terça-feira, 5 de maio de 2020

AS MAIORES EPIDEMIAS DA HISTÓRIA



AIDS tem sido um dos grandes flagelos dos últimos tempos e, levando-se em conta a quantidade de infectados e mortos, pode-se considerar uma pandemia. Outras quatro pandemias acometeram parcelas expressivas de seres humanos: a Malária, a Peste Negra, a Varíola e a Gripe Espanhola. A seguir uma breve síntese histórica sobre a todas elas.

MALÁRIA

Há mais de 4 mil anos atrás apareceram os primeiros registros desta doença feitos pelos gregos. Uma doença transmitida por mosquitos também apareceu em textos médicos no sul e no leste do continente asiático. Os cientistas associam esta doença às águas paradas onde os mosquitos proliferavam. Na corrente sanguínea, eles crescem dentro dos glóbulos vermelhos, destruindo-os. 

A malária , também denominada de paludismo é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero "Plasmodium" e a transmissão se dá pelo mosquito "Anopheles fêmea".

Não se sabe ao certo a quantidade de mortes causadas pela malária, contudo os relatórios de órgãos multilaterais de saúde, como a Organização Mundial da Saúde ONU, sustentam que  a malária é a principal parasitose tropical. Somente no continente africano uma criança morre vítima da malária a cada 30 segundos ou cerca de 500 mil ao longo de um ano. 


Como não há vacina para a malária, existe a necessidade de um diagnóstico rápido para que o paciente, que frequentemente habita regiões remotas, receba tratamento contínuo. Quando o tratamento é feito rapidamente, e de forma correta, a malária tem cura.



PESTE NEGRA

Por volta de 1348, cerca de um terço da população europeia foi dizimado em decorrência da "peste negra". Estudos indicam que a pandemia acometeu algumas comunidades na Índia e na China. Como as condições de higiene na época eram as mais precárias, ratos eram atraídos e, com eles, suas pulgas, que transmitiam a doença pela picada. Os sintomas principais eram o inchaço das glândulas linfáticas, febre, respiração ofegante, muco com sangue e muita tosse.



A doença avança pelo sistema linfático podendo atingir, também as vias aéreas atacando diretamente o sistema respiratório. Essa segunda versão da doença, conhecida como peste pneumônica, tem um efeito ainda mais devastador e encurta a vida do doente em um ou dois dias. Em outros casos, a peste negra também pode atingir o sistema sanguíneo.

As embarcações vindas do Oriente que ancoravam nos portos europeus, entre os anos de 1346 e 1352, traziam milhares de ratos em seus porões. Rapidamente os ratos se espalhavam pelas cidades europeias que, a época, apresentavam condições precárias de higiene. O esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas. Estes ratos e suas crias estavam contaminados com a bactéria Pasteurella Pestis encontrada nas pulgas. As pulgas destes animais transmitiam a bactéria aos homens através da picada. Morriam, inclemente, ratos e homens. 


VARÍOLA

Os conquistadores oriundos da Europa Ocidental, desembarcaram na América no final do século XV e início do século XVI, e mal sabiam que estavam num espaço muito maior do que a Europa e habitado por 100 milhões de nativos. Com a colonização ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, este número de nativos foi reduzido para 10 milhões. Quando os colonizadores chegaram aqui, trouxeram com eles uma série de doenças, entre elas, a varíola cuja imunidade os povos coloniais não tinham. A varíola constituiu-se no principal meio de dizimação dos povos nativos nas áreas colonizadas pelos espanhóis, franceses e portugueses.



A varíola é uma doença infecto-contagiosa, isto é transmitida pelo contato com pessoas doentes ou objetos que entraram em contato com a saliva ou secreções destes indivíduos. No corpo, o patógeno se dissemina pela corrente sanguínea e se instala, principalmente, na região cutânea, provocando febre alta, mal estar, dores no corpo e problemas gástricos. Logo depois destas manifestações surgem, em todo o corpo, numerosas protuberâncias cheias de pus, que dificilmente cessam sem deixar cicatrizes.

