-iniciam-marcha-por-direitos-em-brasilia.html