sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Número de brasileiros que poupam caiu em todas as classes sociais

  Neste ano, apenas 57% dos consumidores com vencimentos acima de dez salários mínimos têm poupança

Pesquisa mostra ainda que educação financeira entre os jovens caiu neste ano

A educação financeira dos brasileiros piorou no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com uma pesquisa realizada em parceria entre a Serasa Experian e o IBOPE Inteligência.
A 2ª edição do Indicador de Educação Financeira, divulgada nesta quinta-feira (7), mostra que o número de pessoas que poupam caiu em todas as classes sociais e que os jovens com idade entre 16 e 24 anos — além de terem o nível mais baixo de educação financeira — tiveram piora em relação ao ano passado.
De acordo com o presidente da Serasa Experian, José Luiz Rossi, o “objetivo é mostrar, anualmente, o nível de educação financeira do brasileiro para apoiar a medição de resultados em empresas, na sociedade civil organizada e junto aos governos, que encaram o grande desafio de educar financeiramente nossos consumidores”.
O indicador, que trabalha em uma escala de 0 a 10, deu média 6 aos brasileiros, a mesma nota de 2013. Quanto maior o índice, maior o nível de educação financeira. A idade também é um fator que interfere no indicador. À medida que as pessoas ficam mais velhas, nota-se uma melhora da educação financeira.
Neste ano, os jovens tiveram o pior desempenho. O grupo de 16 a 17 anos apresentou queda em relação à nota do ano passado: de 5,9 para 5,5. Os brasileiros que têm entre 18 e 24 também caíram na comparação com 2013, de 5,9 para 5,8.
O indicador também mostra resultados diferentes por classe social, apesar de a variação ter sido pouca — em todas as classes — em relação ao ano anterior. A classe AB teve nota 6,2, a classe C e D/E mantiveram a mesma nota de 2013.
Poupadores
A educação financeira também continua relacionada com o ato de poupar, embora a nota dada para quem poupou nos últimos 12 meses tenha sido um pouco menor do que no ano anterior (6,6 em 2014 contra 6,7 em 2013).
Esse recuo da educação financeira em 2014 pode ter sido causado por queda na formação de poupança, registrado em todas as faixas de renda: neste ano, apenas 57% dos consumidores com vencimentos acima de dez salários mínimos têm poupança, contra 76% em 2013 (uma redução 19 pontos percentuais).
A segunda menor queda foi entre as pessoas que ganham na faixa de 5 a 10 salários mínimos, de 59% em 2013 para 45% neste ano (14 pontos percentuais a menos). O percentual também caiu um ponto entre aqueles que ganham até um salário mínimo, ficando com 17%.
Somente 3% da população atingiu nota maior que 8
Além da nota geral, o indicador estabeleceu um critério de classificação dos indivíduos. Assim, considerando como nível 1 notas até 5, com 18% da população. No nível 2, foram levados em conta valores maiores que 5 até 6, representado por 32% dos brasileiros.
O nível 3 representa 31%, com valores maiores que 6 a 7. No intervalo entre 7,01 e 8, o nível 4, encontram-se 16% dos consumidores. E, finalmente, no nível 5, com valores maiores que 8, estão apenas 3% dos indivíduos.
Neste levantamento foram entrevistadas — no primeiro trimestre de 2014 — 2.002 pessoas maiores de 16 anos de idade, em 140 cidades de todos os Estados brasileiros e do Distrito Federal, incluindo capitais, periferia e interior.

Fonte: http://noticias.r7.com/economia/numero-de-brasileiros-que-poupam-caiu-em-todas-as-classes-sociais-07082014

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