A vacina foi criada no final do século XVIII por Edward Jenner. Em 1967, a Organização Mundial da Saúde deflagrou um programa de vacinação em massa, extinguindo  a doença, que atualmente só existe em laboratório. O último caso havia sido registrado em 1977 na Somália. Somente em 1980, a OMS anunciou a erradicação completa da doença no mundo. 

Apesar de controlada, algumas amostras do vírus permanecem, oficialmente, abrigadas no Centro de Controle e Prevenção de Doenças em Atlanta (Estados Unidos) e no Centro Estatal de Pesquisas de Virologia e Biotecnologia em Koltsovo (Rússia). Existe um grande temor quanto a possibilidade de utilização destes vírus (Orthopoxvirus variolae) como armas biológicas pelos governos russo e estadunidense. Por mais que a doença tenha sido erradicada, é ainda possível encontrar muitos jovens e crianças que não tiveram acesso à vacinação. O uso desta "arma" poderia causar um efeito destruidor inimaginável. A Organização Mundial de Saúde (OMS) pleiteia que os últimos vírus sejam destruídos até 2014. Não creio que russos e os americanos atenderão a este pleito.


GRIPE ESPANHOLA

A "Grande Guerra", encerrada no início do inverno de 1918já tinha contabilizado milhões de mortos entre combatentes e civis. Embora aliviada pelo fim da carnificina nos "fronts" de batalhas, os europeus se viram diante de uma pandemia com elevado índice de letalidade avassalando a região desde os primeiros meses daquele ano, era a "gripe espanhola". Em questão de meses (o pico se estendeu até o inverno de 1919), esta pandemia teria custado as vidas de 50 milhões de pessoas espalhadas no mundo, algo em torno de 15 % dos infectados pelo Vírus Influenza. O organismo das pessoas no mundo inteiro estava despreparado para a doença, que provavelmente ganhou força graças ao transporte de tropas e as linhas de abastecimento no fim da Primeira Guerra Mundial, espalhando o vírus para vários continentes e países.
A gripe espanhola apareceu em duas ondas diferentes em 1918. Na primeira onda, em fevereiro, mesmo que muito contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto, tornou-se mortal. Esta primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro: muitos casos foram registrados na Índia, no leste asiático e na América Latina.

O número de infectados e por conseguinte o número de mortos teriam sido menores se os governos das principais nações não estivessem em guerra, mais recursos financeiros poderiam ter sido usados, melhores condições de isolamento dos infectados teriam sido engendradas, enfim teria havido um empenho mais producente dos governos no enfrentamento desta pandemia. A guerra, grosso modo, constituiu-se desta maneira numa espécie de catapulta para a "gripe espanhola. 

No Brasil, a epidemia chegou ao final de setembro de 1918: marinheiros que prestaram serviço militar em Dakar, na África, desembarcaram doentes no porto de Recife. Em pouco mais de duas semanas, surgiram casos de gripe em outras cidades do Nordeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro.


AIDS 

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), apareceu no início da década de 1980, já são 25 milhões o número de vítimas da AIDS em todo o mundo. De acordo com estatísticas recentes, outras 33 milhões de pessoas são soropositivas. A AIDS é transmitida pelo vírus HIV, que se transmite pelo sangue, sêmen, líquidos vaginais e outros.

 
Acredita-se que o HIV tenha sido transmitido para os humanos pelos macacos. O compartilhamento de seringas para uso de drogas, prostituição, guerras, pobreza, sexo sem camisinha e outros fatores contribuíram e contribuem para a propagação da AIDS. A cura ainda não é possível, embora os estudos, os testes e os medicamentos atuais estejam caminhando muito rapidamente nesta direção.

Fonte: http://www.escritaglobal.com.br/2014/04/as-maiores-epidemias-da-historia.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário