Com o discurso de "obrigação do 
gestor" e com o exemplo da aprovação do IPTU na Câmara Municipal de 
Salvador, o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), 
resumiu o que os políticos locais não têm comentado: o prefeito ACM Neto
 (DEM) não poderá atacar agressivamente petistas em 2014, como costumava
 fazer quando era deputado federal. Em entrevista ao Bahia Notícias, 
Agripino não escondeu que a postura do correligionário baiano na 
campanha eleitoral de 2014 terá de ser mais harmoniosa com o adversário 
histórico, talvez próximo do estilo “paz e amor”
 que tem adotado. No entanto, o senador ressaltou que Neto terá que 
escolher claramente de que lado estará, na oposição. “Ele vai ser membro
 de um palanque em cima da eleição e terá que fazer sua opção. Ele está 
construindo seu governo, está montando os convênios. A opção que ele 
tomar, como sempre tomou, vai ser clara e o discurso que ele vai 
anunciar será claro. Agora, ninguém espere que ACM Neto vá chegar no 
palanque para desancar com desaforo quem quer que seja, muito menos a 
presidente da República, se ela vier a ajudar, como está prometendo, a 
cidade do Salvador”, afirmou. Apesar de não citar diretamente, o mesmo 
posicionamento deve ser adotado pelo prefeito em relação ao governador 
Jaques Wagner (PT). 
	 
	 Foto: Max Haac / Ag. Haack / Bahia Notícias
Ainda durante a conversa com o BN, Agripino analisou o motivo 
que levará ACM Neto a manter uma postura diferente do restante da 
oposição. No caso da presidente Dilma Rousseff (PT), trata-se do 
dinheiro. E no caso de Wagner, da “ponte” para o Palácio do Planalto. “O
 modelo do pacto federativo reserva aos estados e municípios uma 
situação de dependência, é perverso, tem que haver uma mudança. Enquanto
 não muda, o prefeito eleito por qualquer partido tem uma obrigação de 
governar a sua cidade. É obrigação do prefeito agir com civilidade e 
maturidade no trato com o dono da parte do leão com os impostos 
públicos. Como a maior parte dos impostos está com o governo federal, 
manda a experiência e a boa prática política, que você tenha uma boa 
relação com o governo federal e, no caso, com o governo estadual, que é 
do PT e que abriu uma ponte para o diálogo franco entre ACM Neto e a 
presidente Dilma”, considerou. 
	 

Foto: Sandro Freitas / Bahia Notícias
Segundo Agripino, o 
posicionamento harmonioso deve ser adotado por todos os gestores 
públicos, de qualquer partido. "Esse é o modelo que tem que ser feito 
para tratar o dinheiro público. O dinheiro não é de Dilma Rousseff, não é
 de Lula, não é do PT, é do contribuinte brasileiro”, completou. 
Novamente citando ACM Neto como “principal vitrine administrativa do 
partido”, Agripino lembrou que o prefeito articulou o apoio de petistas para aprovar a reforma do IPTU, na última quarta-feira (18), para explicar como funciona o tom “paz e amor”. A postura é a mesma que tem adotado o pré-candidato ao governo estadual,
 o secretário municipal de Urbanismo e Transporte José Carlos Aleluia 
(DEM), que se coloca no momento atual como “gestor público”. Ele 
confirmou que não partirá para o ataque ao PT, por enquanto, por ter que
 “manter a harmonia”. Contudo, na eleição, promete afinar o discurso com
 a oposição. “Na campanha vamos discutir a campanha. Meu trabalho agora é
 manter o entendimento com o governo federal e o governo do Estado. Na 
campanha eu serei um político em campanha”, sinalizou Aleluia.
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/143946-presidente-do-dem-confirma-que-acm-neto-nao-vai-atacar-agressivamente-o-pt-em-2014.html 

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