O juiz Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Civil da Justiça Federal de São
 Paulo, disse não ser possível afirmar que a União está sendo lesada ao 
obrigar a Petrobras a vender gasolina mais barata para evitar um aumento
 na inflação. A declaração veio em despacho em um processo ajuizado pelo
 deputado estadual paulista Fernando Capez (PSDB), que quer obrigar a 
estatal a revelar a metodologia usada para definir os preços dos 
combustíveis. 
Nesta quarta-feira, o juiz Giuzio Neto mandou citar a 
estatal, que tem agora cinco dias para se manifestar sobre o assunto. 
Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal em São Paulo, amanhã
 deve ser publicada no Diário Oficial a decisão do magistrado, que por 
enquanto não julgou o mérito da ação. Procurada, a assessoria de 
imprensa da Petrobras disse que ainda está levantando informações sobre o
 caso e que a companhia ainda não tem uma posição oficial sobre o 
assunto. 
Segundo uma cópia do despacho de Giuzio Neto enviada pela 
assessoria de Capez, o magistrado diz que "já teve oportunidade de ler, 
amiúde, que o preço da gasolina atualmente é inferior ao seu custo de 
aquisição pela Petrobras". Ele lembra, entretanto, que um aumento nos 
preços dos combustíveis "constitui forte elemento psicológico de 
consequências inflacionárias". Assim, Giuzio alega que o preço da 
gasolina "deve levar em conta outros elementos, em contexto de uma 
política econômica realizada com a finalidade de evitar descontrole 
inflacionário". "Existe uma interligação tão grande de determinados 
preços na economia com o fenômeno inflacionário que é impossível, em 
princípio, concluir pelo prejuízo da União pelo fato da gasolina não ser
 vendida, em dado momento, pelo preço real", explica. 
O deputado tucano 
afirma que falta transparência na política de preços da Petrobras e a 
gasolina artificialmente baixa causa prejuízos à companhia e, assim, à 
União. "A Petrobras é do povo brasileiro e orgulho nacional, mas vale 
hoje metade do seu patrimônio, graças a tantos desmandos, má gestão e 
principalmente por estar sendo usada para fins políticos", diz Capez. 
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/30961-petrobras-tera-5-dias-para-justificar-preco-da-gasolina.html 

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